— Está feliz agora? Por sua culpa perdemos a reunião. – o homem de terno e gravata parou na frente de seu filho que apenas deu de ombros.

— Ficaria feliz se perdesse a matrícula daqui também. – o menino de cabelo ondulado e olhos castanhos revirou os olhos.

Dylan Lombardi é filho do famoso médico Leonel Lombardi. Em seu último ano escolar, seu pai decidiu o colocar no internato Elite, o que não deixou o garoto nem um pouco contente. Apesar de ser da mesma elite de todos que ali estudavam, ele não se considerava um deles; não gostava de se gabar por usar roupas caras, desfilar com seus pertences de marca e fazer uma lista de quantos países visitou nas férias; Dylan não era como eles e ele odiava estar cercado por aquelas pessoas.

— Não se esqueça Dylan, se você for expulso daqui como foi no internato da Bélgica, esqueça sua herança.

— Eu tenho que dizer quantas vezes que eu não me importo de ter ou não a droga do seu dinheiro? – o garoto perguntou de cara feia e seu pai riu sem humor.

— Filho você disse que não queria ser médico e eu respeitei isso, então respeite minha decisão. Você é um Lombardi e meu filho único. Não me desaponte. – Leonel deu leves tapinhas no ombro de seu filho e, novamente, Dylan revirou os olhos.

Tinha vezes que ele desejava tanto não ser um Lombardi... Mas ele era um e, as vezes, tinha que acatar algumas ordens de seu pai.

— Eu sabia que me entenderia. – sorriu orgulhoso. — Bom, eu vou comprar o seu uniforme na secretaria. Vá dar uma volta e vê se consegue encontrar seu quarto. – Dylan sorriu sem mostrar os dentes forçadamente.

Assim que seu pai foi embora, o moreno fez questão de mostrar seu dedo do meio, o que fez com que alguns alunos que passassem ali o olhassem feio.

— Que foi? Perdeu algo? – deu um passo para frente assustando os dois garotos que pararam em sua frente, fazendo com que os dois corressem.

Vendo que os dois correram para longe, Dylan bufou e subiu as escadas. Se ele seria obrigado a ficar naquele lugar, que, pelo menos, o seu quarto fosse bom.

Enquanto isso, Mia estava sentada numa mesa em frente a lanchonete da escola, que dava visão para a piscina. A loira tomava seu milk shake junto com Ivy enquanto observavam quatro alunos novos que conversavam animados em frente a piscina.

— O que estão fazendo? – Cameron pegou uma cadeira e se sentou ao lado de Mia.

A loira o encarou de canto de olho mas o ignorou, continuando a observar as meninas que riam do que os outros dois garotos contavam.

— São os novatos? – Ash perguntou se sentando ao lado de Ivy.

— Sim. Aquele ruivo ali é filho do contador Harrison, aquelas duas meninas são as gêmeas Archibald e, aquele outro é um bolsista. – Ivy apontou para cada um deles.

Cameron bufou, recebendo o olhar das três garotas.

— Eu não gosto desses alunos novos. – o loiro se inclinou na cadeira e abriu as pernas.

— E por que não? – Ash cruzou as pernas, olhando para os garotos que saiam de perto da piscina e iam para o lado oposto das gêmeas.

— É porque eles só trazem problemas. – Lucca apareceu de surpresa parando ao lado de Cameron.

Mia encarou o moreno e revirou os olhos.

— Alunos novos não trazem problemas, Lucca. Você só está com medo de aparecer um garoto mais bonito que você e perder seu cargo de menino mais bonito do Elite. – a loira riu minimamente dando um gole em sua bebida.

Lucca e Cameron se entreolharam e riram.

— Mia, isso nunca acontecerá. Eu sou um Giordano, por favor. – o moreno negou com a cabeça. — Mas, e você princesa? Não está com medo de perder o posto para essas novatas? – se sentou em cima da mesa, se aproximando mais da garota de olhos verdes.

— Não Lucca, eu não estou com medo. Eu sou uma Moretti. Ninguém nunca chegará aos meus pés.

— Pode até ser, mas a princesa precisa de um príncipe. Faz anos que as pessoas cobram isso e, se continuar assim, a Moretti pode perder seu posto para qualquer rostinho bonito que aparecer. – Cameron implicou e a garota engoliu em seco.

Ela não podia admitir mas tinha medo que aquilo acontecesse. Se um dia ela chegasse a não ser mais a mais popular da escola, morreria. Mia tinha que ser a melhor em tudo e tinha que ser a primeira na escola — fosse por notas quanto por popularidade.

— Mia não liga pro que eles estão dizendo. Esses idiotas querem apenas te deixar nervosa. – Ivy chamou sua atenção logo se levantando.

— É Mia, você é perfeita. Ninguém pode substituir você. – Ash a confortou e a menina sorriu com tal ato.

— Até porque, se todas as novatas forem iguais aquela, Mia sempre será a rainha do Elite. – Lucca riu e todos olharam para a mesma direção que ele, vendo uma menina de cabelos curtos, da cor castanho e verde, usando uma saia quadriculada com um cropped listrado e botas cano alto preto parar em frente a piscina.

— Gente, alguém dá um senso de moda pra ela? Em pleno século vinte e um e ela ainda se veste e pinta o cabelo desse jeito? – Ash fez uma cara de nojo.

— Eu vou lá trocar uma ideia com ela. – Cameron se levantou e todos ficarem boquiabertos e confusos.

— Como é? Por que vai fazer isso? Essa daí é inatingível até mesmo pra você. – Lucca olhou para seu melhor amigo enquanto ele ajeitava as mangas do seu casaco cardigan preto que usava.

— Ninguém é inatingível pra mim Lucca. – colocou as mãos no bolso de sua calça.

— Quer apostar uma grana então? – o moreno colocou seus pés em cima da cadeira, agora, vazia.

— Por enquanto não. Grana eu tenho, isso eu vou fazer por diversão. – o loiro de olhos azuis sorriu ladino, fazendo seu amigo revirar os olhos.

Cameron era melhor amigo de Lucca desde que ele entrara naquele internato. E, apesar de Giordano ser o mais bonito do Elite, Cameron sempre ficava a sua frente. Por causa de seu pai, De Luca tinha um destaque há mais e mais facilidade com as garotas; o que deixava seu melhor amigo puto e, sempre, criando apostas para provar que era melhor que Cameron — o que nunca dava certo.

O loiro se aproximou da garota de cabelo colorido enquanto seus amigos observavam a cena bastante curiosos para saber que fim daria aquela conversa.

— Oi gatinha, tudo bem? – Cameron sorriu galanteador, estendendo sua mão para Sabrina.

Porém a garota apenas o encarou de cima em baixo, com uma feição nada agradável.

— Então... Eu estava de olho em você e percebi que é aluna nova. Se quiser conhecer a escola posso te mostrar. O que acha? – o loiro abaixou a mão assim que percebeu que a menor não ia o cumprimentar.

— Por acaso eu pareço perdida ou pedi sua ajuda? – arqueou uma de sobrancelhas. — E mais, mesmo se não soubesse andar por aí, eu tenho um cérebro e sei muito bem me virar. Mas acho que não posso dizer o mesmo que você... – o encarou de cima em baixo.

— Ei, se acalma aí! Eu estava apenas tentando ser simpático. – Cameron franziu o cenho e cruzou os braços.

Sabrina olhou para a piscina e logo voltou seu olhar para o garoto, soltando uma risada debochada.

— Cuidado que você está muito perto...

— Perto da onde? – Cameron olhou confuso para os lados, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, foi empurrado direto na piscina pela garota. — Você tem problemas garota? – mexeu em seu cabelo molhado, o colocando para trás.

— Puxa gatinho, foi mal, mas eu avisei que estava perto demais da piscina. Por acaso o Ken não gosta de água? – Sabrina provocou rindo.

— Ei garota, quem você pensa que é? Por que fez isso com ele? Você não deve estar mesmo acostumada quando pessoas bonitas vem falar com você, pelo jeito. – Mia empurrou Sabrina, que logo a encarou de cima em baixo, não demorando muito para revirar os olhos.

— Meu Deus! Por acaso nesse lugar só tem bonequinhos de plástico? – a garota passou a mão em seu rosto.

— Como é? Olha só sua rockeira emo dos anos 2000, eu acho bom você... – Mia não pôde terminar sua frase, pois foi empurrada também por Sabrina na piscina.

A loira se levantou com um grito, enquanto batia as mãos na água e Cameron a segurava pela cintura para a ajudar.

— Em vez de falar, por que não ajuda o Ken na natação, Barbie? – Sabrina riu enquanto Mia a encarava com fúria.

— Mia! – Ash correu para ajudar a amiga enquanto Ivy e Lucca vinham logo atrás.

— Qual é o seu problema? – Ivy se aproximou de Sabrina bastante irritada.

A garota de cabelo colorido apenas ameaçou se aproximar e as duas meninas se esconderam atrás de Lucca.

— Mais alguém quer fazer companhia pra Barbie e o Ken na piscina? – encarou as pessoas que olhavam para ela mas elas apenas começaram a sair dali, com medo do que Sabrina pudesse fazer. — Bom, foi um prazer conhecer vocês. Você é um amor de pessoa loirinho. – olhou para Cameron que ajudava Mia a sair da piscina e logo deu dedo do meio para os outros três amigos que ali estavam, não demorando muito para ir embora.

— Mia você tá bem? – Ivy se aproximou de Mia que tentava se equilibrar em seu salto, enquanto retirava o excesso de água em seu cabelo.

— Eu preciso de uma toalha. Agora! – exclamou com fúria, fazendo com que as duas meninas corressem em busca de um roupão e uma toalha.

— Pois é meu amigo, eu acho que por essa maluca vale a pena apostar uma boa grana. – Lucca riu provocativo, se aproximando de Cameron que retirava seu casaco para tirar a blusa molhada, ficando apenas de tênis e calça.

O loiro olhou para ele sério enquanto o moreno sorria.

— Lucca... Vai se foder. – foi a única coisa que Cameron disse antes de empurrar o garoto e ir embora.

Do outro lado do internato, Dylan tentava por conta própria encontrar seu quarto — o que para ele estava sendo impossível, já que aquele lugar era enorme, diferente de seu antigo internato na Bélgica que era menor.

Perdido em um dos corredores e decidido a não pedir ajuda a ninguém, Dylan decidiu seguir reto até levar um forte esbarrão. O moreno olhou com fúria para a menina de olhos verdes que usava um roupão e tinha uma toalha enrolada na cabeça, acompanhada de duas loiras.

— Ei! Não olha por onde anda não? – ajeitou seu óculos estilo Kurt Cobain que tinha no topo de sua cabeça.

— Você que fica na frente das pessoas. Eu estou numa ultra emergência e preciso trocar de roupa. E o que você faz aqui? – olhou com desdém para o garoto que a encarava.

Dylan não podia negar para si mesmo, aquela garota era a mais linda que viu na vida. Mas, com certeza, era como todos ali: fútil e mimada e não era esse tipo de pessoa que ele gostava.

— Indo para o meu quarto, princesa. – sorriu debochado dando um leve esbarrão na menina.

— Então você está indo para o lugar errado... – a menina olhou para ele de cima em baixo logo voltando a encará-lo em seus olhos. — Kurt Cobain nos dias atuais. – fez uma careta. — O quarto dos meninos é no outro corredor. Agora, cai fora daqui. – fez um sinal com as mãos para que ele fosse embora e voltou a seguir seu caminho junto de suas amigas.

Dylan continuou ali, observando Mia até ela entrar em seu quarto. Aquelas pessoas eram mesquinhas e fúteis, como ele imaginava. E, se todas as meninas fossem que nem aquela, ele passaria o último ano solteiro.

Ao chegar no corredor certo, Dylan procurou entre as portas o seu nome e, suspirou aliviado por finalmente ter encontrado seu quarto. Assim que entrou, deu de cara com seus dois novos colegas de quarto, um asiático e um ruivo.

— Ah, oi, seja bem-vindo! Me chamo Matteo Petrini e sou bolsista. Você deve ser o Dylan, nosso colega de quarto. – o ruivo de olhos verdes estendeu a mão para cumprimentar o garoto assim que o viu entrar.

— Sim, sou eu mesmo. – o moreno olhou para a mão estendida de Matteo e, após relutar um pouco, o cumprimentou. — Você disse que é... Bolsista?

— Hã... Sim, eu sou. – sorriu passando a mão sobre sua nuca. — Meu sonho sempre foi estudar numa escola como essas mas meus pais não tem dinheiro o suficiente pra pagar, então eu fiz as provas e consegui ganhar a bolsa daqui. Eu estou muito feliz por ter conseguido entrar aqui e espero que sejamos amigos!

Dylan o encarava com um semblante sério e braços cruzados. Ele não conseguia entender como as pessoas tanto queriam estar num lugar daqueles, com aquelas pessoas. Por ele, ele estaria numa escola pública normal e, as tardes, andaria de bobeira pelas ruas de Verona com seus amigos e não ficaria num internato, convivendo com 'riquinhos esnobes.

— E você é quem? – olhou para o outro menino que terminava de arrumar suas coisas na cabeceira da cama.

— Eu já tentei puxar assunto com ele, mas ele não me responde. Se fosse você, não tentaria. – Matteo sussurrou dando um leve tapinha no ombro de Dylan.

O moreno olhou para o ruivo mas logo voltou seu olhar para o asiático que estava a sua frente.

— Ei! Eu falei com você! – Dylan exclamou, fazendo com o que o garoto de óculos redondos olhasse para ele.

— E-eu me chamo Jin Young Park. Sou filho do político Park, mas pode me chamar apenas de Jin... – o menino respondeu cabisbaixo logo voltando a arrumar suas coisas.

— Bom, é um grande começo. Pelo menos com você ele falou. – Matteo riu fraco cruzando os braços.

Dylan revirou os olhos e subiu as escadas que dava para o banheiro e mais alguns armários, e logo se sentou num degrau, colocando as pernas entre o corrimão.

— Olha só galera, vocês devem se amarrar estudando aqui mas eu não. Eu fui obrigado a estudar nessa prisão e, vou ficar até o final do ano dividindo o quarto com vocês e eu tenho uma proposta pra vocês.

Os dois meninos encararam o moreno que sorriu ao receber a atenção dos dois.

— Que proposta? – Jin perguntou quase que inaudível.

— Vamos fazer um pacto: protegeremos um ao outro, não importe o que for. Precisamos ser amigos, querendo ou não, pra dar certo. Pelo que vi de você, japonês, não quer estar conosco e eu também não mas... É a vida. – deu de ombros batendo as mãos em suas coxas. — E então? O que me dizem?

— Primeiro que eu não sou japonês, sou coreano. – o menino pálido abaixou a cabeça e ajeitou seu óculos que estava na ponta de seu nariz. — E não é que eu não queira estar com vocês é que... Ano passado eu tinha problemas com meus colegas de quarto e prefiro evitar isso novamente.

— Bullying? – Matteo encarou Jin que apenas abaixou novamente a cabeça, como forma de concordância.

— Então galera, é disso que estou dizendo. Se fizermos esse pacto, ninguém será páreo para nós. Seremos igual aos... Três mosqueteiros só que melhor. O que me dizem?

Jin e Matteo se encararam por alguns segundos, pensativos, mas não demoram muito tempo para voltarem a olhar para Dylan.

— Eu topo! – os dois disseram em uníssono, fazendo com que Dylan sorrisse.

A Segunda-feira acabava de se iniciar e, as sete da manhã, todos os alunos do Elite iam para a cantina para tomar o café da manhã.

— Ai, eu estou tão animada por estar de saia! Ash, você não tem noção como eu pedi por isso ao Luigi. – Mia disse animada, enquanto recebia em sua bandeja uma maçã.

O café da manhã de boas vindas aos alunos era nada menos que uma limonada, pudim, pão com geleia e uma maçã. Porém, como Mia prezava pelo seu corpo, ela apenas pegou uma maçã e um macchiato.

— Com certeza Mia, estamos maravilhosas. Falando em maravilhosa, onde está a Ivy? Ela não desceu com a gente. – Ash perguntou enquanto seguia sua amiga até a mesa.

— Ela disse que já vinha, só ia terminar de se arrumar, sabe com a Ivy é. Eu já disse mil vezes que está na moda uma maquiagem básica mas ela insiste em passar mil coisas naquele rosto. – a menina revirou os olhos dando um gole em seu café.

A garota estava bastante entretida conversando com sua melhor amiga, quando sentiu um líquido grudento cair em seu cabelo recém-lavado, descendo para seu rosto e caindo em seu limpo uniforme. A cantina parou assim que ouviu o grito agudo da garota.

— Opa, foi mal, eu acabei esbarrando. – a menina de cabelo colorido tinha um sorriso cínico nos lábios. — Mas não fica chateada. Ouvi falar que pudim faz bem pra pele.

— Você me paga garota! – Mia levantou com fúria e, sem pensar duas vezes, pegou o prato de Ash e jogou contra Sabrina, sujando a menina de pudim e geleia.

Naquela hora, todos estavam perplexos. Pelo que viam ali, Sabrina e Mia não se batiam e, aquilo era péssimo.

— Nossa! Primeira vez que vejo a cantina tão quieta assim. – Noah murmurou assim que entrou na cantina com Lucca e Cameron.

Os três se aproximaram da mesa para pegar as bandejas, que nem reparam o confronto entre Mia e Sabrina.

— GUERRA DE COMIDA! – um aluno gritou em meio ao silêncio e, numa fração de segundos, todos que estavam ali começaram a jogar a comida uns contra os outros.

Mia e Sabrina começaram a se bater ali mesmo, ao mesmo tempo que jogavam comida uma nas outras também. Ash tentava separar as duas ali, mas foi acertada por um pedaço de pudim e, bastante irritada por aquilo, deixou as meninas de lado e começou a jogar tudo que via pela frente também. Enquanto isso, Cameron, Noah e Lucca se protegiam com suas bandejas e tentavam se esconder atrás de uma mesa.

— Eu não posso me sujar logo no primeiro dia de aula. O que as pessoas dirão se virem Lucca Giordano sujo de pão com geleia e pudim? – Lucca se lamentou.

— Lucca vai se foder. Temos é que dar um jeito de sair dessa faixa de gaza. – Cameron fez uma careta indo para debaixo da mesa.

Enquanto ocorria a terceira guerra mundial ali mesmo, Martina conseguiu sair da cantina e correu para a diretoria para avisar ao seu pai. Dylan já estava todo sujo de pudim e café e, naquele momento, se divertia fazendo o mesmo com as outras pessoas com a ajuda de Matteo. Jin estava desesperado, ele nunca presenciou uma coisa daquelas desde que começara a estudar naquele internato; enquanto tinha um ataque de pânico, Matteo e Dylan o empurraram para debaixo da mesa para que o garoto não fosse atingido.

Chiara tentava se esquivar dos pudins que eram jogados em sua direção mas, todos seus esforços foram em vão, já que sua colega de quarto, Nina, havia jogado seu pão com geleia nela, fazendo com que ela também entrasse na brincadeira. Naquela hora, as cozinheiras entravam em desespero, ninguém conseguia parar com aquela guerra. Cameron e Lucca, numa de suas tentativas de sair por ali debaixo das mesas, foram acertados e, naquele momento, também haviam entrado na brincadeira. Noah havia se sujado sozinho caindo entre as comidas que estavam no chão e, todos estavam completamente sujos, assim como toda a cantina.

Depois de um considerável tempo, finalmente o diretor Luigi chegou com Martina, o inspetor Fred e dois professores.

— Que palhaçada é essa aqui? – Luigi perguntou mas fora ignorado por todos.

Ele só foi notado mesmo quando alguém o sujou de pudim e ele gritou. Naquela hora, todos pararam o que estavam fazendo e o encararam.

— Eu não vou perguntar quem me sujou, mas quero saber quem começou essa baixaria. Eu quero os culpados agora mesmo! – sua voz ecoou pela cantina e todos ficaram quietos.

Mia encarava com medo o diretor, enquanto Sabrina soltava a gravata do uniforme da loira. Cameron e Lucca tentavam limpar suas mãos sujas em suas calças. Dylan e Matteo retiravam Jin debaixo da mesa que estava paralisado e Chiara começava a ficar nervosa enquanto Nina ajudava Noah a se levantar do chão.

— Foi o terceiro ano. – um aluno fingiu tossir quebrando o enorme silêncio formado.

— Por que não estou surpreso? – Luigi riu sem humor olhando para Fred. — Muito bem, primeiro e segundo ano, vão para seus dormitórios tomar um banho para irem a aula. Terceiro ano, quero todos na sala de aula. Agora! – foi ríspido e, naquele momento, todos os alunos da nova turma 306, começaram a sair um por um da cantina.