Caminho pelas ruas

No calor da tarde

Sentindo

Implorando

Em devaneios sem basta

Te encontrar.

Não saberia o que fazer

Se esse dia chegasse!

Foram tantas as

Andanças

Esperanças

Nas chuvas que alagam

Sentado na velha árvore.

Esse pedaço de noite

Me lembra você

Sua valsa na biblioteca

Uma criatura vinda dos livros

Tão perdida

Delirante

Quanto o rapaz que fisgaste.

Você me amaria pra sempre?

Construiria um final verdadeiro

Com nosso beijo de janeiro?

De novo me sinto criança

Nas velhas torres do centro

Que transformaram nosso tempo

Em pura ferrugem

Me perdoa, menina

Que só assim

Fantasiando

Te esqueço.