Reclamaram dos versos livres

Detestaram a anatomia assimétrica

Vaiaram latindo os críticos

Comandados pelo

Príncipe dos velhos poetas,

Suas firulas enganadas, engessadas

Tão sem cor nos anos do cabresto,

O banho de sangue dos coronéis.

Ora, tão mais importante um vaso chinês

Em versos alexandrinos perfeito

Que aceitar toda forma de arte!

Tão mais relevante abominar a mudança

Algemar aos mais jovens

Fazer arte em círculos

Que se resignar diante

De novos ventos!

Pois queimem as bandeiras,

Que não são de Deus!

Risquem esta frase chula

Pés tortos de Abaporu

O jeito que se veste tu!

Só agora se corrompeu a nação,

Não em tempos de escravidão

Não nas minas infantis.

Foi o comunismo, o progressismo.