Capítulo trinta e seis

— Com licença, diretor Caruso, posso entrar? – Fred perguntou após dar uma leve batida na porta antes de abri-la.

— Sim, claro que pode. – Luigi colocou sua caneta em cima da papelada que assinava e se levantou, ajeitando seu blazer.

— Aqui estão as mocinhas que estavam brigando na lanchonete. – fez um sinal para que Sabrina e Heloisa entrassem. — E as que estavam brigando no corredor. – puxou Fiona pelo braço para que ela entrasse, já que ela se negava a entrar ao lado de Mia.

— Pode sair, Fred. Eu cuido daqui. – saiu detrás de sua mesa e o inspetor apenas assentiu com a cabeça antes de fechar a porta. — Não que você já tenha feito algo, que eu saiba pelo menos, mas, de você eu já esperava Sabrina. Agora, de você Mia? Estou surpreso.

— Olha só, senhor diretor, em minha defesa, ela que estava em cima de mim. – Mia apontou para si mesma. — E outra, essa garota me tira do sério! Eu tenho certeza que o senhor não conseguiria passar cinco minutos com ela. – cruzou os braços e Sabrina riu.

— Eu tenho que concordar com a princesinha aqui. Essa cópia barata da Barbie consegue tirar qualquer um do sério. – Sabrina falou em defesa de Mia.

— Ah, garota, cala essa boca. – Fiona revirou os olhos. — Você adora falar demais.

— Sim, eu amo. – a garota de cabelo colorido decidiu não rebater de forma agressiva. Ela já havia parado na sala de Caruso por causa de Heloisa; não queria se complicar mais por causa de Fiona.

— Meninas, vamos com calma. – Luigi fez um sinal para que as quatro se sentassem no sofá que havia atrás delas. — Agora, Sabrina e Heloisa, me contem o porquê vocês brigaram.

— Eu falo! – Sabrina levantou a mão ao se levantar do sofá, antes que Heloisa pudesse falar algo, o que fez a loira revirar os olhos e bufar irritada. — A Pietra teve que vir resolver uns assuntos com o senhor e me pediu pra tomar conta da lanchonete enquanto isso. Eu estava lá, quando a Tiffany aqui chegou e disse que eu tinha começado aquela guerra de comida do início do ano. O senhor acredita nisso? Logo eu? – indagou indignada e Mia tampou a boca para esconder que segurava a risada.

— Engraçado... – Heloisa a encarou de cima em baixo. — O que eu escutei por aí foi outra coisa.

— Continuando... – Osuna decidiu ignorar Heloisa. — Ela disse que queria fazer o mesmo e eu não deixei. Ela me sujou de chantilly e eu só me defendi. Agora eu estou aqui com massa de bolo no cabelo, toda suja, parecendo um cupcake ambulante. – mexeu em seu cabelo e, em suas unhas, vieram um pouco do glacê que também estava em seu cabelo.

— Nossa, diretor, isso é horrível. – Mia colocou sua mão esquerda em seu peito e chegou para frente. — Eu faço hidratação toda semana no meu cabelo e sei como vai ser difícil tirar toda essa sujeira do cabelo dela. Se tirar pudim não é fácil, imagina massa de bolo e glacê. – Sabrina concordou com a cabeça. — Se você precisar, eu te ajudo, Sabi. Eu tenho uns produtinhos de cabelo importados que são uma maravilha.

— Ai, sério? – Osuna olhou para a loira que assentiu. — Eu vou adorar! – sorriu.

— Meninas, foco, por favor! – Luigi exclamou e as duas voltaram a olhar para ele, ambas mordendo o lado interno de suas bochechas para não rirem.

Elas não se odiavam mais, isso era fato. Porém também não se consideravam amigas. Mia e Sabrina não sabiam ao certo porque estavam defendendo uma a outra ali, fazendo piadas e brincando com a situação. Elas só sabiam que estava fluindo de forma natural e que estavam gostando de se entender daquela forma — já que aqueles momentos ainda eram raros.

— Mas vem cá, diretor Caruso, eu acho que tinha uma terceira pessoa, não tinha? – Sabrina semicerrou os olhos e cruzou os braços. — Ou o paizinho dele já o salvou como sempre?

— Sabrina, o Cameron não está aqui porque ele não fez nada. O Fred disse que ele só estava tentando ajudar. Estou errado?

— Infelizmente, o senhor está certo. Se não fosse por ele, eu tinha acabado com essa garota. – Heloisa olhou em direção a janela.

— Bom, ele não está aqui agora. – Sabrina se virou para ela. — Por que você não tenta agora?

— Sabrina, pare! – Luigi bateu na mesa e Heloisa, que havia ameaçado se levantar, relaxou os ombros e permaneceu sentada, engolindo em seco. — E você Mia? O que houve?

— Como eu disse, ela começou. Essa troglodita não conhece os bons modos e não sabe manter uma conversa sem bater em alguém. – Mia abaixou a cabeça e jogou o seu cabelo para frente no intuito de fazer um coque.

— E por que você bateu nela, Fiona? – a loira engoliu em seco e comprimiu os lábios.

O que dizer ao diretor? Que Moretti foi tirar satisfações com ela por ter dado em cima do seu namorado no vestiário masculino? Fiona não queria dar aquele gosto para Mia; não queria estar mais encrencada que ela.

— Bom, ela... – olhou para o teto e bufou. — Ela me chamou de vaca. – desviou o olhar para um vaso de planta que estava ao seu lado e Heloisa e Sabrina riram.

— Ai meu Deus! – Mia exclamou e colocou sua destra na coxa de Vitale, que a encarou. — Se você se sentiu assim, imagina como a coitada da vaca se sentiu ao ser comparada com você.

— Mia! – Luigi a repreendeu e Sabrina riu mais ainda. — Eu acho que você tem algo a dizer, não é?

— Sim, eu tenho. – Moretti se levantou. — Eu sinto muito... – olhou para Fiona que a encarava surpresa. Ela ia mesmo se desculpar? — Por ter ofendido as vacas do mundo todo. Elas não merecem ser comparadas de forma alguma com essa cobra. – voltou a olhar para o diretor.

— Ah não, agora você vai ver! – Fiona se levantou e puxou o braço de Mia fortemente, fazendo com que ela gritasse.

— Ei! Não toca nela! – Sabrina se levantou para defender Mia e Luigi rapidamente correu para apartar as duas que já estavam aos tapas.

— Muito bem, eu já vi e ouvi muito por hoje! – Caruso ajeitou sua gravata e voltou para a sua mesa. — Vocês quatro estão suspensas por duas semanas.

— O que? Nós temos as últimas provas semana que vem! – Mia exclamou indignada. — Eu não quero ficar de recuperação por causa dessa garota.

— Pensasse antes de brigar. Você sabe que brigas são inadmissíveis aqui nesse internato, Mia. – cruzou os braços.

— Era tudo o que eu queria! Duas semanas longe desse Inferno. – Heloisa abriu um enorme sorriso e Sabrina revirou os olhos. Quando ela tentou ser expulsa não teve nenhuma punição grave, mas a Heloisa fez o mesmo e conseguiu uma suspensão? Como a vida era injusta.

— Se eu fosse você não comemorava antes da hora, senhorita Rossi. – Luigi a encarou seriamente. — A suspensão de vocês será aqui mesmo no colégio. Sem assistir às aulas, sem ficar nas áreas de lazer... E, quanto as provas, vocês a farão aqui na minha sala. – as quatro meninas fizeram um "ah" entediado enquanto reviravam os olhos e Luigi permaneceu sério. — Sabrina e Heloisa, vocês ficarão essas duas semanas ajudando a Pietra na lanchonete. E Mia, você vai ficar na biblioteca enquanto a Fiona ajudará os professores na sala deles.

— Pelo menos eu vou poder ajudar o novo professor de Matemática na sala dele. – Fiona mordeu os lábios e riu, fazendo com que Mia revirasse os olhos.

— E que fique claro que eu não vou tolerar mais nada vindo de vocês. Estamos entendidos?

— Sim... – as meninas responderam em modo uníssono.

— Então se retirem e vão assistir o restante das aulas. Amanhã conversaremos de novo, dessa vez, com os pais de vocês.

— O que? Vocês vão ligar para os pais? – Heloisa se levantou num pulo e Sabrina a encarou. — O senhor não pode ligar para eles.

— Por que não Heloisa? Você fez merda assim como nós. – Fiona perguntou ao abrir a porta.

— Porque eles não se importam com o que eu faço, ou deixo de fazer. Se eles realmente se importassem comigo, não tinham se divorciado e me mandado pra cá! – exclamou e Sabrina pôde jurar que viu lágrimas se formarem nos olhos da loira.

— Heloisa... – Mia tentou dizer algo, porém não conseguiu. A garota saiu correndo da sala, empurrando Fiona para que saísse da frente.

— Ai, quanto drama. – Fiona revirou os olhos antes de sair da sala. Sabrina e Mia se encararam e, como se conseguissem se entender apenas pelo olhar, já sabiam o que fazer.

A pedido do professor de Francês, Ash estava indo para a sala dos professores pegar os marcadores que ele havia esquecido para usar no quadro. Ao chegar no corredor da sala, viu Austin sair da sala e a loira paralisou ali no meio.

— Ashley? O que faz aqui? – o moreno perguntou rindo assim que a viu. — Você deveria estar na aula.

— O professor Cédric pediu pra pegar os marcadores que ele esqueceu. – riu jogando seu cabelo para o lado.

— Ah, você tem sorte então. – colocou os papéis que segurava dentro da sua bolsa. — Não tem ninguém na sala e, mais um pouco, ela estaria trancada. Novas ordens do diretor. O último a sair da sala dos professores, tranca. – riu voltando para onde havia saído e Ash o seguiu.

— E as provas da semana que vem? Já estão prontas? – a garota perguntou enquanto o mais velho abria a porta.

— Finalmente sim. Agora, eu tenho o final de semana para aproveitar um pouco a Itália antes de ficar em casa corrigindo provas e mais provas. – suspirou cansado ao abrir a porta e deu passagem para que Ash passasse.

— Então eu recomendo que vá primeiro no Evolution. É uma boate muito boa que abriu ano passado. – foi em direção a mesa e ficou de costas para ela, olhando para o homem que fechava a porta.

— Eu já ouvi alguns alunos comentando sobre ela. Mas eu não tenho dinheiro para frequentar uma boate dessas, mesmo trabalhando aqui. – negou rindo.

— Você deveria então ir ao Red Barn. Ele tem uma pegada um pouco country e eu ia bastante quando entrei no Ensino Médio.

— E por que não vai mais? – Austin arqueou uma de suas sobrancelhas.

— Porque o dono descobriu que tínhamos quinze anos e nos proibiu de entrar lá. – o professor riu. — Ele nem se importou de um de nós ser o filho do futuro governador e outro ser filho do famoso jogador de futebol: Fede Giordano! – fingiu empolgação ao falar o nome do pai de Lucca.

— Você os conhece há muito tempo?

— Aqueles babacas que eu chamo de colegas? Infelizmente, sim. – suspirou ao revirar os olhos. — Duas eu tive que fingir serem minhas amigas, um eu tive um lance por um tempo, mas ele teve a cara de pau de terminar comigo em uma festa... E outro eu fiquei uma vez, mas, assim como o amigo, ele também era um idiota e me trocou pela novata.

— Nossa, Ash... – Austin desfez o sorriso e se aproximou um pouco da mais nova. — Você é uma menina incrível. Eu não consigo acreditar que todos tenham pisado na bola com você.

— Pois acredite. Eu sou incrível, mas esse povo é podre. Eles são as maçãs podres da cesta e eu sou a única boa.

— É, talvez você seja. – Austin sorriu e Ash fez o mesmo.

Um silêncio se formou e os dois ficaram se encarando sem dizer uma palavra. O que mais Ashley queria fazer naquele momento era beijá-lo, ter os seus lábios tocados pelos de Foganoli; entretanto, ela não podia simplesmente roubar um beijo do seu professor. Ela precisava saber se ele também queria, senão ela corria risco de ser expulsa caso ele contasse ao diretor.

— Hã... Você vai gostar bastante do bar. – Ash quebrou o clima ao soltar um pigarro. — As mulheres são... Bonitas.

— Ah, mas eu não quero ficar com ninguém no bar. – Austin colocou as mãos no bolso e deu um passo para trás.

— Por que não? – a loira riu e seu cabelo caiu na frente de seu rosto. — Por acaso deixou alguém te esperando em Seattle?

— Eu tinha, mas... Terminamos. Ela foi fazer intercâmbio nas Filipinas e eu vim trabalhar na Itália. – riu fraco. — Somos jovens demais para ficarmos presos num relacionamento a distância.

— Ela deve ser muito idiota em deixar um homem como você só porque foi estudar nas Filipinas. – o mais velho desviou o olhar para evitar que Ash percebesse que ele havia ficado sem graça com aquele comentário e ela sorriu.

— É... Você precisa voltar para a sua aula. – passou a mão na nuca, logo voltando a encará-la. — Pelo pouco que eu conheço do Cédric, sei que ele não gosta de esperar muito.

— Você tem razão. – Ashley saiu de perto da mesa e colocou sua destra na cintura do maior para que ele desse passagem a ela.

Austin observou Farine ir até os armários e abrir o de Cédric, pegando seu estojo, onde ele guardava os seus marcadores. A loira se virou novamente para ele e a saia de seu uniforme rodou. Ele tinha que admitir: Ash era realmente uma menina muito bonita. Mas... Ela era sua aluna. Foganoli sabia que a mais nova o olhava de uma forma diferente, — eles não pareciam ter uma relação de aluna e professor, aquilo era evidente — porém, mesmo sabendo que era errado, não sabia como parar aquilo antes que evoluíssem para algo a mais. Na verdade, ele não sabia se queria parar com aquilo.

Sem dizerem mais nada, os dois saíram da sala e Austin a trancou novamente enquanto Ash o esperava.

— Bom... Vejo o senhor amanhã no primeiro tempo. – Ash disse antes de beijar a bochecha do mais velho. O homem de olhos azuis inconscientemente colocou as mãos na cintura da garota e as apertou, fazendo com que ela sentisse um frio na barriga.

— Te vejo amanhã. – sussurrou com o rosto próximo ao da loira e ela sorriu ao ver que ele vacilou ao tirar seu olhar de seus olhos para a sua boca.

Pela demora de Ash ao voltar para a aula, Mia foi atrás a pedido do professor, entretanto, ao ver Foganoli beijando a testa de Ashley, os dois próximos demais, seu corpo paralisou. A loira cruzou os braços e balançou a cabeça em negação. Os dois sofreriam graves consequências caso fossem pegos e, mesmo que não fossem mais amigas, Mia ainda se preocupava com Ash. Ela não queria que a garota fosse expulsa por causa daquilo. Por isso, ela apenas deu meia volta e voltou para a sala de aula.

Já eram seis da tarde e, naquele momento, cinco adolescentes acabavam de entrar às escondidas na piscina fechada. A morena fechou a porta do local rindo enquanto os outros corriam em direção a piscina enquanto o garoto pulava na piscina como uma bala de canhão, molhando as três meninas que estavam logo atrás dele.

— Eu já estou suspensa por duas semanas, se o diretor me pegar aqui, eu vou acabar sendo expulsa. – Mia cruzou os braços ao parar na borda da piscina.

— Ai Mia, por favor. – Nina riu. — Entrar na piscina em horário proibido não é tão grave quanto brigar. A única coisa que ele pode fazer é não deixar você participar do show de talentos. Agora entra logo na piscina! – empurrou a garota que apenas conseguiu tampar o seu nariz com a mão antes de cair na piscina.

Ao se levantar, o único instinto que teve foi de virar o rosto ao ver Martina, Nina e Sabrina pulando na piscina. Dylan riu e se aproximou de sua namorada, a abraçando por trás.

— Precisamos curtir um pouco já que a minha namorada e minha melhor amiga levaram suspensão e não poderão ficar com a gente nos tempos livres. – beijou a bochecha de Moretti e ela colocou as mãos em seus braços.

— Eu confesso que até esperava que a Sabrina brigasse com a Heloisa, mas você, Mia? – Martina riu. — Eu não sabia que você era dessas.

— Olha só, pessoas como eu, estão acima do bem e do mal. – disse e os quatro riram. — E outra, eu não cheguei a bater nela. Aquela troglodita quase acabou com o meu cabelo... – fez bico e Dylan passou as mãos no cabelo da garota, o colocando para o lado.

— De qualquer jeito, a Fiona mereceu. Ela consegue tirar a paz de qualquer um. – Sabrina jogou sua cabeça para trás e molhou o seu cabelo. — Mas a Heloisa... – olhou para Mia e ela assentiu com a cabeça, já entendendo a deixa.

— Ah não, nem vem. – Dylan soltou Moretti e ficou ao lado de Nina. — Eu conheço essa cara de vocês duas. Sei que vão aprontar.

— O que você está tramando, hein Sabrina? – Nina cruzou os braços.

— Quando o Luigi disse que ia ligar para os nossos pais e avisar que havíamos levado suspensão, a Heloisa surtou. – Sabrina passou as mãos nos olhos. — Os pais dela se divorciaram e mandaram ela pra cá. Talvez pra não terem que lidar com uma filha, que é a única ligação entre eles.

— Nós lembramos de você, bebê. – Mia olhou para Dylan. — Quando os seus pais se divorciaram, eles te mandaram para a Bélgica e, apesar da Sabrina ter pais separados também, você entende mais a Heloisa que qualquer um. Achamos que seria uma boa conversar com ela.

Mia sabia que não foi pelo divórcio que os seus sogros mandaram Dylan para a Bélgica, porém essa era a história que ele havia contado para as meninas, — nem mesmo Sabrina sabia que o garoto era adotado — então ela diria apenas o que ele já havia contado.

— Conversar com ela? – Lombardi riu. — Amor, ela não me parece tão receptiva como a Sabrina. Eu não sei se é uma boa.

— Ah, por favor, meu bebê. – a loira ficou em seu colo e fechou as pernas em sua cintura. — Por mim. – fez bico e Dylan ficou por alguns segundos hipnotizado pelo seus olhos verdes.

— Tá legal. Eu vou tentar conversar com ela. – se deu por vencido e Moretti e Osuna comemoraram. — Mas eu não prometo nada, viu?

— Agora vamos esquecer isso, vai. – Nina se colocou no meio dos três com Martina em suas costas. — Viemos aqui pra relaxar um pouco e não pra ficar falando das novatas.

— Sabrina, você não chamou a Chiara? – Martina perguntou olhando para a garota de cabelo colorido.

— Eu chamei, mas ela tá meio pra baixo hoje. Preferiu ficar com o Lucca. – deu de ombros jogando água nas duas.

— Eu ainda não gosto dele, mas se ele faz a Chiara feliz, tudo bem. – Dylan disse enquanto Mia beijava o seu pescoço, o que fazia seus pelos ficarem eriçados.

Não demorou muito para que os casais se dissipassem um pouco e deixassem Sabrina sozinha. Ao olhar ao seu redor, viu Nina e Martina trocando carícias num lado da piscina e Mia e Dylan aos beijos do outro lado.

— "Vamos". "Vai ser legal", eles disseram. – murmurou enquanto nadava. — Claro, que vai! Não é eles que estão segurando vela. – bufou antes de tampar seu nariz e entrar na água.

Enquanto isso, no dormitório masculino, Cameron estava em sua cama, lendo um livro quando a porta se abriu e, ao ver quem era, ele logo se levantou.

— Papai? O que faz aqui há essa hora? – jogou o livro em cima da cama e colocou as mãos no bolso de sua calça.

— Eu sei que está quase na hora do jantar, mas esse tipo de coisa precisamos falar pessoalmente. – Francesco se aproximou do loiro e seu corpo estremeceu. Ele sabia que podia esperar qualquer coisa de seu pai e ele tinha medo daquilo. — O seu aniversário. Precisamos começar a fazer os preparativos para ele. Não é sempre que fazemos dezoito anos e duas semanas passam rápido.

— Ah. Era só isso... – seus ombros relaxaram e ele sentou-se na cama, mexendo no cordão de sua calça.

Cameron não gostava de comemorar o seu aniversário. Apesar de sempre fazer festas grandes e que se tornavam assunto por um mês, ele só fazia por obrigação de seu pai. Ele tinha péssimas recordações quando se tratava de seu aniversário e tudo piorava em suas festas, por mais que ele não demonstrasse. Como sempre, Francesco consegue estragar qualquer coisa e, dessa vez, não foi diferente, ao tirar dele a coisa que ele mais amava num dia importante. Sua mãe.

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