Os Primeiros Seis Meses de Exploração
Kara Zor-El, sozinha em um mundo pré-histórico de beleza selvagem e perigos inimagináveis, navegava pelos desafios de cada dia com a determinação de uma sobrevivente treinada. Após estabelecer um breve contato através de seu dispositivo de comunicação com 2150, Kara guardou seus equipamentos na mochila com cuidado e saiu da caverna escura dando inicio a sua jornada pelo desconhecido. Utilizando seu treinamento militar e conhecimentos adquiridos dos pesquisadores, ela mergulhou de cabeça na exploração do ambiente hostil que agora era seu lar. Iniciou o dia rastreando sinais de alguma fonte de água. Caminhou com cautela, observando atentamente cada movimento e som ao seu redor.
Após horas de busca incansável, Kara avistou um filete de água cristalina serpenteando entre as pedras. Respirou aliviada ao encher seus dois cantis, permitindo que a água fresca refrescasse seu rosto cansado. A sensação revitalizante da aguá despertou seus sentidos após uma noite de vigília tensa na caverna onde havia passado a sua primeira noite nesse tempo desconhecido.
Os dias seguintes foram desafiadores. Kara vasculhava a paisagem em busca de alimentos, suas habilidades de sobrevivência sendo testadas a cada momento. As frutas eram escassas, e ela aprendeu rapidamente a discernir as comestíveis das venenosas. Algumas noites eram passadas em cavernas, onde o eco de sons noturnos desconhecidos fazia seu coração bater mais rápido. Outras vezes, Kara encontrava refúgio nas árvores imensas, cujas copas ofereciam segurança contra criaturas noturnas que patrulhavam o solo.
Após dias de busca incansável, Kara finalmente encontrou um pequeno agrupamento de frutas comestíveis. Com gratidão pelos treinamentos recebidos, ela recolheu o que pôde, sabendo que cada descoberta aumentava suas chances de sobrevivência. As noites eram um exercício de vigilância e adaptação, onde Kara estudava as estrelas desconhecidas no céu e refletia sobre a vastidão do tempo e do espaço que agora a separavam de seu lar. Cada dia no Cretáceo era uma prova de resistência e engenho.
2 mês no Cretáceo
Durante suas caminhadas pela vastidão das pradarias adornadas por árvores gigantescas e samambaias que se erguiam como catedrais verdes, Kara mantinha diálogos silenciosos consigo mesma. Refletia sobre o equilíbrio delicado entre sobrevivência e esperança, cada passo uma lembrança vívida da distância entre ela e seu mundo anterior. A voz do Coronel e a imagem de Alex eram faróis de esperança em meio à solidão, acompanhando-a em cada jornada.
Em um dia de sol brilhante, Kara encontrou finalmente o local ideal para seu acampamento permanente. A clareira cercada por árvores altas oferecia segurança contra os ventos cortantes do Cretáceo e uma vista panorâmica que permitia a vigilância constante dos dinossauros herbívoros que pastavam pacificamente nas proximidades. Sorriu consigo mesma ao reconhecer a oportunidade não apenas de sobreviver, mas de estabelecer uma base para futuras explorações e talvez uma nova comunidade.
Diário de Bordo de Kara, 33º dia:
"Hoje encontrei uma clareira perfeita para montar um acampamento permanente. as árvores altas ao redor oferecem proteção contra os ventos e os dinossauros herbívoros parecem não se incomodar com minha presença. Sinto que este é um bom começo. Espero que, um dia, outros possam se juntar a mim aqui."
A construção do abrigo tornou-se sua principal prioridade nos dias que se seguiram. Usando seus conhecimentos de sobrevivência militar e habilidades aprendidas com os pesquisadores, Kara ergueu uma estrutura resistente e funcional. Ramos entrelaçados formavam as paredes, enquanto folhas largas do samambaia garantiam cobertura contra o sol escaldante e as chuvas imprevistas. Cada detalhe foi cuidadosamente ajustado, transformando a clareira antes vazia em um lar improvisado que oferecia certo conforto em meio à selvageria.
Diário de Bordo de Kara, 40º dia:
"Finalmente terminei o abrigo. Não é um palácio, mas é seguro e aconchegante. Consegui criar um teto resistente e parede que me protegem das intempérie. Cada dia aqui é um desafio, mas estou determinada a continuar. Ainda não consegui contato com 2150, mas não vou desistir. Preciso acreditar que eles também estão tentando."
Ano 2150
Enquanto isso, no futuro distante de 2150, oficiais, o primeiro-ministro e pesquisadores se reuniam diariamente na sala de operações. Mapas holográficos do Cretáceo se estendiam sobre a mesa, enquanto telas piscavam com relatórios escassos e tentativas frustradas de comunicação com Kara. O primeiro-ministro, com expressão sombria, dirigiu-se aos presentes:
"Não podemos perder a esperança. Kara é forte e determinada. Ela vai encontrar uma maneira de se comunicar conosco", disse ele, tentando infundir otimismo em seus colegas.
O Coronel, observando com olhos cansados e inquietos, interveio com voz firme, mas tensa: "Precisamos de mais recursos para expandir nossas tentativas de comunicação. Não podemos deixá-la sozinha nesse desafio."
Os pesquisadores, especialistas em tecnologia, discutiam entre si sobre possíveis melhorias nos equipamentos de comunicação, tentando superar as barreiras impostas pela distância temporal e as condições adversas do Cretáceo. Cada fracasso em obter uma resposta de Kara aumentava a pressão sobre todos os presentes, uma sombra constante sobre suas esperanças de um retorno bem-sucedido.
Cretáceo
Kara persistia em suas tentativas diárias de contato. Manipulava o dispositivo de comunicação com dedicação meticulosa, ajustando as frequências, buscando pontos altos nas montanhas para melhorar o sinal, mas sempre enfrentando a mesma resposta silenciosa do outro lado. À noite, sob o brilho das estrelas antigas, ela se sentava diante do dispositivo, suas mãos tocando a tela fria enquanto seus pensamentos viajavam para aqueles que ela deixara para trás.
Diário de Bordo de Kara, 47º dia:
"Todas as noites tento entrar em contato com 2150. Ajusto o dispositivo de comunicação, mas o silêncio é a única resposta. É frustrante, mas sei que preciso continuar tentando. O Coronel, Alex, Ruby... todos eles estão contando comigo. Não posso falhar."
Cada novo amanhecer trazia desafios únicos e descobertas fascinantes para Kara no Cretáceo. Aprendeu a pescar nos riachos que cortavam a paisagem, usando lanças improvisadas feitas de galhos e pedras afiadas. Enfrentou pequenos dinossauros carnívoros como o Compsognathus com coragem e astúcia, desenvolvendo novas técnicas de defesa enquanto estudava seu comportamento para aprimorar suas estratégias de sobrevivência.
Compsognathus
Diário de Bordo de Kara, 49º dia:
"Pescar aqui é uma experiência totalmente nova. Consegui fazer lanças improvisadas e aprendi a usá-las com eficiência. Enfrentar os pequenos carnívoros como o Compsognathus tem sido um desafio, mas estou aprendendo. Cada dia traz uma nova lição."
Nos momentos de solidão, Kara encontrava consolo no diário de bordo, onde registrava cada encontro com a flora e fauna do Cretáceo. Ela nomeava as plantas com cores vibrantes e texturas únicas, como o verde profundo das folhas do Cycas revoluta e o amarelo brilhante dos frutos das árvores frutíferas desconhecidas. Cada anotação era um testemunho de sua determinação em entender e dominar esse ambiente estranho e perigoso.
Diário de Bordo de Kara, 52º dia:
"Descobri tantas plantas novas e fascinantes. As folhas da Cycas revoluta são de um verde profundo, e os frutos das árvores frutíferas t~em um amarelo brilhante que quase parece brilhar no escuro. Anoto tudo, cada detalhe. Um dia, essas informações serão úteis para outros."
À medida que as estações mudavam, trazendo consigo tempestades furiosas e dias ensolarados abrasadores, Kara enfrentava os desafios do clima com a mesma resiliência que demonstrava diante dos obstáculos naturais. Ela aprendeu a antecipar erupções vulcânicas distantes, preparando-se para os tremores que sacudiam o solo e as nuvens de cinzas que obscureciam o sol.
No entanto, apesar de sua habilidade em sobreviver física e mentalmente no Cretáceo, Kara não conseguia escapar da saudade que a consumia nos momentos de quietude. As lembranças do coronel, de Alex e da família Danvers eram como âncoras que a ligavam ao seu passado, um lembrete constante de tudo o que estava em jogo em sua missão. A pequena Ruby, com sua risada doce e olhos curiosos, era uma presença constante em seus pensamentos, lembrando-a do motivo pelo qual ela havia se aventurado tão longe.
Diário de Bordo de Kara, 60º dia:
"Sinto tanta falta de todos. O Coronel, Alex, família Danvers... penso neles todos os dias. Eles são a razão pela qual continuo lutando. Sei que não posso desistir. preciso continuar, por eles e por todos que contam comigo."
Cretáceo: Terceiro e Quarto Mês
Durante o terceiro mês, Kara se aventurou ainda mais nas profundezas da floresta, sempre em busca de recursos e conhecimento sobre seu novo ambiente. Um dia, enquanto explorava uma área densa com vegetação exuberante, ela acidentalmente encostou em uma planta que exalava um aroma doce, mas traiçoeiro. Pouco depois, sentiu-se tonta e percebeu que havia sido intoxicada pela planta venenosa, que ela nomeou de "Cretaceus dulcis venenosa".
A experiência foi aterrorizante e serviu como um lembrete doloroso dos perigos constantes do Cretáceo. Ela recuou rapidamente para seu abrigo, onde usou as ervas medicinais que havia coletado e estudado anteriormente para tratar os sintomas. Durante esse tempo de recuperação, Kara reforçou seu conhecimento sobre a flora local, testando cuidadosamente cada nova planta antes de usá-la.
Diário de Bordo de Kara, 90º e 100º dia:
"Hoje encontrei uma planta com um aroma doce e atraente. A chamei de Cretaceus dulcis venenosa. Ao tocar nela, comecei a me sentir tonta. Foi um lembre doloroso dos perigos contantes deste mundo.preciso ser ainda mais cuidadosa." (Essa planta é fruto da minha imaginação)
"Estou me recuperando da intoxicação usei ervas medicinais que coletei para tratar os sintomas. Preciso testar cuidadosamente cada planta antes de usá-la. Esse mundo não perdoa erros."
No quarto mês, enquanto pescava em um riacho, Kara viu um inseto enorme, muito maior do que qualquer coisa que ela já havia encontrado. O Arthropleura, uma centopeia pré-histórica gigante, se movia lentamente pela água. Ela observou com fascínio e cautela, tomando notas detalhadas sobre seu comportamento e habitat. Esses encontros a lembravam constantemente de quão diferente e perigoso era este mundo.
Arthropleura
Lembre-se nesta época os insetos eram gigantes esse "lindo bichinho" tinha o comprimento maior que de um humano
Diário de Bordo de Kara, 120º dia:
" Vi um Arthopleura hoje. Uma centopeia gigante. Fascinante e assustador. Estou anotando sobre seu comportamento e habitat. Cada dia traz novas descobertas e novos perigos."
Cretáceo: Quinto e Sexto Mês
A construção do abrigo continuou a ser uma prioridade. Usando sua faca, facão e cordas e náilon, Kara conseguiu erguer uma estrutura mais robusta. Construiu paredes de madeira entrelaçada e um telhado resistente com folhas largas, criando um espaço onde pudesse se proteger das intempéries e armazenar suprimentos. Cada dia trazia novos desafios, mas ela enfrentava todos com determinação inabalável.
Enquanto explorava a área ao redor de seu abrigo, Kara encontrou um grupo de dinossauros herbívoros, incluindo o Triceratops. Ela os observou à distância, anotando seus comportamentos e padrões de alimentação. Em outro momento, um grupo de Deinonychus, dinossauros carnívoros ágeis e perigosos, passou perto de seu acampamento. Kara estudou seus movimentos e estratégias de caça, sempre pronta para se defender caso necessário.
Deinonychus
Diário de Bordo de Kara, 135º dia:
"Os Triceratops são incríveis. Observar seus comportamentos é fascinante. Hoje, um grupo de Deinonychus passou perto do acampamento. preciso estar sempre alerta."
A saudade de casa era um fardo constante. Kara pensava frequentemente no Coronel, em Alex, na pequena Ruby e na família Danvers. Escrevia longas entradas em seu diário, refletindo sobre suas memórias e esperanças para o futuro. Essas reflexões a mantinham motivada e resiliente, lembrando-a do propósito de sua missão.
Durante esses meses, Kara tentava todos os dias se comunicar com 2150, mas o sinal era fraco e a interferência constante. A frustração crescia com cada tentativa fracassada, mas ela não desistia. Finalmente, após seis meses sem comunicação, ela decidiu tentar uma última vez. Ajustou cuidadosamente o dispositivo, buscando o ponto perfeito na frequência.
Com o coração batendo acelerado, Kara falou com firmeza: "Aqui é Kara Zor-El, me ouvem?"
Ano de 2150
No ano de 2150, o Coronel, o Primeiro-Ministro e os Pesquisadores estavam reunidos na sala de operações, envoltos na tensão crescente de seis meses sem notícias de Kara. O Coronel, sempre presente na área de localização, ajustava os equipamentos enquanto o restante da equipe trabalhava incansavelmente para manter a esperança viva.
De repente, um som distinto rompeu o silêncio. A voz de Kara ecoou pelo rádio, clara e firme: "Aqui é Kara Zor-El, me ouvem?"
Por um momento, o ambiente congelou. Olhares se encontraram, e a incredulidade rapidamente deu lugar a uma explosão de emoções. Pesquisadores começaram a chorar de alívio, alguns se abraçaram, e outros simplesmente deixaram escapar suspiros de felicidade. A notícia mais aguardada finalmente havia chegado.
O Coronel, com as mãos trêmulas de excitação, correu até o rádio. "Kara, aqui é o Coronel. Estamos ouvindo você. Está tudo bem? Como você está?"
Do outro lado, Kara sentiu uma onda de emoção e alívio ao ouvir a voz familiar. Com um sorriso no rosto, ela respondeu: "Estou bem, Coronel. Todos os dias tentei entrar em contato com vocês, mas o sinal era fraco e a interferência constante. Tenho tantas coisas para contar. Construí um abrigo e estou anotando tudo que encontro. Quando os especialistas chegarem, já terão uma base sólida para começar."
A sala de operações estava em êxtase. As lágrimas de felicidade fluíam livremente, e o primeiro-ministro, com uma expressão de alívio, dirigiu-se aos presentes. "Ela conseguiu. Kara conseguiu. Temos um caminho a seguir."
O Coronel, com a voz carregada de emoção, continuou: "Kara, estamos tão aliviados de ouvir você. Sabíamos que se alguém pudesse fazer isso, seria você."
Kara, lutando para manter a compostura, sentiu uma nova onda de determinação. "O Cretáceo de 85 milhões de anos atrás é possível de ser colonizado. Eu encontrei um lugar fantástico. A paisagem é rica e cheia de potencial. É difícil estar aqui sozinha, mas cada dia é uma chance de salvar a raça humana. Estou anotando cada detalhe para garantir que este ambiente seja seguro para todos nós."
A notícia de Kara trouxe uma renovada sensação de propósito e esperança para a equipe em 2150. As palavras dela, cheias de resiliência e determinação, ecoaram pelo laboratório, inspirando todos a continuar seus esforços com vigor renovado. Kara havia conseguido estabelecer a primeira comunicação bem-sucedida após seis meses, e suas descobertas eram a chave para um novo futuro.
O Coronel, com lágrimas nos olhos, sorriu ao responder: "Você fez um trabalho incrível, Kara. Continue forte. Estamos todos com você."
Kara, sentindo o peso da responsabilidade e a esperança de todos, assentiu firmemente. "Vou continuar, Coronel. Vamos transformar isso em realidade. Até breve."
A comunicação foi encerrada, mas o impacto de suas palavras reverberou por todo o laboratório. Todos estavam unidos por um propósito comum, fortalecidos pela resiliência de Kara. Com renovada determinação, a equipe de 2150 se preparou para a próxima fase de sua missão, cientes de que, graças a Kara, tinham uma chance real de sucesso.
Kara, de volta ao Cretáceo, olhou para o céu estrelado e sorriu. Seis meses haviam se passado, e agora ela sabia que não estava sozinha. Ela continuaria lutando, não apenas por sua própria sobrevivência, mas pelo futuro de toda a humanidade.
Continua...
Logo haverá somente momentos no cretáceo.
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