Eeeeee voltei, bem, mais ou menos

Eu disse que tinha a prova do IF, não sei se foi aqui... Em primeiro lugar: EU PASSEI CARAMBA. Em segundo: Desculpaaaaaaa a demora, eu nem tava abrindo o wattpad, então esqueci totalmente que nao tinha postado os capitulos finais, anyway, eu resumi todos nesse, não me matem, tiau <3

Katherine P.o.V.

Duas semanas se passaram rápido demais, tenho uma hora até que o avião pouse, não estou afim de ir busca-los então vou ficar em casa com a Gabi até eles chegarem. Ela já sabe que vai ter que sair antes de eles chegarem. Vou contar para eles, vou contar hoje. Tenho certeza que vai rolar merda, mas é a vida.

Arrumei toda a casa com a ajuda dela, para que meus pais não ficassem enchendo o saco por isso e como já era 20:00 fiz o jantar também.

Pouco tempo depois ouvi o barulho da campainha, respira e relaxa Katherine, fui atender.

- Oi filha - os dois disseram na maior naturalidade, como se eles tivessem passado só um dia fora.

- Oi - Respondi rápido, eles largaram as malas no quarto e foram para a sala de jantar. Mesmo examinando tudo meticulosamente, não encontraram nada para criticar, graças a ajuda da Gabi, e se sentaram a mesa. Eu tinha feito uma massa alho e óleo, e mais alguns acompanhamentos.

- Bem que esta massa poderia ter mais sal - meu pai comentou. Aff, típico. Não encontraram defeito na casa, mas tinham que criticar algo.

Depois de mais algumas alfinetadas, terminamos a comida, levei os pratos até a pia e voltei.

- Precisamos conversar. - falei, direta.

- Sala de estar. - minha mãe disse.

Ficamos em sofás opostos, o que deixava o clima mais tenso.

- Eu estou namorando alguém. - Fechei os olhos esperando uma reação.

- Quem é ele? Tem dinheiro, ou fama? - Meu pai disse. Eles só querem saber disso?

- ELA não tem dinheiro nem fama.

- Então por que você está com ele? - Ela ignorou totalmente o fato de ser uma garota, tenho certeza que ela escutou.

- Porque eu amo ela, fora isso é ela, uma garota. - Agora meu pai vai surtar, tenho certeza.

- Você acha que eu te criei para ser uma dessas sapatonas Katherine? Acabe tudo e eu irei fingir que nunca escutei isso. - A voz dela estava assustadora.

- Eu não irei terminar nada.

- Se não o fizer nós iremos te levar para viajar junto conosco e separar as duas.

- Sinto muito, mas eu sou legalmente independente, ou seja, não podem me obrigar a nada.

- Podemos te deserdar. - minha falou pela primeira vez com raiva e nojo no olhar.

- Eu não ligo a mínima para o seu dinheiro , me deem 20 minutos que eu sumo para sempre da vida de vocês. - falei e saí correndo para o quarto, pegando duas malas e colocando roupas e outras coisas.

- Seu tempo acabou garota. - meu pai falou na porta. - Caia fora daqui antes que eu te de a lição que merece.

- Eu não mereço lição alguma. - falei. Droga não devia ter dito isso. Um tapa acertou em cheio o lado do meu rosto. - merece isso e muito mais. Agora saia daqui.

Desci correndo, minha mãe me viu e simplesmente desviou o olhar, acho que a visão a deixava incomodada. Para onde eu vou? Pensa, pensa. Primeiro, encontrar a Gabriela. Segundo, ir para a casa da Samanta, acho que ela vai me ajudar.

Liguei para a Gabi, peguei o carro (onde estavam as coisas dela) e nos encontramos em uma praça ali perto, diferente do que você deve estar pensando, não fui eu que chorei, foi ela, quando viu a marca na lateral do meu rosto.

-É culpa minha... - ela falou soluçando no meu ombro.

-Não é não, você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, não tem culpa se meus pais são uns homofóbicos estúpidos, não chora amor. Tá bom?

-Tá. - eu limpei as lágrimas dela e fomos para a casa da Sam. Por sorte eu tinha uns cartões com um limite bem grande, e eles estavam no meu nome, deve dar para se virar por um tempo depois eu arranjo um emprego ou algo do tipo.

Em pouco tempo chegamos a casa da Samanta, tive que tocar a campainha 3 vezes antes de ela atender.

-O que você quer a essa hora? - ela disse abrindo a porta. - Kat, o que houve com o seu rosto?

-Nos deixa entrar primeiro, por favor. - falei

-Claro, desculpa. - ela falou saindo da frente da porta. - Estaciona o carro na garagem, tem rolado muitos assaltos por aqui, e você Gabi, vem aqui tomar uma água. Parece que a coisa foi feia.

Depois de estacionar o carro, voltei para dentro da casa e contei tudo para a Samanta.

-Meu Deus, eu sabia que eles eram país ruins, mas não achei que era para tanto.

-É, mas fora isso, tenho um favor para te pedir.

-Nem precisa falar, podem usar o quarto de hóspedes, pelo tempo que quiserem.

-Valeu. - a Gabi e eu abraçamos ela.

-Eu sei que fariam o mesmo por mim. Agora para tirar esse clima estranho, que tal vermos uns filmes?

-Bora. - falei

-Eu vou procurando aqui no Netflix, se importam de fazer algo para comer? Não to afim de cozinhar hoje.

-Deixa comigo, escolham os filmes ai - a Gabi foi para a cozinha, enquanto eu e a Sam discutíamos entre Alice no país das Maravilhas e O Doador de Memórias. Adivinha como acabou? Tesoura, papel e pedra. E ela ganhou, ou seja, vamos ver O Doador de Memórias.

Talvez vocês achem estranho isso de uma hora eu estar pedindo para morar aqui e na outra estarmos vendo filmes, mas é assim que somos e assim sempre seremos. E claro que a gente não comeu pipoca durante o filme (já disse que não somos muito normais?), a linda voltou com uns potinhos de brigadeiro e beijinho deliciosos.

-Hmm, vou cobrar o aluguel em forma de comida - a Sam quando acabou o potinho, fazendo todo mundo rir.

14:

Lucas P.o.V.

Finalmente vou ter uma brecha para falar aqui, eu sei que muitos de vocês não sacaram minha personalidade ainda, e vou falar muito claramente, eu não sou parecido com nenhum estereotipo.

Voltando ao assunto, hoje na aula entrou um aluno novo, todo mundo ficou falando sobre ele ter voltado, então acho que não é tão novo assim. Katherine, Gabriela e a pequena estão conversando num canto sobre algo e nem notaram a tumulto.

- Prazer sou Thiago, dessa sala acho que você é o único que não conheço.

- Lucas. - aperto de mão masculino rolando.

Conversamos por um tempo, decidi ir com ele para as arquibancadas passar o intervalo, ele parecia legal. Pedi para esperar lá, enquanto avisava a Sam.

- Cara e aí, quem tu ta pegando no momento?

- Na verdade, namorando o nome dela é Samanta e você?

- Só ficando com algumas mesmo, pera você disse Samanta? É o nome da minha ex.

- Hmm, e por que terminaram?

- A vadia se fazia de difícil para mim, mas eu sabia que ela queria, tentei embebedar ela, mas aconteceu umas tretas e não deu certo.

Que cara escroto, embebedar para isso, parece que ele não é tão legal assim. Melhor encerrar esse assunto e voltar pra Sam.

- Se não me engano, ela está na mesma turma que a gente esse ano, conhece ela? O sobrenome dela é Black.

Espera, falar essas coisas de qualquer um já é ruim mas da minha Samanta. Esse cara vai sair daqui morto.

Samanta P.o.V

- Hey gente, ta rolando convenção dos ex-namorados e eu não to sabendo? - perguntei

- Por que? - Gabi

- Primeiro o Davis, agora tão dizendo que o Thiago voltou.

- Droga, acho que vou dar a lição que ele merecia aquela vez.

- Calma Kat, ele é só um babaca, não vale a pena.- eu disse.

- O que ele fez? - Gabi perguntou curiosa.

- A gente estava namorando, ele foi meu primeiro namorado de verdade, então eu tinha duvidas sobre prosseguir ou não, você sabe né, passar dos beijos. Ele sempre tentava e eu repelia, uma noite, a gente foi na festa de boas vindas exclusiva do primeiro ano, ele me induziu a beber. E bem, ele tentou fazer coisas contra a minha vontade.

- Ele o que? - Gabi falou espantada.

- Calma, não aconteceu nada.

- Porque eu vi aquela cena e só precisou um grito meu de se afasta dela ou tu morre, que ele já saiu correndo. Foi assim que a gente se conheceu basicamente.

- Pelo menos o idiota serviu para algo. - falei com um sorriso fraco, estremeci ao lembrar daquela história.

Apareceu uma garota na porta, correndo desesperada para dentro da sala. Aisha o nome, se me lembro bem.

- Samanta é urgente, o Lucas ta na enfermaria.

- Se acalma, o que houve? - só a Katherine para ficar fria em uma hora como essa.

- Não sei direito, mas parece que ele brigou com alguém, só sei que o estado do outro cara é muito pior.

Saí correndo dali para a enfermaria, junto com as garotas, quando chegamos a porta elas pararam, acho que queriam me dar um tempo a sós com ele.

- Oi? - perguntei ao entrar.

- Oi pequena. - ele estava em uma das camas dali, um corte cortando a sobrancelha esquerda, e muitos machucados pequenos.

- Meu deus Lucas, o que aconteceu? Você nunca foi de brigar, fora isso esse corte ai, acho que vai ficar uma cicatriz.

- Não é nada, o Thiago ficou muito pior. - ele deu um sorrisinho.

- Então é verdade que aquele idiota voltou? O que ele falou para ti?

- Ele veio reclamar de uma ex-namorada dele que aparentemente se fazia de difícil, Samanta Black, conhece?

- Droga, você fez isso por mim? Em primeiro lugar quero deixar claro que eu não me fazia de difícil, eu só...

- Eu sei disso, porque acha que ele está no hospital?

- Nossa. Achei que você nem sabia lutar.

- A minha família é muito atacada, precisamos saber nos defender. Aquele filho da mãe tinha que usar um anel né?

- Eu sempre achei engraçado isso, mas e aí, como ficou com o diretor? - perguntei preocupada, briga nessa escola era quase igual a expulsão.

- Minha mãe ta falando com ele, para com essa cara de preocupada, eu vou ficar aqui até acabar o médio.

- Graças a Deus. - suspirei.

- E aí? Tem mais algum namorado que eu deva saber?

- Além de ti, ele foi o único.

- Espera, então você é...

- Virgem? Sim - corei e ele também.

Ao contrário do que vocês de em estar pensado, o papo acabou ali, com um beijo bem longo. Por que? Simples. A mãe dele entrou na enfermaria, ela já sabe, mas mesmo assim não é bom fazer isso.

- Samanta, pode vir comigo um pouco? - Droga me ferrei

- Mãe, a culpa não foi dela e já conversamos sobre isso.

- Eu já entendi, mas vou falar na sua frente mesmo, assim não fica desconfiado. Sinto muito por aquele dia lá em casa, eu realmente quero proteger o Lucas, mas ele já está crescendo, sabe quem gosta dele pelo que é e quem não. Você me desculpa? - ela parecia sincera, me imaginei ma situação dela e resolvi perdoar.

- Claro, já passou.

Katherine P.o.V.

Algum tempo depois a mãe do Lucas apareceu na porta, pelo que a Sam me contou dela,isso vai dar treta. O Lucas está lá dentro, eu não posso impedir sendo assim, só me resta esperar. Não deu 5 minutos e todos saíram de lá a loira (Gabi) do a primeira a falar.

- Alguém pode fazer o favor de falar o que diabos aconteceu?

Algumas explicações mais tarde:

- Eu devo fazer uma visita ao Thiago? - perguntei

- Acho que só o Lucas já assustou ele o suficiente para que nunca mais apareça aqui. - Sam falou

- Muda do de assunto, pequena dorme lá em casa hoje? Talvez eu estar machucado faça com que você tenha pena de mim sabe? - Lucas falou.

- Hmm, tudo bem e vocês duas tratem de não quebrar nada viu. - Nunca vi a Gabi tão vermelha, resolvi tirar ela logo dali.

- Amor vamos de uma vez, para deixar os pombinhos se pegarem. - inverti a situação.

- Vai logo sua chata. - Sam falou.

Tinha uma surpresa para a Gabi hoje, a Sam arrumou tudo para a gente, assim ela não desconfiaria de nada, por isso chegou atrasada na escola. O convite do Lucas caiu muito bem.

Chegamos a porta e eu beijei a Gabi ferozmente, abrindo a porta ao mesmo tempo, queria surpreende-la o máximo possível. Puxei ela para dentro sem parar o beijo, chegamos ao meio da sala antes de o ar faltar. Ela abriu os olhos devagar, sorrindo.

- Não podia esperar... Meu Deus, quando você fez isso? - perguntou.

Eu encomendei tudo, pétalas de rosa, velas aromatizadas e até duas taças e uma garrafa de champanhe.

- Não estranhou o da da Sam ter se atrasado hoje não - ri - pedi para ela organizar para mim, mas a ideia foi minha. Gostou, vida?

- Amei, mas amo mais você. - fofa

- Fecha os olhos por um segundo?

- Mais uma surpresa?

- Sim, só não se se você vai gostar. - respondi.

Me ajoelhei e peguei uma caixinha que estava escondida em baixo da mesa, não me critiquem tinha que colocar em algum lugar oras.

- Pode abrir. Gabriela Torres, aceita se casar comigo? E me fazer a mulher mais feliz do mundo? - A expressão dela foi indecifrável, passou alguns segundos e nada da resposta. - Tudo bem, acho que foi uma péssima idéia. - falei me levantando.

- O caramba, é obvio que eu aceito. - ela disse me abraçando.

- Por que demorou tanto? Me assustou.

- Só para confirmar, eu não to sonhando né?

Beijei ela apaixonadamente - parece um sonho?

Samanta P.o.V.

Quando eu fui entrar na casa do Lucas, a idiota aqui tropeçou com tudo no tapete. Salva pelo quê? Adivinhou, o Lucas viu e bem na hora me segurou, parecia cena de filme romântico, mas como não é um filme, na hora que ele foi se aproximando, ouvi um pigarro de uma pessoa totalmente desconhecida.

Olhei para a cara do Lucas, nada bom, me levantei com a ajuda dele para ver quem era. Ela me enjoava, só de ser vista. Usava vários tons de rosa e bege, cabelos na altura do ombro loiros e olhos azuis claríssimos. Isso sim parece uma filhinha de papai.

- O que quer aqui?

- Já que não vai nos apresentar eu mesma me apresento Lucas. - ela ignorou completamente ele. - Prazer meu nome é Mikella Harley se os boatos estiverem corretos você deve ser Samanta Black. A garota que está roubando o meu noivo.

- Não escute nada do que ela fala, grande mentirosa. - Ele me olhou preocupado, dei um sorriso tranquilizador.

- Calma, lembrei quem ela é, sua mãe falou dela, a filha dos Harley. Mas sinceramente, como diabos você gostaria de alguém assim, só de olhar para ela já me sinto enjoada. Reação dele? Um ataque de risos, ela ficou vermelha de raiva e se aproximou de mim com a mão levantada. Segurei a mão dela no ar, com a minha esquerda (Katherine me ensinou algumas coisas).

- Nunca, jamais faça isso novamente, a pessoa pode não ser tão calma quanto eu e revidar. - soltei o braço dela que me olhou com medo. Essa não é a minha personalidade normal, mas se tem uma cousa que odeio mais que gente esnobe são mentiras.

- E você não vai falar nada? - ela olhou na direção do meu namorado.

- Por mim ela poderia ter revidado, eu mesmo faria isso, mas bater em mulher é algo que não faço.

Ela saiu bufando de raiva, quase quebrando a porta ao fecha-la com uma força excessiva que ela tirou sei lá de onde.

- Então esse é o seu lado sombrio hmmm.

- Fazer o que todos temos um. - dei de ombros.

Nos sentamos no sofá da casa dele e começamos a assistir um filme, o que se revelou uma chatice absurda, acabei dormindo com a cabeça no ombro dele.

Acordei sendo colocada em uma cama, percebi que era de casal, mas só um travesseiro.

- Ah me desculpa, eu te acordei.

- Me desculpe você, por dormir. - falei bocejando.

- Pode voltar a fazer isso agora. - ele saiu do quarto e eu como não estava com sono, segui ele até a sala. O sofá tinha um cobertor e um travesseiro, ele estava se deitando quando eu perguntei.

- O que diabos você está fazendo?

- Indo dormir ué. - ele respondeu.

- Seu quarto tem cama de casal. - falei me aproximando.

- Aff, pequena, eu não vou conseguir dormir com você.

- Eu não ronco okay? - ele riu - Qual a graça?

- Não vou porque vou ficar pensando em fazer outro tipo de coisas contigo, e talvez não consiga me conter, entendeu agora? Não se preocupa, volta lá e dorme.

- Mas eu acabei de dizer que...

- Eu sei - engoli em seco, ficando mais vermelha que um pimentão - Vem logo.

Mal chegamos a porta do quarto, e ele me beijou, eu correspondi, já estava esperando por isso. Além do mais a noite seria perfeita, os dois pais estavam fora, ninguém para atrapalhar.

Ele me deitou na cama suavemente ficando por cima.

- Tem certeza de que quer fazer isso? Ainda posso dormir lá embaixo - perguntou.

- Absoluta, antes eu não estava pronta, com o Thiago. - mal falei e senti o corpo dele enrijecer. - mas era porque eu não amava ele, não chegava nem perto do que eu sinto por você, eu te amo.

- Também te amo pequena.

15: Trilha

Katherine P.o.V.

-Meu Deus Samanta, por essa não esperava. - acho que falei um pouco alto.

-Agora sim todos os meus vizinhos vão querer saber sobre o que estávamos falando. Enfim vamos mudar de assunto. - ela disse corada E o telefone dela brilhou e vibrou.

- Atende logo que ele já deve estar com saudades. - falei e a Sam corou.

Essa criaturinha ai resolveu vir para a casa quando estava anoitecendo, mas ela esqueceu as chaves, graças a deus, porque eu e a Gabi estávamos na maior pegação. Depois daquele pedido e a resposta linda dela, fomos dormir, de conchinha obviamente. O que resultou em uma manhã composta de um pequeno lanche e uma tarde de muitos beijos e chupões.

Voltando ao presente, só deu tempo de eu ouvir um:

- Tá, vou perguntar e depois te ligo com a resposta. Também te amo, tchau.

- Perguntar o que? - gente como essa loira consegue ser tão curiosa?

- A mãe do Lucas liberou a casa de campo para a gente e como é final do ano e as provas já passaram ele perguntou se nós queremos ir junto. Eu respondi, só falta as duas ai.

- Eu vou só se tu quiser ir, amor. - tudo que eu queria era ficar perto dela mesmo

- Por mim vamos, certeza vida?

- Ahãm. - E finalizei com um beijinho na bochecha dela.

- Ta bom, entendi, mas chegaaa. Tão pingando açúcar e fazendo eu sentir saudade dele.

- Okay, okay. Mas e aí, quando vai ser?

- De amanhã até domingo. 4 dias.

- Beleza, vamos arrumar as malas e dormir direito hoje.

- Não esquece o repelente, no ultimo passeio da escola você ficou...

- Eu sei, nunca mais vou esquecer isso.

Saí rápido dali deixando as duas na sala.

Samanta P.o.V.

Nem acredito que fiz aquilo com ele, mas não me arrependo, afinal como poderia? Ele foi perfeito, atencioso, eu o amo... E vou parando por aqui porque é muito constrangedor.

Malas prontas e arrumadas, concordamos que a Kat ia levar toda a bagagem no carro dela e eu e o Lucas vamos na moto dele. Descobri que ele te um carro para os momentos precisos, mas ama aquela moto.

Chegamos e eu esperava algo do tipo mansão mesmo, por isso nem liguei muito. Mas as expressões das duas pareciam incrivelmente engraçadas.

- E eu que pensava que meus pais fossem ricos. - Katherine comentou. Entramos e arrumamos as coisas. Tinha 3 quartos, mas optamos por usar só 2. Obviamente eu ia ficar com o Lucas e Gabrine ia dormir junto.

A viagem demorou bastante até, tanto que fomos procurar algo para comer para irmos dormir de uma vez. Não tinha miojo (pena), mas tinha algumas barras de chocolate, eu catei logo a de amendoim. Kat pegou a 40% cacau, no amor, na guerra e na fome vale tudo. Ou seja, só sobrou uma barra de chocolate branco para os outros dois. Mas infelizmente eles sabem fazer carinhas fofas, o que resultou em eu comendo quase nada, Lucas pegou o ultimo pedaço e eu já ia xingar ele, quando ele me beijou depositando o chocolate na minha boca. E sussurrando um: Você tem que comer, com os dentes roçando no meu ouvido.

O clima de provocação não era diferente com o casalzinho ali do lado. Katherine limpou o canto da boca da Gabi com o polegar lambendo em seguida, encarando a mesma. Gente quanto hormônio no ar, mas mesmo nesse clima todo mundo estava cansado, então só dormimos mesmo.

Gabriela P.o.V.

Fui a primeira a acordar, tomei banho, escovei os dentes, e fui acordar a vida, mas lembrei do que ela tinha feito ontem. Resolvi devolver as provocações, ela dormia com as costas para a cima, numa pode muito sexy. Lentamente deitei por cima dela, encostei a boca no seu pescoço.

- Vida, hora de acordar. - dei pequenos beijinhos na sua nuca, sabia que ali era o ponto sensível dela. Ela não respondeu, então tomei medidas drásticas.

- Acho que vou sair com aquele vizinha ali, ela é gostosa.

O pulo que ela deu da cama me fez rir até cair no chão.

- Quem eu vou ter que matar? - ela olhou para baixo e percebeu minha risada. - Quer rir é? Nunca mais me acorde assim. Abri os olhos e vi ela se aproximando, pensei que fosse me beijar, mas a safada tinha um plano, na hora que os lábios dela roçaram os meus, ela levou as mãos na minha barriga. Eu aqui fui totalmente enganada, ela começou a fazer cosquinhas em mim. Acho que minhas risadas acordaram os outros, porque escutei a nossa porta abrir e vi a Sam aparecer ali.

- Me ajuda. - pedi. Acho que ela percebeu a situação.

- Vou fazer melhor que isso. - ela sentou no chão perto das pernas da Kat e começou a fazer cosquinhas nos pés descalços dela, que me soltou na mesma hora.

- Me ajuda você agora. - ela disse enquanto a Kat se virava e fazia cosquinhas nela.

- Caiu na armadilha. - falei rindo e ajudando a Kat. Lucas entrou pela porta nesse momento.

- Socorro amor! - falei.

- Ops, donzela em perigo, deixa só eu pegar a minha espada aqui. - ela se aproximou pegando um dos travesseiros da cama.

No fim ficaram penas para tudo que é lado e uns 7 travesseiros inutilizáveis. Mas como assim tinha 7 travesseiros na cama? Não ç, mas a guerra passou pelo meu quarto que tinha 4 também , só sobrou um intacto e muita bagunça para limpar.

Depois de muita vassoura e pazinha, terminamos de limpar a casa, meu estomago roncou, aff to com fome mas não tem nada para comer.

- Temos que alimentar a Sam antes que o bebe dinossauro da barriga dela fique faminto e nos devore. - Só podia ser a Kat né?

- Vamos ali na pizzaria, comemos e vamos comprar alguma comida na feira ali perto, pode ser? - Lucas comentou.

- Beleza.

Chegamos lá e pedimos, a garçonete era mais ou menos da nossa idade, morena e do tipo de beleza do interior. O problema era o decote dela, que parecia chamar muito a atenção do meu namorado. Um chute na canela.

- Aiiii. - ele e a Kat falaram ao mesmo tempo. Hmm então ela também é?

- Temos que manter vocês na linha, certo Gabi?

- Claro ué. - batemos um high-five e começamos a rir que nem retardadas. Pouco tempo depois a comida chegou, todo mundo com fome, não rolou nenhum papo, terminamos em menos de 10 minutos, acho que era o recorde do lugar.

-Então vamos as compras. - falei animada, nunca falta espaço pra comida né?

(Sam escorrega e perde a memória de todo o ultimo ano.)

16: Trilha.

Katherine P.o.V.

Depois de todas as compras feitas (muitas graças a Gabi e a Sam, elas são magras, mas como a gente diz, trocaram os cérebros delas com de gordos.), voltamos para a "pequena mansão". Descobri que o Lucas não faz a mínima ideia de como se cozinha, ou seja, sobrou para as duas fazerem gordices para o nosso jantar. Dito e feito, fizeram uma pizza de forno e batata frita. E para completar um brownie de nutella com sorvete. Vou ter que queimar muita gordura quando voltar para a casa.

- Amanhã quero mostrar para vocês meu lugar preferido aqui. - O Lucas falou, quando já estávamos acomodadas no sofá.

- Beleza. - respondi.

- Que tal piquenique? - Sam perguntou. Não aguentei.

- Meu Deus tu acabou de comer, tem um buraco negro no teu estômago?.

- Ou isso ou um bebê dinossauro. - Lucas brincou.

- Ai que maldade. - Gabi disse.

- Só a verdade. - cheguei bem pertinho dela, colocando as mãos no sofá, quando já n cabia uma folha de papel e vi ela fechar os olhos me afastei. - Isso sim é maldade. - Mostrei a língua para ela. Gabi levantou tão rápido do sofá que eu nem vi, só quando ela capturou a minha língua com a boca dela.

- Se não vier até mim vou até você.

- Arranjem um quarto. - a Sam falou. Olhei para ela com uma cara tipo : Sério que vai falar disso, que fez ela corar.

- Mudando de assunto. Vamos fazer alguma coisa? - Gabriela perguntou.

- Vamos/ bora jogar eu nunca. - Eu e a Sam nos entreolhamos.

- Como se joga? - serio que ele nunca jogou? Pqp. Ela também tava praticamente com um ponto de interrogação na testa.

- Tipo uma pessoa diz uma frase que comece com eu nunca, quem já fez isso toma uma dose.

- Não compramos bebida..., espera acho que sei onde pode ter.

Sentamos no chão da sala e nos posicionamos em círculo com os copos e a garrafa que ele trouxe no meio,era Martini vermelho.

- Como eu expliquei tu que começa Sam.

- Okay. Eu nunca fui expulsa de uma escola.

Só eu tomei.

- Não vale você sabia. - falei e ela só riu. - Eu nunca...

Algumas doses depois já estávamos meio bêbados quando:

- Sua vez Lucas.

- Eu nunca peguei alguém do mesmo sexo.

A boca de todo mundo caiu no chão quando a Sam tomou.

- Eitaaaa, como eu não sabia disso?

- Ninguém sabia, foi no fundamental, era verdade ou desafio, escolhi desafio e deu beije a Gabriela, era na Saint Rose ainda.

- Para tudo, que ano você tava? - Gabi perguntou, que estranho.

- Sétimo por quê?

- Você não vai acreditar, tipo era eu.

A cara de todo mundo ficou O_O.

- Mas ela tinha cabelo castanho se tu não bebeu na de eu nunca pintei o cabelo , como assim me explica?

- Meu cabelo mudou de cor sozinho, era castanho na infância mas depois ficou loiro, mistério.

- Espera um segundo. - me meti. - Mas então foi com a Sam que tu se descobriu lésbica. - comecei a rir por causa da bebida.

- Éoq?. - o Lucas tava mais que a gente, ele bebeu bem mais, peguei o copo maior para ele.

- Tipo eu nunca tinha pegado uma garota até aquele jogo, daí percebi que gostava mais delas e tal. Nossa que reviravolta do destino... - Meus olhos foram ficando pesados e eu peguei no sono ali mesmo.

Gabriela P.o.V.

To meio leve por causa da garrafa, que ta quase vazia agora, a vida pegou no sono e uns minutos depois o Lucas, como eu disse to meio alta, então nem to ligando muito pro fato de eu conhecer a Sam de antes e tudo mais, aconteceu e ponto. Falei com ela e as duas concordamos.

- Já que eles resolveram dormir que tal fazer uma surpresinha? - perguntei.

- Dá uma ideia.

- Tem maquiagem no meu quarto.

- Eu pinto a Kat, tu o Lucas. - ela disse.

- Fechado.

Katherine P.o.V.

Acordei muito tarde, a lua já estava no céu, olhei para o lado 19 horas, meu Deus, por que eu acordei mesmo? Que dor de cabeça, fui até a sala para procurar por remédio para dor de cabeça, encntrei o Lucas terminando de tomar um copo de água e uma caixa cheia de comprimidos na mesa.

- Dor de cabeça? - ele perguntou e eu assenti. - pega isso, a Gabi já tomou um e a Sam não acorda mesmo. - ele me deu um comprimido e um outro copo. Tinha alguma coisa na cara dele, forcei a vista.

- Olha no espelho, você ta diferente.

- Tu também.

Eu fui e o espelho e ele pegou o celular. Quando percebemos o que as duas diabinhas tinham feito: Eu tava com uma monocelha e bigode e barba, já o Lucas tava com a cara cheia de algo vermelho, parecia batom.

- Vingança? - perguntei.

- Sim mas não hoje, to muito cansado.

- Eu também, mas amanhã fazemos assim...

Gabriela P.o.V.

Daí eu to de boas, sonhando com o meu aniversário e do nada cai uma cachoeira gelada em cima de mim e me acorda.

- Katherine o que diabos... - falei quando me dei conta do balde na mão dela.

- Eu tive que usar muito mais água para tirar o que tu fez no meu rosto. - ela disse.

- Mas não fui eu. - protestei.

- Então foi quem? - ela perguntou

- A Sam.

- Lucaasss eu vou te matar. - Samanta gritou do outro quarto.

- Lucas se vingou por mim. - ela riu. - agora vai tomar um banho antes que fique gripada.

Mesmo querendo matar ela, eu sabia que tinha que ir.

- Hey seu aniversario não é daqui a duas semanas? - ela perguntou.

- Ahãm, fazer aniversario em dezembro é muito chato. As aulas acabam dia 18 e todo mundo fica preocupada com a RP e não pode ir.

- Eu sei, por isso estudei paras as provas desse ano. - ela sorriu.

- Então você vai estar comigo?

- A não ser que não queira. - ela respondeu.

- Claro que eu quero sua idiota. Agora me deixa tomar banho que se não eu congelo. - falei entrando no banheiro.

Katherine P.o.V.

Cara que vontade de seguir ela para dentro daquele banheiro, mas tenho certeza que ela trancou a porta, eu ouvi. Enfim, desci as escadas já que não tinha muito o que fazer, me deparo com a Sam e o Lucas se pegando no sofá, tipo se pegando mesmo. Voltei para o quarto, sou educada u.u não queria atrapalhar, entro sem bater e dou de cara com a Gabi tentando fechar o sutiã.

- Aqui. - falei no ouvido dela, arrumando no lugar.

- Obrigado. - ela disse e virou, o que resultou nos lábios dela quase grudados nos meus, na hora que fui me afastar ela me puxou e o beijo foi incrível, acho que nunca vou me cansar do gosto da boca dela. Mas infelizmente somos interrompidos por um grito do Lucas nos chamando.

- Eu não interrompi vocês seus filhos da mãe. - praguejei baixinho, fazendo ela rir.

- Vamos lá ver o que eles querem.

Lucas P.o.V.

-Bom, eu disse que queria levar vocês a um lugar especial aqui, como é o ultimo dia é agora ou nunca, o que acham? - perguntei

-Por mim pode ser. - Sam falou e as outras assentiram.

- Então ta, não vou dizer para onde, mas levem biquíni e calçado confortável, de preferencia tênis.

O lugar não era longe, mas teríamos que passar por uma serie de trilhas com árvores, pedras e espinhos para chegar lá, por isso pedi para que usassem algo confortável.

Foi extremamente perfeito a cara das garotas ao verem a cachoeira que ficava na nossa frente.

- Meu Deus, isso é muito lindo, mor. - Sam falou.

- Por isso que insisti tanto em virmos, valeu a pena né?

- Claro que valeu. - foi a vez da Gabu falar.

- Bora nadar então. - Kat falou tirando a blusa. Eu até ficaria envergonhado, mas elas vivem com a Sam, ou seja, praticamente minhas irmãs.

Entrei seguido da Gabriela e virei para trás. Sam só ficava na borda, chamei ela e com muita relutância ela aceitou. Virei para falar alguma coisa para a Katherine, nem lembro o que agora, quando ouvi um barulho estranho e elas saírem correndo para o lugar que a Sam estava, me virei assustado.

Sam P.o.V

Caralho que dor de cabeça, só me lembro de uma cachoeira e eu indo de encontro ao chão, putz, tento abrir os olhos e com muito esforço consigo, a luz me cega por um instante, mas visualizo o rosto da minha melhor amiga sorrindo.

- O que aconteceu? - perguntei enquanto me sentava, olhei para a cama dura, era uma cama de hospital.

- Que bom que acordou Sam, você entrou em coma por uns 3 dias depois que caiu na cachoeira, ai a gente te trouxe, o Lucas vai ficar feliz em saber que acordou. - Nossa, eu entrei em coma? Não acredito, e aliás, quem é esse tal de Lucas?

- Kat, quem é esse Lucas? - depois que perguntei ela olhou para a Gabi como se eu tivesse acabado de falar um absurdo, sera que eu conhecia e não me lembrava?

- serio que você não se lembra????? - apenas assenti, elas ficaram chocadas.

- Sam ele é seu...

- amigo - a Gabi respondeu antes, que estranho, mas tudo bem né - Sam, vamos falar com o médico pra saber quando vai receber alta

- OK, obrigada meninas!

Gabi P.o.V:

Saímos do quarto e a Kat parecia que ia me matar.

- Por que você me cortou? - Kat perguntou.

- Caso você não tenha percebido, ela não se lembra dele. A gente tem que falar com ele antes, fora falar com o doutor - falei. Fomos direto falar com o médico.

- É normal haver perda de memória nesses casos, o que eu indico é ela passar um dia sobre observação aqui, e esperem para ver se a memoria não volta sozinha, como muitas vezes acontece, se não me procurem de novo. - Okay, só relaxar e esperar, como diabos a gente vai fazer isso.

17: Festa

Samanta P.o.V

Já faz uma semana e alguns dias que eu saí daquele hospital, as garotas me contaram porque eu fui parar na casa de campo e tudo mais, só que as vezes elas travavam na hora de falar alguma coisa, bem estranho mas nem dei bola.

Hoje a noite vai ser o aniversário da Gabi, dia 20, sei nem o que eu vou vestir, mas a Kat está fazendo um programa a dois com ela e eu não quis atrapalhar, tive que vir de ônibus para o shopping, por um lado é bom, a janela dá um ótimo lugar para pensar com os fones. Olhei para a janela e fiquei um tempo pensando nas razões do mundo existir e aquelas coisas básicas de se pensar no ônibus. Quando começou a tocar Numb no meu celular, não sei porque mas essa música me lembra o Lucas, parei para aumentar o volume e voltei a fitar a janela. Algumas imagens se formaram. Que diabos, esfreguei os olhos e elas continuaram ali, eu em pé no ônibus e umas garotas bem novas ocupando os bancos amarelos, tinha uma idosa ali também, mas elas não cederam lugar, alguém chamou a senhora, dando o lugar pra ela e ficou do meu lado, na hora que virei para ver quem era. Lucas??

As imagens sumiram e eu vi a placa do shopping, preciso ver o médico, mas deixa para depois como já cheguei aqui. Passei de loja em loja e acabei comprando o presente da Gabi, um relicário que vou colocar uma foto de nós três dentro e um vestido azul bebê, um pouco a cima do joelho, meio rodado, com a alça fina, que eu achei lindo e combina muito com o meu colar, olhei para ele e me veio na cabeça o Lucas ajoelhado me dando ele. O que diabos ta acontecendo comigo meu deus? Amanhã vou lá no hospital de novo.

Dessa vez eu fui no corredor e não deu para ver nada estranho na janela, cheguei em casa quase atrasada e corri para me arrumar, rímel, sombra leve e um batom rosinha, mas não chiclete que eu acho horrível. Arrumei o cabelo com uma mini trança prendendo ele no lugar, fiz isso mega rápido demorei só uns dez minutos, mas já podia ouvir as batidas da música, a festa começou. Como que as pessoas não ficaram em RP e puderam vir a festa? Simples a Kat bolou um esquema ótimo de contratar uns atores amigos dela que interpretaram funcionários do governo e disseram para a diretora que as aulas teriam que ser suspensas por uma semana graças a "um vírus" que circulava naquela região. Cara se alguém pega ela já era, mas eu ri muito e a Gabriela quase chorou pelo gesto, hormônios.

Desci as escadas e a primeira coisa que eu fiz foi procurar a Gabi para dar o presente a ela, grudada nela estava a Kat, ambas com umas roupas divas a Gabi com uma saia preta de cintura alta e uma blusa laranja avermelhada curta e a Kat com uma calça skinner preta, escarpam com spikes e uma camiseta cinza meia manga com os ombros a mostra.

- Nossa precisavam arrasar desse jeito? - brinquei me aproximando.

-Claro que não, assim você não se sente sozinha divando. - Gabi respondeu rindo junto com a Kat.

- Vou deixar vocês sozinhas aí, mas antes toma aqui o seu presente, espero que goste. - entreguei o embrulho para ela que abriu na hora. Por algum evento do destino ela tava sem colar hoje.

- Que lindo, eu amei. - ela disse, mas ela não viu uma coisa.

- Abre que vai gostar mais. - falei sorrindo.

- Perfeito. - ela falou.

- Parem que eu to ficando com ciúmes - a Kat disse, o que fez com que rolasse um abraço em grupo.

- Bom vou dar uma volta pela festa vejo vocês depois. - Bora deixar as duas pombinhas sozinhas.

Peguei um copo de whisky com o barman, e continuei andando por aí, até que me deparo com uma cena que eu não queria ter visto. Uma garota estranhamente familiar estava beijando o Lucas, senti como se meu coração tivesse quebrado naquele momento e junto com isso veio a imagem dessa mesma garota tentando me dar um tapa e eu segurando a mão dela.

Não sei como nem porque, mas dois depois eu tinha ido na direção deles e derramado minha bebida nela.

- Desculpe. - falei, nem um pouco arrependida, mas por educação. A garota bufou e saiu na direção do banheiro, deixando eu e Lucas sozinhos, ele parecia não estar completamente bêbado, mas também não estava sóbrio. Minha vontade era dar um tapa na cara dele por ter beijado ela, alguém de diz porque eu to assim?

- Nossa não precisava fazer isso. - ele falou me tirando dos meus devaneios.

- Isso o que? - será que ele...

- Eu sei que foi de propósito, só não entendi o porquê. - suspirei.

- Nem eu, só tem essas cenas estranhas na minha cabeça... - fui interrompida por uma pessoa que passou correndo, me atirando por cima dele, fazendo a gente parar na parede. A distancia entre os nossos lábios era tão pequena que só passaria uma folha de papel e foi aí que aconteceu, não aguentei a proximidade e beijei ele por impulso. Ele ficou em choque e eu já ia parar quando senti ele retribuindo, só nos afastamos quando o ar faltou.

Um turbilhão de imagens passou pela minha mente, todas as memórias voltando, do tão forte que fez eu cambalear e se ele não tivesse me segurado eu teria ido direto pro chão.

- Tá tudo bem, am- Sam? - ele perguntou.

- Claro. - respondi deixando uma lágrima escorrer e beijei ele de novo. - Você ainda me ama?

- Claro que sim, espera, ainda? Você... lembrou?

- Sim, finalmente. Desculpa ter feito você esperar. - falei me levantando.

- Foi culpa minha, se eu não tivesse te levado lá... - Falei ele com outro beijo.

- Não foi culpa de ninguém, acidentes acontecem o tempo todo, eu não te culpo e você também não deveria. O importante agora é que estamos juntos de novo certo?

- Sim.

Uma sessão de beijos cheia de saudade e sentimento depois resolvemos ir contar para as garotas o que aconteceu.

- Funcionou. - A Gabi disse e as duas bateram um high-five. Eu e o Lucas devemos ter ficado com cara de WTF porque elas explicaram.

- A gente viu quando tu derramou bebida na Mikella, não sei nem como ela conseguiu entrar, mas enfim achamos que ali teríamos algumas chance a fizemos um plano. - Katherine disse.

- Eu fui no banheiro e comecei a enrolar ela enquanto a vida aqui. - apontou para a Kat. - empurrou vocês.

- Tinha que ser, ai cara como eu amo vocês. - abracei as duas. E voltei séria para o Lucas porque eu tinha esquecido de perguntar. - Porque diabos você tava beijando ela mesmo?

- Eu tava meio grogue dai ela veio e me beijou e como eu tava pensando em você não resisti, quando eu percebi o que tava acontecendo e fui empurrar ela tu apareceu e derramou a bebida nela. Erro meu, desculpa amor. - Eu tinha feito ele sofrer por quase duas semanas como eu podia ta preocupada com isso?

- Nossa devia ta muito bêbado para me confundir com ela. - falei rindo. - Mas se essa desgraçada tentar beijar você de novo eu vou deixar ela paralítica. - falei. Essa garota ta me dando nos nervos já.

Prólogo:

Katherine P.o.V.

Gente eu não tenho tempo de falar tudo o que rolou para vocês, porque eu estou indo me casar com a Gabi hoje, cara que nervosismo dos infernos e a Sam parece uma barata tonta correndo para a sala onde esta a Gabi e a minha, nos ajudando a se arrumar. Optamos por uma coisa pequena, uma madrinha e um padrinho (preciso dizer quem são?) e alguns amigos nossos. O casamento vai ser em uma capelinha que tem um padre nada preconceituoso, coisa difícil de achar. Eu consegui de algum jeito terminar de me vestir com a ajuda da Samanta, a Gabriela também parecia ter acabado porque ela sentou em uma cadeira que tinha na sala e suspirou.

- Uma noiva já é difícil, imagina duas. - nós duas caímos na gargalhada. Até o Lucas chegar na porta.

- Vestidas? - ele perguntou do lado de fora.

- Sim, entra. - respondi.

- O padre vai se atrasar alguns minutos por causa de um trecho engarrafado.

- Já to morrendo de nervosismo e ainda me vem essa. - soltei de uma vez.

- Nervosismo para quê? Ela te ama e você ama ela, só sejam felizes. - Sam falou.

- Com as duas noivas já avisadas, Sam posso falar um instante contigo? - Lucas perguntou. E eles seguiram para o corredor.

Samanta P.o.V.

O que o Lucas queria comigo agora? Eu estou exausta por causa de tudo isso, mas só ouvir a voz dele faz com que eu ignore tudo.

- Eu juro que eu tinha preparado algo muito melhor, mas não consigo mais esperar, desculpe-me.- ele se ajoelhou, não pode ser. - Samanta Black eu te amo desde o dia que te vi naquele ônibus, me daria a honra de ser seu marido? - ele tirou uma caixinha do bolso e eu pulei nele antes mesmo que ele pudesse abri-la.

- Sim, claro que sim. Meu deus. - falei ofegante e beijei ele. Quando nos separamos ele voltou a falar.

- Eu queria esperar um pouco mais para você ter certeza do que era se tornar um Beladona, mas eu não consigo, percebi que eu não posso e nem quero viver sem ti, nunca. E eu desistiria de tudo, do meu sobrenome e até mesmo da minha vida se isso significar que você estará feliz.

- Eu faria o mesmo por você, Lucas. E se eu disser que te amo desde aquele mesmo dia? Se acreditar em destino agradeça a ele a sorte que foi ter um celular descarregado aquele dia... - ele me beijou dessa vez. - adorei essa maneira de me fazer calar a boca, agora esqueci tudo que eu ia dizer. - falei sorrindo, ouvimos alguém chamar a gente para o casamento, ele colocou o anel no meu dedo e seguimos para o salão.

Gabriela P.o.V.

Graças a Deus o padre chegou, eu morri de ansiedade e ressuscitei de felicidade umas quinhentas vezes, finalmente a gente vai se casar, a felicidade dela era visível no olhar enquanto eu caminhava para o altar, ela já me esperava la em cima com aquele lindo sorriso no rosto. Abria e fechava as mãos repetidas vezes, aposto que também estava ansiosa. Lucas que me levou até o altar, já que nem meus pais nem os da Kat aceitaram muito bem boas relação. A cerimonia ocorrou normal, longa e chata na sua maioria, mas os votos foram a melhor parte.

- Eu prometo te amar incondicionalmente até depois da minha morte, te confortar todos os dias com o meu abraço, e nunca jamais trair sua confiança. - falei de cabeça abaixada, eu não consegui escrever meus sentimentos em um papel, ficou simples mas acho que ela gostou.

- Eu prometo nunca te abandonar, sempre lutar por você e com você, cuidar de você, proteger você e mais importante de tudo, sempre acreditar em você. Já sabe não? Meu amor por ti é maior que mil galáxias, só precisou dois segundos contigo para que eu me desse conta de uma coisa : Estou apaixonada e agora não tem mais volta, espero que ela cuide do meu coração. E você o fez, agora estamos aqui e apesar das barreiras impostas nosso amor triunfou e hoje é o dia de celebrarmos isso. - eu já estava chorando de felicidade no final, ela passou o polegar na lágrima que ué deslizava do meu olho direito, o padre percebendo o que a gente iria fazer se apressou e disse:

- Já pode beijar a noiva. - e no meio da frase já estávamos em um beijo lento e cheio de emoções.

Quando nos separamos fomos jogar o buquê 💐, cada uma segurou em uma mão e seja o que Deus quiser, jogamos de costas para nossos amigos. Viramos a tempo de ver a Sam pegar, lançando um olhar para o Lucas.

- Ei aquilo era um anel no dedo dela? - eu e a Kat exclamamos ao mesmo tempo. - Depois a gente pergunta, vida. - falei.

The end 

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