Nova Aurora
Um novo dia amanheceu no Cretáceo, e na colônia, os membros despertaram com um ânimo diferente dos outros dias. A segurança proporcionada pela cerca recém-construída trouxe um alívio palpável. O sol nascente banhava a cerca com luz dourada, refletindo um novo começo.
Kara foi a primeira a acordar. Sentindo a paz do ambiente, ela se espreguiçou e saiu do seu abrigo improvisado. O ar fresco, o som suave das folhas ao vento e o canto distante dos pássaros a envolveram. Ela não conseguia parar de pensar na noite anterior, no beijo que compartilhara com Lena. Com um sorriso no rosto, Kara foi buscar água, aproveitando a tranquilidade matinal.
Enquanto isso, os outros membros da colônia também começaram a acordar. Alex despertou com um misto de alívio e responsabilidade, sentindo o peso do sucesso em proteger todos ali. Cisco sentiu uma onda de orgulho ao ver a estrutura que ajudara a construir, enquanto Barry se alongava, sentindo o calor do sol em seu rosto.
Lena acordou um pouco mais tarde, saboreando alguns minutos extras de descanso. Ela passou a mão pela boca, relembrando o toque suave dos lábios de Kara. Um misto de felicidade e surpresa a invadiu. O ar matinal estava fresco, e ela respirou fundo, sentindo o aroma terroso ao seu redor. Lena levantou-se lentamente, os eventos da noite anterior ainda claros em sua mente.
Café da Manhã na Colônia
À medida que a colônia se animava, todos se reuniram em uma mesa provisória de madeira para o café da manhã. Kara voltou com a água, recebendo sorrisos e cumprimentos calorosos de todos. A atmosfera era leve e descontraída. O café da manhã consistia em barras nutritivas, uma refeição simples, mas eficaz. Cisco, brincando, comentou que não aguentava mais comer aquelas barrinhas, arrancando risadas dos outros.
Barry sugeriu que a colônia precisava de um nome, algo que simbolizasse um novo começo. Após algumas discussões, ele propôs "Nova Aurora". A sugestão foi recebida com entusiasmo e, após uma breve votação, Alex oficializou o nome. "Agora somos Nova Aurora," declarou ela, e todos aplaudiram.
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Após o café da manhã, enquanto os outros membros aproveitavam a tranquilidade recém-adquirida, Lena decidiu se concentrar em um novo desafio. Com a colônia segura, ela queria explorar maneiras de estabelecer uma comunicação com 2150 sem depender da fenda temporal.
Ela reuniu papéis, lápis e caneta e começou a rabiscar ideias e desenhos sobre um possível dispositivo de comunicação. Sentada à sombra de uma árvore, o som distante da natureza e o murmúrio dos outros colonos ao fundo, Lena se concentrou em seus cálculos. Ela pensou nos materiais disponíveis no Cretáceo e como poderia usá-los para criar uma tecnologia rústica.
Lena passou horas imersa em seus cálculos, rabiscando e revisando suas ideias. Sentada sob a sombra de uma árvore, ela se viu lutando com as limitações dos materiais disponíveis. Cada rascunho parecia levar a um beco sem saída.
"Isso não vai funcionar," murmurou, frustrada, amassando mais um papel. O som dos risos dos outros membros da colônia ao longe contrastava com sua frustração crescente.
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Kara, que estava andando pela cerca e contemplando sua construção, notou Lena frustrada jogando folhas amassadas de lado. Com aquele sorriso característico e olhos azuis brilhantes, ela se aproximou e sentou-se ao lado de Lena.
"O que você está fazendo?" perguntou Kara, sua voz suave e encorajadora.
Lena suspirou, mas sentiu-se mais tranquila com a presença de Kara. "Estou tentando pensar em um jeito de criar um dispositivo de comunicação com 2150, mas nada parece dar certo."
Kara colocou uma mão no ombro de Lena e disse: "Eu sei que você consegue. Estou aqui para ajudar no que precisar."
Com a presença de Kara ao seu lado, uma ideia brilhou na mente de Lena. "E se tentarmos montar um transmissor de rádio rústico? Algo que possa enviar sinais básicos?"
Kara sorriu. "Vamos tentar! O que precisamos?"
As duas foram até a área da colônia onde ficavam os equipamentos. Lena explicou o que precisava, e Kara começou a procurar. "Precisamos desmontar algumas lanternas e outros equipamentos menos usados para retirar as peças necessárias," disse Lena.
Kara se pôs a trabalhar, desmontando os dispositivos com cuidado, retirando transistores, capacitores e fios de cobre. Lena assistia, sentindo a esperança crescer a cada componente recuperado.
Com as peças em mãos, Lena se virou para Kara. "Agora precisamos de materiais naturais, como cobre e cristais de quartzo."
Kara concordou. "Vamos pedir ajuda à Megan. Ela conhece bem a geologia do lugar."
As duas foram até Megan, que estava aproveitando a manhã tranquila. Explicaram o que precisavam, e Megan concordou em ajudar. "Tenho um mapa de áreas de mineração que o Coronel nos deu em 2150. Vamos usá-lo para encontrar o que precisamos."
Partindo para a Busca
Megan liderou o caminho, com Kara e Lena seguindo logo atrás. Megan carregava o mapa e apontava para áreas onde era provável encontrar cobre e cristais de quartzo.
"Temos sorte de estar em uma área rica em minerais," disse Megan enquanto caminhavam. "Esta região tem muitas formações de quartzo e depósitos de cobre."
Depois de uma caminhada de cerca de uma hora, o trio chegou a uma área onde o terreno era acidentado e rochoso. Grandes formações de quartzo brilhavam sob a luz do sol, e manchas verdes indicavam depósitos de cobre nas pedras.
Kara, armada com armas de fogo e uma faca, ficou atenta a qualquer sinal de perigo enquanto Megan e Lena começaram a extrair os minerais. Lena usava um martelo para quebrar pedaços de quartzo e retirar os cristais, enquanto Megan coletava fragmentos de cobre.
O som das ferramentas quebrando pedras ecoava pelo vale. O cheiro da terra recém-remexida misturava-se ao ar fresco, e Lena sentiu uma onda de determinação. Kara, vigilante, mantinha os olhos na paisagem ao redor, garantindo que estivessem seguras.
Com os minerais necessários em mãos, o trio voltou à colônia. O retorno foi mais rápido, pois estavam ansiosos para começar a trabalhar no novo projeto. Chegando lá, Lena espalhou todos os materiais em cima de uma mesa improvisada: madeira, cobre, cristais de quartzo e os componentes eletrônicos recuperados.
O Início do Projeto
Com os materiais cuidadosamente espalhados sobre a mesa improvisada, Lena Luthor se sentou, examinando cada componente com um olhar crítico. Kara e Megan estavam ao seu lado, oferecendo apoio silencioso. Lena respirou fundo, sentindo a pressão e a responsabilidade de ser a ponte entre seu tempo e 2150.
“Vamos começar,” murmurou Lena, mais para si mesma do que para suas companheiras. “Primeiro, precisamos montar o circuito básico.”
Ela pegou o cristal de quartzo, suas bordas ásperas raspando contra seus dedos. “Esses cristais devem ser lapidados corretamente para funcionarem,” explicou, sua voz firme, mas com um toque de nervosismo. Kara e Megan observaram atentamente enquanto Lena usava uma pequena lima para moldar o cristal.
“Me avise se precisar de ajuda,” disse Kara, seus olhos azuis refletindo determinação e apoio. “Estamos aqui para isso.”
Lena assentiu, apreciando a presença reconfortante de Kara. “Eu sei, obrigada.” Ela continuou a trabalhar, o som suave da lima preenchendo o ar. O aroma da madeira e da terra do Cretáceo misturava-se com o cheiro metálico das peças de cobre e dos transistores.
Depois de lapidar o cristal, Lena começou a montar o circuito. Ela usou fios de cobre, extraídos de lanternas e outros dispositivos, enrolando-os com precisão em torno da estrutura de madeira que Megan havia preparado. O toque frio e áspero dos fios contrastava com a textura lisa da madeira.
“Passa-me aquele capacitor, por favor,” pediu Lena a Megan, que prontamente atendeu. Lena fixou o capacitor no circuito, suas mãos movendo-se com cuidado e precisão.
“Você está indo muito bem,” comentou Megan, sua voz cheia de encorajamento. “Apenas continue.”
Lena sorriu brevemente, suas mãos suando ligeiramente enquanto ela continuava. O som do circuito sendo montado era suave, quase hipnótico, com o ocasional clique de peças se encaixando. Kara observava, atenta a qualquer sinal de problema, pronta para ajudar se necessário.
A montagem da antena foi um desafio por si só. Lena decidiu construir a estrutura principal usando madeira de árvores locais, resistente e flexível. Os fios de cobre foram enrolados em torno da estrutura de madeira, formando uma antena improvisada. Lena colocou a antena em uma elevação na colônia, para garantir uma melhor recepção e transmissão do sinal.
“Vamos ver se funciona,” disse Lena, conectando a antena ao circuito. “Preciso de uma fonte de energia agora.”
Kara correu para pegar algumas lanternas e outros dispositivos eletrônicos que não estavam em uso. Lena retirou as baterias e as conectou ao circuito. A tensão era palpável, cada um dos sentidos de Lena estava aguçado: o cheiro metálico dos fios, a textura áspera da madeira, o som do clique dos componentes encaixando.
Dias passaram, e as tentativas de Lena de fazer o rádio transmissor funcionar resultaram em frustração e desespero. Ela ajustava o circuito, verificava as conexões, mas o rádio permanecia em silêncio. Kara e Megan estavam sempre ao seu lado, oferecendo palavras de encorajamento e apoio.
“Não desista, Lena,” disse Kara um dia, após mais uma tentativa fracassada. “Você vai conseguir. Eu acredito em você.”
Lena suspirou, exausta, mas determinada. “Obrigada, Kara. Vou tentar mais uma vez.”
Na última tentativa, Lena ajustou o transmissor pela enésima vez, sentindo a tensão nos ombros. Ela conectou os fios de cobre e ajustou o cristal de quartzo. Quando finalmente ativou o dispositivo, o som de estática encheu o ar, seguido por uma voz distante e familiar.
“Aqui é 2150. Recebemos a transmissão. Quem está aí?”
Lena e Kara trocaram olhares, ambos com os olhos brilhando de emoção e alívio. “Aqui é Lena Luthor,” respondeu Lena, sua voz tremendo com emoção. “Conseguimos contato.”
A alegria e o alívio eram palpáveis, e Megan soltou um grito de alegria. “Você conseguiu, Lena! Conseguiu mesmo!”
Lena sentiu lágrimas de alívio escorrerem por suas bochechas enquanto Kara a abraçava fortemente. “Eu sabia que você conseguiria,” murmurou Kara, sua voz cheia de orgulho.
Impulsivamente, Kara deu um selinho em Lena, um gesto de pura alegria e alívio. Megan vibrou, pulando de felicidade, enquanto Lena e Kara ficaram um pouco vermelhas, mas sorrindo.
Lena respirou fundo, sorrindo através das lágrimas. “Obrigado por acreditarem em mim. Isso é só o começo.”
A colônia estava agora conectada ao seu tempo, e a primeira vitória tecnológica de Lena no Cretáceo foi celebrada com abraços e sorrisos.
E assim, com um espírito renovado e uma colônia unida, Nova Aurora se preparava para enfrentar os desafios do Cretáceo com esperança e determinação.
Continua...
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