Barbeiro

A quem confio

Toda minha beleza.

Despido

Dos óculos,

Vejo as covas

Dos meus olhos

E o rosto

Se torna uma grande

Incógnita,

O mesmo dismorfismo

Dos mistérios da vida

O mesmo vazio

Dos dias de chuva

Aquela velha calmaria

Há tanto perdida

Uma paz,

Enquanto confio

Em um estranho

Com uma navalha

Na garganta,

Instrumentos afiados

Nos olhos

Nas orelhas

Nas costas!

Ora, confio mais

Ao barbeiro

Que a mim mesmo!

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top