Verde, Vida e Esperança
Durante os quatro meses que se seguiram, a colônia viu a construção do laboratório de nanotecnologia e do laboratório de análise de dados avançar a passos largos. Winn, Cisco, John Anderson, e vários militares, além de Kara, Alex e Oliver, dedicaram-se intensamente a esses projetos essenciais para o futuro da colônia. Entretanto, enquanto esses projetos avançavam, outras mudanças importantes estavam em andamento.
Finalmente, a tão esperada escola comunitária estava prestes a abrir suas portas para as crianças da colônia. Com os equipamentos eletrônicos ainda não instalados, os professores se preparavam para um início simples e improvisado. Quadros e canetas substituiriam os hologramas e tablets que estavam por vir, exigindo que os educadores se adaptassem ao novo ambiente e às novas ferramentas.
Flashback do momento em que foi finalizada
Após semanas de trabalho intenso, a escola comunitária estava finalmente pronta. Alex, junto com vários especialistas e membros da colônia, fez uma visita ao prédio antes da abertura oficial. A manhã estava ensolarada, e a nova escola, com suas paredes ainda frescas e o aroma da tinta, parecia um símbolo de esperança.
"Esta será a sala dos professores" Alex disse, abrindo a porta para revelar um espaço simples mas promissor. A sala estava equipada com mesas e cadeiras de madeira do próprio cretáceo feito pelos carpinteiros e um quadro branco pendurado na parede.
Durante a visita, Alex revelou uma descoberta importante: entre as novas famílias, havia Rosa, uma ex-diretora de escola. Alex propôs que Rosa assumisse a liderança na área educacional, dada sua experiência e conhecimento.
"Rosa, gostaríamos muito que você ajudasse a liderar nossa nova escola. Sua experiência será essencial" disse Alex, oferecendo um sorriso encorajador.
Rosa aceitou o desafio com confiança e começou a trabalhar com os outros professores na reformulação do currículo. Eles discutiram como adaptar as aulas para o novo contexto, onde a história começaria no ano 2100 e as ciências precisariam incorporar a ecologia do Cretáceo. Decidiram que as primeiras aulas seriam mais suaves, começando com atividades lúdicas para ajudar as crianças a se adaptarem e formarem novas amizades.
"Vamos permitir que as crianças se envolvam com a escola e comecem a criar um ambiente acolhedor" sugeriu Rosa. "Vamos deixar que elas desenhem e decorem suas salas, tornando o espaço mais pessoal e acolhedor."
As semanas seguintes foram dedicadas a preparar a escola para os alunos. As paredes das salas de aula foram transformadas em telas em branco, onde as crianças puderam expressar sua criatividade. Desenhos coloridos de árvores, animais e paisagens adornaram o ambiente, criando uma atmosfera vibrante e animada.
Atualmente: O Primeiro Dia de Aula
Finalmente, o dia tão aguardado chegou. A escola estava cheia de energia e entusiasmo. As crianças, muitas das quais nunca haviam visto o verde, animais ou o céu azul devido à poluição devastadora de 2150, estavam maravilhadas com tudo desde que chegaram ao cretáceo na última expedição.
Leo, um dos primeiros a chegar, olhava em volta com olhos curiosos e maravilhados. As árvores e o céu limpo eram uma visão totalmente nova para ele. Ele estava acompanhado por Mariana e seus filhos, que se preparavam para o novo dia.
Alex entrou com Ruby, sua filha, que estava igualmente empolgada e impressionada com o ambiente. Alex ajudou Rubi a se acomodar, ajustando sua mochila e oferecendo palavras de encorajamento.
Na sala de aula, Rosa começou a reunião de boas-vindas. O ambiente estava cheio de risos e a expectativa era palpável. Clara, uma das professoras, deu início à atividade de apresentação.
"Bom dia a todos! Hoje vamos começar a nos conhecer melhor. Cada um de vocês terá a chance de se apresentar, falar sobre o que gosta de fazer, o que sente falta de 2150 e o que mais está gostando aqui" disse Clara com um sorriso acolhedor.
As crianças levantaram as mãos animadamente. Ruby foi a primeira a falar.
"Eu sou Ruby Árias Danvers. Gosto muito de desenhar. Sinto falta da tecnologia que usávamos em 2150, como a TV mas estou adorando ver as árvores e o céu azul. É muito bonito aqui!
Leo levantou a mão e falou com um sorriso tímido.
"Eu sou Pedro. Gosto de desenhar e brincar ao ar livre. Sinto falta dos meus amigos de 2150, mas estou muito feliz com as árvores e os animais que estou vendo agora. É como um sonho!
Outras crianças compartilharam suas experiências. Ana, uma menina de 9 anos, disse:
"Eu sou Ana. Gosto de ler e de brincar com meus amigos. Sinto falta das coisas que fazíamos em 2150, como assistir aos filmes. Mas estou adorando a escola e as novas amizades que estou fazendo."
Lucas, um menino de 8 anos, falou sobre sua empolgação:
"Eu sou Lucas. Gosto de correr e jogar bola. Não consigo acreditar que finalmente posso ver um céu azul e sentir o cheiro das flores. Isso é incrível!"
Durante o recreio, o cheiro dos lanches frescos e saudáveis preparou o cenário para uma pausa deliciosa. As crianças foram para o refeitório, onde puderam experimentar frutas e vegetais recém-colhidos. O sabor doce das frutas e a crocância dos vegetais eram um prazer para todos, e o ambiente do refeitório estava cheio de conversas animadas e risos.
Enquanto comiam, as crianças exploravam e brincavam juntas no pátio da escola, que estava decorado com os desenhos feitos por elas mesmas. O espaço, agora vibrante e acolhedor, refletia a nova vida e a esperança que a colônia estava construindo.
A primeira aula havia sido um sucesso. As crianças estavam se ajustando bem e começando a criar laços em seu novo lar. A escola, embora simples, estava se transformando em um lugar de descoberta e alegria, prometendo um futuro brilhante para todos.
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Com a escola em pleno funcionamento, a colônia parecia ter ganhado uma nova vida. Antes, o ambiente era repleto de trabalho e planejamento, mas agora, sons de alegria e risadas infantis preenchiam o ar, transformando o lugar em algo mágico. As crianças não estavam mais confinadas às suas casas ou brincando sozinhas; agora, elas corriam pelo pátio da escola, brincando juntas e descobrindo o mundo ao seu redor.
Do lado de fora, qualquer um que passasse poderia ouvir o som de brincadeiras e risadas, um som que trazia uma sensação de normalidade e esperança para todos na colônia. Era como se o riso das crianças fosse a música que os colonos precisavam para renovar suas forças.
Enquanto isso, Kara, junto de sua equipe, estava no meio de uma tarefa importante. Eles carregavam um dos equipamentos essenciais para o laboratório de nanotecnologia que ainda estava em construção. O equipamento, grande e pesado, exigia esforço conjunto, e ao lado de Kara estavam Alice e Carlos, dois dos membros mais dedicados da equipe.
À medida que eles caminhavam em direção ao laboratório, Kara não pôde deixar de notar as risadas e gritos de alegria das crianças ao longe. O som trouxe um sorriso instantâneo ao seu rosto. Era um lembrete de por que eles estavam ali, lutando para construir um futuro melhor.
"Ouçam isso" Kara comentou, seu tom carregado de ternura e satisfação. "As crianças... Elas parecem tão felizes. É como se, de alguma forma, todo o nosso trabalho aqui estivesse valendo a pena, não acham?"
Alice, com uma expressão pensativa, assentiu enquanto equilibrava o peso do equipamento ao lado de Kara.
"Sim, é incrível como a presença delas muda tudo. Essas risadas... elas tornam tudo mais leve. Lembro-me de quando chegamos aqui e não havia nada além de silêncio e incerteza. Agora, isso parece um verdadeiro lar."
Carlos, que estava à frente, virou a cabeça para falar com elas, ainda mantendo o ritmo do grupo.
"É verdade. Quando penso em como vivíamos em 2150... Esse som é uma bênção. Sabe, eu cresci sem nunca ouvir o som de crianças brincando lá fora. O céu cinza, o ar pesado... Tudo era tão diferente. Ver essas crianças correndo ao ar livre, rindo... É como se estivéssemos renascendo junto com elas."
Kara concordou, sentindo uma onda de emoções ao ouvir as palavras de Carlos. O que ele disse era verdade. O mundo que deixaram para trás estava mergulhado em escuridão e poluição, onde o conceito de vida ao ar livre era praticamente inexistente. Agora, ali no Cretáceo, rodeados por uma natureza vibrante e intacta, havia uma sensação de renascimento.
"Acredito que estamos fazendo algo realmente importante aqui" Kara continuou, com um brilho nos olhos. "Não estamos apenas construindo laboratórios ou estruturas; estamos dando a essas crianças um futuro que nunca poderiam ter sonhado. E é essa alegria, essa liberdade que elas têm agora, que nos mostra que estamos no caminho certo."
Alice sorriu e olhou para Kara, admirando sua determinação e coração.
"E estamos fazendo isso juntos, como uma verdadeira comunidade. Esse é o verdadeiro valor do que estamos construindo aqui."
Com o equipamento finalmente posicionado em seu destino, o trio parou por um momento para recuperar o fôlego. O som das crianças continuava a ecoar pelo ar, uma constante lembrança de que, em meio a todo o trabalho árduo, havia algo maior sendo criado: um novo começo, um novo lar.
Kara, Alice e Carlos trocaram um último olhar de cumplicidade antes de voltarem ao trabalho. O som das crianças brincando se tornou um mantra, um lembrete constante de que, apesar de todos os desafios, o futuro estava cheio de possibilidades.
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Com o tempo, a colônia estava florescendo de maneiras que ninguém poderia ter previsto. Além das risadas das crianças preenchendo os dias e dos novos amores que surgiam, como o entre Oliver e Felicity, e o crescente romance entre Kara e Lena, outro evento trouxe um brilho especial para a colônia: o primeiro casamento realizado há algumas semanas. A cerimônia simples, mas repleta de emoção, havia se tornado um símbolo de esperança e renovação para todos.
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Em uma manhã, Caitlin e Barry estavam em casa, preparando-se para o dia que se iniciava. O aroma do café fresco preenchia o ambiente, enquanto Caitlin colocava a mesa com o olhar ligeiramente distante. Ela tentou ignorar o desconforto no estômago, mas o enjoo persistente não a deixava em paz.
"Caitlin, você está bem?" Barry perguntou, com uma preocupação genuína na voz. Ele notara a mudança na esposa nos últimos dias, mas naquele momento, parecia mais intenso.
Caitlin, sempre prática e racional, tentou sorrir e acalmar o marido. "Estou bem, Barry. Provavelmente algo que comi..." Ela minimizou, mas ao falar, o mal-estar ficou mais evidente.
Barry, no entanto, não estava convencido. Ele sabia que Caitlin, sendo médica, muitas vezes subestimava seus próprios sintomas, sempre priorizando os outros antes de si mesma. Mas ali, no meio de um mundo tão desconhecido como o Cretáceo, qualquer sinal de fraqueza precisava ser levado a sério.
"Eu não vou arriscar" disse Barry, determinado. Ele se levantou, pegou a mão de Caitlin e a puxou gentilmente em direção à porta. "Vamos à clínica. Eliza está lá hoje, ela pode te examinar."
Caitlin tentou protestar, mas a expressão de Barry não deixava espaço para discussão. Em silêncio, ela concordou, segurando sua mão enquanto caminhavam juntos pela colônia em direção à clínica.
Ao chegarem, encontraram Eliza Danvers organizando e limpando alguns equipamentos. Ela ergueu o olhar ao ver o casal entrar, percebendo imediatamente a expressão preocupada no rosto de Barry.
"O que houve?" Eliza perguntou, já se preparando para ajudar.
"Caitlin não está se sentindo bem, e eu quero que você a examine, Eliza" Barry respondeu, seu tom direto, mas carregado de preocupação.
Eliza não hesitou. Embora a confiança em Caitlin fosse total, naquele ambiente incerto, qualquer sintoma deveria ser investigado com seriedade. Ela guiou Caitlin até uma das camas da clínica e começou a examiná-la, fazendo perguntas detalhadas sobre o que estava sentindo. Barry assistia de perto, sua ansiedade evidente em cada movimento.
Após uma análise inicial, Eliza decidiu que um exame de sangue seria necessário. Caitlin estava prestes a protestar, dizendo que não precisava, mas uma sensação estranha no fundo de sua mente a fez recuar. Talvez, lá no fundo, ela já soubesse o que estava por vir.
Algumas horas depois, a resposta chegou. Eliza voltou com os resultados nas mãos, e seu rosto trazia uma mistura de surpresa e alegria. Ela se aproximou de Caitlin e Barry, que estavam sentados juntos, esperando.
"Caitlin, Barry..." Eliza começou, sua voz tremendo ligeiramente de emoção. "Eu tenho uma notícia maravilhosa para vocês."
Barry segurou a mão de Caitlin com mais força, seu coração batendo mais rápido.
"Caitlin, você está grávida."
A notícia pairou no ar por um momento, como se o tempo tivesse parado. Caitlin arregalou os olhos, chocada, enquanto Barry ficava em silêncio, tentando processar o que acabara de ouvir. Era a última coisa que esperavam ouvir naquela manhã comum.
Caitlin levou a mão ao ventre, um gesto instintivo, enquanto uma avalanche de emoções tomava conta dela. Barry, ainda processando a notícia, começou a sorrir, uma expressão de pura alegria e incredulidade.
"Nós... vamos ter um bebê?" Barry perguntou, como se precisasse ouvir novamente para acreditar.
Caitlin olhou para ele, com lágrimas começando a se formar em seus olhos, e assentiu. "Sim, Barry... Vamos ter um bebê."
Eliza, que estava ao lado, não conseguiu conter a emoção. Uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto enquanto ela observava o casal. A notícia era muito mais do que a descoberta de uma nova vida. Significava que, mesmo nesse mundo selvagem e pré-histórico, a humanidade tinha encontrado uma forma de florescer. O nascimento de uma criança seria a primeira prova de que a vida poderia continuar, não importando o quão desafiador fosse o ambiente.
"É a primeira criança que irá nascer no Cretáceo" Eliza disse, a voz embargada. "Isso significa tanto... Para todos nós."
Barry abraçou Caitlin com força, ainda com um sorriso bobo no rosto, como se ainda estivesse tentando assimilar a grandiosidade da notícia. Caitlin, por sua vez, encostou a cabeça no peito de Barry, sentindo-se ao mesmo tempo assustada e esperançosa.
Barry, ainda segurando Caitlin em um abraço apertado, sentiu a emoção borbulhando dentro de si, até que não conseguiu mais contê-la. Com um riso de pura felicidade, ele soltou Caitlin e correu para a porta da clínica, abrindo-a com entusiasmo.
"Eu vou ser pai!" ele gritou, a voz ecoando pela colônia, enquanto seus braços se erguiam em triunfo. "Nós vamos ter um bebê!"
Sua alegria era contagiante, e logo os que estavam por perto começaram a se juntar ao redor, sorrindo e parabenizando o futuro pai. Alguns riram, outros aplaudiram, e alguns até lançaram brincadeiras bem-humoradas sobre a futura paternidade de Barry.
Dentro da clínica, Caitlin e Eliza observavam a cena, um sorriso largo nos rostos. Caitlin sacudiu a cabeça, divertindo-se com a reação entusiasmada do marido. "Ele sempre soube como fazer uma cena, não é?" disse ela, rindo suavemente.
Eliza, ainda emocionada, deu um leve tapinha no ombro de Caitlin. "Essa notícia trouxe uma luz que todos nós precisávamos" comentou, sua voz carregada de carinho. "Ele tem todo o direito de estar eufórico. Afinal, esse bebê representa muito mais do que apenas a chegada de uma nova vida."
Caitlin assentiu, o coração cheio de uma mistura de emoções. "Sim, representa esperança... E a prova de que, mesmo em um lugar tão diferente, podemos continuar e construir algo bonito."
Enquanto observavam Barry, agora rodeado pelos colonos que compartilhavam sua felicidade, Caitlin e Eliza perceberam que aquele momento era apenas o começo de uma nova fase para a colônia. Um bebê nascendo ali, no meio do Cretáceo, era o símbolo de um novo começo para a colônia, para a humanidade, e para todas as futuras gerações que ali se estabeleceriam.
E assim, com risos, alegria e esperança no ar, a notícia da gravidez de Caitlin se espalhou por toda a colônia, trazendo um sopro de renovação para todos.
Continua...
Lá vem aí a primeira geração do cretáceo!
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