No centro de operações do ano de 2150, uma sensação de rotina e normalidade pairava no ar. Os painéis de controle exibiam dados constantes, e os operadores estavam atentos a qualquer anomalia. Foi então que uma luz vermelha começou a piscar, acompanhada por um sinal auditivo inconfundível.

"Chefe, estamos recebendo uma transmissão de um lugar desconhecido," disse um dos operadores, virando-se rapidamente para o Coronel.

O Coronel, um homem de expressão austera e postura imponente, franziu a testa. "De que tipo de equipamento é essa transmissão?"

"É de um rádio robusto, Coronel. Algo que não se vê há décadas," respondeu o operador, a surpresa evidente em sua voz. O Coronel acenou afirmativamente.

"Deixe a transmissão chegar."
O silêncio tomou conta da sala enquanto a estática inicial da transmissão começava a clarear, dando lugar a uma voz feminina clara e determinada."Alô? Aqui é Lena Luthor. Estamos transmitindo do Cretáceo."

Os olhos de todos na sala se arregalaram em choque. O murmúrio de surpresa foi interrompido pela voz firme do Coronel. "É realmente ela? Verifiquem isso."

Os operadores rapidamente confirmaram a autenticidade da transmissão. O Coronel, visivelmente impressionado, olhou para o operador. "Conecte-nos com ela agora."

A voz de Lena Luthor ecoou novamente pela sala, desta vez mais clara e sem interferências. "Conseguimos estabelecer uma linha de comunicação improvisada usando materiais disponíveis no Cretáceo. É um rádio transmissor rudimentar, mas funciona."

Os pesquisadores, junto do Coronel e do primeiro-ministro, se entreolharam, ainda incrédulos com a notícia. O Primeiro-Ministro, um homem de aparência sagaz e respeitável, deu um passo à frente. "Lena, como vocês conseguiram isso? Estamos impressionados."

Lena explicou o processo detalhadamente, falando sobre a recuperação de componentes eletrônicos, a procura por cristais de quartzo e a extração de fios de cobre. Ela mencionou a construção da antena com estrutura de madeira e fios enrolados e o uso de baterias reutilizadas.

Enquanto Lena explicava, os olhos dos cientistas na sala brilhavam de admiração. Um deles, um homem de meia-idade com óculos e uma expressão de profundo respeito, não pôde deixar de falar. "É incrível, Lena. Seu engenho e determinação são notáveis. Você conseguiu algo que poucos poderiam imaginar."

O Coronel, com um sorriso discreto, acenou para o operador. "Mantenham a linha aberta. Precisamos coordenar uma resposta."

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No Cretáceo, a excitação era palpável enquanto a equipe se reunia ao redor do aparelho que Lena havia construído. Todos estavam ansiosos para ouvir as vozes familiares e compartilhar as notícias.

"Alô, centro de operações, aqui é Alex, líder da colônia," começou Alex, com uma voz firme e clara. "Quero informar que construímos uma cerca robusta ao redor da colônia, protegendo-nos de qualquer ameaça externa. A colônia agora se chama Nova Aurora, e todos aqui estão bem."

Os murmúrios de aprovação e orgulho ecoaram do outro lado da linha. Alex então passou a palavra para Kara, que se adiantou com um brilho determinado nos olhos.

"Coronel, é Kara Zor-el falando. Temos ótimas notícias. A cerca está concluída e a colônia está segura. Isso significa que as famílias da nossa equipe podem começar a vir para o Cretáceo. Precisamos de agrônomos, mecânicos, agricultores e outros especialistas para iniciar a colonização e as plantações."

A equipe de Kara trocou olhares surpresos e animados. A ideia de finalmente ver suas famílias os encheu de esperança e felicidade.

"Além disso," continuou Kara, "precisamos de um engenheiro elétrico e de fios de eletricidade para instalar nos topos da cerca. Isso garantirá uma camada extra de proteção contra os dinossauros."

Do outro lado da linha, o Coronel e sua equipe estavam visivelmente impressionados. O Coronel respondeu com um tom de orgulho e admiração. "Kara, o que você e sua equipe estão fazendo é magnífico. Estamos orgulhosos de todos vocês. Vamos coordenar para enviar as famílias e os especialistas necessários o mais rápido possível."

A transmissão continuou com detalhes sobre a logística, mas o sentimento predominante era de realização e orgulho. A equipe do Cretáceo havia superado desafios inimagináveis e estava pronta para dar o próximo passo na colonização.

Quando a comunicação foi encerrada, a equipe de Kara explodiu em aplausos e abraços. Era um momento de celebração e um passo significativo rumo a um futuro mais seguro e promissor no Cretáceo.

Após a chamada, a equipe se dispersou para realizar suas tarefas, mas o sentimento de euforia ainda pairava no ar. Kara, com um sorriso nos lábios, olhou para Lena, que retribuiu o olhar com igual intensidade.

"Conseguimos," disse Kara, com um brilho de satisfação nos olhos. Lena apenas sorriu, sabendo que aquilo era apenas o começo de uma nova era para todos eles.

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Com a comunicação encerrada, o Coronel se preparou para dar as boas novas aos familiares da equipe.

Reuniu-se em uma sala onde os familiares de todos os que estão no Cretáceo, Lena, Alex, Barry...aguardavam ansiosamente por notícias. Os rostos ansiosos se iluminaram quando o Coronel entrou.

“Senhoras e senhores,” começou o Coronel, sua voz firme mas cheia de emoção, “é com grande prazer que informo que a colônia Nova Aurora está segura. Suas famílias estão bem. E, em breve, vocês poderão se juntar a eles no Cretáceo.”

O alívio e a alegria foram palpáveis na sala. Os pais de Lena se abraçaram, lágrimas de felicidade escorrendo por seus rostos. O Coronel continuou, “Quero parabenizar a todos vocês pelos filhos extraordinários que têm. Eles são a razão pela qual estamos aqui hoje, fazendo história.”

Eliza Danvers, com os olhos marejados, falou: “Parabéns ao senhor também, Coronel, pela educação que deu à Major Kara Zor-El e pelos cuidados que teve com ela quando ela mais precisou.”

O Coronel, visivelmente tocado, respondeu: “Obrigado, senhora Danvers. Kara é como uma filha para mim. Parabéns a todos nós, então.” Com um aceno de cabeça, ele se retirou, sentindo uma onda de memórias inundar sua mente.

Enquanto caminhava pelos corredores, flashbacks de sua vida com Kara no quartel surgiram como uma avalanche de emoções. Ele se lembrou das vezes que ela corria até ele com notícias de suas conquistas, dos abraços calorosos que compartilhavam, dos passeios de domingo e dos almoços em que discutiam sobre tudo e nada. Kara, com sua determinação e brilho nos olhos, sempre o fazia sentir-se como o pai que ele nunca pôde ser biologicamente.

Flashback on

Ele se lembrou vividamente de quando Kara tinha 10 anos e acabara de chegar ao quartel. A menina, assustada e confusa, estava em pé onde seria seu quarto, segurando uma mochila maior do que ela. Seus olhos azuis estavam cheios de lágrimas não derramadas, mas havia uma determinação brilhando ali.

“Coronel, eu vou ser a melhor soldado que já existiu!” ela disse, sua voz trêmula mas firme.

Ele a observou por um momento, sentindo uma onda de compaixão e orgulho. Ajoelhou-se para ficar ao nível dela, colocando as mãos firmemente em seus ombros.

“Eu sei que vai, Kara. Eu acredito em você,” ele respondeu, abraçando-a com força. O cheiro de grama recém-cortada do campo de treinamento ainda estava presente em suas roupas.

Dia dos Pais e Mães

Nos dias dos pais e mães, os soldados mais jovens recebiam seus pais no quartel. No primeiro ano de Kara, ela não tinha ninguém. O Coronel se lembrava claramente de encontrá-la sentada em um canto, com os olhos cheios de lágrimas e saudades da mãe.

"Coronel, eu sinto tanto a falta da minha mãe," ela sussurrou, tentando ser forte, mas a tristeza era palpável em sua voz.

Ele sentiu seu coração se partir ao ver aquela garotinha tão solitária. Decidiu que nunca mais deixaria que ela passasse por isso. Nos próximos dias dos pais e mães, ele a levava para passear, mostrando-lhe que não estava sozinha. Caminhavam pelo parque, compravam sorvete e conversavam sobre tudo o que passava pela mente curiosa de Kara.

Aniversários de Kara

Nos aniversários de Kara, ele sempre fazia questão de dar um presente especial. Ele se lembrava claramente do segundo ano dela no quartel, quando ela tinha apenas 11 anos. Ele havia organizado uma festa surpresa com todo o quartel, e a expressão de surpresa e felicidade no rosto dela era algo que ele jamais esqueceria.

"Para você, Kara," ele disse, entregando-lhe uma pequena caixa embrulhada com cuidado.

Ela abriu com olhos brilhantes, encontrando dentro um colar com um pingente de estrela. "Obrigada, Coronel! É lindo!" ela exclamou, pulando em seus braços e o abraçando com força.

"Você merece tudo de melhor, Kara," ele respondeu, sentindo o calor do abraço dela e o quanto isso significava para ambos.

Kara na Adolescência

Nos anos da adolescência, Kara treinava arduamente, sempre se destacando entre seus colegas. Em um dia específico, ela entrou correndo em seu escritório, com os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo desordenado e um brilho de conquista em seus olhos.

“Coronel, hoje eu consegui completar a pista de obstáculos em tempo recorde!” ela exclamou, estendendo uma folha de papel com os tempos de conclusão.

Ele pegou o papel, sorrindo orgulhosamente, e olhou para ela. “Estou muito orgulhoso de você, Kara. Continue assim,” ele disse, sua voz cheia de emoção. Ele não conseguia conter o orgulho que sentia por ela, e os olhos de Kara brilharam com alegria.

Momentos de Conquista

Ele também se lembrou das vezes que ela corria para sua sala, os passos ecoando pelos corredores, com algo para mostrar. Aquele sorriso radiante, os olhos brilhando de excitação, enquanto ela estendia uma medalha ou um certificado.

“Coronel, eu consegui!” ela dizia, e ele a abraçava, sentindo o calor do momento, o som de suas risadas ecoando na sala.

Competição e Torcida

Nas competições, ele se escondia em um canto, vibrando e torcendo por sua garotinha. Ele a via superar obstáculos, cair e levantar, sempre com uma determinação inabalável. Seu coração batia forte, o som da torcida ao redor era abafado pelo foco em Kara.

“Vai, Kara! Você consegue!” ele sussurrava para si mesmo, as mãos cerradas em punhos de ansiedade e orgulho.

Kara Adulta

Já adulta, Kara se tornara uma líder nata. Ele lembrava de uma conversa intensa que tiveram antes de uma missão difícil. Ela estava em pé, pronta para partir, a tensão visível em seus ombros.

“Coronel, estou pronta para a missão. Sei que será difícil, mas estou preparada,” ela disse, com uma convicção inabalável em sua voz.

Ele a abraçou fortemente, sentindo o peso da responsabilidade em seus próprios ombros. O toque do uniforme dela contra suas mãos lhe trazia uma mistura de orgulho e preocupação. “Você vai fazer um trabalho incrível, Kara. Sei disso,” ele respondeu, a voz embargada pela emoção.

O Último Momento Antes da Partida

O último momento que tiveram antes dela partir para o Cretáceo era algo que ele guardava no coração. Estavam sozinhos em seu escritório, longe dos olhos curiosos. Ele a segurou pelos ombros, olhando profundamente em seus olhos, que agora estavam cheios de determinação e um leve medo.

“Kara, eu sempre estarei com você, não importa onde esteja. Faça o que for necessário para proteger se proteger,” ele disse, sua voz carregada de amor e preocupação paternal.

Ela o abraçou com força, sussurrando em seu ouvido, “Obrigada por tudo, Coronel. Você foi o pai que eu nunca tive.” A sinceridade em sua voz fez com que seus olhos se enchessem de lágrimas.

Flashback off

Enquanto essas memórias passavam por sua mente, lágrimas de felicidade, saudade e orgulho escorriam silenciosamente por seu rosto. Ele parou por um momento, respirou fundo, e se recompôs. Mas por trás da fachada de calma, uma preocupação profunda o assaltava.

Ele pensava em Kara, agora estabelecida na nova colônia no Cretáceo, pronta para enfrentar desafios inimagináveis. Sabia que seus problemas de saúde, sua idade avançada e a condição de não poder viajar para o Cretáceo o impediriam de vê-la novamente. A incerteza do futuro pesava sobre ele como um fardo insuportável. Kara estava longe, em um lugar perigoso e desconhecido, e ele não podia estar lá para protegê-la ou mesmo para compartilhar os momentos de orgulho e alegria que sempre haviam compartilhado.

Enquanto se preparava para o próximo passo no centro de operações, o sorriso suave em seu rosto refletia não apenas a gratidão por ter tido a chance de ser pai de coração, mas também a tristeza profunda de não saber se teria a oportunidade de ver Kara novamente.

Continua...