▫️Capítulo 34▫️

BRISA DONIVAN

A Lunna estava me ligando.

- Espera! Espera um pouco... é a minha amiga! - Afasto o John um pouco de mim e tento recuperar a minha respiração, para poder atender a ligação.

- Tem que ser agora? - Ele enrosca a sua boca gostosa no meu ouvido e sinto a sua respiração quente, me tragando ainda mais para perto dele.

Nesses dois dias, não havíamos conseguido nos manter longe. De uma certa forma, eu encontrei um jeito de lhe perseguir e o irritar aonde quer que fosse; mas o efeito que lhe causei, foi exatamente ao contrário; em vez de lhe afastar, eu só o fiz me desejar ainda mais, do mesmo jeito que eu também estava me sentindo. Logo, concordamos que aquilo não iria funcionar. As farpas que soltávamos, só eram combustíveis para a gente lembrar do que sentíamos quando nos atracávamos. Assim, desistimos de lutar contra.

Hoje já era a terceira vez, que nos encontrávamos e inevitavelmente, estávamos nos beijando. Agora, era na porta do banheiro dos funcionários que fica dentro da sala dos professores e não havia ninguém na parte de dentro. Era uma atividade complementar, uma reclamação, uma dúvida, ou, qualquer outra desculpa, para poder ficarmos a só e ter um tempinho de desfrute, mesmo que fosse arriscado e contra tudo que acreditávamos.

- Sim! Tem que ser agora... - Tento recuar um pouco, mesmo não querendo e já me sentindo embalado pelas suas carícias. Ela ainda se recusava em pôr as mãos em mim. Contudo, justo hoje, ele havia cedido um pouco a respeito disso e levemente, agarrado os meus cabelos.

Merda!! Porque eu me sentia culpada, em ainda não ter contado a minha fraqueza de "não resistir a ele", para a Lunna? Agora a minha consciência me obrigava em lhe atender, além, de quem ultimamente ela não vinha ligando tanto para mim. Alguma coisa deveria ter acontecido.

Mesmo que a contragosto, eu tento me aprumar e me viro de frente para o meu novo tentador vicio, o Professor John Peterson. Hoje eu havia vindo exclusivamente a caráter. Eu estava a mistura de "Emily em Paris", com o as trancinhas da Britney Spears, em "Baby One More Time". A minha intenção, era em lhe mostrar como posso ser uma patricinha e cheia de gostos, mesmo não sendo tão riquinha assim. Talvez isso lhe criasse uma aversão a mim. Contudo, eu só não esperava que ele fosse ser fã de Pop e idolatrado a Britney Spears no lançamento dessa sua nova música.


O seu fascínio em me ver assim, foi a deixar de todo o fogo que estávamos tendo hoje. As aulas já haviam acabado, todos já haviam ido embora e uma atividade sem sentido algum, aplicada como forma de punição ao ter lhe respondido em sala de aula, havia nos levados em algumas horas na presença um do outro. O que só não passou de uma fachada sua, para me admirar ainda mais de perto, sem ser julgado. Estava cada vez mais difícil, resistir a essa sua nova versão apaixonado pelas minhas loucuras. Como iriamos sobreviver? E tomando folego, eu atendo.

Ligação on ---------------------------------------------

- Oi, Lu!!! - Sorrio meio sem jeito para ele na minha frente e vejo aquela sua linda barroquinha, se forma no rosto, enquanto eu atendia a minha amiga no telefone. O danado tinha que ser bonito, não tinha?

(Lunna) - Oi, amiga. Escuta... lembra de quando você me ligou e disse que estava preocupada com o Nick? - A sua voz me parecia tensa e nervosa.

(Brisa) - Sim, é claro. - Sinto o meu coração gelar, ao pensar que algo possa ter acontecido com o meu irmão. Ele é tudo para mim. Sem ele, em nada eu teria sobrevivido nessa vida. - O que aconteceu, Lunna? - a minha voz sai embargada.

A minha amiga parece suspirar fundo, até que diz.

(Lunna) - Muitas coisas, amiga. Sei que eu deveria ter conversando antes com você e tudo mais, mas era muito difícil confessar o que eu estava sentindo. Além, de que talvez agora não tenhamos muito tempo. - Ela toma mais um suspiro e as minhas pernas parecem ficar bambas. O John percebendo o meu estado, logo, ergue uma das suas sobrancelhas para mim, de forma indagatória. - Você estava certa, quando disse que ele estava agindo de um jeito diferente... o Nick estava ou ainda está sendo ameaçado. Parece que alguém que ele machucou na sua época de luta, quer se vingar dele agora. Essa pessoa o ameaçou, dizendo que iria mexer com você, com sua família ou... 'comigo'. - Ela sussurra, se citando no final.

Confusa, eu ainda lhe pergunto.

(Brisa) - Você? Mas... c-omo... - Fico me questionando internamente, sem entender muito bem o seu envolvimento nisso. Eu sabia das antigas lutas clandestinas do Nick, nunca as presenciei, mas sabia desse submundo dele. Nunca o questionei, porque aquele era o seu jeito de nos proteger e intimidar algumas pessoas que tentavam mexer comigo ou usar ele para o mal. - E como você ficou sabendo disso? Porque eu não soube? E onde o Nick está agora? - Lhe bombardeio com perguntas, que nem eu mesma sei se ela saberia me responder.

(Lunna) -E-u... - Ela gagueja, mas decide falar. - O Nick que me disse sobre isso. Acho que ele não queria te preocupar... E ele também, quase que não me dizia sobre esse assunto. - Ela fala de forma lamentável e tristonha.

(Brisa) - É! Pelo jeito você se aproximou bastante dele, para ele ter se aberto assim com você. - Afirmo isso, de forma incisiva e magoada. A Lunna fica em silêncio por mais um tempo e sei que ainda tem mais por vir. - E onde ele está agora? Acredito que você já saiba, não é? - Pergunto, me sentindo deixada de lado. E eu com certeza, precisava puxar a orelha do meu irmão. Ele tinha que me falar essas coisas!!

(Lunna) - É exatamente por isso, que estou te ligando assim... queria poder falar sobre esse assunto pessoalmente, mas sinto que talvez o Nick esteja em perigo ou fazendo algo imprudente demais, para esperar; - a sua voz fica embargada e ela prossegue. - Ele parecia estar se despedindo hoje de manhã, Brisa. Tentei ligar para ele, mandar mensagens, mas ele não me responde. Talvez eu esteja enganada, mas você sabe como o Nick é protetor demais, para deixar essas ameaças em aberto.

O meu coração para, acelera e eu rapidamente começo a hiperventilar. O John percebendo o meu estado, entende que eu não estou inventando ou fingindo ser fresca o bastante, para passar mal assim do nada.

(Prof. John) - Brisa, respire! Devagar, está bem? - Ele me leva até o sofá e tenta me abanar com uma almofada. E com os olhos esbugalhados, eu ainda tento raciocinar todas aquelas enxurradas de informações e fazer o que o John me pede.

(Brisa) - Ok. O-o... o meu irmão está em perigo. Ele está sendo ameaçado; e por alguém que quer vingança. E você sabe do sumiço dele, porque esteve com ele essa manhã. - Tento falar em voz alta, para ver se entendi direito. - Por Deus!!! E sabe lá o motivo de você ter visto ele tão cedo em pleno sábado. Eu não quero nem imaginar, Lunna. Não, com o meu irmão. - Reverbero, querendo tirar toda aquela tensão de cima de mim.

E como ela não me responde, eu tenho a confirmação.

(Brisa) - É sério isso??? Com o meu irmão, Lunna!!! Logo com o idiota do meu irmão? Você podia mirar em outra pessoa, não? Tinha que ser justo com ele... Como você foi capaz de fazer isso comigo? - pulo em um rompante só e começo a andar de um lado para o outro, incapaz de ficar parada. - Não com ele, Lunna!!! Não com ele! Caralho, eu não quero nem te perguntar sobre o que vocês já fizeram... Isso é demais para a minha imaginação! EU VOU MATAR O MEU IRMÃO!!! - Grito aos plenos pulmões e mordendo a minha própria boca, para não falar merda demais. - Se ele já não estivesse sendo ameaçado, ele iria ver só!!! - Tento me controlar e focar no que realmente importava agora.

(Lunna) - Me desculpa, amiga... eu... - Ela começa a falar, mas eu logo a interrompo.

(Brisa) - Ok, Lunna. Agora não. Deixa eu esfriar a minha cabeça. - Penso em todos os lugares, nos quais aconteciam as antigas lutas clandestinas e aonde o Nick poderia ter se enfiado.

Nas bocadas da comunidade da gente, ele não iria. Ele não se exporia a tanto, sem ele poder ter um lado que ele pudesse ter alguma vantagem; e se alguém quer se vingar dele, ou essa pessoa já teria o pego ou marcaria um encontro com ele. O que me levar a pensar, que eles possam ter marcado alguma luta. Tipo uma revanche.

(Brisa) - Escuta! Eu vou falar com Ricardo. A pessoa que está ameaçando o Nick, deve estar querendo uma revanche, fazê-lo pagar pelo o que ele lhe causou. Vou procurar saber onde estão tendo essas lutas clandestinas e te aviso o local. Ele não pode morrer ainda!!! Ele o meu irmão e só eu posso ameaçar ele. - Rosno de raiva e vejo a cara de interrogada que o meu delicioso professor John está fazendo.

Eu também tinha o meu segredinho, escondido da Lunna. Eu não era tão intransponível assim. De uma certa forma, o meu arrogante, altivo e atraente professor John, estava derrubando as minhas barreiras e me fazendo gostar cada dia mais dele. O que claramente, não era isso que eu deveria estar fazendo.

Assim, me sentindo com menos raiva, mas não quanto, com menos adrenalina, eu me despeço da Lunna e parto rumo a porta.

Ligação Off -----------------------------------------------------

- Ei, você vai aonde? - O John corre atrás de mim e me para bem a tempo de sair pela porta. - Que lance é esse de ameaça, lutas clandestinas, revanche e que seu irmão está em perigo? - Ele sorri, sem crer em toda essa loucura que acabou de ouvir da minha ligação. - Você não está pensando em ir atrás disso sozinha, né? - E quando ele não ouve resposta, ele continua. - Brisa!! Existem policiais para isso. Você não pode estar falando sério.

- Eu estou com cara de quem está brincando, professor John? - Eu lhe olho séria, para ele ver que eu não estava de zoação. E ao perceber isso, ele respira fundo. - Eu não posso envolver nenhuma polícia nisso, está bem? Eu sei bem como elas agem e isso só prejudicaria o meu irmão. Não vou arriscar. Essas lutas são foras da lei. O Nick já havia saído delas, mas agora deve ter retornado, para tirar as ameaças que fizeram a mim, a minha amiga e a minha família. Não vou deixá-lo cair nessa novamente.

Percebendo a seriedade do problema, não o julgaria se saísse correndo de perto de mim e nunca mais quisesse me ver ou se envolver comigo. Eu era maluca demais, para o tipo de vida que ele levava.

- Eu vou com você. - Ele diz simplesmente isso e me deixa totalmente em choque com a sua resposta.

- Você sabe o quanto isso é arriscado, não sabe? - Lhe olho séria e com os olhos esbugalhados.

- Sim, sei! Mas se você precisa fazer isso, eu não te deixarei ir sozinha. Você é maluca demais, para andar nesses lugares perigosos. - Ele ler a minha mente e se aproxima de mim, tocando levemente no meu rosto e ajeitando alguns fios do meu cabelo, antes de ergue o meu queixo e me fazer olhar claramente para ele. - E se você também foi ameaçada, alguém precisará pagar o preço; e eu estarei lá, para garantir isso.

Os meus olhos se enchem de água e eu me recuso, a derrubá-las na sua frente.

- E você é maluco, por concordar em vir comigo. - Digo com a voz embargada e sem querer desfazer o nosso contato.

Pela primeira vez, eu sentir que alguém realmente queria estar comigo. Não nos conhecíamos a muito tempo, mas ele era o único homem; sem ser da minha família; que estava disposto a se ariscar em alguma coisa por mim.

- "Há sempre um pouco de loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura". - Ele sorri lindamente para mim com aquela sua barroquinha amostra e agora, eu acho que ficaria ainda mais impossível resistir a ele.

- Vamos, precisamos achar oRicardo. - Eu seguro rapidamente na maçaneta da porta e a abro, tendo o John logo em seguida, atrás de mim.

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Eita, que é eita atrás de eita! 🤭 🔥💣
Só eu acho que a Brisa tirou a sorte grande, com o professor John? Kkk

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