– Quanto tempo ele está lá dentro? – Inqueriu Valon enquanto seguia uma esguia garota por um labirinto de corredores do hotel. Pelo visto, fora essa mesma menina que fora responsável por reservar o quarto do seu namorado separado dos outros companheiros de equipe. Ninguém, principalmente a comissão da seleção, parecia questionar sobre essa regalia...Pelo visto, os brasileiros gostavam de mimar o seu canarinho de ouro.

– Tempo o suficiente. – Disse a garota – Ele costuma ficar deste jeito quando perde...

– Bem, acho que todos nos ficamos tristes quando perdemos. Somos atletas e somos competitivos.

– Sim. – Subitamente ela parou, Valon quase colidiu de encontro ao seu pequeno corpo. A garota parecia ignorar o fato, se virou para encarar o suíço com um olhar calculista – Mas com Neymar é diferente...Ele leva certas coisas a sério demais. Você deve ter notado que ele pode ser meio egocêntrico e narcisista.

–Sério? – Valon ergueu as sobrancelhas com uma falsa expressão de assombro – Nem deu para notar.

– Pois é. – Agora ela sorriu, algo curto e quase imperceptível em seu rosto rígido – Ele também é meio dramático...Eu já conversei com ele e argumentei. Até dei uns cascudos naquela cabeça dura (dura não só pelo efeito de múltiplos géis em seu cabelo!), mas nada disso adiantou, por isso...Chamei por reforços.

– Eu? – Behrami apontou para si mesmo – E não um dos seus colegas de equipe?

Agora ela fez um novo sorriso, desta vez bem mais amplo que o anterior.

– Eles não podem dar o que você pode dar.

– E o que seria? – Valon franziu o cenho.

A garota não o respondeu, apenas entregou o cartão magnético do quarto do brasileiro.

– Vocês não serão interrompidos e... – Um tom estridente emitiu da bolsa da jovem, esta assumiu uma expressão de pura irritação – Um minuto.

Ela jogou os longos cabelos negros para o lado para atender o Iphone de última geração.

– Bueno...Eu já disse que Neymar está ocupado. – Respondeu, ríspida – Não...Ele não precisa ser consolado por você...Céus! Pare de chorar! Não é o fim do mundo! Não se preocupe, te garanto que a Globo vai deixar você narrar os jogos do Neymar até você ficar o um velho Gaga...(se acaso você já não seja) O que? Eu não disse nada!

A garota se afastou do telefone aonde ainda se podia ouvir os choros de alguém muito desesperado.

– Vá logo! Não me faça me arrepender por ter planejado tudo isso! – Rosnou a menina, Valon assentiu rapidamente e se dirigiu a porta.

Abriu o quarto e adentrou. Estava escuro, a não ser pela a smart TV que estava acesa, nela passava a imagem do jogo...O jogo a qual Brasil tinha perdido. Infelizmente muitas das cenas focavam em Neymar, os comentários não deviam ser muitos bons...

– Ney? – Inqueriu olhando para os lados, tentando encontrar o jovem atacante. Quem sabe ele estivesse por baixo das cobertas verde-amarelas?

Creak...

Valon olhou para baixo. Tinha pisado em algo. O suíço se abaixou e encontrou o que era...

Uma barra de chocolate? E não tinha só uma...Mas várias barras de chocolates espalhadas pelo chão. Valon pegou uma delas e cheirou.

– Isso é chocolate belga! – Concluiu imediatamente. Era o seu sexto sentindo suíço que o permitia distinguir com facilidade os sabores e aromas de chocolate.

O jogador seguiu a trilha de barras de chocolate até encontrar...

– Ney, o que você está fazendo?

O brasileiro estava enfiando agulhas...Em uma barra de chocolate belga?

– O que acha que estou fazendo? Isso se chama Voodoo!

– Oh... – Valon tentou não sorrir, Neymar tinha aquele olhar determinado, mas ao se aproximar do seu garoto notou que o mesmo estivera chorando e isso fez com que o coração do suíço apertasse em seu peito.

– Ney... – Se ajoelhou ao seu lado, o brasileiro continuava a enfiar as referidas agulhas na indefesa barra de chocolate – Vamos parar com isso...Já passou. Haverá outros jogos e haverá outras copas.

– Você não entende...A questão é a minha imagem! Digo...Eu não joguei o suficiente bem! Quando digo bem é no sentindo do que eles consideram bem!

– Quem?

– Eles! – Neymar praticamente gritou, apontando para televisão que agora passava uma propaganda de hamburguês em que o seu canarinho aparecia...Só então notou que se tratava de canal brasileiro, mais outra regalia oferecida para menino – Se eu não for bom o suficiente...Eles...Eles vão me esquecer e logo ninguém vai me amar...Ninguém...

– Neymar! Você é sim um bom jogador!

– Se eu fosse bom o suficiente, teríamos ganhando! – Gritou o brasileiro.

– Lógico que você não é bom de um todo! Todos nos temos os nossos defeitos! Mas, se você fosse de todo ruim não teria chegado aonde chegou...Eu joguei contra você, Neymar...Sei de suas habilidades! – Valon sacudiu os ombros do garoto.

– V-você acha mesmo que sou bom? – O suíço não gostava de ver o brasileiro assim, tão vulnerável e inseguro de si. Não era assim que Neymar verdadeiramente era...Sabia disso!

– Sim, acho. Só não é um bom ator...Aquelas quedas e encenações, você até ficou rodando que nem um pião. Não precisa dramatizar tanto assim!

– Bruna disse que sou um ótimo artista! – Se defendeu, corando um pouco.

– Futebol não devia ser um circo, sabe? Enfim... – O suíço acariciou a face morena meio avermelhada do outro – Você é um ótimo jogador, Neymar. Porém não pode esquecer que o futebol não se trata de um jogo individual...Você faz parte de uma equipe e somente juntos podem vencer um campeonato! Não existe "seleção de Cristiano Ronaldo" ou "seleção de Messi", tão pouco "seleção de Neymar"...Existe sim a seleção de Portugal, Argentina e Brasil, respectivamente. Um time que se apoia em um ou dois jogadores "estrelas" não irá se sustentar por muito tempo. Todos são engrenagens de um relógio suíço que só irá funcionar quando todas as peças exercerem as suas funções...Sendo que nenhuma das referidas peças é insubstituível.

Neymar fungou.

– Você é mesmo inteligente...Tem certeza que é um jogador de futebol? – Sussurrou o mais novo.

Behrami sorriu, deixou que sua testa tocasse de leve na testa do outro jogador.

– Acho que deveria me sentir ofendido com essa pergunta, mas não me sinto...

– Bom... – Respondeu o garoto correspondendo o sorriso do suíço – Eu te prometi o Hexa...Sinto muito por não pude oferecer a você um grande espetáculo.

– Ney... Os encontros que tivemos, ao meu ver, foram um dos maiores espetáculos da minha vida.

– Oh... – O menino Neymar ficou ainda mais corado, algo que Valon apreciou e muito – Bom saber... Sou mesmo um espetáculo!

– Concordo. – Valon notou que o seu canarinho só estava vestindo um mero par de cuecas e uma blusa muito maior que o seu tamanho. Só então percebera o padrão de cores...

– Essa camisa é da seleção da suíça?

– Er... – Neymar pareceu constrangido – Pois é...Comprei uma...

– Hum... – Behrami analisou com mais detalhes da dita camisa – Essa é a minha camisa, não é?

– Não deixe que isso suba a sua cabeça...Eu só queria comprar uma lembrança da Russia, só isso! – Respondeu se afastando do outro, mas o embaraço na sua expressão era mais do que evidente.

– Hummm – Valon se levantou, se aproximou lentamente do canarinho que dava passos as cegas para trás (quase tropeçando nas várias barras de chocolate espalhadas pelo quarto, até nisso a Bélgica o atrapalhava) – Podia ter escolhido uma camisa oficial de qualquer outra seleção, qualquer outro número...

Neymar engoliu em seco, seu corpo sentiu um tremendo calafrio e sabia que não era por causa do ar condicionado que estava desligado...Aquele calafrio veio atrelado a um aumento do ritmo de seu coração. Até suas pernas pareciam estar perdendo as forças. Os olhos de Valon Behrami tinham as pupilas dilatadas, tal como um predador prestes atacar a sua presa.

– Eu...Bem...O vermelho destaca meu tom de pele. – Tentou argumentar, suas pernas deram de encontro a cama, Neymar desequilibrou e caiu sob o macio colchão.

– Isso eu não posso negar... O meu vermelho ficar perfeito em você. – Valon não perdeu a oportunidade, caiu por cima do canarinho.

Neymar temia que tivesse algum ataque, afinal, seu coração parecia que iria saltar para fora do peito (quem nem nos filmes do Alien). Suas pernas pareciam ser feitas de gelatina, todo impulso de correr ou fugir fora totalmente inibido. Alias, por que fugiria?

– Eu deveria estar arrumando minhas malas...A viagem de volta ao Brasil será amanhã. – Sussurrou, pesaroso, só de imaginar que essa seria a ultima vez que deitaria com Valon...Sem dúvida, não fora só a por perder o jogo que estava chateado, mas sim por ter que, prematuramente, terminar aquela jornada... Ter que se separar o seu rival suíço. Ter que retornar à realidade.

– Você tem que viajar sim, isso é verdade... – Valon tinha se afastado para buscar algo nos bolsos de seu casaco. Neymar franziu o cenho, confuso e também pesaroso. Estavam perdendo muito tempo! Queria passar suas ultimas horas em solo russo transando! Será que era pedir muito?

– Mas, quiçá...Não para o Brasil! – O brasileiro logo identificou o que Valon tinha retirado, por fim, de um dos seus bolsos. Eram passagens de avião!

– V-Valon...Isso seria...

– Você precisa de umas férias, Ney. Eu tenho pequena cabana, nos Alpes suíços... Não é nenhuma mansão, já aviso, mas é um local tranquilo que costumo ir para pensar...Poderíamos assistir o final da copa lá. Isso se você quiser.

Agora sim era o seu fim. O suíço realmente deveria querer mata-lo! Só podia! Valon não sabia o sei efeito avassalador que causava? Com as mãos trêmulas, Neymar pegou as passagens, nem estava ligando se não fosse "na primeira classe"...Ao ver o seu nome junto com o de Valon naqueles papeis foi o suficiente para que as borboletas rebeldes em seu estômago fizessem uma festa de arromba!

– Então? – O tom de voz do mais velho indicava ansiedade.

– Eu não me dou muito bem com o frio...Mas...Acho que irei fazer uma concessão desta vez.

Valon sorriu e logo foi correspondo por Neymar. E assim os dois ficariam ali, rindo feito dois idiotas. O brasileiro sabia que estava sendo um grande tolo, mas a verdade era que não ligava nem um pouco...

– Então, vamos ficar só sorrindo...Ou vamos transar?

– Você realmente gosta de quebrar o clima, não é? – Riu Valon enquanto se desfazia de seu casaco e logo a camisa regata negra que usava por baixo. Seu peitoral musculoso logo ficou a amostra, Neymar lambeu os lábios, faminto.

– Sabe o que seria interessante? Fazer tudo isso sem tirar essa linda camisa da suíça... – Pelo visto, Valon não estava esperando uma confirmação por parte do Neymar, já que sua mão já navegava por debaixo da dita camisa vermelha. Seu toque gerava um gosto calafrio... Neymar gemeu.

– Uma cueca sem ser verde e amarela? – Notou Behrami enquanto brincava com a aba da cueca branca do canarinho.

–E-eu já disse que ela era a cueca da sorte...Bem, devo confessar que ela não funcionou muito contra o jogo da Bélgica. – Resmungou contrariado.

– Ela funcionou no nosso encontro no restaurante. – Recordou.

Neymar sorriu de forma maliciosa.

– Não acho que precisei muito da sorte naquele encontro, não é mesmo?

Valon não respondeu, ao invés disso puxou a cueca de forma bruta, liberando o membro já ereto de Neymar de seu confinamento. O brasileiro soltou um gemido de satisfação.

– É minha vez de te chupar... Ainda não te provei. – Disse Neymar se levantando, ficando de joelhos e empurrando o grande homem para que deitasse na cama, não que Valon oferece alguma resistência ao gesto.

– Faça o que quiser. – O suíço se deitou de forma confortável na cama, como fosse um rei...Neymar seria o que, então? Sua rainha? O jovem jogador resolveu não pensar nisso agora...Ainda mais quando sua mente estava concentrada no grande volume entre as pernas do seu suíço.

– E eu irei fazer mesmo! – Sussurrou enquanto suas mãos, de forma apressada, se desfaziam do cinto e abria as calças jeans – Sem cueca?

De fato, o grande e grosso pênis, estava logo ali, a sua frente. Gozo escorrendo por seu tronco. Neymar quase ouvira a sua barriga roncar de fome... Seus dedos acariciaram aquele longo falo. Como aquilo cabia dentro de si? Neymar não sabia e nem queria saber...Nunca fora muito bom em física! Só queria aquele mastro logo dentro de sua bunda!

– Vai ficar só olhando, é isso?

– Shhh...Estou ocupado aqui. – Disse deixando que sua mão envolver membro rígido do companheiro. Neymar se abaixou e abocanhou, de forma gulosa, o pênis, mas antes sussurrou as palavras "Bom apetite".

Valon observou fascinado a cabeça do moreno subir e descer, tentando devorar o seu membro, contudo, não conseguia colocar todo o seu longo falo em sua boca. Neymar parecia estar se divertido, chupando e mordicando. Saboreando o gosto daquela exótica iguaria.

– Scheiße! – Praguejou o suíço, deixando que suas mãos afundassem nos cabelos cheios de gel do seu amante. Pressionou o rosto dele de encontro ao seu sexo. Normalmente Valon tinha uma maior resistência, esse foi um dos motivos para o treinador coloca-lo para marcar Neymar... Contudo, agora se via pronto de ejacular. Esse devia ser o efeito avassalador do brasileiro sobre ele...Esperava que Neymar não soubesse o poder que exercia sobre Valon.

– Scheiße! – Mais uma vez praguejo enquanto, por fim, gozava naquela boca que lhe conferia tamanho prazer.

Neymar mamou o membro até a última gota.

– Chocolate branco... – Disse lambendo os lábios sujos de gozo.

– Você sabe... Chocolate branco não é chocolate, se trata basicamente de manteiga de cacau, ou seja, sua constituição é gordura, açúcar e leite.

– Seu nome deveria ser Valon Wikipedia Behrami. – Sorriu, manhoso, o brasileiro, engatinhando para cima do suíço – Se quero chamar seu esperma de chocolate branco, eu vou chamar! Nada irá me impedir!

Valon rolou os olhos e puxou o menor mais para perto de si, beijando os seus lábios ainda melados. O beijo começou inocente, um mero toque de lábios. Mais logo se aprofundou, como se gasolina fosse lançado sobre brasas. Dentes colidiram. Línguas se entrelaçaram. Suas mãos navegaram e exploraram o corpo um do outro. Deve-se notar que a camisa da seleção suíça não fora descartada como as outras peças de roupa.

– Eu te quero...Valon. – Murmurou Neymar mordicando o lábio inferior do europeu.

– Mostre o que você realmente quer. – Deu um forte tapa no bunda do brasileiro que soltou um gemido de prazer.

– Eu tenho que fazer tudo? Você deveria estar me consolado! – Fez biquinho.

– Você tem que lutar para alcançar o que você deseja, canarinho. Nada na vida é fácil.

– Tsk... – Reclamo, mas não havia raiva de verdade em seus gestos e fala. Com a mão, novamente pegou o membro do suíço e o posicionou em sua entrada. De forma lenta, se deixou ser empalado por aquele grande pênis.

– AH! Perfeito! – Gritou de prazer.

Valon rosnou com igual êxtase. Neymar cavalgou sobre o seu suíço. Subindo e descendo. Sentido a pressão do falo dentro de si. Sentindo suas mãos arranhando o abdômen firme e musculoso do outro.

Suor escorreu, a camisa vermelha colava em seu corpo esguiou. As grandes mãos calosas do suíço agora agarravam em cada uma das nádegas do menino Neymar, o empurrando de encontro ao seu membro. Aprofundando ainda mais as estocadas, acertando o ponto dentro de Neymar que o fazia ver estrelas.

– Oh! Merda...Isso é muito bom!

Valon não respondia, apena rosnava e emitia resmungos em uma língua desconhecia.

– Va-alon...Eu...Eu... – Lágrimas de puro prazer desceram por sua face corada e suada.

– Goze! – Behrami levantou o seu quadril, estocando, uma última vez no interior do seu canarinho.

Neymar gritou, ejaculando sobre o peitoral definido do suíço. E não foi só isso... Valon, mais uma vez, gozou no interior do brasileiro, preenchendo-o com seu líquido quente.

– Muito bom... – Neymar praticamente ronronou, se deixando cair sobre Valon, não ligando em ter sujado a sua querida camisa com o esperma.

– Só imagine o que iremos fazer sozinhos nos Alpes suíços. – Sussurrou Behrami, meio ofegante, afagando os cabelos agora escuros do brasileiro.

– Mal posso esperar... – Neymar sorriu, um sorriso doce e estranhamente inocente que fez o coração de Valon disparar. O suíço o beijou, um beijo doce e amoroso...

Sabia que devia tentar se afastar do brasileiro. Eles tinham suas vidas. Suas jornadas. Seus países. Contudo, simplesmente, não conseguia se afastar...Estava viciando naquele brasileiro. Não podia se separar...Não ainda!

"Espero que ele goste mesmo dos Alpes..." Pensou, ansioso para mostrar ao outro o seu lar.

~~**Palavras da autora**~~

E a história ainda não acabou...Agora teremos histórias curtas do Neymar e Valon na suíça.

Espero que estejam gostando, pois é pelo comentários de vocês que me incentivou a continuar escrevendo!