▫️Capítulo 19▫️

NICK DONIVAN

Eu havia perdido completamente a minha compostura com a Lunna. O que era para ser uma revolta, uma explosão e apagar de uma vez por todas, com qualquer chance que eu pudesse ter com ela, acabou virando um trem desenfreado de mãos, bocas e beijos. Nossa! Nunca pensei que a Lunna pudesse ser tão delicia na minha vida. Eu juro que se pudesse, eu jamais pararia de a beijar. Que lábios. Que língua deliciosa. E aqueles seios? Tão branquinhos e rosados. Pontudos e naturais, do jeito que eu gostava. Os gemidos foram a minha loucura. Nunca pensei que um anjo pudesse ser tão divino assim. Talvez seja por isso, que imaginamos eles como seres tão puros como o céu.

A revelação da naturalidade e inexperiência da Lunna, foram o meu ápice. Não, que eu não imaginasse que ela fosse virgem, mas a convicção daquilo, me fez sentir o homem mais foda de todos. E como isso, o mais fodido de todos, por agora ter que ir com o máximo de cuidado possível. Não, por ser o seu primeiro em tudo, mas sim, por se tratar da garota mais especial que eu já conheci.

A Lunna era a perfeição em pessoa. Linda. Inteligente. Singular. Tímida e ousada, na medida certa. Pura e angelical. E o que eu não poderia negar, é que ela era forte. Desde do começo, eu a vi como uma garota ingênua e que não tinha voz, para impor o que queria; mas desde que a reencontrei, percebi o quanto eu estava enganado e que na verdade, ela sempre aguentou firme, por tudo o que lhe era imposto. E desde de então, ela havia começado a botar tudo para fora aquilo que ela sentia; ou talvez, eu também nunca tenha percebido isso, ou lhe dado uma oportunidade para tal ação, após ter decidido que eu não era digno da sua aproximação.

Contudo, tudo isso havia mudado, a partir de hoje. Ela poderia ser quem ela quiser comigo. Eu não a iria diminuir. Eu a achava ainda mais linda, por querer se posicionar daquele jeito. E saber, que o seu desejo se correspondia ao meu, era ainda mais gratificante. Aquela insegurança, de que eu não a merecia, ainda martelava no meu peito. Porém, eu não desistiria dela; não, depois de ter a provado e visto o quanto ela é maravilhosa e doce. Se eu não era digno dela, eu tenho certeza que nenhum outro seria. Pelo menos, eu poderia dar o meu melhor com ela.

Assim, tentando não passar mais uma vez do limite com ela e não fazer exatamente, o que eu fazia com as outras garotas que eu pegava. Eu controlo o meu instinto e me afasto dela, decidindo por vez, descermos logo, para falar com a minha irmã. Por hora, ainda não diríamos nada, do que estava acontecendo entre a gente. No entanto, tínhamos combinado de não termos mais nada com ninguém. Ali, seria o nosso refúgio. Ela me encontraria mais cedo na academia e após o seu trabalho no abrigo, eu a buscaria, quando a sua mãe não largasse juntamente com ela. Trocamos os nossos números e ficamos de nos falar mais tarde. Eu nem me reconhecia. Quando foi, que eu fiz com alguma garota? Nunca. Ela está sorridente e eu também.

Assim, quando descemos as escadas e desgrudamos as nossas mãos, tentamos nos manter neutro quanto a tudo. A turma estava sentada no tatame e eu, havia me esquecido completamente de dispensá-los. E como eles sabiam que não podiam abandonar o tatame, sem a ordem do seu mestre, permaneceram ali. Droga!!

— Crhum! Crhum! — Coço a garganta, tentando chamar a atenção de todos. — Eu peço desculpa a todos, pela demora. Passei um pouco do limite e me afastei, sem antes dispensá-los do treino e saudar vocês. — Olho para Sebastian, o meu melhor aluno, que quase tinha a minha idade e o vejo abaixar cabeça baixa; como se sentisse culpado por alguma coisa.

Sei que ele havia dado encima da minha Lunna. Porém, eu não poderia culpa-lo, quando eu mesmo, havia feito isso e me sentido atraído por ela. Agir errado, mas ele também. Contudo, como mestre, eu deveria mostrar maturidade e sabedoria. Logo, eu me desculpei.

— Sebastian? — Eu o chamo e ele ergue o rosto assustado, achando que eu iria o repreender na frente de todo mundo. — Me exaltei um pouco com você. Peço perdão por isso. Deveria ter lhe chamado em um canto e conversado. Faremos isso depois, entendido? — Ele assente e eu continuo, só que agora procurando pela minha irmã.

Eu a avisto um pouco mais lá para trás, juntamente com a Lunna, um pouco escondida. Sorrio, ao avistá-la com o meu anjo. Porém, eu logo me controlo.

— Brisa? — Ela me olha, com aqueles seus olhos meio que semicerrados e eu me permito sorrir um pouco, pela sua típica birra de criança. — Perdão irmã. Você sabe como sei ser chato, quando me irritam. E poder mandar em você, quando estou no meu trabalho, é um privilégio, não acha? Brincadeira. — Ela me mostra o dedo do meio e sei, que ela gostou da pequena atenção que lhe dei. — Você é linda, meu bolinho de goma. Não tenho culpa, se sinto ciúmes de você. — Olha de relance para a Lunna, mas volto o meu olhar para a Brisa; não querendo nos denunciar. — E que fique avisado para todos aqui, a minha academia não é lugar para paquera. Não quero saber de ninguém se pegando ou dando encima um do outro. Homens se controlem, sei que vocês se pegam entre si, mas vamos respeitar as garotas. — Brinco, esperando descontrair um pouco a tensão.

Alguns sorriem e até entram na onda, após se empurrarem de leve, trombando os seus ombros e se levantando, para por fim, fazermos a saudação.

— "OSS"!!!

Eles se despeçam e eu me aproximo do Sebastian, antes de ir até a minha irmã, para me reconciliar com ela.

— Mestre! Perdão por mais cedo. — O Sebastian diz, antes mesmo que eu diga algo. — Eu não sabia que a Lunna era a sua namorada... — Ele diz simplesmente e eu gelo com aquela informação, parando até os meus passos, ao meu aproximar dele.

— Quem lhe disse isso? — Semicerro os olhos, querendo saber, se mais alguém estava espalhando aquilo na minha academia.

— Hum... Eu deduzir. — Ele dá de ombro, sem entender mais nada. — Desculpe, se não for isso. É que... Sei lá, a sua reação a ela, o seu jeito de agir. Pensei que tinham alguma coisa; mas se ela é carta branca, tudo bem. Fico feliz em saber disso também. — Ele sorri e a minha vontade é de quebrar todos aqueles seus dentes, por se fazer de engraçadinho e insinuante.

— Escuta aqui, Sebastian. — Me aproximo dele, deixando quase que os nossos rostos colados. Eu era mais velho e um pouco mais forte que ele. O fato dele ter alguns centímetros a mais que eu, não diminuía o poder que eu tinha de lhe derrotar em segundos. — Você poder ser o meu melhor aluno e ter um alto potencial em se tornar um grande mestre ou lutador de verdade, mas eu sou muito mais ágil e esperto que você; se vier com gracinha para a cima da Lunna ou de qualquer outra garota daqui da minha academia, eu acabo com você e com qualquer chance que você tenha de se torna alguém, está me ouvindo? Ela sendo minha garota ou não, eu não quero ver você perto dela. — Dou um sorriso meio falso para ele, sem mostrar os dentes e estendo a minha mão na sua frente. — Estamos entendidos? — Forço a minha melhor cara de quem quer ser simpático, sem ser.

O mesmo, parece engolir em seco e olha para as laterais, vendo que todos estavam nos encarando. Logo, ele assente, limpando as suas mãos na calça e apertando a minha em seguida.

— Claro! Entendido mestre. — Ele inclina um pouco o corpo para frente, em saudação e me olha nervoso. Ele sabia o poder que eu tinha, caso eu quisesse lhe destruir.

Assim, rapidamente havíamos nos entendido. Eu dou uma tapinha de leve no seu ombro e o dispenso, seguindo o meu caminho até a Lunna e a minha irmã. Elas duas, pareciam estar apreensivas, a respeito do meu breve contato com o Sebastian, mas a Lunna ainda sorria, tentando parecer otimista quanto ao que viu agora pouco. E a Brisa, ainda séria, esperando ver no que realmente iria dar a minha conversar com ela.

Logo, assim que paro na sua frente, ela cruza os braços, esperando-me falar primeiro. Porém, a sua ansiedade era ainda maior que isso e não a deixar ficar calada.

— Então. Vai se ajoelhar agora mesmo e me pedir desculpas, irmão? — Ele pergunta, fazendo uma cara de poucos amigos e surpreendendo inesperadamente a sua amiga ao lado, que havia aberto a boca e permanecido daquela forma, olhando alternado entre mim e ela. Lunna, Lunna!! Não faça isso.

— Você é bem petulante quando quer, não é irmãzinha? — Sorrio para ela, esperando finalmente conseguir amolecer aquele seu coração ressentido e machucado. — Eu já me declarei em público, não acha?

— Não sei. Achei pouco... — Ela mostra as unhas na sua frente e as encara, fazendo pouco caso de mim. Típico dela. Sei bem de quem ela puxou aquele jeito. Mamãe. Porém, eu sabia que a Brisa tinha um coração de ouro e só estava querendo chamar a minha atenção com aquilo.

— Eu lhe chamei de bolinho de goma. — Toco na sua cintura, querendo fazer a rir. — Você sabe que eu só a chamo assim, quando estou arrependido. Não sou tão meloso, ao ponto de usar apelidos carinhosos na frente de todo mundo... — argumento, fazendo-a revirar os olhos e me olhar de relance, como se estivesse pensando.

— Hum... não sei. Você bem que merecia levar uma surra minha e ficar bem quietinho, sem me rebater, só por ter gritado comigo e com a Lunna. — Ela diz simplesmente e eu rapidamente me assusto, olhando surpreso para a Lunna.

— Eu não gritei com ela. — Eu afirmo aquilo, sendo mais para mim, do que para a minha irmã.

Logo, ela me olha curiosa e depois, para a sua amiga.

— É claro que gritou. Diz para ele, Lunna... Diz que ele gritou com você também. — Ela a incentiva a falar aquilo que ela mesma, acredita que eu fiz. E até eu, fico na dúvida.

Assim, eu a Brisa, a encaramos e ficamos esperando que ela nos responder. Porém, ela parecia ficar ainda mais nervosa e confusa.

— E-u...; não vamos lembrar disso, não é? — Ela tenta amenizar.

— Quê isso, Lunna? Vamos, diga! O Nick não vai lhe morder, eu estou aqui. — A Brisa a incentiva.

Logo, eu me sinto na obrigação de saber a verdade.

— Eu gritei com você também, Lunna? — Sussurro o seu nome, capturando o seu olhar e esperando que ela visse a necessidade que eu tinha de saber a verdade.

Ela fica indecisa, mas por fim, decide falar.

— Então, não gritou..., mas deu a entender que aquilo tudo também era a minha culpa. Você se exaltou um pouco, Nick. — Ela sorri meio torno, não querendo ter que ter confessado aquilo na frente da Brisa.

Ok! Eu realmente insinuei aquilo. Até porque, eu também achei que ela era condizente com tudo e fiquei possesso, ao ver o seu sorrisinho radiante para aquele Sebastian. No entanto, isso não justifica o meu jeito brutamontes de agir com ela. Droga!!!! Eu havia errado pra caramba naquele dia.

— Está bem!! — Respiro fundo, ficando de cócoras e olhando diretamente nos seus olhos. — Me desculpe, Lunna. Não queria ter gritado daquela forma. Sei que as vezes eu sou um ogro, mas tentarei não cometer o mesmo erro novamente. Perdão. — Seguro a sua mão e lhe dou um beijo nela.

O nosso olha se encontra e ficamos naquela posição, nos encarando e sem desviar o olhar. A Brisa pigarreia do nosso lado e me encara, alterando o olha entre mim e a sua amiga.

— O quê? O que foi que eu perdi aqui? — Ela toca no meu rosto e cutuca o meu ombro, como se eu fosse uma outra pessoa, parado bem na sua frente. — Espera aí! O que você fez com ele, amiga? O que vocês conversaram lá em cima, para o meu irmão mudar dessa forma e ficar todo cavalheiro desse jeito...? Ele não é assim. Ele já teria ido embora e nos dado as costas. — Ela fica de boca aberta e me olha incrédula.

"Ah, querida irmã!! Não queira saber o que a sua queria amiga, fez comigo. Você ficaria em choque; até eu mesmo fiquei, só que lá em baixo, bem no meio das minhas pernas. Eu fiquei extremamente duro, igualmente uma pedra. Além de surpreso pra caramba, em saber o quando esse anjo a nossa frente, pode ser doce e quente nas minhas mãos. " Penso comigo mesmo, tentando esconder o sorrisinho travesso que crescia nos meus lábios.

Logo, a Lunna começa a ficar vermelha e a gaguejar que nem uma pessoa que realmente tem disfemia na voz.

— E-u... a gente... n-ão, e-u... Deus!! — Ela respira funda e tira a sua mão da minha, se erguendo e andando de um lado para o outro.

— O que foi, Lunna? Perdeu a voz? — Semicerro os olhos, tirando sarro da sua reação e sorrindo por dentro, ao ver todo esse seu desconcerto. Eu já havia me erguido e relaxado as minhas mãos no bolso de forma amenas.

Ela me encara com o mesmo olhar e me fuzila, querendo me aniquilar com eles. E eu quase sou realmente acertado por eles, só, que caindo de desejo por esse seu jeito birrenta de agir.

— Não. Eu não perdia a minha voz, Nick. — Ela tenta ser dura, mas o seu olhar vacila em mim, quando me ver sorrindo para ela.

Assim, ela rapidamente tenta se explicar com a sua amiga.

— Não foi nada, amiga! O Nick que está querendo caçoar de mim e me ver sem graça. Você sabe como ele é. — Ela faz pouco caso disso e continua. — Só falamos sobre as ações dele aqui dentro da academia e que ele não deveria ter lhe tratado daquela forma... Não foi nada demais. Ele só olhou para dentro de si mesmo e percebeu que estava errando. Eu tenho prática com isso, lembra? — Ela sorri, querendo se torna convincente para ela.

Com certeza, ela havia me feito olhar para dentro. Não sei se dentro para a minha calça, mas com certeza, alguma coisa havia mudado dentro de mim. Ficar fugindo dela e da atração que ela me causava, era pura burrice. Sei que não sou o cara perfeito para ela, mas no fundo, eu acho que nenhum cara nunca será. Logo, era melhor eu a manter por perto mim e garantir que ninguém roubasse esse brilho e a pureza dos seus olhos.

Por mais que eu seja obscuro e carregue algumas cruzes nas minhas costas, eu iria tentar sem alguém melhor para ela. Era uma redenção para mim e uma forma de tirar um pouco do meu lado sombrio de ser. O meu mestre, havia feito isso por mim antes e agora, era a Lunna, que havia reaparecido e despertado o meu antigo desejo por ela.

A garotinha que antes me olhava assustada, agora havia crescido e se tornado uma linda mulher. Forte e destemida, assim como havia me enfrentado lá na sala, sem ter medo da minha fúria. Embora com a minha irmã, ela meio que não consiga ser assim. Não a julgo, a Brisa também me tem nas mãos e eu seria capaz de fazer tudo por ela.

Vejo as duas em um embate só delas e fico com um sorriso no rosto, ao perceber não era só eu, que conseguia se sentir acuado, quando a Brisa começava a falar. A minha irmã tinha um jeito único de conseguir atenção para ela e cativar as pessoas ao seu redor. Ela conseguia argumentar com coisas, que deixavam as pessoas totalmente sem chão. Exatamente como fazia comigo e com a Lunna. No entanto, era a Lunna que agora estava na sua mira.

— E você, nem venha escapar, seu Nick Donivan... — Ela me chama pra conversa e logo, sou fisgado para a sua teia de argumentos.

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Essa Brisa kkk não tem jeito!
Só o prof, que vc ela ainda não conseguiu driblar kkk 😆😅👐🏼

O que vcs estão achando do jeito conquistador do Nick? 😏😏❤️
Vcs acham que ele pegou pesado com o Sebastian 👀

Não se esqueçam de clicar na⭐,
pra ajudar a autora. 🙈 Amo vcs.✨💜

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