Contos - Parte 1
As histórias a seguir serão mini-contos referentes a aventura de Neymar na Suíça.
A viagem
– Espera um pouco...Aqui diz "Classe econômica"! – Falou o brasileiro enquanto o taxi os guiava pelas ruas de Moscou rumo o aeroporto. Valon abaixou, levemente, os óculos escuros que usava para assim focar sua visão no seu irritado acompanhante.
– Só agora você percebeu isso?
– Ora...Estava escrito em Russo! Tive que usar o google tradutor para desvendar esses...Garranchos estranhos que eles chamam de alfabeto!
– Na verdade se trata do alfabeto cirílico...
– Baixou o santo da Wikipedia, é? Nem quero saber se esse alfabeto é cilíndrico ou sei lá o que!...O que quero saber é por que vamos na "classe econômica"! – E para enfatizar o fato quase enfiou a referida passagem bem no meio do nariz de Valon.
– E isso é importante? – Inqueriu sem demonstrar muito interesse para com o chilique dado por Neymar.
– Hello? Eu só viajo de primeira classe!
Valon deu os ombros.
– Bem, é bastante saudável experimentar outras situações... Na verdade, para evoluirmos como indivíduos temos que ir além do comodismo.
– Agora baixou o santo do filosofo? – Resmungou o brasileiro fazendo biquinho.
– Só acho que você está fazendo uma tempestade em um copo d'água. Aliás, sua "namorada" sugeriu que fizéssemos uma viagem simples sem causar muito alarde, tendo em vista, que supostamente você deveria estar indo com a comitiva para o Brasil...
– Ela disse isso? Desde quando vocês se tornaram tão amigos para ficarem discutindo essas coisas por minhas costas? – Exigiu saber.
Novamente a resposta do suíço foi dar os ombros.
– Além do mais, por escolhermos uma opção mais discreta podemos aproveitar para relaxarmos...
– É mesmo? – Era evidente, pelo tom usado por Neymar que o rapaz não acreditava naquele fato.
– Sim, podemos ser apenas mais um casal saindo de férias e não jogadores famosos, sendo um deles, em particular, conhecido por seus atos dramáticos no campo.
Valon pode notar um ligeiro rubor que se alastrou pelas a bochechas morenas do brasileiro. Não sabia, entretanto, se o que tinha provocado tal efeito em Neymar fora consequência da menção das suas "habilidades" de "ator" (a qual, infelizmente, repercutiu muito na mídia) ou mesmo o fato do suíço ter sugerido que eles, agora, eram um casal...
– Ainda não vejo vantagens nisso... – Insistiu, cruzando os braços diante do peito.
Valon deu um meio sorriso, o tipo de sorriso que sempre ocasionava um aumento no ritmo dos batimentos cardíaco de Neymar.
"Esse suíço ainda vai me matar!" Reclamou em pensamento.
– Vou te mostrar a vantagem... – Nisso Valon puxou a nuca do brasileiro e tomou os seus lábios em um ardente beijo. Naquele momento, todas as preocupações que porventura passavam pela cabeça de Neymar foram dissipadas... Valon também tinha aquele efeito, quase como magia, não só no pobre coração do brasileiro, mas também em sua mente. Logo, Neymar correspondeu o beijo com igual empolgação, ignorando o fato de ainda estarem no taxi e que o taxista começava a pigarrear e tossir. Afinal, apesar de ter sido pago (uma grande quantia, vale salientar) para guiar aquele estranho casal ao aeroporto...Ainda estavam em território Russo e atos como aquela eram proibidos.
O casal o ignorava, continuando a se beijar durante todo o trajeto.
"Ainda bem que apliquei aquela película mais escura nas minhas janelas..." Recordou o velho taxista.
"Bem...O amor é amor, independente quem seja os participantes do ato" Concluiu, optando por não mais interromper o referido casal.
Bem, só se acaso eles resolvessem avançar para algo além de beijos.
Tipo...Agora!
Pelo retrovisor o taxista viu a mão do cara alto passando por baixo da camisa vermelha (Da seleção Suíça, o velho taxista tinha notado) do garoto moreno. Por mais que apoiasse aquele o amor livre, esse mesmo amor não devia resultar em ter de limpar os bancos traseiros de seu carro, para assim eliminar quaisquer evidências de certos líquidos brancos viscosos.
O taxista buzinou alto, despertando o casal de seu frenesi sexual.
– Chegamos ao aeroporto! – Avisou rapidamente.
Despachar bagagem
– Como assim? Eu só tenho uma mala?
Valon sabia que Bruna o tinha alertado com as tendências "dramáticas" de Neymar, sabia também que seria uma verdadeira epopeia viajar com o brasileiro sem chamar atenção, ainda mais quando o mesmo dava mais um dos seus chiliques.
– Eu viajo com, no mínimo, quatro malas! – Insistia o moreno, sua voz estava se elevando cada vez mais, fazendo com que alguns passageiros que estavam na fila para despachar as suas bagagens, o mirassem como interesse.
– Tenho uma mala somente para os produtos usados em meu cabelo! – Continuava a reclamar.
– Eu e sua "namorada" decidimos que não seriam necessárias tantas malas...
– Vocês decidiram? Como vocês tiveram o descaramento de decidir isso sobre as minhas malas! – Neymar bateu o pé no chão, Valon tentou conter a vontade de rir, pois naquele momento, o brasileiro parecia e muito com uma criança mimada (por isso a alcunha de menino Neymar).
Por mais interessante fosse assistir um Neymar irritado (o suíço tinha que admitir que achava deveras atraente aquela personalidade do brasileiro), Valon tinha que dar um termino naquele show!
Behrami se aproximou do moreno tagarela e sussurrou em seu ouvido.
– Me diga...Grande parte do conteúdo que tinha em suas malas era roupa, certo?
Neymar engoliu em seco. Sentir o hálito quente de Valon assim tão perto de si...Como isso poderia provocar esse estranho e gostoso calafrio que percorria o seu corpo? Desde quando se tornara tão susceptível a tais sensações?
"Se controle Neymar! Lembre-se que você é o dominante na relação!" Disse em sua mente, mesmo que não fosse necessariamente o dominante, mas também não era tão passivo! Ele se deixava dominar, era assim que enganava os seus predadores! Sim, era isso mesmo! Neymar era uma grande fera manipuladora, quando eles pensavam que estavam dando o bote era na verdade o brasileiro que fazia isso... Mesmo que o seu subconsciente gostasse de ressaltar que aquele raciocínio não tinha lá muita lógica, mas Neymar nunca ligara muito para que o seu subconsciente dizia!
– S-sim. – Gaguejou. Não queria ter gaguejado, mas sua boca o estava traindo! Ainda mais, por que Valon tinha que ficar tão perto?
– Então, deve concordar comigo que quando chegarmos a Suíça não irá necessitar usar tanta roupa...Alias, é bem provável que fiquemos nus grande parte do tempo, não é mesmo?
Ao falar isso, o jogador da seleção Suíça se afastou deixando um muito vermelho Neymar para trás.
Valon sorriu satisfeito. Pelo visto, Neymar não iria reclamar das bagagens tão cedo...
~~**Palavras da autora**~~
E aí? gostaram?
Teremos mais contos da aventura desse adorável casal!
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