Um Mundo à Beira do Colapso
Meu nome é Kara Zor-El. Sirvo como major nas forças armadas. Meu caminho até aqui foi marcado por perdas e desafios, mas nunca imaginei que chegaria um momento em que a própria sobrevivência da humanidade estaria em jogo.
Estamos no ano de 2150. A Terra, outrora um planeta vibrante e cheio de vida, tornou-se um lugar inóspito e hostil. Quando olho pela janela do meu apartamento, vejo um céu perenemente cinza, encoberto por uma camada espessa de poluição que bloqueia o sol. As poucas árvores que restam são sombras do que um dia foram, suas folhas cobertas de fuligem e poeira.
O ar que respiramos é pesado e fétido, um lembrete constante do nosso fracasso. Cada inalação traz um gosto metálico e amargo, um aviso de que nossos pulmões estão sendo lentamente envenenados. Os sons da cidade são abafados, como se um cobertor de desespero tivesse caído sobre nós. Os sistemas de ventilação zumbem incessantemente, tentando, em vão, purificar o ar. As sirenes de emergência soam com frequência, um grito constante de socorro em um mundo que perdeu a esperança.
As ruas estão cheias de pessoas apáticas, seus rostos ocultos por máscaras de filtragem de ar. A comunicação se tornou impessoal, os olhares vazios encontrando-se apenas brevemente, evitando qualquer conexão real. As doenças respiratórias são tão comuns que o som de tosses e respirações difíceis faz parte da nossa trilha sonora diária. Cada espirro, cada tosse, é um lembrete cruel de nossa fragilidade.
A superpopulação exacerbou nossos problemas. Com os recursos naturais praticamente esgotados, a produção de alimentos é insuficiente, e a água potável é um luxo raro. Nas áreas mais pobres, o cheiro de esgoto não tratado e lixo em decomposição é insuportável. Nos mercados, os alimentos disponíveis são pálidos, sem sabor, cultivados em condições artificiais. O prazer de uma refeição se perdeu, substituído pela simples necessidade de sobrevivência.
As grandes nações que um dia dominaram o cenário global não existem mais. A maior parte da população mundial morreu, vitimada por desastres naturais, conflitos e a degradação do ambiente. O que resta da humanidade está confinado em um único local: uma cidade fortificada, cercada por muros altos que nos protegem das tempestades tóxicas e dos perigos do exterior.
Aqui, cada família é restrita a no máximo dois filhos. O controle populacional é estrito, e qualquer violação é punida severamente. A vida dentro dessas muralhas é controlada, monitorada, e ainda assim, a sensação de desespero é palpável. A tecnologia avançada que desenvolvemos tenta, em vão, compensar a falta de recursos naturais. Sistemas de reciclagem e purificação de ar e água são nossos últimos salvadores.
A mudança climática não só alterou nossos padrões de vida como também moldou o próprio planeta. Tempestades severas, secas implacáveis e inundações devastadoras são parte de nossa nova realidade. Quando chove, a água que cai do céu é ácida, queimando a pele de quem se atreve a ficar sem proteção. O som das tempestades é aterrorizante, trovões estrondosos e ventos uivantes que parecem ameaçar rasgar o próprio tecido da realidade.
O governo mantém um controle rigoroso sobre nós. A ordem precisa ser mantida a qualquer custo. Criminosos e dissidentes são tratados com extrema dureza, e a liberdade pessoal é um privilégio do passado. As câmeras de vigilância são onipresentes, seus olhos eletrônicos sempre nos observando, garantindo que seguimos as regras.
Meu papel, como major, é liderar e proteger o que resta de nossa civilização. Mas, mesmo com toda a disciplina e treinamento, às vezes me pergunto se há alguma esperança de reverter esse cenário. Olho para os olhos das crianças que juramos proteger e me pergunto que futuro podemos lhes oferecer. Elas brincam em áreas designadas, seus risos um raro som de alegria em meio à tristeza, mas sempre com uma sombra de medo, conscientes de que seu mundo é frágil.
Este é o nosso mundo agora. Um planeta moribundo, onde a sobrevivência diária é a única certeza. Mas, no fundo, uma pergunta persiste: por quanto tempo mais conseguiremos viver assim?
Não sabemos como a população irá sobreviver. A cada dia que passa, a sensação de que estamos chegando ao fim se torna mais real. E, no entanto, continuamos lutando, esperando contra todas as probabilidades por um milagre, por uma chance de recomeço.
Continua...
Olá, voltei 🥰
Já tem um tempinho que estou pensando nessa história, vai ser totalmente diferente da outra. Espero que gostem!
Observação: Esta história é totalmente fictícia, mas busca explorar lembranças perdidas do passado e possíveis cenários para o futuro. Misturando elementos de ciência, questões ambientais e sociais.
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