Capitulo 27 - Parte 1
Gente, seguinte, estou com um bloqueio que não está escrito. Por esse motivo vou colocar o que já tem do capitulo 27 e quando finalizar posto o resto.
***
Do lado de dentro do apartamento Alicia podia ouvir o casal chegando, sorriu ao perceber o tom de voz feliz de Karolin, parte porque realmente torcia pelo casal mas principalmente porque fazia dias que não via a amiga sequer sorrir.
Nunca imaginou que Karolin ficaria tão mal com a morte de seu primo, nunca dera muita atenção para eles, nunca notou que a amiga tinha tanto carinho pelo vampiro. Mas o estado destroçado que ela ficou após perdê-lo....
Era sufocante vê-la daquela forma, insuportável. Sempre admirou a humanidade na amiga, sempre, mas esses últimos dias ela se aproximava a uma máquina
Treinava como louca, até cansar, não comia e não sorria. Seu único objetivo era estar treinada o suficiente para resgatar Lancien. Forte o suficiente para enfrentar Eniminangel.
Alicia arrepiou-se só de pensar na malvadeza. Não conseguia imaginar o quanto a amiga sofreu, mas via claramente o quanto aquilo mudou-a. A ruiva esperava sinceramente que agora a amiga pudesse dormir serenamente.
Abriu mais um sorriso, dessa vez mais aberto, ao pensar em como era lindo o amor dos dois, a forma como se completavam, se acalmavam. Como um refletia a alma do outro de forma tão natural.
Dispersou os pensamentos ao notar a agitação na porta, ambos entraram sorrindo de orelha a orelha. Os olhos de Eddy e Alicia imediatamente desviaram-se em direção ao Arcanjo.
Podiam notar a tristeza nele, claro, mas acima de tudo, sabiam que Trent estava satisfeito de ver a amada tão sorridente novamente.
Mas estavam preocupados demais notando as feições do arcanjo e nem repararam a movimentação de seu corpo, mas quando a Elementar externalizou o escudo de fogo, os olhos dos dois desviaram para ela, que agora estava em posição de ataque e um pouco mais afastada de Brandon.
- Mas que... Você ta maluco? Porque nos atacou? - Brandon perguntou, em uma mescla de orgulho da namorada e ego ferido por não tê-la protegido e sim o contrário.
Trent não respondeu, olhou para a amada à espera de que ela mesma explicasse, conhecia sua aluna o suficiente e sabia que ela tinha conhecimento de para que fizera aquilo.
- Lição 78. Sempre esteja preparado para o ataque. - Karolin respondeu, mantendo contato visual direto com o noivo, que em resposta ergueu um pouco a sobrancelha esquerda. - Ah, claro e lição 82. Nunca deixe que as emoções te ceguem.
O guerreiro sorriu satisfeito, tal como Raze parado próximo a cortina. Sentiam-se orgulhosos em como ela havia evoluído.
- Parabéns cunhadinha. - o moreno disse, sorrindo enquanto batia palmas leves.
Karolin sorriu e correu até o cunhado abraçando-o fortemente enquanto ele a girava nos braços, colocou-a no chão e em seguida beijou sua testa.
- Feliz de te ver viva. - abraçou-a mais uma vez, demonstrando naquele abraço todo o alívio que sentia por não ter perdido-a.
Era incrível como Karolin se sentia bem ao redor dos Saints, ela e Raze seriam um excelente time um dia, quando assumisse como guerreira.
- Voltaram? - Mer perguntou feliz em ver os dois bem.
- Voltamos. - o loiro sorriu e abraçou a namorada, o coração transbordando de felicidade em poder tê-la nos braços novamente.
- O papo está otimo mas enquanto conversamos e brincamos de adolescentes mais pessoas podem estar morrendo. - Eddy disse desencostando-se de Alicia e caminhando até a mesa. - Precisamos reunir tudo que temos até agora.
- Karolin, você ainda faz anotações do assassinato naquele caderno?
- Faço, está no quarto. Vou pegar.
Karolin voltou para a sala tão rápido quanto fora, em suas mãos o caderno e um mapa.
- Pra que esse mapa amor? - Disse Brandon vincando as sobrancelhas.
- Aqui, eu anotei cada ponto de morte, cada um deles. - ela abriu o mapa na mesa para que todos vissem enquanto entregava as folhas do caderno para que a amiga tirassse cópias para todos.
- Sabemos que os pontos de morte são nas linhas de convergência, isso é óbvio mas não consigo enxergar uma ordem ou similaridade,nem impar, nem par. Se conseguissemos entender esse padrão talvez pudessemos evitar o proximo assassinato e pegar o assassino. - Mer diz olhando mais atentamente o mapa do que a copia que acabara de pegar na mão.
- O mapa não, mas acho que entendi o padrão das bruxas. - Trent disse caminhando para o centro da mesa e apoaindo o papel na mesa para que todos vissem. - Com exceçao dos assassinatos na escola, notem que existe uma ordem: ele mata controladores de energia e controladores mentais juntos; em seguida vem controladores de água; fogo; ar e terra.
- Você tem razão, mas porquê nessa ordem exatamente? - Ellen questiona apoiando-se na mesa, proxima ao Arcanjo.
- Não consigo pensar em nada, posso ir ao santuário amanhã pesquisar.
- Seria ótimo, - Karolin diz olhando Trent diretamente nos olhos. em uma conversa silenciosa entre olhares afirmando que iria com ele. - O importante é que agora sabemos que o próximo deve ser um dominador de água. Talvez se conseguissemos ficar de olho em todos...
Ao seu lado, Brandon soltou uma risada debochada.
- Boa sorte com isso, a classe de controladores de agua tem mais de 300 alunos...
- Se nao tentarmos, não vamos conseguir. - Karolin disse enquanto abria um sorriso e fechava o caderno, de relance viu Alicia sorrir e acenar com a cabeça enquanto Eddy mantinha o rosto neutro como sempre.
***
Karolin entrou na sala de biologia naquela manhã de segunda feira ansiosa, os olhos buscaram imediatamente os de Brandon, o coração errou uma batida ao vê-lo, estava apoiado na bancada de Melissa, uma controladora mental.
Faziam 4 dias que não se viam e a saudade batia forte, queria correr e abraçá-lo mas com medo de atrapalhar a conversa, ela apenas direcionou-se a mesa que dividiam juntos.
Sorriu ao lembrar-se da primeira vez naquela mesma aula com ele, como se odiavam e mal se conheciam. Muitas coisas haviam mudado naqueles 7 meses, de raiva ao amor. Do ódio floresceu uma linda historia de amor.
Brandon não demorou a sentir a presença da namorada na sala, Karolin ainda não havia nem chegado a mesa quando ele a puxou para os seus braços e girou-a no ar.
O coração disparado feito louco. Colocou-a novamente no chão e deu um selinho em seus lábios, os dias que a namorada passou no Sol fez bem a ela, mas não podia mentir que estava louco de curiosidade sobre o que descobriram no Santuario.
- Senti sua falta... - ele disse logo que sentaram em seus lugares usuais.
- Eu também senti, ah Brandon como queria ter autorização para levá-lo até lá, é incrivel.
Brandon sorriu vendo a namorada alegre, a felicidade chegava aos olhos da garota e nem sabia que era possível mas ela ficava ainda mais linda daquela forma.
- Vai, mata quem ta me matando - Brandon disse fazendo um carinho no cabelo da amada que riu ao ver uma expressão tão comum entre seres humanos, ela no fundo gostava da forma como ele a lembrava de que poderia ser Elementar mas ainda assim parte suaera humana. - Como foi no Santuario?
- Bom, estamos lidando com um ritual necromante mesmo, e dos fortes. É necessária essa ordem para que os poderes se intensifiquem, no entanto, ainda não entendemos a razão do Talpá ser roubado.
- Eu estava estudando um pouco na internet, e claro que a maioria são especulações de humanos curiosos, mas acho que talvez os talpás sejam para os demônios se sentirem satisfeitos.
- Faz um pouco de senti...
- Karolin, Brandon, vocês querem compartilhar com a classe o que é tão interessante para atrapalharem o Ciclo de Krebs?
- Eu... Perdão professor, é a saudade, não vai se repetir. Pode continuar a aula. - disse o garoto apertando a mão da namorada por debaixo da mesa.
*Caderno*
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