Fábula da dança

Incrível o que ela fazia com o quadril

Movia suas mãos!

Sorriso invisível

Nas roupas invisíveis


Sem feitiços

Voava pela noite

Inesquecível aos astrônomos

Em seus telescópios carentes

E confesso aos astrólogos

Que eles não previram a beldade.


Todo o mundo parava

Quando ela se movia

No vestido de joias

Feito de dunas maranhenses.

Como Pelé, parou guerras

Venceu com um olhar

Todo o capital cobiçoso


E com seu amor

Redimia o mundo

Do Zé ninguém ao doutor.

Todos eram igualmente

Desconcertados pela sua dança

E ninguém era capaz de pegar sua mão

Muito menos de insistir,

Nenhum espectro do arco-íris

Tinha esse direito.


Ia de A até Z no alfabeto

E assumia diferentes formas e cores

A cada expectador,

Um verdadeiro bicho-papão do amor!

Pois tinha tantos olhos

Distintos corpos, línguas

Sons, habilidades, feitiços!

Diferentes inteligências

Saberes do oculto


Pois o amor é universal.

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