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Anteriormente no universo MOON.

Quando o caos se iniciou, Han Moon nem estava em casa.

A Moon se virou rápida, os olhos afiados parando em uma criatura nunca vista antes, ela parecia ter no mínimo cinco metros, os olhos ainda mais acima já que estavam conectados a duas antenas malucas, estes que se fixaram a pequena figura que sentiu pânico tomar conta de si, ao se dar conta de que enfrentaria um monstro novamente, mas desta vez, um que realmente tinha formato irreal.



Ignorando todo seu acesso a humanidade, a Han ajudou sua companheira de prédio a se levantar, e correu junto dela para o Lee, que as puxou antes de fecharem a grade pesada. Cansados e ofegantes.

Os olhos terrivelmente arregalados ao observarem com temor o que deveria ser uma gigante língua, atravessar a grade, e tentar os atacar. Moon mal pode comemorar aquela pequena vitória, sabia, em seu interior, que viriam muitas coisas a seguir. Que aquilo era apenas o começo.

Mas pelo menos estava em seu lar, doce lar.



Então ela começou a lidar com pessoas e sentimentos que tanto evitava.

—— Você nem avisou —— sua voz ecoou fria, deixando sua colega ser levada pela senhora mais velha ——Sabia e a única coisa que disse foi "se cuidem." O primeiro foi por ela —— continuou em voz baixa, sua mão voando para o peito dele com força daquela vez —— isso foi por mim!

Ele a deixava nervosa. Agitada. Irritada.

A mulher se guiou para a saída, passando as mãos pelo rosto, odiando a sensação das lágrimas. Parando na porta, se virando com rapidez.

—— Eu também sou um peso para seus planos. Odeio seguir suas ordens, não suporto seus planos e me coloco em risco a todo momento. Então, me diga, por favor, porque não me manda embora?

Ele sentia o mesmo.



Eles eram líderes naturais, que buscavam apoio um no outro.

Os dois se separaram em buscar de ar, as testas ainda unidas, e as mãos dele a mantendo parada na mesa. Moon deixou os braços caírem, também abraçando o cintura dele levemente.

Eunhyuk deu um leve sorriso para a menor, a mente dos dois se perguntando se foi apenas um momento ou se significava algo. A pergunta no entanto ficaria para depois, já que Ji-su entrou na sala, os forçando a tentar disfarçar o óbvio.



E para o desespero do Lee, a Han sempre era uma teimosa, que amava entrar em perigo.

Eunhyuk havia acabado a cirurgia de Ji-su, quando notou os moradores agitados. Assim que o tremor chegou ao prédio, ele soube que algo havia acontecido com o grupo, mas não estava preparado para aquela visão. Seu coração batia tão forte que doía contra o peito, sua respiração ficando presa na garganta, enquanto gritava sentindo o desespero subir a cada milésimo de segundo.



Mas foi o choque de perder alguém próximo, que a fez entender o quanto se importava com ele.

Enquanto observava Eunhyuk, um pensamento incisivo a atingiu como um raio. Não queria perder mais ninguém. Não queria reviver a dor de uma perda insuperável. Seu olhar vagou para Ji-su, cujos olhos espelhavam o vazio deixado por Jae-jun, e um suspiro escapou dos lábios de Moon.

Foi então que ela percebeu a profundidade de seus sentimentos por Eunhyuk. Não era apenas amizade ou compaixão; era algo mais intenso, algo que ecoava nas batidas aceleradas de seu coração. Enquanto o mundo ao seu redor estava imerso em luto, ela reconheceu a presença reconfortante de Eunhyuk como algo essencial.



O deixando ainda mais nervoso com sua teimosia, e encantado com sua personalidade única.

—— Pode deixar de ser teimosa, e seguir um pedido meu, sem qualquer questionamento?

Moon revirou os olhos, com uma risada presa na garganta, sem notar o duplo pedido na frase. A Han se inclinou, roubando um pequeno beijo do líder, que sorriu para ela.

—— Posso —— concordou sincera.

—— Promete?

—— Não gosto de prometer —— contou de forma honesta, mas ainda mantinha um sorriso no rosto —— mas estou fazendo isso com frequência —— deu de ombros —— Não vai me matar prometer ao homem bonito.

Ela nunca soube a pergunta. E ele não contou que aquela era sua tentativa de despedida.



Quando um coração se parte, tudo desmorona.

—— Voce prometeu algo impossível —— sua voz soava quebrada, chamando a atenção do homem, que parou perto da escada, encarando a mulher com os olhos enchendo de lágrimas —— disse que quem faz isso está mentindo —— lembrou-se, seu coração de apertando —— esta mentindo?



Até que as palavras que deveriam ser ditas antes, se tornam um fim.

—— Eu te amo ——  ela sussurrou, uma confissão que flutuou no ar como um juramento eterno —— Porra, eu te amo, caralho...

Eunhyuk, com um último olhar repleto de carinho, sussurrou de volta.

—— Eu também te amo, Moon...



EM STORM SUN.



Moon fixou seu olhar no caminho à frente, seguindo a estrada poeirenta enquanto o caminhão avançava rumo a um destino incerto. A dor impregnava o ar ao seu redor, uma sombra palpável que envolvia não apenas ela, mas também Eunyu , companheiras de luto. As duas compartilhavam o fardo da perda, uma ferida que parecia não cicatrizar.

Ela estava para descobrir, que faria de tudo pela nova irmã. Desde a seguir para lugares sujos, até matar quem a ameaçava.



—— Park Chan-yeong. Cabo da sétima divisão, nono regimento.

Moon assentiu, um sinal de respeito pelas linhas hierárquicas que, por um momento, pareciam esmaecidas diante do caos que os cercava. Ela, realmente tentava esquecer o quanto estava envolvida com a vida militar.

Com um sorriso contido, Moon fez uma continência, uma saudação informal, que ele retribuiu com um pequeno acenar.

—— Han Moon, Subtenente especial da UOE.



Havia, afinal, coisas que a própria Moon tentava esquecer de sua vida.



Ter se tornado uma lenda entre os sobreviventes foi fácil para Moon, mesmo que odiasse o termo. Ela lidava com a Chefe Ji e sua filha ameaçando Lee Eun Yu, com um médico que havia traumatizado sua infância, e um Sargento que estava determinado a ter um encontro com ela.

—— Eu sei que você tinha alguém antes —— ele respirou fundo, e Moon sentiu seu coração afundar —— e não quero forçar nada —— prometeu —— mas depois dessa missão, se você aceitar, poderíamos fazer algo juntos?

—— Claro —— Ela acenou, querendo muito fugir dele.

Mesmo que a aceitação do convite fosse uma mentira, um nó apertado se formou em seu coração ao ver um sorriso iluminar o rosto do militar. Além de enganar o Sargento Kim, Moon sentia-se como se traísse a memória de Eunhyuk.



Ela passou por provações, tentando salvar Lee Eun Yu, e ainda lidando com uma criança desconhecida que ela não gostava.

—— Mãe ——  a menina disse novamente, confundindo as duas irmãs —— as pessoas... elas são más.

—— Mãe?

—— Você falou Mãe?

——  E vocês não são diferentes —— Ela disse.

A garota se aproximou rapidamente. Empurrando Eun Yu para o fundo e agarrando o pulso de Moon, que atirou contra o ombro da mais nova, antes de ambos os olhos se tornassem brancos.

O que a menina não esperava. Era que o passado e o ódio de Moon, a deixavam imunes ao seu poder.



Ela era então. A Obra-prima de dois malucos.

—— Doutor Im, estas meninas devem estar prontas para o que está por vir —— as palavras do avô ressoam, impondo um tom de seriedade à atmosfera.

—— O que eu injetei nelas pode matá-las, ou torná-las imunes a quase todas as doenças do mundo.



Yi-Kiung estava morrendo. E Sun estava viva.

Cha Hyun-su era amigo de criança maldita e de sua irmã.

E Moon, só conseguia pensar no cansaço que sentia. Na ausência que uma pessoa fazia em sua vida, alguém que mesmo após mais de um ano, continua em seu coração.



Mas havia feito uma nova irmandade. Chan-yeong havia chegado do nada, e era, talvez, apaixonado por Eun Yu, mas havia se tornado sua figura de irmão.

—— Oppa.

Ela nunca havia usado tal termo em sua vida. Mas ele era especial. O amava. Não de forma romântica, mas daria a vida pelo Cabo Park.



—— Tudo bem, sobrevivente Moon. Talvez a gente possa ser feliz agora.

Ela se sentia pronta para seguir em frente. Iria resolver seus problemas com os cadeados que ainda a prendiam, e seria uma jovem feliz. Merecia aquilo.



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