Carta ao Recife
Oh, Recife
Diz, Recife
Quem foi que te feriu.
Onde estão os bondinhos?
O arco do triunfo?
Aquela gente expulsa
Pela Dantas Barreto
Aquela gente deslocada
Do Capibaribe, seus lixos?
Oh, Recife
Por que não cumpriste
O sonho do sertanejo?
Por que o Recife Antigo
É sempre tomado pelas traças?
Até o marco zero
parece difícil de tirar foto
Mesmo com tantas revitalizações
Teu tamanho é teu inimigo.
Como atender tanta gente
Em tão pouco tempo e espaço?!
O dinheiro não mais
Está naquele centro tão lindo
Outrora esplêndido, de tantas memórias
Quando Boa Viagem era só mato
Quando os trens fluíam livremente
Mas não vivemos aqueles tempos.
E francamente, o pior já passou.
De que serve nostalgia
Daquela época de cheias
Dominação, hiperinflação?
De todo jeito, te amo minha cidade
Prometo, volto logo
Só trago saudades
E desejo melhoras.
Do seu filho do Engenho do Meio e do Ipsep
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