▫️Capítulo 25▫️

NICK DONIVAN

Não ter tido notícias da Lunna naquela manhã, me fez quase surtar. Achei que iria lhe encontrar mais cedo no tatame, na mesma hora de sempre, mas a mesma não apareceu. Logo, já achei que o idiota que havia me ligado ontem, havia decidido tomar alguma atitude inesperada e sequestrado a Lunna. Ter lhe mandado inúmeras mensagens de manhã e andado que nem um louco, para um lado e para o outro, esperando ter alguma notícia sua, não havia acalmado em nada o meu desespero. Porém, quando o seu corpo passou pela porta do galpão e me fez ver que ela estava bem e viva, parecia que um longo peso havia saído de cima dos meus ombros.

No entanto, ao ver que ela não havia se aproximado de mim e nem me cumprimentado, pude notar que havia alguma coisa estranha ali. Sentir uma imensa vontade de ir até lá e lhe abraçar, querendo saber se ela estava realmente bem e o que havia acontecido, para ela estar daquele jeito comigo. Contudo, por mais que eu quisesse fazer tudo isso naquele momento, uma grande parte me dizia que talvez, se eu a mante-se longe de mim, eu pudesse a salvar de alguma coisa e lhe proteger do meu mais novo inimigo. Eu esperava que fingir que a Lunna não era uma pessoa importante para mim e que não tínhamos nada demais, para me preocupar, pudesse tirar de uma certa forma o foco dela e diminuísse as chances de ela ser atacada, para poder me atingir.

Assim, manter a distância dela naquele momento, foi a minha primeira ideia racional, para o bem de nós dois. Eu não sabia com quem estava lidando, para demonstrar tamanha preocupação e interesse na frente das pessoas ao nosso redor.

O indivíduo que me ligou, podia ser qualquer um daqui ou do lado de fora do meu tatame. Logo, tentei me controlar ao máximo, para esconder o meu desconforto, em não ter ido me aproximar da Lunna.

As horas iam se arrastando e uma grande tensão havia se acumulado dentro de mim. Eu não sabia mais em quem confiar ou para quem olhar, sem lhe considerar culpado ou suspeito. O Sebastian, poderia ser um grande candidato, para me trai e estar armando alguma coisa por trás mim, para me prejudicar. "Mas com quem ele poderia ter se juntado?" As suas intenções não poderiam ser tão nobres, ao ter dado em cima da Lunna e pescado alguma coisa entre mim e ela. Ele poderia facilmente, ter se juntado com o cara que me ligou e ter ficado encarregado, de descobrir alguma coisa que pudesse me fragilizar.

Merda!!!

A minha cabeça lateja e eu não consigo ter nem um minuto de paz, dentro dela. As opções são tantas, que eu nem consigo me concentrar em dar a minha aula hoje. Logo, eu passo um treino mais aeróbico, em vez de realmente focar nas partes mais técnicas dos golpes. Assim, quando eu dou por encerrado a minha aula, eu me sinto exausto mentalmente e fisicamente, por ter treinado bem cedo hoje, tentando me preparar para a lutar que seria logo mais, para daqui a cinco dias. Eu precisaria treinar bastante, se eu quisesse me qualificar e sobreviver a ela.

Contudo, ao pensar que o meu inimigo pudesse vir daqui de dentro, manter a Lunna longe de mim, talvez não fosse a minha melhor opção. Sendo, assim, eu precisava a alertar, mesmo que eu não quisesse a envolver em toda essa merda. E ao me aproximar dela, acabei agindo que nem um babaca protetor, agindo de forma grosseira e se coração com o que eu havia feito com ela ontem. Não havia sido a minha intenção, ter a deixado me esperando e sem ter tido notícias minhas. Eu estava com tanta coisa dentro da minha cabeça, que eu nem havia pensando nisso, quando retornei para a minha casa e me enfiei dentro do meu quarto, tentando pensar na pessoa em que eu poderia ter deixado paraplégico naquela época; pois, nada daquilo fazia sentido.

Assim, na esperança de que a minha pequena Lunna, pudesse me perdoar e me ouvir naquele breve momento, onde eu pudesse estar mais perto da sua luz e paz interior, eu lhe supliquei com o olhar, como se a minha alma pudesse sair do corpo, enquanto eu aguardava ansiosamente pela sua resposta.

Embora eu ainda não tenha admitido em voz alta, a Lunna havia sido a única coisa boa, que havia me acontecido nesses últimos tempos. Tão original, resguardada, forte e destemida, que facilmente havia roubado o meu coração. Embora eu nunca me sinta tão suficiente para ela, pela sua beleza e bondade, ela me fazia querer se alguém melhor. E era disso, que eu precisava no momento, queria saber tomar a decisão certa para essa situação. E ter ela ao meu lado, me fazia raciocinar mais corretamente.

Logo, quando eu ouvir o "Está bem!" da sua boca, eu não poderia esconder o contentamento que havia me invadido, ao lhe ouvir concordar em conversar comigo. Mesmo eu tendo a chateado ou magoado com o meu distanciamento, ela estava ali, disposta a me ouvir e entender o que havia realmente acontecido. Essa era a minha marrentinha corajosa, que não tinha medo do meu lado sombrio.

Um sorriso me escapou pela boca e não pude evitar de entrelaçar as minhas mãos na dela e lhe arrastar para um lado mais reservado, longe dos olhares curiosos; embora eu nem estivesse mais ligando tanto, para o que os outros pudessem pensar. Nos dois éramos adultos e, se o parceiro do meu inimigo ou o próprio, viesse daqui de dentro do meu tatame, era melhor mesmo, que ele visse a Lunna junto de mim e que ela não estava realmente só.

Vendo que a minha pequena Lunna, estava meio que tímida ou encabulada, com a minha breve demonstração de afeto em público, eu meio que a puxo para dentro da minha sala e trago as nossas mãos entrelaçadas para os meus lábios, deixando o seu corpo junto ao meu e depositando beijos, nos nós dos nossos dedos.

— Me perdoe por tudo isso, baby! Eu não pude evitar. — Igualo o meu olhar no seu e vejo as suas bochechas ficarem vermelhas.

— Tudo bem! — Ela tenta ser a mais simplória e compreensiva possível, mas o seu corpo a denunciava.

— Tudo bem mesmo? — Eu aliso o seu ombro, tirando um pouco do seu cabelo dali, exibindo a sua pele bronzeada. — Então porque você está arrepiada? — Brinco com ela, querendo a ver desconsertada.

Ela ficava ainda mais linda daquele jeito.

— E-u... Eu, eu não sei, Nick! Você me desconcerta, está bem! — Ela tenta se afastar meio alterada, mas eu logo a puxo para perto de mim novamente, apertando levemente a sua bunda. — au!! — Ela choraminga, ao sentir o meu apertão.

— O quê? Eu te machuquei... — Pergunto preocupado, achando que eu havia passado um pouco dos limites. Porém, a mesma abaixa o olhar e morde os lábios, antes de me responder.

— Não foi nada. É só a minha tatuagem, que ainda estar um pouco dolorida. — Ela respira fundo, tentando manter a mesma compostura de antes.

Merda!!! A Tatto no glúteo dela, que a mesma ficou de me mostrar ontem à noite.

— Uou, claro! A sua tatuagem. — Mordo os lábios, sem saber em que ritmos nós ainda estávamos, depois da vacilada que eu dei ontem. — Lunna, escuta... — Junto as suas mãos na minha e as trago para perto do meu peito, para que me escute melhor. — Eu sinto muito por não ter te ligado ontem ou aparecido na sua casa, como havíamos planejado. Eu não queria ter te deixado esperando ou preocupada...

— Mas me deixou, não é, Nick? — Ele me responde, ainda com um certo ressentimento na voz.

— Desculpe, eu sei disso. — Reconheço o meu erro e abaixo um pouco o meu olhar.

— Olha, se você não quer ter nada demais comigo... tudo bem, mas não me trata como se eu fosse uma qualquer; pelo menos como amiga, você poderia ao menos ter me dado alguma notícia sua, para eu saber que você estava bem. Eu tive que inventar alguma mentira, para falar com a sua irmã e saber se você estava vivo ou em segurança em casa... Você sabe como eu detesto isso. A sua irmã odeia, quando as meninas só falam com ela, para saber sobre de você. — Ela esbraveja, como se tivesse traindo a própria amiga e se afasta de mim. — Eu não vou fazer mais isso Nick... Não vou mais mentir para a Brisa. — Ela cruza os braços, como se estivesse me desafiando.

Logo, eu me escoro na poltrona de couro perto da porta e lhe analiso, vendo o quando a Lunna conseguia ser forte e determinada quando queria. Ela tinha razão. Eu não mais a obrigaria mentir para a sua melhor amiga, quando eu, era o inseguro e o causado de todo aquele desconforto. Eu jamais sentiria prazer em estragar a sua amizade com a minha irmã. Sabia que elas eram unidas desde de sempre. Eu não seria o culpado por afastar uma da outra. Assim, eu concordei.

— Tem razão. Você não precisa mais mentir para minha irmã. — Lhe olho decisivo e ergo a minha cabeça, para lhe mostrar a veracidade das minhas palavras.

— O quê? Então... v-ocê... — Ela parece confusa e sem saber bem, o que aquilo tudo implicaria.

— Sim, eu sei Lunna. Eu não quero mais esconder o que nós dois temos. — Eu me levanto da poltrona e me aproximo dela, deixando que o meu olhar se iguale ao dela e as minhas mãos, toquem o seu rosto. — Eu não quero mais ter que te beijar escondido e fingir que não sinto nada por você.

— Mas... — suas palavras ficam presas no ar e eu toco gentilmente os seus lábios, pedindo para que ela me ouvisse primeiramente, antes de voltar falar.

— Escute primeiro o que eu tenho para lhe dizer e depois, você decide o que pretende fazer. — Ela me olha com bastante atenção e curiosa, mas assente para mim.

Logo, eu a puxo para um canto no sofá e lhe sento no meu colo, trazendo as suas pernas para junto de mim.

— Ontem, quando eu não apareci na sua casa, foi porque eu também havia recebido uma ligação bem inesperada, no meio do caminho. — Faço uma pausa, vendo se eu tinha a sua total atenção em mim. E ao constatar que os seus olhos estavam grudados nos meus, eu continuei. — Foi do número do meu metre, Lunna. Alguém me ligou do seu telefone. — A mesma me olha incrédula e eu sei, que ela já sabia de toda a história do sumiço do meu mestre.

— C-omo... Ele está bem? Foi ele mesmo na ligação? — Ela me questiona e eu não sei bem, a resposta para a sua primeira pergunta.

— Foi outra pessoa quem me ligou, baby. Alguém que realmente não gosta de mim. — Lhe olho sério, para que ela veja que eu não estava brincando. — Quando eu lhe disse que tinha um passado verdadeiramente sombrio, eu não estava brincando Lunna. Eu realmente já fiz muitas coisas erradas na minha vida. Coisas essas, que nem a Brisa e nem a minha família em casa sabem. Assim, como eu também já participei de muitas lutas clandestinas e machuquei muitas pessoas no caminho. — Abaixo o meu olhar, me sentindo o verdadeiro culpado daquilo tudo.

— Nick, eu sei disso. Eu não te julgo pelo o que você já fez. — Ela alisa o meu rosto, me fazendo a olhar. — Você deve ter tido os seus motivos, para ter seguido nesse caminho na época. Não se culpe, por algo que você vem tentando melhorar. Olhe a sua academia. Ela é um projeto maravilhoso, não acha? — A Lunna tenta me animar.

— Sim. Ela é. — Lhe olho com um sorriso meio fraco no rosto, na tentativa de não desanimá-la, mas continuo. — Porém, alguém no qual eu machuquei nessa época, quer se vingar de mim, Lunna. Essa pessoa sabe de você e da Brisa, sabe que ela é a minha irmã e que também estou saindo com você. — Balanço a cabeça em negativo e tento me justificar de alguma forma. — Eu juro que jamais queria botar você nessa merda toda. E se você não quiser mais me ver, eu vou entender claramente o seu ponto de vista. Você não é obrigada a ficar com alguém que só vai te colocar em...

— Ei!!! Pare com isso. — Ela puxa o meu rosto para si e me olha bem nos olhos. — Eu não sou desse jeito, Nick. Eu não abandono as pessoas que eu amo. — Ela diz efusivamente e depois tenta se corrigir, após ter percebido a profundidade do que falou. — A Brisa também estar em perigo, não é? Eu não posso simplesmente abandoná-la. — O seu tom de voz abaixa e sei bem o que ela quis dizer. Porém, eu ainda não era forte o suficiente, para botar essas palavras para fora, e em alto e em bom som.

Assim, preferi deixar subentendido, para que eu também não me sentisse forçado, a dizer aquilo que nem eu mesmo sabia o que estava acontecendo comigo. A única certeza que eu tinha, era que a Lunna era perfeita. Ela sabia como eu me sentia e do que eu precisava no momento. Ela parecia me entender e trazer a paz da qual eu tanto precisava.

Logo, eu a abracei e a trouxe para junto de mim, lhe dando um beijo bem molhado e depois, distribuindo beijinhos por todo o seu rosto.

— Você é incrível, sabia disso? — engancho os meus dedos no seu cabelo e lhe olho admirado. Ela me olha toda linda e acrescenta a minha fala.

— E tenho uma bela tatuagem na minha bunda, que fiquei louca para te mostrar. — Ela morde os lábios, querendo quebrar o gelo daquele momento.

— Ah!!! Com certeza eu quero ver... — Inclino o seu corpo para o outro lado do sofá e começo a beijar o seu pescoço, me sentindo ansioso, para descobrir o que o meu lindo anjo havia tatuado na bunda.

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Oq vocês acharam? Foi bom o Nick ter falado com a Lunna... sobre ligação?😁🙈👐🏼 (Eu particularmente gostei, mas vamos ver no que isso vai dar)

Será que o Sebastian tem alguma coisa a ver? 👁️👁️

E a Lunna que se enrolou nas palavras 🤭🤡👀 bixinha!

Já comecei escrever o próximo capítulo, não vou demorar hehehe

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