O couro cabeludo louro liso

Desperto pelas cornetas do palácio.

Serviçais, para cuidar de Lance

E das irmãs. Café da manhã, banquete nobre

Numa mesa gigantesca para pouca gente.

Café, pães doces, frutas, bolos, silêncio.

Lance arca com o olhar severo do pai

A carranca da madrasta

Desdém da irmã mais velha

Mas, ao menos, a simpatia da mais nova.

Como seu biógrafo,

Devo omitir seus dias solitários

Em que nunca teve aprovação do pai

Mesmo sendo o melhor aluno da escola

E sendo amplamente reconhecido

Nos registros oficiais. Então, se fez

Valentão. Governou a escola.

Como bruxo, não se importou

Com a bendita hierarquia

Contanto que conseguisse o amor

Da formosa Alex em suas fantasias

Mas nem isso. E perdeu amigo por amigo.

Aos olhos do pai, nunca foi forte.

No fim, desertou à nação inimiga

Despido de honra, amparo, sonhos

Wheatley, seu apelido maldoso

Foi a única memória que tiveram

Do rapaz de sangue azul,

Vida azul, intangível, miserável

Seu desespero de se ver pertencido