Contos - Parte 5 (final)
Café de manhã
A manhã começou da maneira mais ideal, pelo menos, no ponto de vista de Neymar. E isso envolve um grande e escaldante xícara de chocolate quente e...
– Ahhh! – Era meio um grito e meio gemido. Afinal, não tinha porque se conter, já que estavam em uma cabana isolada nas montanhas.
O brasileiro estava apoiado na bancada, pernas abertas e um suíço nu entre elas. Valon o empalava com seu longo e grosso membro e Neymar gritava de prazer. Sem dúvida, era uma forma perfeita de começar o dia.
Os movimentos Behrami eram rápidos e bruscos, ademais de serem precisos. Uma coisa Neymar tinha de admitir...Valon tinha uma ótima pontaria, especificamente em relação a seu pênis! Talvez, o suíço devesse bater pênaltis com ele! Quiçá a seleção Suíça ganharia a copa desta forma.
Talvez a FIFA não aceitasse muito essa sugestão do brasileiro, por causa do decoro ou algo do tipo...Uma pena, o futebol ficaria ainda mais divertido deste modo.
– Ah! – Arquejou ao sentir seu membro sendo capturado por uma das mãos de Valon.
– O que você está pensando? Acho que deve se concentrar em outras coisas no momento, sabia?
– Humm... Como o que? – Neymar entrelaçou seus braços no pescoço do europeu, puxando-o, com suas pernas, para mais próximo de si.
– O nosso café da manhã. – Sorriu de forma feroz, Valon. Estocando fundo em seu canarinho que teve que morde o lábio inferior para não soltar um longo grito.
– Um delicioso café da manhã, isso eu tenho que...Ah...Concordar. – Neymar abraçou o suíço, aproveitou a posição para mordicar o ombro do mesmo – Adoro esse sabor...
Valon soltou algo muito semelhante a um rosnado, suas mãos agora seguravam a bunda morena do brasileiro, mantendo firme sobre a fria bancada enquanto ele o penetrava. Os dois continuaram assim, presos um a outro, naquela dança de paixão e prazer. Até que, por fim, alcançaram o ápice do prazer e derramaram seus júbilos um sobre o outro.
Neymar deixou sua cabeça cair sobre o ombro de Valon. Seu corpo irradiava calor e satisfação.
– Isso é melhor do que os treinamentos matinais do técnico Tite... – Sussurrou manhoso.
Valon riu, acariciando as costas nuas e suadas de seu amante.
– Só assim você esquece do frio, não é mesmo?
– Hum... Posso ter esquecido do frio, mas não esqueci do meu café da manhã...Mesmo adorando sentir o seu gozo dentro de mim, só isso não irá me sustentar! Se me recordo bem, você tinha prometido fazer uns waffles suíços...
– Se me recordo bem, eu estava começando a fazer esses mesmos waffles quando você decidiu que me ver cozinhando era muito excitante.
– Bem...Não estava mentindo! Você usando avental e agindo como um chef...Como você acha que eu iria reagir?
Valon deu um cafuné em Neymar.
– Acho que terei que cozinhar para você mais!
O roncar do estomago de ambos interrompeu o momento, trazendo consequências distintas para ambos. Neymar corou e Valon gargalhou. O suíço colocou o brasileiro no chão, auxiliando a sair de cima da bancada.
– Vá tomar um banho, sim? – Deu um leve tapa na bunda morena do outro – Quando terminar teremos um café da manhã completo.
– Você fala isso só para se livrar de mim, pois sou uma distração! – Disse isso enquanto cutucava a virilha de Behrami.
– Exato! – Falou isso segurando a mão do canarinho, já que o cutucar estava descende para uma zona sensível. Valon não queria ficar excitado de novo! Pelo menos, não quando estava faminto! Tinha que recuperar calorias para "exercícios" futuros.
Neymar fez biquinho, mas deixou ser expulso da cozinha e guiado ao banheiro. Lá dentro, depois de tomar uma rápida ducha, limpando seu traseiro... Valon bem que podia engravida-lo devido a quantidade de gozo que o suíço produzia! Após o asseio inicial, Neymar se deixou submergir na grande banheira cheia de água quente. Soltou um suspiro de satisfação...Seus músculos relaxaram.
– Melhores férias... – Concluiu sorridente. De fato, nunca se sentira tão relaxado e feliz...Nem quando se hospedavam nos melhores hotéis da Europa, tão pouco quando passava noites em claro em clubs e festas exclusivas. Será que devia se preocupar em se sentir tão feliz por estar no meio do nada? Nem seu celular funcionava ali! Antes, ficaria louco só por não poder entrar nas redes sociais...
– Que confuso... – Murmurou deixando a sua cabeça repousar na borda da banheira. Não devia pensar muito nesse assunto, ainda mais quando não estava acostumado a usar seu cérebro para divagações filosóficas. O musculo cerebral poderia sofrer algum tipo de espasmo por aquela atividade física não-usual.
Almoço
Neymar tentava não olhar, mas era difícil...Ainda mais quando tinha quatro olhos sobre si. Era difícil comer o seu macarrão com almondegas quando se tinha dois cachorros o observando com tamanha devoção...Ou melhor, pareciam fazer carinha de cachorro pidão. Espera! Eles eram cachorros! Então, deviam ser meio que experts nesse tipo de expressão. Neymar tenta ignora-los, mas eles choramingavam, um deles ainda teve a ousadia de colocar sua cabeça na perna do brasileiro.
– Vocês já comeram. – Insistiu no diálogo – Eu vi quando Valon colocou a ração de vocês!
Como respostas obteve mais choramingos.
– Bem, não posso negar que aquela ração parecia muito sem graça.
Donner, o Husky siberiano, concordou com um latido.
– Mas...Essa comida não é para vocês! Digo, não sei se Valon irá ficar chateado se eu der algo...Ele parece ser bastante restrito em como educa vocês e tal.
Os dois cães latiram baixinho, como tivessem suplicando. Neymar olhou para os lados, estava sozinho na sala e...
Jogou duas almôndegas para os cachorros que as abocanharam em meio a ar.
– Você está se deixando se manipular, sabia disso? – Disse Valon adentrando na sala, trazendo consigo uma garrafa de vinho.
– O que? – Neymar quase saltou de sua cadeira – Eu e eles...Só estávamos...
– E eu que pensei que você não gostava deles... – O suíço sorriu.
– E não gosto... – Não havia muita força em suas palavras, tão pouco convicção – Eles são fedorentos e babões.
Não havia nem terminado de falar, quando os referidos babões saltaram sobre o brasileiro, balanço seus rabos, doidos para agradecer a comida dada.
– Valon! Help!
O suíço sentou e apenas serviu o vinho branco em duas taças. Observou o seu amante lutando pela "sobrevivência" contra dois eufóricos cachorros. Podia notar que, mesmo tentando parecer desesperado, Neymar tinha um sorriso estampado nos lábios, além de deixar escapar algumas gargalhadas.
– Já chega! – Comandou o suíço, fazendo que seus companheiros caninos parassem de imediato o seu "ataque" – Ney tem que comer também. Ele poderá brincar com vocês depois.
– Brincar? Quem disse que eu irei brincar com eles! – Resmungou o brasileiro voltando a se sentar na mesa – E você nem me salvou nem nada!
– Te salvar, meu canarinho? – Neymar nem tinha percebido que suíço não estava mais sentado e sim que tinha se movido, de forma silenciosa, e agora se encontrava logo atrás do craque brasileiro.
– Você não devia temer esses filhotes... – Sussurrou Valon em seu ouvido – Não quando tem uma verdadeira fera querendo te devorar, por completo.
– Oh, sim? – Um gostoso calafrio percorreu o corpo do moreno – Uma fera, você diz?
Como resposta o suíço mordeu o pescoço de Neymar, fingindo emitir um rosnado possessivo. Neymar soltou um longo gemido manhoso. Infelizmente, Valon não perpetuou a sua ação por muito tempo, logo se afastando, deixando uma marca avermelhada na pele do brasileiro.
– Coma. – Mandou Behrami depositando a taça de vinho branco ao lado do prato do seu já excitado amante.
– Você pensa que sou mais um dos seus cachorros? Não sigo comandos! A não ser que eles me garantam alguma recompensa. – Disse cruzando os braços diante do peito.
– Coma. – Repetiu o suíço, colocando seus braços musculosos um de cada lado da cadeira do menino Neymar – Se você o fizer, podemos brincar de caça depois.
– C-caça?
– Sim. Eu serei o predador e você a presa. – Sussurrou, novamente, no ouvido do moreno – Irei de caçar pela casa, te arrastar até o nosso quarto e te devorar. Acha que isso seria uma boa recompensa para te estimular a comer?
Neymar rapidamente pega o seu garfo e começa a comer de forma rápida e sem nenhuma educação. Valon sorriu satisfeito, afinal, apesar de estar doido para fazer coisas nada castas com Neymar, não podia abandonar a refeição que tinha se esforçado em fazer! (Não de novo! Pois deixar as refeições pela a metade estava começando a se tornar um padrão entre eles...Sexo gasta por demais calorias para eles negligenciarem as refeições!).
Jantar
– Ai... – Neymar reclamou na sua terceira tentativa de morder os biscoitos. Deitado no felpudo tapete diante da lareira, o brasileiro não se conformava. Lançou um olhar maligno para com quitute que tinha em mãos e...Tentou morder de novo.
– Você vai acabar quebrando um dente. – Valon disse alcançando a mão do rapaz, impedindo que esse fizesse mais uma tentativa inútil.
– Mas...Esse deveria ser o nosso jantar!
– Eu posso cozinhar algo...
– Não! Você já fez o café da manhã e o almoço! Eu deveria, pelo menos, fazer o jantar. – Resmungou Neymar.
– Eu nem sabia que você cozinhava.
– E não cozinho. Normalmente eu não gasto a minha beleza com esse tipo de trabalho braçal. – Continuou a resmungar. Valon ergueu as sobrancelhas e tentou conter o riso.
– E então? Por que sentiu a necessidade de fazer agora?
– Ora... Eu não sei! – Neymar se levantou, irritado – Eu só achei que...Sei lá! Que devia fazer algo para compensar! Olha! Não deixe que isso te suba a cabeça, ok? Mas...Eu realmente estou gostando dessas "férias"! Gostando de passar meu tempo com você...
O brasileiro estava começando a andar para um lado e para outro na sala, Valon o observou com interesse.
– Gosto dessa casa no meio do nada. Fria. Com os cachorros babões e até mesmo sem wifi! Isso é tão estranho! Eu não devia gostar! Não devia mesmo! Agora isso! – Ele segurou o biscoito como fosse uma arma (e talvez o fosse devido o grau de dureza daquele suposto alimento) – Eu tento cozinhar! Eu? Neymar, servindo outra pessoa? Isso não está certo! Tipo, o universo deve estar entrando em colapso agora! Eu quebrei o equilíbrio da realidade! Estamos condenados!
Valon tinha uma leve impressão que Neymar podia estar dramatizando um pouco toda a coisa, mas resolveu não interver naquele monólogo.
– E o pior? Eu nem consigo fazer algo que pessoas comuns e sem-graça parecem fazer com facilidade! Cozinhar! Quem diria que fazer biscoitos era tão difícil? Ora, tem tantos biscoitos vendendo por aí em embalagens que imaginei que fosse algo simples de se reproduzir! Que droga! Agora você deve achar que sou um inútil...Mimado...E...E não deve querer ser meu namorado...Digo...Amigo! Eu quis dizer amigo!
Neymar parecia ter tomando consciência do conteúdo de nervoso tagarelar. O jogador da seleção brasileira paralisou, olhos voltados para o chão, temendo o olhar crítico de Valon Behrami.
– Que tal eu te ensinar a cozinhar? – Uma mão quente envolveu a mão trêmula de Neymar – Vamos começar com algo simples...Que tal cupnoodle? Aposto que isso você consegue fazer.
O rapaz, de forma relutante, levantou o rosto e fitou o suíço.
– A-acho que sim. – Murmurou.
– Depois de refazermos nosso jantar, podemos discutir esse suposto pedido de namoro, hum? – Ele falou isso enquanto arrastava o agora totalmente vermelho Neymar para a cozinha.
– P-p-pedido? Que pedido?
Valon parou, se virou para novamente encarar o nervoso brasileiro.
– Eu não costumo trazer ninguém para essa cabana, sabia? Esse local é como meu lugar especial...Algo que construí para escapar do mundo e poder ser eu mesmo. Trazer você aqui, sendo que apenas nos conhecemos faz poucas semanas foi uma das maiores loucuras que cometi. Aliás, esses dias ao seu lado foram todos muito loucos... Descobri uma faceta minha que me era total desconhecida.
– D-desculpe?
Valon sorriu.
– Não precisa se desculpar, eu que tenho que te agradecer, mas... Confesso que não estou preparado para que essas férias acabem... Que isso que nós construímos, mesmo que ainda novo e confuso...Que isso acabe.
Neymar engoliu em seco, seu coração acelerou em seu peito ao ponto de querer soltar para fora ao bom estilo ALIEN.
– Eu...Também não quero. – Confessou o brasileiro, surpreso por qual fácil aquelas palavras escaparam de sua boca.
– Eu...Nunca pedi ninguém em namoro antes. – E agora que estava sendo honesto parecia que sua boca não queria parar de soltar coisas embaraçosas.
Valon ergue uma sobrancelha.
– Como assim?
– Olha, normalmente eu que recebo confissões das pessoas! Entende? O caso com a Bruna é diferente, ela é minha amiga e nós fizemos um acordo prático de mútuo interesse...Mas, confessar mesmo! Eu nunca fiz!
– Ohh... – Valon soltou a mão do outro, que até o momento ainda segurava e puxou uma cadeira, sentando logo em seguida.
– O que você está fazendo?
– Esperando para ouvir a sua confissão e seu pedido de namoro.
– Como é? E ...E...O nosso jantar?
– Isso pode esperar. Mas a sua confissão, não. – Ao falar isso, o suíço teve o descaramento de parecer muito contente com toda a situação.
Neymar olhou para os lados, buscando uma alguma auxilio divino. Bem, os cachorros pareciam lhe dar um apoio emocional, estavam balançando os seus rabos e babando (como sempre).
"Você consegue! Você é o grande Neymar, pode não ser tão grande como Pelé, mas chega perto! Muito perto!" Pensou otimista.
– Somos compatíveis. Consegui perceber isso no campo. Eu nunca fiquei tão excitado com alguém me marcando como você. E somos muito compatíveis na cama...Na verdade o termo cama é muito genérico já que fizemos sexos em diversos lugares até mesmo o banheiro apertado do avião e do trem!
Valon pigarreou, meio impaciente, mas Neymar ignorou.
– Mas não é só o sexo...Pode ter começado como algo puramente sexual, mas...Eu sinto...Sinto que tem algo mais. Eu nunca estive em uma relação assim... Posso estar meio assustado, mas sou brasileiro e nós nunca desistimos! Por isso, eu irei perguntar só uma vez...Valon Behrami, você aceita ser meu namorado?
O suíço estava impressionado com aquele discurso. Neymar conseguia ser egocêntrico e ao mesmo tempo fofo? Era meio paradoxal, mas Valon gostava.
– E aí? Vai dizer o que? É uma proposta única! Não existem muitos Neymares por aí, livres, disponíveis e sexys! Sabia? – Resmungava o mais novo.
– Com um pedido tão romântico como este, como poderia recusar? – Valon disse abrindo os braços para o brasileiro que não hesitou em saltar sobre o suíço, fazendo com que a cadeira caísse. Os cachorros interpretaram isso como o sinal que podiam "atacar" a dupla! Afinal, se estava no chão era propriedade deles, todos sabiam disso!
O casal ignorou os afoitos caninos, estavam muito ocupados se beijando para ligar para as lambidas.
Ali naquela cabana no meio dos Alpes, Neymar se viu adentrando em um novo e excitante campeonato cujo o prêmio a ser ganhado não seria a fama, dinheiro ou ser imortalizado como um herói nacional...O prêmio seria a sua própria felicidade.
~~** Notas finais**~~
É o fim dessa história! Realmente adorei escreve-la, era para ser só um conto feito como uma sátira e acabou por se tornar muito mais! Fico feliz pelos comentários e incentivos! Obrigada mesmo por terem acompanhado até aqui essa louca história! Espero que tenham gostado! Obrigada!
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