O Edifício

É o meu edifício

Mas com um quê de distinto.

Passo pelo meu tio

Na festa dos vizinho do térreo

E subo degraus tão tão largos

Para uma sacada aberta

Num estilo brutalista.

E lá estava a família.


Me senti assustado, tão só.


A tia olhava o escuro do bosque

A mãe, a claridade dentro do prédio

Pai e avó, ao centro, viam a festa.

Me juntei à claridade com mamãe

Mas ainda era como estar na escuridão.


Tão assustadora era a solidão

E o tempo todo esperava o pior,

O retorno à antiga vida

Aos velhos anseios

Pesadelos

E desci a escada com esse pensamento

Seguindo a mãe

Que misteriosamente apareceu atrás de mim!

Despertei ofegante

Daquele retorno ao mundo dos sonhos.

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