010


~ Eunhyuk ~

Seguir uma trilha de sangue parecia algo que nunca faria em sã coincidência. Uma daquelas coisas que odiaria ver uma protagonista de filme fazer, diria para correr para o outro lado.

Mas estava ali, dando passos pesados logo atrás de EunYu, que era a mais ansiosa em achar os dois monstros assassinos, que provavelmente arrastavam alguém desconhecido, torturando e agredindo em meio às ruas coreanas. A Han não estava realmente animada para uma possível briga, só a ideia de ver seu avô frente a frente a deixava com o estômago embrulhado.

—— Você está bem?

Moon franziu o cenho, conferindo se o questionamento era realmente para ela. Os olhos da garota, no entanto, encaravam sua figura atentamente.

—— Estou sim, Hani —— disse lentamente, tentando evitar a careta se confusão —— e você? Te vi passando mal...

—— Vou ficar —— acenou, agora olhando para os próprios pés.

O curativo na orelha dela continuava o mesmo, lembrando a Han do tiro que havia dado.

—— Deveria trocar isso —— indicou o ferimento.

Não era um pedido de desculpas. Mas Chan-yeong, que ouvia conversa, sabia ser o mas próximo disse que teria dela. Ambos franziram a testa quando Hani passou por eles, colocando a orelha no chão, Moon se aproximou dos amigo, sussurrando como se estivesse com medo. 

—— O que aquela doida tá fazendo? Achei que tinham dado remedinho pra ela...

Ele fingiu não ouvir, tentando chamar a garota, indicando um rastro de sangue que ainda seguiam.

—— Tem um carro vindo —— Hani avisou, ainda agachada no chão.

Moon se aproximou da garota, acompanhada de EunYu e Chan-yeong, os três também curiosos com o que viria a seguir. Mesmo que estivessem mais interessados em seguir o rastro de Hyun-su e Sun, vendo o carro realmente virar a rua, a mulher reconheceu como um veículo militar.

Seu coração saiu do ritmo, seus olhos passaram primeiro pelo Sargento Kim, que dirigia, até o passageiro ao seu lado. Foi como se perdesse a audição ou noção de espaço na terra, cada milésimo de segundo se tornando uma eternidade.

Ela duvidou que estivesse acordada. Se perguntou se havia passado muito tempo ao lado de Hani.

Vivo.

Moon permaneceu imóvel, os olhos fixos no homem que se aproximava. Lee Eunhyuk, o amor que ela havia perdido, estava ali, a poucos metros de distância. O coração dela acelerou, e as lembranças inundaram sua mente: os sorrisos compartilhados, as mãos entrelaçadas, os momentos de ternura e paixão.

Ela sentiu um nó na garganta, a saudade e o desejo se misturando em seu peito. Ela queria correr até ele, abraçá-lo e nunca mais soltar, mas algo a mantinha paralisada.

Lee Eunhyuk também a encarava, os olhos escuros e intensos. Não havia palavras entre eles, apenas o silêncio carregado de emoções. Moon sentiu as lágrimas ameaçando escapar, mas lutou contra elas. Ela não queria chorar na frente dele, não queria mostrar sua vulnerabilidade.

Segurou uma de suas mãos nos ombros de Hani, sem conseguir sentir os próprios pés no chão. Assustadoramente parecia quase flutuar, sentia algo pesar em seu organismo, ouvia até mesmo seus batimentos cardíacos.

Eunyu e ela estavam no mesmo estados de tensão. Seus corações doendo, ele estava ali, dentro daquele carro, tão perto, mas ainda tão distante. Ela queria tocá-lo, sentir sua pele, ouvir sua voz, mas algo os mantinha separados.

Uma coisa era certa: ela nunca deixara de amá-lo, mesmo quando a esperança parecia perdida. Sentia isso enquanto o via se afastar, sem demonstrar metade do que ela sentia, mas vivo. Ela assistiu, impotente, enquanto ele desaparecia naquela rua.

—— Ele tá vivo.

Moon sentiu a visão ficar momentaneamente turva, como se fosse vomitar, se segurando a Hani com mais força, chamando a atenção da garota para si.

—— Acho que vou desmaiar...

Sun estava agora transformada com completo, ela queria apenas sangue, talvez não se alimentar estivesse enfim a condenando. Tudo nela gritava em ódio. Aquele ser miserável, estava fugindo deles, como uma barata envenenada, se contorcendo por mais tempo, tropeçando pelas ruas.

Balançou os pés de cima do poste com calma, esperando que sua presa se sentisse segura, tivesse esperança. Ao seu lado, Hyun-su em meio a transformação esperava pelo mesmo, eles tinham objetivos parecidos afinal, queriam matar alguém, se livrar de quem havia ferido sua versão humana, queimar qualquer pedra no caminho, no caso dela, sugar cada gota de sangue daquele ser horrível, finalizar aquilo.

—— Só chegou até aqui?

Ele levantou os olhos, encontrando os acima, Sun balançou os dedos em aceno, claro deboche.

—— Filhos da puta...

—— Olha a boca, rato!

A Han saltou, seus cabelos longos chicoteando suas costas pela velocidade. Hyun-su apenas sorriu quando ela correu atrás do outro, jogando seu corpo contra o chão.

—— Eu achei que eram fracos.

—— Fraca? —— zombou com um sorriso —— não meu bem, eu sou sua assinatura de morte.

Uma asa voltou a arrastar o corpo dele, tendo Sun junto deles, com um sorriso perverso no rosto.

A Han estava mais contente, suas unhas longas vez ou outra arrancavam o rosto do homem que não gostava. O pressionando para contar como entrar no estádio ou quais as Fraquezas dos outros neo-humanos ou monstros, ela nem se importava.

Alheia a como estava a quadras de sua irmã, ou de como parecia vulnerável a ataques humanos, os olhos apenas atentos a quem torturava. O que viria a ser seu erro, já que apenas sentiu uma grande pancada, junto de uma grande quantidade daquele líquido prateado contra seu corpo, sendo lançada para dentro de um ônibus com Hyun-su.

A mulher gritou, os olhos piscando entre castanhos e vermelhos, ora se perguntando onde estaria Moon, e praguejando de dor. Aquilo queimava, machucava da cintura para baixo, onde se encontrava semi-presa, perto de onde Hyun-su tentava tirar sua asa, também preso.

—— Que porra —— berrou, as unhas quase quebrando com os movimentos de tentar se liberar do que a prendia.

Era como se estivesse no laboratório novamente, vários remédios injetados em seu corpo, a ferindo.

—— Eu acho que você pode só puxar —— uma voz disse com calma, a fazendo olhar para cima, observando um estranho que estudava ela e Hyun-su —— e você deveria esperar esfriar...

Sun teve vontade de bater naquele estranho, até mesmo tentando se forçar para sair dali. Ele usava roupas pretas, até um sobretudo escuro, e apenas aquilo já a irritava.

—— Você parece bem —— ele disse novamente, ignorando como Sun o olhava com raiva, os olhos fixos no Cha —— é um alívio, já que vai ficar difícil , de novo...

Sun franziu o cenho, tentando socar a gosma que parecia endurecer contra suas pernas e cintura. Eles se conheciam?

—— Quem é você?

O desconhecido voltou a ignorá-la, ainda observando Hyun-su, que parecia surpreso com quem via. A Han se perguntou se estava morta e eles não a viam ali.

—— Você voltou do inferno?

Sun revirou os olhos. Odiando a sensação de não ser ouvida, suas presas aparecendo devido ao descontrole apresentado.

—— Pode dar uma de Durão, mas a sua cara não esconde a surpresa de me ver —— disse sem expressão —— Sentiu a minha falta?

Hyun-su sorriu como se fosse uma aposta divertida, observando o homem e em seguida Sun, como se ele tivesse algo a contar a ela. Mas apenas balançou a asa para atacar o outro.

—— Preciso de ajuda.

Eles começaram a se atacar, para o desconforto de Sun, que vez ou outra sentia que seria atingida naquela estupidez.

—— Você também vai me ajudar dessa vez? —— o estranho se sentou ao lado de Sun, a olhando com frieza —— ela também pode vir... sua namorada?

Hyun-su e ela torceram o nariz. Ambos com desgosto.

—— Ela não é minha namorada. E você acha que vou deixar pisar em mim como fazia com Cha Hyun-su?

Sun anotou aquilo, sabendo então que eles se conheciam da época em que o amigo ainda não sabia exatamente dos poderes e habilidades.

—— Acho —— concordou obediente outro, ganhando um olhar atravessado da própria Han  —— Eu também vou fazer isso dessa vez...

—— Que porra!

Ela odiou que novamente começassem a brigar, Sun novamente tentou quebrar aquilo que a prendia. Os deixando se matar, na verdade até torcia para aquilo, tinha apenas que sair dali, pegar o maldito que havia a queimado e ir para o estádio matar seu avô. Depois encontraria Moon novamente e elas poderiam morar juntas como antes, apenas elas, de vez em quando recebendo visitas de EunYu ou Chan-yeong, que pareciam gostar muito de sua caçula.

Moon tossiu em busca de ar, antes de quase ser levada por Chan-yeong, que também corria, logo atrás de EunYu. Seu cérebro não parava de pensar, criando tantos cenários por segundo que ela mal sabia ser realidade, seus joelhos quase cedendo pela pressão da corrida.

—— Eunhyuk! EUNHYUK —— chamou a Lee, sendo a primeira a se aproximar do que seria um ônibus.

Moon se forçou a correr mais, chegando até a cunhada em seguida. Ela estranhou a situação. Hyun-su transformado sem asa, Sun presa a algo desconhecido, e um cenário que parecia ser uma briga.

Realmente era ele.

—— É você...

Eunhyuk as observou com atenção, sem demonstrar uma única emoção ou expressão. Moon sentiu Chan-yeong colocar uma mão em seu ombro, e o olhar surpreso de Sun, que de repente entendeu quem era o estranho a sua frente, reconhecendo o nome do estranho de sobretudo. O Lee observou a mão do militar na mulher, quase pendendo a cabeça levemente, como fazia quando humano.

—— Olá Moon, vejo está bem. —— virou a cabeça, reparando como Sun observava a recém-chegada —— Você não tava morta?

Sun rosnou, tentando sair do casulo que a prendia, vendo como a irmã parecia abatida.

Era apenas aquilo que ele tinha a dizer a ela? Depois de todo aquele tempo de espera e dor?

—— Parabéns, é seu primeiro amor —— ele disse ao Cha, que tambem pareceu ter raiva.

Tanto Hyun-su quando Sun tomados pelo ódio se lançando contra Eunhyuk, ambos doidos para defender quem suas versões humanas mais amavam.

Duas humanas, ao menos até aquele momento, tomadas por confusão e estresse. Ele estava ali a frente delas, mas brigando como em uma guerra.

Estou honestamente insegura em postar isso aaaaaaaaaaaaaa

O que acharam? De verdade.

Moon:

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