Uniformes
03 de fevereiro
13:00 da tarde
Sinorrim: Quadra Velha
Os dois esperaram a polícia chegar, para ter certeza que ninguém ia escapar ou roubar os armamentos. Não demorou muito para que isso acontecesse, logo ouviram o som das sirenes se aproximando.
Já fazia vários anos que os policiais recebiam aqueles chamados misteriosos, que levavam até os criminosos amarrados, às vezes inconscientes, como era o caso de hoje.
Nicole saiu pela mesma saída lateral que Luka havia usado para fugir minutos antes, não que soubesse disso. Fez um sinal para Daniel seguí-la. Eles desapareceram de vista antes que os policiais chegassem.
03 de fevereiro
13:05 da tarde
Sinorrim: Nenhum lugar específico
Os dois amigos estavam caminhando pela cidade, para longe da Quadra Velha, aparentemente sem nenhum destino específico.
"Então, você não vai dizer nada? Aposto que nem imaginava que eu tinha poderes." o menino começou. "Eu estou muito animado, finalmente vou poder ser um super-herói! Antes meus pais não deixavam, porque ia ser muito perigoso e não tinha ninguém para 'vigiar minhas costas', mas agora, com você, não tem como eles dizerem não. Já até pensei num nome de super-herói! Não seu, meu, mas não se preocupe porque logo arrumo um para você." ele não respirou até terminar de falar tudo, vibrando levemente (em super velocidade).
"Se acalme." foi a única coisa que sua companheira disse.
"Essa foi a minha primeira luta! Não consigo acreditar! Foi tão incrível!"
'Ele não vai parar de comentar sobre isso em público, daqui a pouco meio mundo vai descobrir que Daniel Watkins tem poderes, principalmente com essa bandana que não cobre nada e pelo fato de ainda estar com o uniforme da escola.'
"Vamos para um lugar mais particular." falou Nicole.
"Já sei qual é o local perfeito!" o garoto simplesmente pegou sua amiga e a levou em super velocidade para o tão chamado local perfeito.
03 de fevereiro
13:06 da tarde
Sinorrim: Cantinho do Tião
Em alguns milésimos, os dois estavam na frente de uma casa grande, com uma pintura que parecia ser nova. O muro, onde estava escrito "Cantinho do Tião" com uma tinta preta, possuía esse mesmo aspecto, principalmente no Ti, pintado com um preto que se destacava em relação ao resto da palavra.
Daniel tocou a campainha, que estava ao lado do portão branco, que parecia estar um pouco sujo se comparado ao resto da residência.
Demoraram alguns segundos para que o dono da casa abrisse a porta.
"Daniel! Que surpresa boa te ver aqui! Esses dias estava pensando em ir visitar seus pais." o moço cumprimentou.
Ele possuía um cabelo mais castanho do que loiro e olhos castanhos, além de ter um bigode ralo.
'Por que o Daniel me levou aqui?' , pensou Nicole, sem esboçar nenhuma emoção.
"Tiãoo, senti muito a sua falta!" correu até o homem e o abraçou.
"Por que você está usando uma bandana?"
"Eu ainda estou de bandana?! Como você me reconheceu?"
"Além da bandana não impedir que alguém te reconheça, você ainda está de uniforme."
"Nós podemos entrar?" perguntou a menina, interrompendo a conversa dos dois.
"Claro." ele deu um passo para trás, dando espaço para os mais novos passarem.
Ao atravessarem a porta logo deram de cara com o que parecia ser uma sala de espera, com sofá de dois lugares preto e uma poltrona marrom, todos voltados para a TV.
À esquerda deles havia uma cortina branca, que escondia o outro cômodo.
"Então, o que você veio fazer aqui Daniel? E quem é essa menina?" perguntou o homem.
"Essa aqui é a..."
"Melissa." a garota o interrompeu.
'Como assim Melissa, eu achei que o nome dela era Nicole.'
"Prazer, Melissa." Sebastião estendeu a mão.
"Prazer." falou.
"Então, nós viemos aqui porque precisávamos que você fizesse umas roupas de super-heróis." ele estava com sua mão atrás da orelha.
Nicole se virou para o amigo, surpresa com o que falou, mesmo que não estivesse demonstrando isso.
"Não precisamos."
"Como vamos salvar as pessoas com nossos poderes sem usar uma máscara?"
'Não acredito que ele disse isso na frente desse homem. Devia ter esperado algo assim do Daniel', pensou Nicole, se virando para o dono da casa.
"Posso conversar com ele a sós?"
"Claro Melissa, qualquer coisa é só falar." o homem foi para trás da cortina, deixando seus convidados sozinhos.
A garota puxou seu colega pelo braço para o canto mais distante da sala de espera, do lado da estante preta que continha a TV.
"Nós não vamos fazer isso." cochichou.
"Como assim? Eu tenho poderes, você tem poderes nós seríamos a dupla perfeita. Meus pais nunca permitiram que eu salvasse as pessoas pois não havia ninguém para ficar de olho em mim, mas com você ajudando eles vão me deixar." disse um pouco alto demais para o gosto de Nicole.
'Não consigo ver seu pai deixando assim tão fácil.'
"Tudo bem." Daniel comemorou. "Desde que você obedeça todas as minhas ordens." continuou com a voz baixa.
"Sem problema, pode ser a líder."
"Seus pais deixem."
"Claro."
"E eu não tenha que usar nenhuma 'roupa de herói'."
"Nãnãnãnãnão! Todo mundo vai saber sua identidade desse jeito!"
"Ninguém sabe quem eu sou."
"Todo herói tem que ter uma roupa, Ni. Uma roupa, um nome e uma logo."
"Sem chance."
"Porfavorporfavorporfavorporfavorporfavorporfavorporfavor!" se ajoelhou na frente da menina e falou em super velocidade.
'Talvez não seja tão ruim assim usar uma fantasia. Não parece pior do que ser incomodada até a morte pelo Daniel.'
"Ok."
Ele levantou rapidamente, com um sorriso na boca, correndo até o cômodo escondido pela cortina. Sebastião estava marcando alguns tecidos, sentado num banquinho. Naquela sala havia vários equipamentos de costuras, algumas araras cheias de roupas e vários tecidos enrolados em cima da mesa.
"Vocês chegaram a um acordo?" o mais velho perguntou.
"Sim. Eu consegui convencer ela."
"E seus pais?"
"Vou falar com eles depois." começou a coçar a orelha.
Daniel olhou para trás e lembrou que tinha deixado Nicole na sala de espera. Rapidamente abriu a cortina.
"Você não vem?" disse sorrindo.
A menina foi até eles.
"Então, vocês têm alguma ideia de como querem que seja a roupa?"
"Eu desenhei." apenas um vulto foi visto e, após alguns instantes, o garoto estava de volta com um caderno na mão.
Começou a folhear o caderno.
"Aqui!" entregou o caderno para o homem, que começou a trabalhar.
"Como você quer que seja a sua roupa Melissa?"
"O Daniel decide."
"Só um segundo." ele correu, pegou um lápis em sua casa, pegou o caderno e desenhou rapidamente a roupa de Nicole e deixou o objeto na mão de Sebastião.
"Rápido. Esse 'i' aqui vai ser a logo de vocês?"
"Sim."
Nicole se aproximou para tentar ver o que seu amigo havia desenhado, entretanto o garoto a segurou antes.
"Vai ser uma surpresa."
"Tudo bem."
"Eu estou muito animado! O nome da nossa equipe vai ser Dupla Invencível, o meu vai ser Rajada, o seu ainda tenho que pensar. Você acha que nós dois também devíamos ter nossos próprios logos ou você acha que seria coisa demais? Quer saber, é melhor sobrar do que faltar." falou tudo de uma vez.
'No que eu fui me meter.' pensou sem esboçar nenhuma emoção.
O homem pegou as medidas de Nicole.
"Crianças, como não tenho supervelocidade eu posso demorar um pouco. Você devia aproveitar e falar com seus pais, Daniel."
03 de fevereiro
13:08 da tarde
Sinorrim: Covil Secreto
Luka voltou a pé para o quartel-general da gangue, não querendo chamar atenção das crianças ao ligar o carro.
Ao chegar lá, um homem de cabelos cacheados e olhos quase pretos logo o abordou.
Ele era menos robusto que Jonas e usava um óculos de grau simples.
"Cadê as armas." perguntou.
"A entrega foi interrompida pela garota com poderes. E dessa vez ela trouxe um amigo."
"E os outros?"
"Foram capturados."
"E você simplesmente foi embora, abandonou a luta desse jeito!" o homem empurrou Luka contra parede, segurando o colarinho de sua camiseta.
"Sem ofensa senhor, mas às vezes é melhor realizar uma retirada estratégica do que continuar a luta. Se tivesse ficado estaria preso junto com os outros."
"Estaria preso mas..."
"Merlim! O novato está certo. Quanto menos membros da gangue na cadeia melhor." Merlim soltou Luka. "Afinal, nós dois sabemos o que o Noan faz com as pessoas que são presas."
O homem possuía um cabelo preto, apenas um pouco mais escuro que a sua pele, seus olhos castanhos examinavam Luka. Seu ombro esquerdo estava com uma bandagem à mostra por causa da regata que estava usando.
"Ignore o Merlim, ele está irritado pela operação que organizou ter dado errado."
"Jonas era quem comandava a missão."
"Ele comanda. Em campo. Escolhido pelo próprio Merlim, assim como o local da troca."
"Na minha opinião não foi a sua melhor escolha."
"Finalmente alguém sensato nesse lugar." era possível ver um olhar de alívio em seu rosto. "Então, qual dos novatos você é?"
"Luka."
"Carlos." estendeu a mão para o outro, que retribuiu o gesto.
De repente, seu olhar se desviou para um menino que estava encostado na parede, ouvindo a conversa o tempo todo.
'Nicole encontrou outra pessoa com poderes e está trabalhando junto com ela. Ou melhor, ele. Será que é o Daniel ou algum outro amigo que ela tem. Pelo jeito a menina realmente mudou...'
"Há quanto tempo você está escutando Thomas?"
"Eu? Como você poderia achar que eu faria uma coisa dessas." deu um sorriso 'inocente'.
"Você está ficando mais sorrateiro."
"Faço o que posso. Não sei por que você está preocupado, nem teve nada de importante nessa conversa."
"Conseguiu algo sobre a Quadrilha do Norte?"
"Eles conseguem as suas armas pelos mesmos caras que iam fornecer as nossas hoje. Só que por um preço muito mais baixo."
"Por quê?"
"Não sei... Ainda."
Thomas desencostou da parede e foi para o outro lado.
"Evite falar algo importante perto do garoto. Ele é... Como eu posso dizer? Um infiltrado universal. Membro da maioria das gangues da cidade, fornecendo informações para as mesmas."
"Então, ao mesmo tempo que você está conseguindo informações sobre a Quadrilha do Norte, eles estão conseguindo informações nossas?"
"Exato."
"E qual a vantagem nisso?"
"Nem me pergunte, foi o Noan que achou que era uma boa ideia."
03 de fevereiro
13:10 da tarde
Sinorrim: Mansão Watkins
Em menos de um segundo, Daniel e Nicole estava de volta à Mansão Watkins, mais especificamente no escritório dos Srs. Watkins, onde havia uma estante de livros, na parede oposta à porta, e duas mesas para cada um dos pais do garoto, com alguns documentos e um computador em cima.
"Daniel... Nicole!" a mãe estava surpresa com a presença da menina.
"O que ela está fazendo aqui?!" perguntou o homem.
'Isso não vai dar certo...' pensou Nicole.
"Qual o problema? A Ni sempre vem aqui." perguntou, realmente não entendendo o motivo para toda aquela movimentação.
"A questão é como você a trouxe aqui." a moça saiu de trás da mesa e fechou a porta do escritório.
"Não se preocupem, ela também tem poderes!" disse com um sorriso no rosto.
'Por que ninguém mais parece feliz com isso?'
'Tenho que ter uma conversa séria com esse menino sobre identidade secreta se ele quiser continuar com todo esse negócio de herói.' pensou, apesar de não esboçar nenhuma reação.
"Finalmente eu vou poder ser um herói, agora vai ter alguém para manter um olho em mim!"
Os dois adultos na sala estavam atônitos, sem falar nenhuma palavra, apenas encarando o filho.
Após alguns minutos, Lorena foi quem quebrou o silêncio.
"Querido, eu sei que você está animado, mas eu acho que devíamos conversar melhor sobre isso."
"Não tem nada o que conversar, é óbvio que ele não vai! É muito perigoso!"
"Rô..." ela se aproximou do marido, que se afastou.
"Isso não tem negociação." disse com a voz firme.
A mulher deu um suspiro e se virou para a mais nova.
"Você pode esperar lá fora, Ni." a menina foi em direção às porta, sussurrando um 'boa sorte' ao passar por Daniel.
Logo após os membros da família Watkins terem sido deixados a sós, voltaram a sua discussão.
"Eu não entendi, vocês disseram que não podia ser um herói porque não havia ninguém para cuidar de mim, agora eu achei alguém."
"A Nicole não é exatamente quem eu tinha em mente." falou a mãe. "E... Seu pai está certo, é perigoso."
"Mas eu tenho poderes." ele estava confuso.
"Você não é a prova de balas." disse o homem. "É apenas uma criança."
"Eu quero ajudar as pessoas, que nem vocês fazem, só que em vez de usar dinheiro, vou usar meus poderes."
"É diferente... Nós não saímos na rua lutando contra criminosos armados e perigosos." explicou a mãe.
"Então vocês querem que eu fique sentado enquanto as pessoas morrem ou se machucam, sem fazer nada. Não seria meio que minha culpa..."
"Nós te ensinamos bem demais. Uma hora ou outra você ia usar seus poderes em público, então é melhor que você faça isso direito."
"Não! Ele não vai usar os poderes em público!"
"Rô, deixe o menino, caso contrário, ele vai acabar usando-os sem o nosso conhecimento. Dessa forma, pelo menos podemos garantir que seja da maneira mais segura possível."
"Eu não gosto disso..."
"Isso é um sim?" seu rosto ficou radiante (pelo menos mais do que normalmente está), com o sorriso indo de orelha à orelha.
Tanto a mãe quanto o filho olharam em direção ao pai, esperando uma resposta.
"Ok! Vocês venceram! Mas se qualquer coisa acontecer com ele, não vai ter uma segunda chance."
"Obrigado!" o menino correu ao redor dos dois adultos que estavam na sala e deu um abraço em cada um deles, um pouco mais forte do que deveria.
"Calma aí, desse jeito você vai acabar quebrando as costas de alguém." não era uma brincadeira.
"Desculpa..." disse com um sorriso modesto.
"Agora nós temos que deixar algo claro, você obviamente vai usar uma máscara ou algo para cobrir seu rosto." sua mãe começou.
"Já cuidei disso, só falta o Tião terminar de confeccionar a roupa."
"Tião! Eu não acredito que ele ia me trair desse jeito." Roberto disse inconformado.
"Eu disse que ia convencer vocês."
"Nunca conte a ninguém sobre seus poderes" Lorena continuou.
"Mas vocês mesmos contaram sobre eles para seus amigos, como o Tião."
"Eles descobriram, nós não contamos." explicou, lembrando-se do dia em que estavam comemorando o aniversário de Tião, e Daniel acabou usando seus poderes (tinha cerca de dois anos), revelando-os para todos que estavam na festa que, por sorte, eram confiáveis.
"Entendi... Será que o Tião já terminou de costurar os uniformes? Vou lá ver!" saiu correndo.
"Espera! Aproveite e o avise para fazer algo à prova de balas!" gritou o pai.
"Não acho que ele tenha ouvido."
O velocista ia correndo em direção à casa do Tião quando viu Nicole e Faith sentadas nos pufes da sala de jogos. Ele para e vai em direção às duas numa velocidade normal.
"Venci!" gritou a caçula, se levantando e pulando de alegria. "Daniel, você viu? Eu ganhei da Ni no Uno!"
"Verdade." a outra se levantou."Foi uma disputa acirrada até o último segundo." contou sem nenhuma emoção.
"Ni, vamos ver as roupas com o Tião?"
"Não! A Ni tem que ficar aqui e brincar mais um pouco!" agarrou o braço da menina.
"Tenho que ir agora, Faith. Depois eu volto e brinco mais."
"Ahhhh."
Nicole foi até a parte de fora da mansão com seu amigo, que no instante em que saíram de seu interior começou a correr em supervelocidade.
03 de fevereiro
13:28 da tarde
Sinorrim: Cantinho do Tião
O garoto parou na frente do portão e tocou na campainha, coçando atrás de sua orelha em supervelocidade.
"Era melhor você ter esperado um pouco antes de ter usado seus poderes."
"Por quê?"
"Olha, o Tião." no momento que ela falou isso, a porta começou a se abrir.
"Daniel! Você veio aqui ver a roupa? Porque ela ainda não está pronta."
"Tudo bem, a gente espera."
"Podem entrar."
As crianças adentraram o local e se sentaram no sofá.
"Querem algo para beber ou comer?"
"Não." respondeu a menina secamente.
"Agora que você falou sobre comida me deu muita fome." como se fosse combinado, sua barriga 'roncou' na hora.
"Vou trazer o bolo." quando disse bolo estava realmente se referindo ao doce inteiro, pois conhecia a fome do garoto.
Ele foi atravessou a cozinha e voltou alguns minutos depois com uma forma de bolo, entregando-a para Daniel.
'Nós realmente vamos fazer isso, não vamos? Então é melhor nos prepararmos antes' ,pensou Nicole.
"Que poderes você tem?"
"Supervelocidade, obviamente, um pouco de superforça e regeneração."
"Fraquezas?"
"Se fico sem comer por muito tempo ou usando a velocidade sem parar, a mesma para de funcionar e eu fico fraco. E se ficar muito frio acabo correndo mais devagar."
'Dá para testar seus limites no treinamento'.
"Ok."
"E qual seus poderes?"
"Você vai ver depois."
"Depois?"
"É." não deu mais nenhuma explicação.
03 de fevereiro
18:03 da tarde
Sinorrim: Cantinho do Tião
Enquanto esperavam o tempo os dois amigos conversaram sobre diferentes assuntos, incluindo o nome de super-heroína de Nicole, até que Sebastião finalmente abriu a cortina.
"Pronto. Podem provar." entregou um cabide coberto por uma capa, que escondia a roupa.
Sebastião levou os dois até um pequeno corredor, na parede oposta à cortina, que tinha três portas, uma no final do corredor e uma em cada um dos lados, sendo do banheiro masculino a da direita (sinalizado por uma placa escrito 'masculino') e do feminino a da esquerda (também com uma placa).
Os dois entraram, se trocaram e após alguns minutos saíram já com as fantasias.
Nicole tinha uma espécie de turbante branco na cabeça, que abaixava o volume de seus cabelos. Uma máscara vermelha, meio triangular na parte de baixo, com lentes pretas (que não atrapalhavam nem escureciam a visão da menina, por conta da tecnologia utilizada por Tião) cobria seus olhos. Usava uma camiseta vermelha com a gola em 'V' e o logo do grupo no meio, um 'i' vermelho estilizado. Nas mangas, a parte que ficava mais afastada do corpo formava uma 'ponta'. Por cima da camiseta havia um colete preto, que tinha um hexágono branco com um x preto no meio. Seu short quase chegava na altura joelho na perna direita e ficava mais acima dele na perna esquerda. Um cinto branco separava a bermuda e a camiseta. Ela calçava o que parecia uma sandália branca (na prática era mais como um tênis que tinha um tecido transparente, o que não a atrapalharia de lutar), que fazia um ziguezague subindo até um pouco abaixo do joelho.
(A/n Ignora a bolsinha que tem no cinto dela)
Daniel usava um óculos com uma armação azul (que estava conectada com uma alça que prendia o óculos na cabeça) e uma lente branca (não havia duas lentes separadas, era apenas uma). Sua camiseta era azul e possuía o mesmo 'i' no meio, que, em vez de ser vermelho, agora era azul. A calça era inteiramente branca, com exceção da sua joelheira, que possuía borda azul escura e o interior de um tom mais claro. Ele calçava uma espécie de bota azul clara, que tinha a sola azul escura (na sua lateral havia um 'r' azul escuro estilizado) e usava uma luva azul, que tinha dedos brancos (na divisa das duas cores e na ponta do apetrecho estava presente um azul escuro).
"Isso é incrível! Não acha Ni?" ele estava vibrando de alegria, bagunçando seu cabelo.
"Não. É só uma fantasia."
"Eu sei por que você está desaminada. Você ainda não tem um codinome."
"Que poderes você tem, Melissa?" Tião entrou na conversa, mas a menina ficou em silêncio.
"Ela pode se multiplicar... Já sei, Multiplicação!" respondeu pela amiga.
"Acho que Potência ficaria melhor."
"Como assim potência? O que isso tem haver com os poderes dela?"
"É tipo uma multiplicação, você ainda vai aprender."
"Então é isso! Rajada e Potência, juntos nós somos a Dupla Invencível."
'Codinomes bregas, nome da equipe brega e uma frase mais brega ainda, que eu espero que ele nunca fale de novo. Onde eu fui me meter?'
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