▫️Capítulo 22 ▫️

LUNNA CORBETT

"Cadê o Nick?"

"Puts, a minha bunda dava doendo e não tinha nem como eu meu sentar no degrau de casa." Olho de lado mais uma vez para lance de escadas da minha casa e penso seriamente em entrar. O Nick disse que já estava a caminho e que me encontraria aqui fora para irmos comer em algum lugar diferente; ele tinha boas notícias para me contar. Mal eu poderia esperar, para ouvi-las. Saber que o Nick confiava em mim, para me contar alguma coisa da sua vida, eram um grande passo para o que estávamos tendo.

Eu ainda não poderia dizer que éramos namorados, mas sabia que estávamos tendo alguma coisa fixa. Não era tão simples me declara e lhe dizer, que sempre tive uma quedinha por ele. Todas as meninas que eu conheço e que já passou na sua frente, admitiram sentir algum tipo de atração por ele. Logo, aquilo já não era novidade para ele e eu, não queria ser só mais uma dessas menininhas que se derretiam por ele.

Então, enquanto eu pudesse manter a minha fachada de mulher estável e menos desequilibrada por ele, eu manteria. Quem sabe um dia, quando finalmente estivéssemos entregues de corpo e alma, e ele demostrasse o mesmo de tipo de loucura ou intensidade de desejo por mim, eu falaria.

"Caramba, Nick! Você está demorando." Reclamando com ele na minha própria mente e sinto as minhas pernas cansando.

- Ok! Eu vou subir e lhe esperar lá dentro. Com certeza quando ele chegar, ele vai me ligar e procurar saber se a barra está limpa. Ele sempre faz isso... - Resmungo e acabo me conformando, sabendo que não iria aguentar mais dez minutos ali fora.

As minhas pernas estavam cansadas, a minha bunda doendo e morrendo de fome. Sabia que iriamos sair para comer, logo, eu iria esperar ele chegar, em vez de ir inventar o meu típico prato de pegar tudo que tem na geladeira e fazer uma mistureba, onde se torne algo comestível. Sorrio, ao ver que antigamente eu tinha zero talento para cozinha.

Assim, não querendo perder a fome, fui até a geladeira e enchi um copão com água, cortando um pedaço de goiabada e botando uma fatia considerável na minha boca, para ir enrolar o meu estômago.

- "hum!!!!!!!!!!!!!!!" Muito bom!! - Sabe as vezes que você está com fome e tudo parece, estar divinamente saboroso? - Nossa! Isso parece ser a melhor coisa que já comi.

Não, que eu não gostasse de comer esse doce de goiabada, com água gelada, mas dizer que era a perfeição de Deus e um dos meus pratos prediletos, eu não poderia dizer. Só era basicamente bom, principalmente pós almoço, onde batemos aquele prato bem elaborado, com bastante tempero. Nossa, era perfeito!

Práticas da minha mãe e da minha vó. Eu era magra assim, mas não por fazer regime ou dietas demais, para não engorda. A verdade, é que eu sempre fui de comer muito bem, só que comidas saudáveis. Como a minha mãe era pedagoga, era muito mais fácil entender a importância de alguns alimentos. Logo, eu comia de tudo. Seja brócolis, cenoura, beterraba, mãmão, alface, a peixes, carnes, crustáceos e entre outros. Hoje, eu agradeço, por ter tido uma alimentação variável na minha infância.

Assim, perdida em pensamento, eu olho em volta da minha casa e penso no quando havíamos diminuído de vida, para a que tínhamos antes. Não que eu estivesse reclamando, mas era triste ver aquilo que a minha mãe tanto lutou para ter e agora, está nessas devidas condições. Eu sei que poderia estar estudando agora, e terminando o meu ensino médio; mas ver a minha mãe se matando de trabalhar e não fazer nada, não era nada justo.

Logo, quando tudo isso melhorasse, quem sabe eu volte a estudar e enfim, iniciar uma faculdade. Se bem, que seguir essa área de nutrição, parecia ser bem interessante agora, olhando por esse lado; porém, após ter um contato mais direto com as pessoas lá do abrigo, no qual estou trabalhando, eu pude perceber que eu também curto bastante a área de psicologia. Entender a mente humana, parece ser bem complexo e instigante do que eu pensava. Eu lido quase que todos os dias, com pessoas depressivas ou com algum tipo de transtorno mental, durante a reabilitação. Algumas mudanças de humores são visíveis e constantes. E nem todo mundo consegue lidar com isso. Daí é que me surge a curiosidade sobre eles. Talvez eu esteja aproveitando para estudo um pouco sobre eles.

Assim, me sentindo extremamente cansada, após esperar o Nick por mais de uma hora e lhe ligar umas três vezes, eu me deito no sofá; o de apenas dois lugares; com a bunda pra cima. "É claro que eu não iria sentar com a minha bunda desse jeito". Rapidamente os meus olhos começam a pesar e inevitavelmente, eu acabo pegando no sono. Depois de mais ou menos umas duas horas, eu me acordo sobressaltada.

"Deus!!! Cadê o Nick? Será que dormir demais e não vi a sua chamada ou ele batendo na minha porta?" Pego o meu celular e abro imediatamente a minha caixa de notificações.

Nada.

Nenhuma chamada ou mensagem.

Rapidamente eu começo a ficar preocupada e sem saber o que mais poderia ter acontecido. Será que ele estava me evitando, por não ter me visto na porta e deduzido que eu já iria dar em cima dele, querendo força alguma coisa? Por Deus! Eu jamais me permitiria ser esse tipo de menina. Ele não pode ter pensado nisso.

Logo, eu começo a roer as minhas unhas; não literalmente, mas cutucar elas do lado; para tentar aplacar a minha insegurança ou nervosismo. O Nick não seria esse tipo de homem que foge de alguma coisa ou de alguma insinuação, sem deixar claro o que pensa. E também sei, que ele bem sabe que eu jamais agiria tão explicitamente assim, mesmo que eu quisesse muito, que as coisas esquentassem mais entre a gente. Eu não era uma lunática, louca por sexo; tanto é, que nunca fiz; mas estar perto do Nick, sempre aflorava esse meu lado mais quente e desejoso, de querer descobrir quais seriam as sensações que as suas mãos e bocas, poderiam causar em mim.

Bem louco, vindo de uma virgem, que nem Maria no nome tinha; mas que parecia ter desenvolvido bem mais o seu apetite sexual. O que me lembra, do conselho que a Brisa me deu.

"Se quer fisga um homem, não tem nada mais sexy, do que uma mulher confiante com o seu corpo. Um olhar, uma mexida com cabelo e já era. Não tem como escapar. E depois da primeira vez, o seu apetite aumenta. Parece que você tem um radar, onde tudo ao seu redor, tem uma conotação sexual."

E eu ainda não conseguia acreditar que a minha melhor amiga, já havia transado e eu não. É claro que não estávamos em uma competição, nem nada. Até porque, ainda ser virgem, aos 19 anos, não era o fim do mundo; mas como as coisas andavam ultimamente, pode se dizer que eram bem raras.

Contudo, eu também não me importava. Vivi o que tinha que viver na minha idade e aproveitei cada segundo. Claro que tive uns namorados ou outros, mas nada que me fizessem querer me entregar por completo. Sempre achei que deveria existir um mais ou algo que crescesse dentro de mim, dizendo para seguir em frente. E com nenhum deles, eu havia sentido isso. Não, antes do Nick. Com ele era diferente. Tudo foi diferente desde o nosso primeiro beijo. Foi algo desenfreado, onde eu só queria mais.

Não sei era o acumulo de desejo, que eu já havia sentido por ele e ter demorado tanto, para finalmente termos tido alguma coisa, ou se era o excesso de confiança que eu tinha nele, por sempre ter o observado de longe e ter convivido com a sua família, sabendo do que ele era realmente capaz e do seu caráter. Contudo, alguma coisa havia sito ativada, quando nos beijamos.

Lembrar desse momento, me fazia pensar no que tudo isso de agora, podia significar, caso ele já estivesse enjoando de mim e querendo me dispensar, antes mesmo de termos tido algo, para que não tivesse que se preocupar comigo ou se responsabilizar.

"Deus! Eu tinha que ter mais controle sobre os meus desejos sobre ele. Se não, dessa forma, eu iria acabar o assustando."

Assim, pegando o meu celular novamente e abrindo o aplicativo de mensagem, eu digitei uma para ele.

"digitando..."

Oi, Nick.

Não sei se ainda estar nos seus planos, vir até aqui em casa me ver, mas espero que esteja tudo bem com você. Como você disse que teria algo novo para me contar, fique lhe aguardando; e como não tive notícias suas, fiquei preocupada.

Me desculpe, se de alguma forma eu passei dos limites com você. Não era a minha intenção.

Me manda um sinal de vida.

Bjs.L.C.

Olhei os tracinhos das minhas mensagens sendo enviada e fiquei esperando milagrosamente, que ele me respondesse de imediato; mas nada me foi retornado. Espera ter notícias suas, enquanto eu não fazia nada, era torturante demais. Me fazia pensar em inúmeras coisas que poderiam ter acontecido.

Assim, antes de finalmente me direcionar ao banheiro, para poder tomar um banho e fazer o curativo da minha mais nova tatuagem na bunda; onde mais cedo, eu tanto queria mostrar para o Nick; eu me rendi a ansiedade e mandei uma mensagem para Brisa, inventando uma história aleatória, para poder saber do paradeiro do Nick. Como já era tarde, ele bem que poderia ter voltado para casa e caído no sono, igualmente eu havia feito; e agora, eu só estaria me preocupando à toa, de ter acontecido alguma coisa com ele no caminho. Logo, eu digitei.

"digitando..."

Amiga, boa noite.

Olha, eu fiquei de pegar o número do rapaz que vende "Kimono", com o Nick. Ele está em casa?

Aguardo ansiosamente, mas decido ir logo tomar o meu banho, para poder espairecer melhor os meus pensamentos. Fica aqui sentada; de ladinho; batucando os dedos na tela e mordendo os meus lábios, como se não houvesse amanhã, não iriam me ajudar em nada. Assim, eu imediatamente fui fazer a minha higiene noturna e me preparar para deitar. Sabia que muito, não se poderia fazer naquela noite. Em breve, a minha mãe já iria chegar do trabalho e eu, não iria mais ter como sair. Pensando nisso, deixei o meu celular sobre a bancada do armário e fui logo tomar o meu banho.

Amanhã quem sabe, eu pudesse ter alguma notícia do Nick; caso ele ainda quisesse falar comigo ou de alguma forma, justificar o fato de ter me dado o primeiro bolo, em tão pouco tempo. O que era assustado, pensar no quanto isso tudo já havia me destroçado tanto, sem ainda nem termos algo tão fixo assim, para se cobrado. E que Deus me ajudasse a proteger o meu coração, para que eu não me perdesse tão profundamente no meu próprio mundo.

Abro o chuveiro lentamente sobre a minha cabeça e deixo toda a minha frustação, insegurança e desconforto daquela noite, irem embora, juntamente com toda a água que escorria pelo meu corpo, lavando a minha alma e me fazendo renovar, para uma nova perspectiva de vida. Pelo menos, era com isso que eu estava contando.

▫️▫️▫️▫️

É, meu povo... Dessa vez a Lunna não tem ideia do que está acontecendo com o Nick. E vcs? Oq pensariam a respeito, desse bolo que a Lunna acabou de levar? 👀😁
E essa tattoo, bichinha! Kk 😆✌🏼

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