Capítulo vinte e dois
Já era Sábado de manhã quando Bianca abriu as cortinas da enorme janela do quarto onde Dylan dormia.
— Bom dia meu filho, o Sol já apareceu e mais um dia começou. – a mulher de cabelo laranja cantarolou enquanto seu filho abria os olhos com dificuldade.
— Que horas são? – foi a única coisa que Dylan perguntou ao finalmente despertar.
— São nove e meia e o dia está perfeito. O Marco já está no iate para darmos uma volta pela praia. – sentou-se na cama e fez carinho no cabelo bagunçado de Lombardi.
— Nossa, hoje o dia será muito interessante. – sorriu sem mostrar os dentes enquanto se sentava e logo olhou para a sua mãe.
— Dylan... Por favor, você sabe que esse fim de semana é muito importante pra mim. O Marco é um cara legal, você precisa dar uma chance a ele. – Bianca levantou-se da cama.
— Mãe, eu não tenho que achar nada desse cara. Se você está bem com ele é o que importa. – Dylan bocejou e coçou os olhos.
— Eu acho que você deveria fazer isso com você também. – a mais velha ajeitou seu boho quimono preto que usava por cima do seu vestido branco.
— Que? – o garoto riu sem humor.
— Meu filho, você acha que eu não percebi? A menina que está no quarto ao lado, ela gosta de você, mas você não sente o mesmo. Por que ainda a dá esperanças falsas? Não me parece que você está feliz.
— Mãe... É mais complicado do que a senhora pensa. – Dylan negou com a cabeça enquanto tirava o cobertor de cima do seu corpo.
— Então me explique. Porque eu realmente quero entender essa história. – Bianca novamente se aproximou da cama e Dylan a encarou receoso.
Ele não queria se abrir com a sua mãe, ainda mais sobre um assunto como aquele. Dylan sentia que todos os esforços que seus pais tinham ultimamente com ele era apenas por peso na consciência, entretanto ele realmente queria dar uma segunda chance aos seus pais. Afinal, ele ainda os amava, independente de tudo.
— Tá, legal. Eu conto. – deu-se por vencido. — Mas quero que saiba que eu odeio falar disso e essa será a primeira e última vez que me abro desse assunto com você.
— Eu prometo não te perguntar nunca mais nada sobre isso. – sua mãe riu e sentou-se ao lado de Lombardi.
— Então, eu estou gostando de uma... Garota. – abaixou a cabeça com vergonha de olhar para a sua mãe e começou a tentar tirar suas cutículas com suas próprias unhas. — E isso é estranho porque eu gosto dela desde a primeira vez que a vi e ela é o tipo de menina que eu odeio. Ela é mimada, patricinha e... A princesa da escola. Quer dizer, ela se mostrava ser assim. – riu fraco. — Só nos falamos se for pra discutir um com o outro desde o começo e, por mais que eu saiba que ela não gosta de mim e que nem adianta eu tentar, eu não consigo parar de pensar nela...
— E como você sabe que ela não gosta de você? Olha, não é porque você é meu filho, mas você é lindo. Qualquer menina acha isso.
— Eu posso até ser o menino padrão que todas amam, mas não sou o tipo de garoto pra ela. – negou rindo e olhou para Bianca. — A Mi... Digo, a garota que eu gosto, gosta de meninos que se importam com a aparência, com o que os outros pensam e que se acham por terem grana. Eu não sou esse tipo de pessoa e é por isso que ela nunca gostaria de mim.
— Mas você disse que ela não é mais assim. Por que não tenta dar uma segunda chance? As pessoas mudam Dylan, você sabe disso.
— Sim, eu sei. Mas mesmo assim não daria certo. – negou com a cabeça. — Ela é a melhor amiga da Ivy e eu sei que ela abre mão de qualquer coisa pelas amigas. A Mia e eu nunca daríamos certo...
— Dylan e o que isso tem a ver? Olha, eu sei que mulheres tem esse tipo de lealdade, mas... Você acha certo abrir mão dos seus sentimentos pelos amigos? O que você sente, sua felicidade, depende apenas de você. Se seus amigos forem de verdade eles entenderão isso e vão aceitar. Se eles forem egoístas ao ponto de não quererem que você seja feliz, quer dizer que não te amam de verdade. Isso funciona em qualquer tipo de relacionamento.
— É mas não tem mais nada que eu possa fazer em relação a isso. Acho que nossa conversa acaba por aqui. – tentou se levantar, porém Bianca o segurou.
— Espera. Continua. – olhou fixamente nos olhos do garoto. — Faz tempo que não conversamos desse jeito, conseguimos trocar mais de três palavras e essa é a primeira vez que você se abre comigo. Essa viagem não é apenas para que você conheça o Marco, eu quero que saiba que estou me esforçando para continuar sendo a mãe que sempre fui com você antes de tudo.
Dylan desviou o olhar de Bianca e suspirou pesado. Ele reconhecia o esforço de sua mãe, não tinha raiva dela. Só que ele ainda não conseguia processar tudo o que aconteceu antes de estudar fora do país. Sua vida foi uma mentira e seus pais mentiram para ele; Dylan não gostava de mentiras e seus pais mentiram. Era por isso que ele ainda estava chateado, não era pelo acontecimento em si.
— Tá. Eu e a menina nos beijamos na última festa que teve da escola. Mas, o que era pra dar tudo certo, acabou arruinando tudo. Antes nos falávamos, mesmo que fosse para discutir, agora nem nos olhamos mais. Eu não sabia como agir com ela e, pelo jeito nem ela... Ela agora tá saindo com um menino da escola e eu continuei a falar com a Ivy, só que agora não nos desgrudamos mais. A Ivy me sufoca, mãe e eu não gosto disso. Mas esse deve ser o preço a se pagar por ter que me afastar da amiga dela. – Dylan fez uma cara triste e Bianca o puxou para um abraço.
— Meu amor, pare de se torturar desse jeito. Você não sabe o que essa menina sente por você, se ela agiu dessa forma pode ter algo sim. – começou a fazer carinho no cabelo encaracolado de Lombardi. — A única coisa que eu peço é para que pare de dar esperanças falsas a Ivy. Ela é uma menina legal e, se você não estiver confortável com as atitudes dela, converse. Não magoe ninguém porque você está machucado, isso é cruel demais.
— Mãe... Obrigado pela conversa. Fazia tempo que não conversávamos assim. – sorriu de canto e Bianca sorriu.
— Dylan, eu sempre estarei aqui quando precisar. Me desculpa se estou sendo um pouco chata, ficando em cima de você o tempo todo. Sei que ainda está digerindo o que aconteceu e precisa de espaço. O seu pai e eu estamos entendendo isso agora. – fez carinho no rosto de Dylan. — Eu só quero que saiba que nós te amamos demais. – deu um beijo na ponta do nariz do garoto e ele riu.
— Eu também te amo mãe. – sorriu e passou a mão no braço de sua mãe.
— Bom... Agora levante da cama e se vista. O Marco quer aproveitar o sol e tomaremos café no iate. – Bianca ajeitou seu vestido enquanto se levantava da cama e deu uma piscadela antes de sair do quarto, fazendo com que Dylan risse enquanto retirava sua samba-canção para colocar seu short tactel.
O dia no iate, ao contrário do que Dylan pensava, foi perfeito. Marco realmente era um cara legal e estava se esforçando para conquistar Lombardi, por mais que o garoto dissesse que não precisava o mimar. Já Ivy passou o passeio inteiro com Bianca. A mais velha fazia questão de ficar com a loira para que ela deixasse Dylan curtir o passeio e, também, tentava de formas minuciosas arrancar algumas informações de Ivy sobre o que ela sentia por ele.
As respostas não eram surpreendentes. Ivy estava apaixonada por Dylan e ela fazia questão de deixar isso claro. O problema é que ela achava que era recíproco e dizia para Bianca que não esperava a hora de ser pedida em namoro por Lombardi para que ela pudesse ter mais fins de semana como aqueles — assim como também dizia que estava louca para conhecer o pai de Dylan e perguntava a todo momento como agradaria ele e se ele era tão legal quanto ela.
Bianca estava chocada. Ivy não estava gostando ou apaixonada por Dylan; ela estava obcecada. E não adiantava o quanto Bianca dissesse que ela deveria ir com calma, Ivy dizia que ela e Dylan eram almas gêmeas.
— Quer um pouco? – Marco apareceu atrás de Dylan com duas garrafas de Blue Moon.
— Vai me dar cerveja com a minha mãe logo atrás? – o garoto riu fraco enquanto pegava a garrafa estendida pelo homem de pele bronzeada.
— Ah, isso não é nada. Sua mãe não vai se incomodar. – Marco riu enquanto ajeitava seu óculos escuros. — Acho que uma cerveja combina com um Sábado de sol, num passeio de iate com a namorada, o filho dela e a namorada dele. – aproximou-se mais do menino que estava perto da grade de proteção do iate.
— A Ivy não é a minha namorada. – Dylan negou dando um gole em sua cerveja. O vento batia em sua camisa florida que estava aberta e tampouco ele se preocupava com aquilo.
— Mas parece. Desde ontem ela não desgruda de você e ela é bonita. Acho que você deveria dar uma chance a ela. – o adolescente olhou para trás, onde pôde ver sua mãe conversando com Ivy.
Sim, Ivy era bonita e isso ele nunca negou. Mas a beleza não significava nada quando o coração dele já tinha dona. Dylan achava Ivy uma menina incrível, mas não para ter algo a mais e, como ele sabia seus sentimentos por ele, ele não se sentia confortável em ficar com ela. Se Dylan a beijasse, era provável que ela se iludisse mais e complicasse muito mais as coisas.
— Não posso fazer isso. Eu já gosto de uma pessoa. – voltou seu olhar para Marco.
— E por que não trouxe então a menina que você gosta?
— Porque ela está com outra pessoa. Olha, você não acha que tá muito cedo pra você querer se meter na minha vida amorosa não? – franziu o cenho e o homem riu.
— Eu não estou me metendo na sua vida amorosa. – Marco retirou seu óculos escuros e o colocou no colarinho da sua camisa polo. — É que sua mãe vive me falando que você é o tipo de garoto que faz o que quer, sem pensar no que os outros vão pensar, mas o Dylan que eu conheço é um menino que está fazendo algo que não quer porque tem medo de tentar o que quer. Você é mesmo o famoso Dylan Lombardi? – deu um gole em sua cerveja e Dylan engoliu em seco.
Antes que ele pudesse responder qualquer coisa, seu celular vibrou no bolso do seu short e ele pediu licença para ver a notificação. Uma mistura de sentimentos surgiu em si ao ver de quem era a notificação, tanto que ele precisou sair de perto da grade do iate para não cair na água. A notificação era uma dm de Mia e, além de seu coração palpitar forte, suas mãos estavam trêmulas, assim como suas pernas. Ele teve que entrar e se sentar no sofá para não cair ali mesmo.
"Dylan? Será que podemos conversar?" o garoto colocou sua garrafa Blue Moon no chão.
"Do que você precisa?" ele fingiu parecer despreocupado. Não queria que Mia percebesse que ele estava eufórico com aquela mensagem repentina.
Bloqueou seu celular para não ficar online no momento em que a loira fosse o responder e começou a roer a unha do seu dedão esquerdo. Depois de dois minutos Mia o respondeu e ele quase morreu ao contar os três minutos para que respondesse a menina.
"De você. Eu preciso de você." ao ler aquilo, Dylan quase sentiu seu coração sair pela boca. Era realmente Mia Moretti que havia o mandado mensagem? Era uma brincadeira? Provocação? Ele não fazia ideia, só sabia que aquilo era real porque seus beliscos doíam de verdade.
Já era sete da noite quando Sabrina chegou ao Coppola's junto de Nina. Como estava frio, a menina usava uma calça preta com rasgos no joelho, uma meia-calça arrastão por baixo dela, um body de manga longa preta e uma blusa do Nirvana por cima, junto com suas correntes na calça e uma gargantilha sua. Já Nina usava uma calça quadriculada branca com preta, um body branco e um sobretudo amarelo.
— Eu ainda preferia estar em casa hoje do que estar aqui Sabrina. – Nina reclamou enquanto respondia a mensagem de Martina.
— Por quê? Por acaso queria ficar em casa com a filha do diretor? – Sabrina fez cócegas na barriga da ruiva e ela riu antes de guardar seu celular no bolso de seu sobretudo.
— Para! – ajeitou seu cabelo enquanto ria. — Eu só não a chamei hoje porque ela disse que sairia com o pai dela. – envolveu novamente seu braço no de Sabrina.
— Ainda bem que não chamou. Eu não gostaria de segurar vela. – a garota de cabelo colorido riu antes de abrir a porta do bar para que Nina entrasse.
— Tenho três coisas pra te contar: a primeira é que você não seguraria vela. A Martina e eu somos apenas amigas. – a ruiva escolheu uma mesa para que se sentassem. — A segunda coisa é que, você sabe, que na verdade, eu que vou segurar vela. – Sabrina riu. — E a terceira é que eu odeio o Coppola's. É fim de semana Sabrina, eu não quero ver ninguém do Elite e aqui é o ninho deles.
— Deixa de ser chata Nina. O que tem que aqui é onde todos do Elite vem? É o único bar adolescente de Verona e é um lugar legal pra curtir um pouco. – Sabrina ajeitou sua franja. — E outra, hoje é um dia legal. Você não gosta de show de talentos?
— Eu gosto, mas eu acho que você gosta de outra coisa, não é senhorita Sabrina Osuna? – Nina deu uma leve empurrada no braço da sua amiga com o ombro.
Osuna riu, porém, antes que ela pudesse dizer algo, o dono do estabelecimento interrompeu a música para fazer a apresentação do show de talentos. Ele deu um breve agradecimento aos colaboradores do pequeno evento e disse que era uma honra que duas pessoas de peso estivessem ali aquela noite. Após isso, ele chamou a primeira pessoa e deu início ao show.
O show de talentos estava sendo ótimo até o momento. Vários adolescentes já haviam se apresentado, — uns recitaram poemas, outros cantaram, outros mostraram suas habilidades... — porém, depois de tanto tempo, finalmente a pessoa que Sabrina esperava ansiosa se apresentaria. Ao escutar o nome de Cameron, a garota sentiu um frio na barriga e ajeitou-se em sua cadeira enquanto dava um gole em sua batida de morango.
O loiro sentou-se no banco que ali havia, ajeitou o microfone e seu violão e riu timidamente, fazendo com que Sabrina se derretesse pelo seu sorriso que parecia mais branco pelas luzes coloridas que estavam em cima de si.
— É... Boa noite. Antes de tudo eu queria agradecer a uma pessoa que me fez criar coragem a estar aqui hoje. – passou os olhos pelo local e, ao ver que Sabrina estava lá, ele sorriu. — Sem ela eu continuaria tocando sozinho no dormitório, então... Dedico essa música a você. – riu ainda olhando para a menina e ela sentiu seu rosto ruborizar.
Cameron começou a tocar as primeiras notas em seu violão e Sabrina abriu um enorme sorriso ao perceber que música era. Não demorou muito para que ele começasse a cantar e o sorriso bobo permaneceu no rosto de Osuna ao saber que ele estava cantando God is a woman para ela.
Ao finalizar a música, todos foram ao delírio e Sabrina puxou Nina para que se levantassem e batessem palmas. Ela estava orgulhosa dele, orgulhosa por ele ter finalmente feito algo que gostava e, mais que tudo, feliz por perceber que realmente Cameron havia mudado e ser o garoto que ela estava gostando de conhecer.
— Ei, não vão me esperar? – as garotas já haviam virado a esquina do Coppola's quando viram Cameron logo atrás delas.
— Achei que fosse ficar lá. – Sabrina riu cruzando os braços.
— Já são meia-noite, eu preciso estar em casa antes que o meu pai veja... Isso. – apontou para o violão que estava dentro da sua capa.
— Ah, eu esqueci desse detalhe... – a garota olhou para baixo.
— É... Sabrina, você se incomoda de pegar um táxi? É que meu pai acabou de mandar mensagem e disse que não vai conseguir pegar um atalho da sua casa pra minha. – Nina chamou a atenção da sua amiga enquanto bloqueava novamente o seu celular.
— É sério? – Osuna pareceu desapontada e a ruiva apenas assentiu chateada. — Tudo bem, eu pego um táxi sem problemas.
— Me desculpa mesmo por isso, eu juro que fico te devendo essa. – Nina abraçou Sabrina.
— Tá tudo bem, vai lá. Eu te aviso quando chegar em casa. – a garota de cabelo colorido colocou suas mãos no bolso de sua calça e observou Nina atravessar a rua e entrar no carro que já estava estacionado ali. Ao ver o carro seguir seu caminho, ela suspirou pesado e decidiu seguir o seu caminho também.
— Se quiser eu te faço companhia até o ponto. – um ser alto e loiro apareceu do seu lado. — Eu também vou pegar um táxi para ir pra casa, então... – deu de ombros.
— É. Pode ser uma boa. – olhou para Cameron e sorriu, fazendo com que ele risse e desviasse o olhar para frente. — Você foi muito bem hoje a noite. Eu gostei da música que cantou, mas acho que não deveria ter mentido sobre dedicar ela pra mim. – cruzou os braços por conta do frio que sentia.
— Eu não menti. Eu sei que nos conhecemos com o pé direito, mas eu percebi que você é uma menina incrível, Sabrina. – De Luca parou para o sinal fechar e olhou para Sabrina. — Todas as vezes que eu puxei assunto com você e fui legal foi porque eu queria tentar uma segunda chance com você. Sem brigas e indiretas, apenas quero me dar bem com você.
E Cameron estava sendo honesto. Em nenhum momento ele mentiu ou pensava na aposta com Lucca; ele estava sendo sincero e queria que Sabrina soubesse daquilo. Ele não queria admitir no começo, mas estava gostando sim daquela garota. A aposta com Giordano foi apenas um empurrão para que ele a conhecesse melhor e percebesse o que sentia por ela. Não era ódio. Era amor.
— Cameron... Como você faz pra dizer tantas besteiras por segundo? – Sabrina sorriu e negou com a cabeça.
— Eu não estou dizendo besteira alguma. – o garoto colocou as mãos no bolso do casaco que usava. — Na verdade, eu nem esperava que você viesse hoje. Desde a festa você está agindo estranho comigo, eu ainda não sei o que eu te fiz. – Sabrina mordeu os lábios o olhou para frente. Ela não queria dizer que estava com ciúmes dele.
— Bom... O combinado era que fossemos juntos a festa e você me deixou pra ficar pegando meninas do primeiro ano. É claro que eu estou bolada com você, seu idiota. – negou com a cabeça e cruzou os braços.
— Por acaso você... – Cameron parou de andar e riu. — Está com ciúmes de mim? – arqueou uma de suas sobrancelhas.
— Que? – a garota parou de andar e olhou assustada para trás. — Claro que não! Viu como você diz várias besteiras? – pigarreou e olhou para o lado oposto para que o loiro não visse que ela estava ficando ruborizada.
— Você tem razão... – De Luca assentiu com a cabeça e ficou sério. — Sabrina... Você quer saber a verdade?
— Que verdade? – olhou confusa para o garoto que se aproximava dela.
— Você é a única garota que não fica caidinha por mim. E isso me deixa louco. – Sabrina riu sem humor.
— Estava tudo indo tão bem Cameron... Mas você tinha que ser idiota, né?
— Não. Por que você não acredita em mim só uma vez? Eu estou sendo verdadeiro, pela primeira vez. – ele a encarou fixamente nos olhos e Osuna ficou sem saber o que dizer.
Eles ficaram assim por mais alguns minutos, apenas trocando olhares. Cameron já tinha falado tudo o que tinha que falar e Sabrina não se esforçou para dizer mais nada. Apenas puxou o loiro pelo pescoço e o beijou. No primeiro segundo, Cameron arregalou os olhos por não estar preparado, mas depois se entregou ao beijo e puxou a garota pela cintura para mais perto de si.
Osuna tinha medo de realmente gostar de Cameron, não queria se magoar. Mas ele estava mudado, ela sabia disso e estava disposta a dar uma chance a ele depois daquela noite.
cover inspirado para a cena do Cam:
[Deveria haver um GIF ou vídeo aqui. Atualize a aplicação agora para ver.]
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