Capítulo trinta e cinco

 — Mãe, o que a senhora faz aqui? Por que está numa cadeira de rodas? O que tá acontecendo? – Chiara encheu os três de perguntas visivelmente desesperada enquanto se agachava para segurar as mãos de Angela.

— Calma, meu amor, eu estou bem. – a mulher fez um carinho no rosto de Chiara, porém aquilo não a convenceu.

— Eu... Não falei com o seu pai hoje mais cedo. Ele que falou comigo. – Lucca suspirou profundamente e cruzou os braços. — Ele me disse que o estado da sua mãe havia piorado da noite pro dia e precisava te contar, mas não queria que fosse pelo telefone.

— E eu também não queria que fosse de uma forma brusca. – dessa vez, foi Mattia que havia falado e a garota olhou para ele. — Eu pedi para que o Lucca saísse com você, que fizesse você se divertir essa noite antes de nos encontrarmos.

— E como o senhor queria que eu me divertisse sabendo que a minha mãe piorou do dia pra noite? – Chiara se levantou irritada e seu pai apenas abaixou a cabeça.

— Minha filha, eu já disse que estou bem. – Angela se levantou com dificuldade e segurou no braço da morena. — Eu estou usando uma cadeira de rodas porque estou fraca demais para ficar em pé por muito tempo, mas eu vou ficar bem. Não precisa se preocupar.

— Não mãe, a senhora não está. – a mais nova negou com a cabeça enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas e olhou para os lábios ressecados e pálidos de sua mãe. — Olha só para o seu cabelo... – passou a mão na pequena mecha que estava fora do lenço e Angela desfez seu sorriso.

— O cabelo é por causa da quimio. Os médicos avisaram que eu corria risco de ter queda de cabelo e, acho que, o melhor para agora será cortá-lo de vez. – Chiara arregalou os olhos.

Todos diziam que sua mãe tinha um cabelo de dar inveja. Seu cabelo tinha um brilho, era longo e liso... Vê-lo aos poucos ficarem quebradiços, perderem o brilho, ficando curto por causa da quimioterapia e ver Angela triste com aquilo a entristecia; Chiara não queria ver sua mãe triste e sabia que ela ficaria pior caso raspasse o pouco do que havia sobrado.

— Mamãe... – fechou os olhos e engoliu o nó que se formava em sua garganta. — Quer saber? Eu vou sair do Elite.

— O que? – Lucca não conseguiu acreditar no que havia acabado de escutar. Chiara não podia sair do colégio, não podia deixá-lo; ela não podia largar a oportunidade que teve de entrar no melhor internato de toda a Itália.

— Eu não posso continuar presa num internato sabendo que a minha mãe pode morrer a qualquer momento! – Chiara olhou para o seu namorado, dessa vez, deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto. — Eu estarei sendo egoísta demais se continuar lá e deixar a minha mãe sozinha.

— Eu não estou sozinha, eu tenho o seu pai. – Angela se sentou novamente por sentir suas pernas doerem. — E eu estarei sendo egoísta se deixar você sair de lá apenas para ficar comigo. Chiara, você sempre sonhou em estudar num colégio como aquele e, agora que você teve essa oportunidade, eu não posso deixar que abra mão.

— Mãe, nenhum colégio renomado vai ficar entre eu e a minha família. Se eu acho que o certo é ficar com vocês, eu vou. Posso pensar no meu futuro depois.

— Você não vai sair do Elite e isso é uma ordem! – Angela contraiu a mandíbula e a morena se calou. — Eu sei que você se preocupa comigo e quer cuidar de mim, mas eu já tenho médicos, enfermeiros e o seu pai para fazerem isso. Minha filha, você tem apenas dezessete anos e tem só um semestre antes de se formar. Eu não posso deixar que você jogue todo o seu esforço no lixo.

— Mas mamãe...

— Mas nada. Eu vou ficar bem, confia em mim. Eu quero que você me prometa que vai se formar, entrar na faculdade e ser a melhor no seu trabalho. Vai cuidar do seu pai quando ele estiver bem velhinho e ter uma família linda. – sorriu ao imaginar o futuro de sua filha. — Prometa isso para mim e eu prometo que estarei na sua formatura.

— Eu me sentirei culpada demais se a senhora se for enquanto eu estiver naquele internato. – Chiara começou a chorar e abraçou fortemente sua mãe, que apenas riu.

— E eu vou me sentir mais ainda se você largar os estudos por minha causa. Meu amor, você tem uma vida pela frente, viva ela por mim. – olhou para a menina e secou suas lágrimas. — Me prometa o que eu te pedi.

— Eu prometo. – fungou tornando a abraçar a sua mãe.

— Então eu te prometo que estarei na sua formatura. – a mais velha abraçou o mais forte que podia a mais nova e deixou uma lágrima escapar.

A verdade é que ela não sabia se seria capaz de cumprir aquela promessa; não sabia se o tratamento a ajudaria, ou só acabaria com ela. Porém Angela tinha que ser forte por ela e por Chiara. Sua filha e seu marido eram as únicas coisas que a mantinha firme em continuar no tratamento e não desistir.

— Lucca, meu filho, posso falar com você um momento? – Mattia colocou a destra levemente nas costas do menino que o encarou na hora.

— Claro que pode. – assentiu sem hesitar e os dois se afastaram alguns passos das duas.

— Esse colégio... É tudo para a Chiara. Eu sei o quanto ela é feliz por estudar lá, nenhum ensino é como lá. No Elite ela tem um futuro, amigos... Um namorado. – o garoto de olhos azuis sorriu sem graça. — A Chiara ama demais a Angela, mas sei que a minha esposa quer que ela permaneça no Elite. Por favor, não a deixe desistir de lá.

— Eu não vou. – balançou a cabeça em negação. — Eu amo a Chiara demais para vê-la desistir de algo que ela gosta. Eu não vou deixar ela ir embora do Elite. – completou convicto.

Já era dia seguinte e os alunos do Elite aproveitavam seu tempo livre do intervalo para relaxar. Sabrina tomava um milkshake de baunilha, cansada demais pela sua segunda noite de trabalho quando Pietra colocou em cima da bancada um prato com alguns biscoitos amanteigados.

— Você parece cansada. Essa receita é de família e, quando você come esses biscoitos, recupera toda a energia. – a loira que tinha duas mechas de seu cabelo pintado de azul sorriu ao apoiar seus braços na bancada.

— Eu só trabalho como bartender há dois dias no Evolution e já estou desse jeito. Imagina como eu vou ficar daqui há alguns meses? – apoiou seu rosto em sua mão.

— Olha, eu acho legal você fazer algo além de estudar, mas... Você não precisa. Só a sua mesada equivale ao que eu me mato pra receber a cada mês e, Sabrina, você é rica. O dinheiro que você tem sustenta até os seus netos. – Pietra riu.

— Sim, você tem razão. Além da mesada, ainda tenho a pensão do meu pai, só que é o dinheiro dos meus pais e não o meu. – a garota se endireitou no banco. — Eu quero fazer por merecer, ganhar o meu próprio dinheiro. Não são todos que querem viver uma vida de luxo e depender dos pais a vida inteira.

— E eu admiro bastante isso. Só que se eu tivesse metade do dinheiro de vocês, não trabalharia nunca na minha vida. – apontou para Osuna que estava a sua frente e deu um gole na garrafa de água que havia acabado de pegar do freezer.

— Enfim, eu só estou trabalhando pra esfriar a cabeça. Como ainda sou de menor, não trabalho de carteira assinada e o Nate só deixou porque minha mãe é amiga dele. Eu só fico com a gorjeta que recebo e meu supervisor fica encarregado do trabalho duro. – pegou um biscoito para experimentar e o sentiu derreter em sua boca. Aquilo realmente recuperava as energias.

— Assim é fácil trabalhar. – Pietra riu e Sabrina apenas revirou os olhos enquanto sorria. — Essa boate é cinco estrelas, só entra gente com grana. As suas gorjetas devem ser, tipo, uns... Cem euros por noite?

— Menos. Juntando o que ganhei esses dois dias, eu tenho vinte euros. – a loira arregalou os olhos ao escutar a quantia e a simplicidade que Osuna teve ao falar. — Eu sei, eu sei. Ainda sim é muito, mas... Olha, Pietra, se eu pudesse, eu trocava de lugar com você. – completou de boca cheia e a mais velha apenas fez uma careta, recebendo uma bolinha feita de guardanapo por Sabrina.

— Pietra. – Fred chamou a loira e as duas o encararam. — Sabrina. – balançou levemente a cabeça e a garota sorriu sem mostrar os dentes, voltando a comer seus biscoitos com milkshake. — O Luigi quer trocar uma palavrinha com você. Parece ser importante.

— Mas... Eu não posso deixar a lanchonete sem ninguém. – o encarou preocupada. — Sabrina, será que você pode tomar conta daqui por alguns minutos? Eu prometo que vou voltar o mais rápido possível pra você não perder a próxima aula. – pediu de mãos juntas.

— Bom... Esse é o meu novo trabalho, não é? – colocou todo o seu peso em suas mãos que estavam apoiadas na bancada e atravessou a bancada. — E não se importe em demorar. Eu não estou a fim de assistir a aula de Física mesmo. – deu de ombros e Pietra sorriu agradecida.

Não demorou para que ela saísse da lanchonete e fosse com Fred até a sala do diretor. Aproveitando que estava sozinha e nenhum aluno estava ali, Sabrina resolveu lavar o copo que havia tomado seu milkshake e seu prato.

— Então você agora trabalha na lanchonete com a Pietra? – Sabrina revirou os olhos e bufou. Balançou as mãos para secá-las e virou-se para a bancada, vendo o loiro apoiar suas mãos ali com um sorriso cínico nos lábios.

— O que você quer? – apoiou suas mãos ali em cima e o encarou fixamente nos olhos.

— Você não quis dizer: "bom dia! Como foi o seu dia até agora? Em que posso te ajudar?" – Cameron fez uma voz fina e Sabrina fechou os olhos, respirando fundo. — A Pietra sempre me recebe assim.

— É, mas eu não sou a Pietra. – cruzou os braços. — E eu quis mesmo dizer: "o que você quer"?

— Atenda com um sorriso. – sussurrou. — Seja mais simpática. – levantou a mão para mexer no queixo de Osuna, porém ela desviou na hora, o que o fez rir. — Eu quero um café gelado. Preto e sem leite. – a contragosto, Sabrina se virou para preparar o café de Cameron enquanto ele sentou-se no banco e começou a vê-la preparar sua bebida.

— Preto como o seu coração? – virou-se novamente para o loiro já com a xícara em sua mão e um sorriso debochado no rosto. Cameron apenas desviou o olhar e sorriu, negando com a cabeça. A garota nada mais disse, apenas colocou o café em cima da bancada e De Luca o pegou para beber.

— Não é possível que até aqui vocês estejam. – os dois olharam ao mesmo tempo para Heloisa que havia acabado de aparecer e a loira cruzou os braços ao revirar os olhos.

— E onde mais estaríamos? Estudamos aqui. – Cameron riu fraco ao se virar novamente para continuar a tomar o seu café.

— Acontece que eu não sou obrigada a ver vocês na hora do intervalo. Já basta durante a aula.

— Vem cá, o projeto de noiva do Chucky vai querer algo, ou não? – Sabrina cruzou os braços já sem paciência.

— Cadê a Pietra? Que eu saiba é ela que toma conta da lanchonete e não você. – a loira encarou Osuna com uma careta enojada.

— Ela teve que sair para resolver uns assuntos e me deixou tomando conta daqui. Então, eu vou repetir, se você não quer nada, cai fora daqui. Eu já cansei de ver essa sua cara de funeral e juro que, se eu continuar vendo, vou acabar vomitando o meu café da manhã.

— Fiquei surpresa por isso agora. – colocou seu dedo indicador no queixo, como se estivesse em dúvida e Cameron a encarou. — Achei que já estivesse acostumada com essa cara, já que você se olha todo dia quando acorda no espelho.

— Como é que é? – Sabrina ameaçou pular a bancada, porém Cameron segurou em seu braço, impedindo-a assim que ela bateu em sua xícara.

— Lolinha, vai por mim, pede o que você quer e fica na sua. – o loiro de olhos azuis a encarou. — Você não vai querer arrumar briga com a Sabrina.

— Ah! Porque eu tenho muito medo dela! – balançou as mãos no ar com uma voz debochada que fez Osuna fechar os punhos com força. — Enfim, eu fiquei sabendo que, assim que você chegou aqui no Elite, houve uma guerra de comida na cantina... – se aproximou da bancada e Cameron olhou de relance para Sabrina. Ela parecia um cachorro na defensiva prestes a atacar. — Eu tô pensando em recriar essa guerra aqui na lanchonete. O que acha?

— Não enquanto eu estiver aqui. Agora, dá o fora logo.

— Por que não, Sabrina? O colégio precisa saber que existe uma vadia louca por aqui. – Heloisa subiu em cima da bancada para entrar na lanchonete e abaixou a cabeça ao passar para não bater ao atravessar.

— Mas você não ficou sabendo? – a garota de cabelo colorido segurou a lata de chantilly que a loira havia acabado de pegar, fazendo com que ela a encarasse confusa. — Eu sou a única vadia louca por aqui. – sorriu, fazendo Rossi contrair a mandíbula. Num ato de raiva, Heloisa apertou a lata e espirrou chantilly em cima de Sabrina, que a soltou e deu um passo para trás, logo a encarando com ódio.

— Ela não fez isso... – Cameron murmurou tampando o rosto com as mãos.

— Olha o que você acabou de fazer! – não foi preciso mais que dois segundos para que Sabrina fosse para cima de Heloisa, a puxando pelo cabelo. — Qual é o seu problema, hein garota? – agitou a cabeça da loira que tentava se soltar a empurrando pelos braços.

— Me solta Sabrina! Tá me machucando! – tentava levantar a cabeça, porém, quanto mais tentava levantar, mais Sabrina puxava seu cabelo. As duas batiam nas estantes, derrubando tudo o que havia em cima e as pessoas que estavam ali começaram a se aproximar para ver o que estava acontecendo.

— Sabrina, solta ela, as pessoas estão começando a olhar. – Cameron pulou a bancada para separar as meninas, porém levou um esbarrão de Osuna, que o fez cair em cima da máquina de refrigerante, apertando os botões com as costas e deixando a máquina jorrar de forma descontrolada todo o refrigerante.

— Agora você sabe com que está mexendo? Acho melhor você cortar essas suas asinhas, passarinho. – colocou a cabeça de Heloisa em cima da bancada e prendeu sua mão em seu cabelo para que ela não conseguisse se virar.

— Me solta, sua maluca! – a loira se debatia e chutava a perna de Osuna que nem sentia dor com os chutes recebidos.

— Isso é pra você aprender a não mexer comigo! – soltou a menina e deu um passo para trás.

Heloisa jogou o seu cabelo para trás e avançou em cima de Sabrina, que caiu no chão. As duas começaram a se estapear ali mesmo enquanto Cameron tentava tirar a loira de cima de Osuna. Os alunos que estavam de plateia se divertiam com aquela cena, até que Fred chegou junto de Pietra.

— O que aconteceu aqui? – Pietra indagou assustada ao ver sua lanchonete destruída e todos os alunos se dispersaram na hora. Fred assobiou alto e os três se levantaram.

Ao ver quem estava ali, eles paralisaram. Cameron, que estava com o uniforme todo molhado de refrigerante, segurava o braço de Heloisa; Heloisa tinha a mão presa no cabelo de Sabrina que já estava todo sujo com pedaços de bolinhos; E Sabrina segurava o colarinho de Rossi, que estava cheia de marcas vermelhas pelo pescoço e rosto.

— Eu não preciso dizer que os três vão para a diretoria comigo, não é? – Fred cruzou os braços de forma autoritária e os três se soltaram. — Andem, saiam daí agora.

— É a segunda vez que eu aparto uma briga sua, Sabrina. Quando você vai parar de arrumar confusão? – Cameron perguntou logo atrás da garota que saia da lanchonete, dessa vez, pela porta.

— Não enche. Eu não pedi a sua ajuda. – foi a única coisa que ela disse antes de fechar a porta na cara do loiro.

Naquele mesmo tempo, do outro lado do internato, sentado numa poltrona com Matteo e tomando suco de manga ao lado da mesa de sinuca e pebolim, estava Dylan.

— E que favor é esse que você vai pedir a ela? – o ruivo perguntou ao levantar as pernas para cima da poltrona.

— Eu não sei. Talvez uma cola na prova? Eu não parei pra pensar ainda. – Dylan deu de ombros.

— Bom, você, pelo menos, já deixou claro que namora. Agora eu tenho mais chances com ela.

— Ai Matteo, esquece essa garota. – o moreno revirou os olhos antes de dar um gole em seu suco e, de quebra, comer o restante do brownie que o seu amigo comia.

— Não dá, ela é linda demais! Eu acho que sinto o mesmo que você sente quando viu a Mia pela primeira vez. E você controlava? Eu acho que não. – Matteo cruzou os braços e o seu amigo apenas negou com a cabeça. Ele nem havia se dado conta que havia perdido o seu brownie. — De qualquer forma, é difícil de acreditar ainda que a Fiona entrou no vestiário bem na hora que você estava se trocando. – riu.

— Como é que é? – ao olhar para frente, Dylan fechou os olhos e Matteo arregalou os seus. Péssima hora para a sua namorada chegar de surpresa. — Eu quero saber que parte da conversa eu perdi. Porque eu acho que escutei o Matteo acabar de falar que a esposa do Shrek te viu trocando de roupa. – Mia cruzou os braços e Dylan se levantou, logo se aproximando da loira.

— Meu amor, senta aí e vamos conversar. De maneira civilizada. Por favor. – juntou as mãos, porém Mia já estava estressada o suficiente para não querer mais escutá-lo.

— Olha só, eu sou uma dama, tá legal? Eu sempre converso de forma civilizada. – levantou o dedo indicador. — Eu quero muito que você me diga que eu escutei errado, bebê. Quero que você me fale que estou alucinando por ter acabado de comer a trufa que a Ivy esqueceu por um mês na gaveta de doces dela e que, assim que eu acordar, o Chris Evans estará na minha frente e vai me contar que eu vou pro Caribe com ele.

— Eu não sinto ciúmes com essa parte porque eu também desejaria o mesmo, mas... – deu um passo para trás assim que ela o fuzilou com o olhar. — Você não está alucinando. Ontem quando eu estava me trocando pra jogar bola, a Fiona errou de vestiário e entrou. Mas ela não viu nada, eu ia tirar a calça bem na hora que ela entrou.

— E mais alguma coisa aconteceu?

— Claro que não! – riu e se aproximou novamente de Mia. — Ela deu em cima de mim, mas eu disse que namorava. Você acha mesmo que eu te trairia? Mia, eu passei meses fingindo não gostar de você. Agora que namoramos, que estamos juntos, você acha que eu faria algo desse tipo com você? Eu te amo.

— Eu sei, bebê, é que... – Mia suspirou e o encarou nos olhos. — Por mais que eu odeie aquela menina, o meu lado "acredite nas mulheres primeiro" fala mais alto. Eu não duvido de você, você sabe. – os dois riram. — Só que essa garota vai ter o que merece. Primeiro que ela tá implicando comigo desde que entrou aqui e, segundo que, ninguém tenta me colocar chifres. Você é o meu namorado.

— Mia, o que você vai fazer? – Dylan tentou impedi-la, porém, mesmo que ela estivesse de salto, correu mais rápido que ele.

Ela não o respondeu, foi direto para o corredor das salas de aula, onde viu Fiona conversando com Ash e outras garotas em frente a porta da sala de aula.

— Fiona! – a loira a encarou com desdém e Ash revirou os olhos.

— O que você quer, hein Moretti? – cruzou os braços e as meninas que estavam com ela riram.

— Fiquei sabendo que entrou ontem no vestiário errado. Você não sabe ler?

— Ou talvez eu prefira entrar no vestiário masculino porque o feminino está infestado de cobras. Pelo menos o masculino tem cobras aproveitáveis, uma delas é a do Lombardi. – riu num tom provocativo e Mia fechou os punhos com raiva.

— Quem você pensa que é pra falar assim de um garoto que é comprometido?

— Eu sou Fiona Vitale, prazer. – estendeu a mão para Mia e deu um passo para frente. — E eu não ligo se ele é comprometido ou não. É apenas questão de tempo para ele perceber que está perdendo tempo com a sem sal da namoradinha dele e ficar comigo. E quem você pensa que é pra falar assim comigo?

— Eu sou Mia Moretti, a namorada do Dylan. E eu não preciso ficar dando em cima de gente comprometida pra me sentir superior as outras pessoas, sua vaca. – Fiona grunhiu.

— Você é uma idiota! – a loira correu em direção à Mia e a empurrou no chão, fazendo com que ela gritasse. — É isso que você é! – as meninas, em exceção a Ash, rapidamente correram para tentar tirar Fiona de cima de Mia, porém não conseguiram.

Fiona puxava o cabelo de Mia enquanto ela dava unhadas em seu rosto e braço, tentando se defender da garota que estava em cima dela. As meninas pediam para que Vitale soltasse Mia, entretanto ela não dava ouvidos e continuava a puxar o cabelo de Moretti.

— Mas o que está acontecendo aqui? – Fred correu para apartar a briga e tirou Fiona de cima de Mia que chutou a menina assim que ela saiu de cima. — Não é possível! O que deu em vocês hoje, hein? – encarou as meninas que estavam ofegantes. — Mia e Fiona, vocês vem comigo para a diretoria. Agora! – puxou as duas pelo braço, que apenas se olharam. Se olhar matasse, ambas estariam mortas.

aaa gente, primeiro quero agradecer demais aos 24k de leituras 💖💖
como eu já disse antes, elite é o meu xodozinho e saber que vocês gostam de acompanhar essa fic tanto quanto eu gosto de escrevê-la, me deixa extremamente feliz.

bom, de longe esse cap foi um dos meus favoritos. eu achei bem simples também, sem muita coisa, mas, de certa forma, achei que foi importante para dar um pouco mais de desenvolvimento na heloisa e na fiona - porque eu sinto que estou deixando demais elas de ladokkk - 
peço mil desculpas também pela demora. eu sei que costumo demorar bastante a atualizar, mas dessa vez foi sem querer. ultimamente ando tendo prova atrás de prova, trabalhos do curso e tô ficando cansada demais. mal me sobra tempo de escrever. 

enfim, era só isso mesmo, e novamente quero agradecer por vocês fazerem crescer mais e mais elite. amo vocês do fundo do meu coração e prometo recompensar nos próximos caps - que, inclusive, estou com muitas ideias rs

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