Fantasto antes das fábricas

Fantasto antes das fábricas

Difícil de imaginar!

Magia pouco importa

Temos a carnificina das metralhas


Temos a fuligem nas ruas de Grasa,

O motor do nosso progresso numérico

E a escravidão de operários nos teares

Financiando o próximo festival de verão

Enquanto eles vegetam em barracos de pau-a-pique.


Tudo ao retor da capital

Pode ser lixão

Destruído por guerra,

Pouco importa.

A prole enjeitada dos bueiros

Vomitadas nos rios pouco importa.

São tempos de crise, moral e social!

Faremos de tudo para resistir à crise!

Demitir, produzir, expandir, deletar.


E o Sol alaranjado

No céu esfumaçado

Será testemunha do nosso projeto

Positivo de humanidade.

Fantasto antes das fábricas, inimaginável!

Barbárie é viver fora do ritmo do trabalho

Nosso Deus; a rotina, seu altar.


Nos fundimos tanto às queimadas

Às trincheiras arruinadas!

Cada palmo de terra virgem

Já virou nosso quintal.

Não há espaço para moralismos,

Sejamos práticos!

Os bilionários sabem o que fazem.


Danem-se os velhos magos nostálgicos caducos

Druidas fedorentos fanfarrões gorduchos sardentos

Fadas irritantes que atazanam em zunidos a exploração

Os corpos de dragões trucidados por bandeirantes

Viva a fedentina da nossa Fantasto imortal!

A pátria triunfará sob nossas ruínas.

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