𝚌𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 8
Ainda que ela estivesse desacordada ela podia sentir claramente, seus braços extremamente cansados, e aquela sensação de algo escorrendo que fazia seu braço queimar ainda podia ser sentida, ela também podia sentir como se tivesse em um lugar frio, ela se esforça para abrir os olhos, mas parecia algo impossível, até ela sentir algo pingando em seu nariz parecia água e era muita fria, mesmo tentando movimentar seus braços também era algo que ela não conseguia, até que ela consegue abrir um pouco dos seus olhos fazendo ela ver uma frestinha de luz, que iluminava algo como estalactites e ela inclina sua cabeça para o lado, vendo belos olhos que se destacava um verde como esmeralda, era um olhar sereno e calmo; ela pode ouvir uma voz ecoar lhe dizendo ' Você está se saindo muito bem... apenas continue a seguir... e quando pensar em desistir, apenas leia o livro'.
Nesse momento ela acorda em um pulo junto com sua respiração que parecia esta interrompida, e só agora ela pode respirar, ela olha de um lado paro o outro se vendo no apartamento da sua avó já era dia, ela percebe uma movimentação na cozinha ao se esticar para observar, ela avista sua avó serena como sempre enquanto preparava chá.
----- Olha só quem resolveu acordar. Pelo visto passou esses dias aqui ao menos cuidou das minhas plantinhas, e... tudo está em ordem.--- Diz Cassandra enquanto trás uma xícara de chá para Morgan.
----- Últimos dias?--- Ela comenta, ainda confusa tentando entender a situação.----- Enh... que dia da semana é hoje mesmo?
----- Dia de Thor.
----- Quinta feira...então... se passaram dois dias.--- Ela fica pensativa o que ela pensou em estar desacordada por minutos na verdade acabou sendo dias.----- Então...--- Morgan olha para uma mala e uma caixa que estava na sala.----- Como foi? essa viagem, para não sei onde.
----- Bem.
----- Só isso ''bem'... a minha curiosidade pede detalhes!
----- Quanto a sua curiosidade não posso fazer nada . Só digo que ocorreu tudo bem.
----- Se é assim... também não vou falar nada.
----- Não precisa, acredite eu sei de tudo, e detalhes...
----- Detalhes... como assim?
----- Chloe... que bom saber, que bom que as duas se resolveram. Steve... --- Ao pronunciar o nome dele, ela olha para Morgan que bebe o chá enquanto desvia o olhar.
----- Então tá né... pelo visto não vou precisar contar nada... mas só para saber, como... como.. ficou sabendo?
----- Digamos que eu resolvi ir para a Inglaterra e acabei encontrando o Tommy, e a esposa dele como é mesmo o nome?
----- Ellen.
----- Ela mesmo. Eles me entregaram aquela caixa ali, disseram que tinha esquecido de lhe entregar.--- Diz Cassandra virando em direção a caixa, e logo observa a expressão de curiosidade.----- Eu sei que você está curiosa, então pode abrir.
Sem perder tempo ela logo se levanta para pegar a tal caixa, ela logo percebe que não era pesada, ficando ainda mais pensativa ao abrir ela não disfarça a sua sobrancelha franzindo, ela dá um leve sorriso de canto de boca antes de olhar para a sua avó.
----- Então?
----- É muita coisa...nem sei...
----- Deixa eu ver.--- Diz cassandra pegando a caixa.----- Olha só... por essa eu não esperava.--- Ela diz surpresa observando o que tinha dentro da caixa.----- Por onde começamos... ah o que temos aqui... um vestido de botões, já vi de bolinhas mas esse... se superou.
----- Em minha auto defesa, eu gostava muito de roupa com botões, então em vez de um vestido comum de bolinhas eu costurei esse vestido cheio de botões grandes.
----- E essa meia?
----- Eu queria uma para toda a perna, para usar com vestido, o Thomas que me deu, ele me zoava muito por eu gostar de botões e ainda assim ele me deu essa, cheia de desenhos de botões.
----- Olha só linha...
----- A senhora que me ensinou a tricotar, eu fiz uma luva eu acho... eu lembro que sempre errava, e a senhora dizia..
----- Se não sair como você planejou é só puxar a linha e começar de novo, até conseguir.
----- É... mas eu não tinha muita paciência.
----- Eu sei... Olha só isso... uma capa de chuva.
----- Foi a Alice que me deu, mesmo não gostando de amarelo eu amava essa capa.
------ E amava ficar na chuva. E sempre acabava doente.
----- Nada que um cházinho não resolva.
----- Lembra desse jogo?!
----- Claro. Meu jogo de xadrez... mas em vez de peças convencionais, era os deuses.
----- Foi difícil de encontrar esse aqui.--- Diz Cassandra pondo o tabuleiro na mesinha à sua frente, e pega uma por uma cada peça, que representava os deuses nórdicos.
----- E depois do fim, haverá um novo começo onde os deuses que restaram começará tudo de novo, e sentaram na grama onde encontraram peças de um jogo, e essas peças são a representação dos antigos deuses, e ali eles contaram as histórias dos deuses e será contada as suas próprias histórias como um novo começo.--- Diz Morgan enquanto estava pensativa e observava as peças montadas no tabuleiro.----- Eu nunca fui boa no xadrez ainda que a senhora tenha me ensinado.
----- É como eu disse, posso lhe ensinar as regras mas você terá que aprender a fazer as suas jogadas.--- Diz Cassandra ao mexer uma das peças.
----- Mas a minha única estratégia era não ter estratégia.--- Em resposta Morgan também mexe uma das peças voltada ao seu lado.
----- O xadrez é um jogo de estratégia.--- Ela mexe outra peça.
----- Mas isso vai do jogador, como qualquer outro jogo o objetivo é ganhar.--- Morgan olha para a sua avó logo para o jogo e mexe a sua peça.
----- Então como pretende ganhar se não tem estratégia, nem ao menos sabe o próximo passo.
----- E quem disse que eu não sei o próximo passo, mas o bom jogador não conta o seu jogo.
----- Está bem.
Elas continua a jogar e a mexer as peças com o objetivo de ganhar a partida, Cassandra permanecia séria e concentrada em cada movimento tanto de sua jogada quanto aos movimentos da peça de Morgan ela tentava imaginar a tal estratégia de Morgan ainda tinha momentos que ela achava que tinha entendido o jogo, enquanto isso Morgan estava serena e não demonstrava muita coisa parecia ate que estava movimentando as peças sem nem ao menos pensar. E antes que se desse conta Morgan acaba vencendo a partida e assim ganhando da sua avó.
----- Então você ganhou... mas como?
----- Só seguir o jogo...
----- Esta bem espertinha.--- Diz Cassandra ao se levantar deixando a caixa de lado e pegando a xícara vazia de Morgan.
Enquanto sua avó lhe dizia algo a atenção de Morgan é voltada para a caixa dessa vez ela observa três peças que parecia fazer parte do jogo, como peças extras, mas essas em específico lhe chamava ainda mais atenção ao pegar ela percebe que era de três mulheres uma era jovem a outra uma mulher e a última de uma senhora. E quando botadas uma ao lado da outra parecia estar segurando um mesmo fio em suas mão o que a deixa intrigada. Ela pega um das peças que não pequena era uma representação de uma jovem, com longos cabelos com um vestido parecido com o que ela costumava usar enquanto estava no meio dos deuses e tinha um colar com a runa Isa e aos seus pés tinha umas pernas, assim como as outras duas ela tinha vários segmentos de uma linha em seu corpo. E o fato dela não lembrar dessas peças a deixava mais curiosa e pensativa.
----- Morgan?
----- Sim?!
----- Pelo visto não ouviu nada do que eu tenha dito não é mesmo?
----- É... mas o que dizia?
----- Esquece.
----- A senhora por acaso vai precisar de mim, para algo?
----- Não...
----- Bom... então eu acho melhor ir.
----- Pensei que iria ficar.
----- Ah não as suas plantas não aguentaria mais um dia comigo aqui.--- Ela comenta com um riso contido, e ao pegar as suas coisas ela decide levar consigo as três peças do que seria o jogo de xadrez com representação dos deuses nórdicos.
Ela chega ao seu apartamento, logo indo ao seu quarto e se jogando em sua cama como uma pessoa exalta, assim como ela se sentia naquele momento, se vendo ali deitada na sua cama ao encarar o teto, ela sente sua mão sendo tocada como se tivesse entrelaçada com outra, ela levanta a sua mão e a movimenta enquanto encara, mas ela não ver nada era só a sensação do toque, ela vira a sua cabeça para o lado enquanto fecha os seus olhos ela sente uma aproximação junto ao toque em seu rosto, e para o seu inconsciente era uma sensação inesquecível que ela sabia muito bem por já ter sentido e nunca ter esquecido.
[...]
Morgan estava à espera de um taxi para ir ao seu trabalho, e em um momento de distração , ela acaba se esbarrando com uma mulher na rua, que estava correndo tentando alcançar um táxi que tinha passado por Morgan, mas por esta distraída nem ela o viu.
----- Você está bem?--- Pergunta Morgan ao ajudá-la a se levantar.
----- Ah claro, eu só perdi o táxi--- Ela diz olhando para o Taxi que estava sumindo de vista.----- Já me acostumei a me esbarrar, cair, atrasar... perder o táxi...
----- Normalmente quem diria isso sou eu.--- Comenta Morgan com uma risada contida.
------ Ah... se é assim eu acho que essa cidade é pequena demais para nós duas.
----- Até porque iríamos nos esbarrar toda hora.
----- Não acho má ideia, eu adoraria.--- Ela diz com um sorriso de lado, enquanto Morgan desvia o seu olhar com o seu rosto que acaba ficando corado um riso contido.----- Ava, caso queira saber eu me chamo Ava.--- Ela se apresenta quebrando o silêncio.
----- Ah... é... Morgan... Clarke.
----- Morgan Clarke...eu acho que já ouvi o seu nome em algum lugar.
----- Ah... não faço ideia onde você possa ter visto.
----- Claro... eu li um artigo seu, sobre deuses nórdicos, confesso achei a sua escrita genial até parecia que você viveu toda aquela história, loucura né.
----- É loucura...--- Ela dá uma leve risada.----- Mas obrigada, realmente duvidei que alguém chegasse a se interessar e ler, muito menos ler o meu nome.
----- É digamos que eu fiquei curiosa, ate porque eu nunca tinha visto algo seu, e olhe que eu leio de tudo um pouco.
------ É digamos que seja um trabalho recente ... e meu plano b.
----- Para um plano B você está indo muito bem...--- Ela diz com um leve sorriso, até avista um táxi vindo em direção elas olham uma para outra.----- Então o que acha de dividimos o taxi?
----- Ah pode ser, eu vou acabar chegando atrasado mesmo.
------ Espero que não acabe tendo problema.
------ Ah tudo bem, alguém tem que ir contra a regra '' todo inglês em extremamente pontual'' não que não seja, porque são...
----- Faz que nem eu, jogue a culpa no fuso horário.
------ Não posso, já vivo aqui a anos.
------ Joga a culpa neles, diz que ficou assim depois que veio para cá.
----- Não obrigado, não quero ser expulsa.
------ Você que sabe.
----- E você de onde é?
----- Canadá.
------ Hum... interessante.
Elas continuaram conversando enquanto não chegava no destino de ambas as duas, a conversa fluía como se elas fossem velhas amigas que depois de anos se reencontraram e o que não faltava era assunto. Eva percebe que já estava perto do seu destino.
----- Nos veremos por aí.
----- É quem sabe o que o destino nos aguarda.
------ É quem sabe... mas garanto que será inesquecível.--- Ava sorri ao se despedir, antes de fechar a porta do táxi. Morgan só ouve e logo sua sobrancelha arque-a de surpresa que ela tenha ficado.
Ela chega no seu trabalho e fica surpresa por não ter atrasado e acaba dizendo em voz alta em terceira pessoa para si mesma '' isso que eu chamo de progresso, senhorita Clarke'' logo após dar uma risada. Ela continua a caminhar pela e antes de chegar em sua mesa ela avista Tom que trazia em sua mão uma revista e café que se via a fumaça mostrando que estava quente.
----- Eu conheço essa cara.--- Ela diz ao pegar o café oferecido por ele.
----- Eu ainda não disse nada.--- Ele responde acompanhando os passos dela.
------ ''Ainda'' isso já me parece bastante suspeito, e além do que, da última vez que você me olhou assim eu acabei na Alemanha.--- Ela fala inclinando a cabeça na direção dele.
------ Calma não é tão longe assim.
----- Não.
----- Eu nem disse o que era ou onde era.
----- E a resposta já é não, olha esse ano eu já bati minha cota de viagem, eu estou exausta, não aguento ver mais um aeroporto na minha frente.
------ Então o que acha de camelos e dromedários?
----- Eu acho uma exploração ao animal. E outra daqui algumas semanas é o meu aniversário acha mesmo que quero passar em sei lá onde você que me mandar, estou começando a achar que você quer se livrar de mim?
----- Claro que não. Mas acho que seria perfeito para você, e da última vez eu não errei.
----- E da ultima vez eu ganhei uma aposta, que ainda está valendo, então você vai no meu lugar.
------ Eu ficaria feliz em cumprir com a aposta, mas infelizmente não tenho experiência no Egito, droga... não sou qualificado.--- Ele diz fingindo lamentar.
----- Você me paga Tom, está me escutando.--- Elas diz enquanto vê ele se afastar.
----- Põe na minha conta.--- Ele se afasta com um sorrisinho.
Morgan se dirige a sua mesa, onde analisa uma artigo sobre as Escavações no Egito, e alguns achados encontrados no meio do percurso, mas não detalhou sobre ou dizia o que eles tinham achado, tornando um mistério é algo curioso, com isso Morgan logo pensa que será mandada para documentar, ainda que ela gostasse, ela tinha receio pela experiências anteriores que já teve em uma escavação arqueológica. Não demorou muito para que ela fosse chamada, onde seu chefe trataria sobre o assunto dessa misteriosa escavação, eles continuam a conversar e ela percebe que não haverá outra alternativa é que ela terá que ir, afinal esse era o seu trabalho, mas antes de sair da sala ela pedi para que ela vá só, ela não queria ser acompanhada por nenhum colega de trabalho, e por fim ele acaba concordando. Enquanto isso, Tom observa ela a distância e quando os seus olhares batem Morgan serra os olhos, e ele apenas dá uma risada demonstrando que já sabia o rumo da conversa, que ela acaba de ter. Ainda a distância ela fala bem baixinho apenas para ele ler o que os lábios dela dizia "você me paga Tom" e ele entendi a mensagem, é apenas ignora e volta a ri da situação.
Já era tarde a noite, Carmem que estava acompanhada de Natalie e Tom, enquanto eles estavam à espera da chegada de Morgan assim como combinado, eles acompanhavam o jogo que estava sendo transmitido, assim como a maioria das pessoas naquele bar que estava ali para beber com amigo, e acompanhar a partida. Morgan chega no bar percebendo que esse estava cheio, ela anda pelo espaço se desviando das pessoas, ate mesmo para não esbarrar em nenhuma bebida, quando avista seus amigos que estavam à sua espera ela, dá aquele famoso sorrisinho de lado, que ela sempre dá, ao se aproximar deles ela percebe que Tom estava preste a dizer algo.
----- Por favor diz que você não torce para o Chicago, que essa camisa é um completo de um engano.--- Ele a observa estando vestida com uma blusa larga do Chicago
----- É não. E sim eu torço para Chicago.
----- Decepcionante, eu esperava mais de você.--- Ele continua com o tom de brincadeira.
------ Se serve de justificativa eu ia morar em Chicago em vez daqui. Mas onde está a Carmem?--- Ela pergunta olhando ao seu redor.
----- Elas estavam aqui agora pouco.--- Ele responde olhando ao redor e se dando conta que elas não estavam mais por perto.----- Então... --- Ele começa na tentativa de quebrar o breve silêncio que tinha ficado, pela falta de assunto.----- Você vai mesmo?
----- Graças a você... sim, olha sinceramente estou começando achar que você que me manter bem longe, por acaso você não gosta da minha presença? seja sincero eu aguento, de verdade.
----- Não é nada disso, eu gosto de estar perto de você.
----- Não parece, na primeira oportunidade de me mandar para outro continente você está mandando.
----- Eu só quero o melhor para você, Morgan.
----- Que fofo, você tem um lugar no meu coração.
----- Olha só pensei que não ia vim.--- Diz Carmem se aproximando junto com Natalie.
----- Como é? vocês duas que sumiram.
----- Ao menos estávamos aqui, já você além da demora ainda tem a coragem de vim com essa camiseta.--- Diz Natalie em tom de brincadeira.
----- Qual é o problema de vocês comigo?
------ A sua camiseta.---Os três diz ao mesmo tempo.
----- Olha você e aquele cara ali, são os únicos, não sei como te deixaram entrar.
----- Se estão tão incomodados assim só por causa de uma camiseta, não quero nem ver quando Chicago ganhar.
----- Mas.. que audaciosa , muito convencido da sua parte não acha?
----- Não!
----- É o que veremos.--- Diz Natalie, com um sorriso de lado e desafiado.
E assim os quatro voltam a acompanhar a partida, e de vez enquanto alguém soltava uma piadinha para Morgan, mas ela não ligava e até ria e entrava na brincadeira, afinal depois de um longo dia de trabalho nada melhor do que se divertir, coisa que ela mesmo sentia que já fazia tempo que ela simplesmente sai com seus amigos, sem se preocupar com o que o seu parceiro de relação ia achar, era como voltar a experimentar a sua liberdade que ela entende que tinha perdido por muito tempo, e olhar para esse local onde já tinha brigado fazia ela se lembrar disso, mas não com temor, e sim um lembrete de nunca mais deixar essa situação se repetir.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top