17

Uma visita a Percy Jackson

Amaya acordou cedo naquela manhã ensolarada. Ela tinha o plano de conseguir uma autorização para sair do acampamento a fim de visitar sua família e passar um tempo longe do acampamento e dos planos de Luke.

Stella era quem iria solicitar a autorização, a garota levava as coisas com mais simpatia do que Amaya e sempre conseguia as coisas com mais facilidade que ela quando se tratava de uma conversa com o Sr. D. Por isso, Amaya esperou do lado de fora da Casa Grande, sentada em um banco de madeira, tremendo sua perna direita de forma impaciente enquanto mexia sem parar nos pingentes de sua pulseira.

— Tenho duas notícias. — Stella disse se sentando ao lado de Amaya. — A primeira é que eu consegui a minha autorização.

— E a segunda?

— Eu consegui a sua também. — Stella disse sorrindo e entregando a autorização para Amaya, que sorriu orgulhosa.

— Como sempre consegue? — Amaya perguntou. — Eu sempre preciso implorar até a morte para conseguir.

— Ah, é um dom. — Stella disse sorrindo. — Na verdade, se chama simpatia.

— Fez uma simpatia pro Sr. D deixar a gente sair?

— Simpatia de ser uma pessoa simpática, Amaya. — Stella disse e Amaya assentiu. — Bom, agora é só a gente ir.

— Então, vamos. — Amaya disse se levantando e Stella fez o mesmo. — Tem tudo na sua mochila?

— Tenho, e você?

— Tenho.

As duas saíram do acampamento o mais rápido possível e pegaram carona até a casa de Amaya com Argos. Assim que as duas chegaram no enorme edifício onde a mesma morava, as duas olharam em volta, verificando se tudo estava seguro e entraram na portaria. Amaya apenas acenou com a cabeça para o porteiro e esperou pelo elevador, enquanto Stella deu bom dia a todos presentes no saguão e desejou um bom trabalho a eles com um sorriso radiante.

Amaya havia deixado a chave de sua casa em seu chalé no acampamento e Stella a olhou de forma reprovadora quando descobriram isso. Quando a porta foi aberta revelando a pequena Calliope, que agora tinha seus recém completos 06 anos, Amaya sorriu e abriu os braços para a garota de cabelos escuros e olhos verdes.

— Maya! — Calliope exclamou abraçando a irmã. — Papai! A Maya e a Ella vieram visitar a gente!

— Meninas, que surpresa boa. — Thomas disse saindo da cozinha com um pano de prato no ombro. — Porque não avisaram que vinham?

— Surpresa. — Amaya disse sorrindo enquanto abraçava o padrasto. — Cadê minha mãe e o Atlas?

— Foram buscar a Sally e o Percy na Yancy…ele teve um problema por lá de novo. Vai passar uns dias em casa. — Thomas explicou dando um suspiro. — E tem aquele Grover…se não me engano ele vem junto.

— Tinha me esquecido dele, droga. — Amaya murmurou.

— Maya, brinca de Barbie comigo? — Calliope pediu e Amaya torceu o nariz.

— Eu brinco! — Stella disse animada antes de seguir Calliope até o quarto da mesma.

— Como está o Luke? — Thomas perguntou e Amaya deu um sorriso fraco.

— Bem, ele tá bem. Ocupado dando treinamentos de luta com espadas. — Amaya disse e Thomas sorriu.

— Eu acho que nunca vou me acostumar com as coisas que conta. — Thomas disse rindo, mas então parou para analisar o rosto da enteada. — Agora pode me contar o que está deixando você com essa cara triste?

— É complicado…

— Mais complicado do que descobrir que sua enteada é filha de um deus grego super poderoso? — Thomas perguntou cruzando os braços e então assentiu. — Tem certeza?

— Tenho, até porque estamos falando do meu querido avô paterno. — Amaya brincou com um tom de voz levemente mórbido.

— Cronos? — Thomas perguntou arregalando os olhos.

— É, ele meio que está recrutando monstros mitológicos e meios-sangue para se vingar do Olimpo…e meio que o Luke tá se envolvendo nisso e meio que eu tô metida nisso também porque não quero que ele vá pro “lado negro” da força porque eu recebi uma profecia e…

— Calma, o quê? — Thomas perguntou a voz mais aguda que o normal. — Vamos por partes, por favor.

Amaya explicou as coisas de forma resumida para ele, além de contar a Thomas sobre os sonhos que também tinha e todas as sensações de morte que havia começado a sentir, algo que nem mesmo Stella estava sabendo. Depois de Thomas ouvir tudo com atenção, ele deu alguns bons conselhos para Amaya e sugeriu que ela falasse com o pai para ter alguém do meio olimpiano a ajudando caso algo desse errado, e depois de muito relutar, Amaya aceitou falar com seu pai e prometeu fazê-lo assim que voltasse para o acampamento.

— Amaya! — Percy disse sorrindo antes de ir abraçar a prima.

— Percy, que saudade. — Amaya disse retribuindo o abraço. — Oi, gente.

— O que faz aqui, filha? — Kate perguntou confusa.

— Só vim fazer uma visita. — Amaya disse sorrindo enquanto abraçava a mãe e a tia logo em seguida. — Porque você continua crescendo? Desse jeito não vai passar da porta.

— Melhor do que passar pela portinha do cachorro. — Atlas respondeu abraçando Amaya bem apertado. — A Stella tá aí?

— Tá no quarto com a Callie. — Amaya disse e Atlas foi atrás da namorada.

— Vai ficar quanto tempo? — Sally perguntou.

— Stella e eu vamos embora na quarta. — Amaya disse abraçando Percy pelos ombros. — Quer me contar o que vem acontecendo?

— É, pode ser.

Amaya levou Percy até seu quarto e encostou a porta. Ela deixou sua mochila no chão e Percy fez o mesmo.

— Senta aí. — Amaya disse ao primo. — Me conta como as coisas estão. Eu passo muito tempo longe e fico sem saber das coisas.

— Ah, tudo normal…você sabe. — Percy disse dando um sorriso tímido. — Uma piada aqui, outra ali. Me chamam de doido, maluco, idiota, burro por conta da dislexia. Talvez estejam certos.

— Não estão, eu passei por isso também e eles estavam totalmente errados. — Amaya disse de forma calma. — Eu sofri muito com a dislexia e o TDAH também, Percy, mas as coisas fazem sentido quando crescemos.

— Eu vejo cavalos alados, isso vai fazer sentido um dia? — Percy perguntou de forma irônica e Amaya ficou o olhando em silêncio.

— Bom, sim. — Amaya disse séria.

— Ah é? — Percy perguntou cruzando os braços e esticando as pernas enquanto se encosta na cabeceira da cama. — Como?

— Esquizofrenia pode ser passada de pai pra filho. — Amaya disse.

— Nossos pais não são parentes. — Percy disse com um sorriso orgulhoso.

— Se você acha…

— O que foi?

— Nossas mães são. — Amaya retrucou.

— Amaya, qual é? — Percy reclamou.

— Qual é? Desde quando fala “qual é”? — Amaya perguntou.

— Peguei mania do Grover.

— Grover? Quem é Grover? — Amaya perguntou fingindo confusão.

— Meu novo amigo…melhor amigo, na verdade. — Percy disse. — Ele é o único que me entende, bom, ele também sofre bullying, mas o que importa é que nos damos bem.

— Que legal, Percy! Eu me senti assim quando conheci o Luke. — Amaya disse e Percy riu.

— O Luke não vale. Ele também é do internato para malucos. — Percy disse e Amaya jogou uma almofada nele. — Ei!

— Não é um internato para malucos.

— Verdade, é um internato para jovens delinquentes. — Percy disse e Amaya revirou os olhos.

— Saiba que um dia você vai estudar lá. — Amaya disse e Percy parou de rir.

— Vou? Como sabe?

— Assim posso ficar de olho em você. — Amaya disse simplesmente.

— Mas porque eu iria pra sua escola? Tipo, eu já estudo na Yancy. — Percy disse confuso.

— Minha escola é melhor em alguns aspectos, Bluey, mas isso não vai acontecer agora, você ainda tem algum tempo na Yancy. — Amaya disse dando um sorriso e Percy suspirou.

— Não gosto quando você me chama de Bluey, Nix. — Percy disse e Amaya revirou os olhos. — Bluey parece nome de cachorro.

— Acho que combina muito mais com você, tipo, existe alguém que ame o azul tanto quanto você ama? — Amaya perguntou abraçando o primo.

— Queria que tivesse ido com a gente pra Coney Island no verão, ensinamos a Callie a nadar. — Percy disse e Amaya sorriu. — Ganhei do Atlas de novo na competição de quem fica mais tempo debaixo da água sem respirar.

— Você sempre ganha. — Amaya disse e Percy deu de ombros convencido.

— A água simplesmente me ama. — Percy disse e Amaya riu junto dele antes de os pontos se ligarem em sua cabeça. — Amaya, o que foi? — ele perguntou olhando para o canto do quarto que Amaya encarava, atônita demais com sua conclusão para formular qualquer frase. — Amaya? Terra chamando, Amaya Nix Jackson.

— Ah…não é nada. Eu achei ter visto alguma coisa. — Amaya disse sorrindo de leve.

Amaya e Percy saíram do quarto um pouco depois para jantar junto dos outros. Todos se sentaram à mesa e começaram a conversar sobre o que andavam fazendo. Amaya e Stella inventaram um projeto de história sobre a Grécia Antiga que estavam fazendo e colocaram a desculpa da visita para conseguirem uma ajuda de Thomas na pesquisa. Percy ficou ouvindo as histórias que Amaya e Stella contavam sobre as “excursões” da escola e ele ouvia tudo de forma curiosa e interessada.

Sally estava nervosa com os doze anos de Percy tão próximos. Ela sabia que Amaya cuidaria dele, mas ser um semideus já era um grande motivo de preocupação para ela. Sally sabia tudo pelo o que Amaya já havia passado e tinha medo de que um dia pudesse ter seu próprio filho passando pelos perigos que a sobrinha passou. Mas se o acampamento fosse mesmo o local mais seguro para ele estar, ela o deixaria ir e ficaria feliz com visitas esporádicas e ligações de íris.

Amaya, por outro lado, sentia medo do que poderia acontecer quando fosse revelado que Percy não é apenas um semideuses, mas também filho de um dos três grandes deuses do Olimpo. Poseidon.

Oi, semideuses, como vcs estão?

Eu sei que demorei, mas as aulas voltaram e eu fiquei toda atrapalhada, além disso, eu fiquei desmotivada por conta da falta de interação no decorrer dos capítulos, por isso eu peço que vcs interajam nos capítulos comentando e favoritando eles, não custa absolutamente nada.

Espero que tenham gostado do capítulo. O que vcs acharam da Amaya já descobrindo que o Percy é filho de Poseidon? Oq acham que vai acontecer daqui pra frente? Me contem suas teorias!

Eu postei um edit novo hj, o link no meu mural, deem uma olhadinha, curtam e comentem lá. O tiktok anda me flopando😭

Comentem e favoritem o capítulo!

Bjs, Ana!!

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top