𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 11

  No princípio onde o vazio ali abitava em meio a todo aquele nada, em uma profunda escuridão turbulenta, como os mais profundos oceanos mergulhados em caos trevas e a mais pura escuridão, sendo esse o oceano primordial o próprio Nun que permanece imerso em meio ao vazio e seu sono tão profundo quanto a escuridão, que não podia se ver passar ou transmitir qualquer feixe de luz, o tempo se passava despercebido em meio ao mar de trevas, refletindo o vazio de caos em que o mundo estava mergulhado, ainda assim se permanecia em um silencio inexpressível.
   De forma inesperada e misteriosa, Nun começa a mover se despertando em meio ao seu sono profundo, fazendo as águas primordiais se mover de forma agressiva, do mar revolto fazendo jorrar espuma e provocando ondas.
    Graças a força vital de Nun que se desperta em meio turbulência e caos surgi uma porção onde ao seu redor banhava-se o oceano primordial, bem o centro daquela ilha surgi um botão de uma beleza e delicadeza de aparência frágil, dando beleza aquele local vasto de um completo nada, e da belíssima flor de lótus que até o seu desabrochar se faz de um  momento delicado e singelo, a cada desabrochar raios de luz começa a sair da flor de lótus, aquele brilho era cada vez mais forte até se revelar a figura de Atum, que também será chamado pelo nome de Rá, Rá com seus raios solares dá um basta ao dividir a escuridão as trevas, do brilho, a luz, a luz que surge do seu surgimento, ao contemplar agora tudo aquilo que estava diante dos seus olhos, uma lagrima escorre dos olhos de Rá que penetra do solo onde um dia surgirá a humanidade, mas enquanto isso não acontece Rá cria outros deuses já que ele se ver perdido e sozinho em meio a imensidão do vazio, se vendo carregar o peso de estar só, o deus Rá fecha seus olhos dando espaço ao seu pensamento onde criará outras divindades, dando origem a Chu o ar e Tefnut a umidade e logo se da a origem de Geb deus da terra, e Nut deusa do céu.

 
    Rá governava o universo de maneira divina, sendo conhecido como o grande faraó temendo perder o seu trono, proibi Geb e Nut de terem filhos pois tinha um pressentimento que seria destronado, ignorando essa ordem a Céu e o Terra acabam tendo a tão temida descendência sendo eles Osíris, Seth, Isis e Neftis. Juntos eles destronam Rá, Osíris se torna o novo governante do universo, tomando a deusa Isis sua irmão como esposa, em seu reinado o Egito governava de maneira justa, prospera fazendo os egípcios evoluírem como sociedade, mas ele não contava com a ambição e inveja do seu irmão Seth seu reino se situava no árido decerto provocando a inveja de Seth por não ter terras tão prosperas quanto ao seu irmão, ao descobrir a traição de sua esposa Neftis com o seu irmão Osíris como fruto dessa traição eles se tornam pais de Anúbis que se tornara o deus do  mundo dos mortos; Seth planeja a morte do seu irmão o convidando o seu irmão para uma festa em sua homenagem onde mostra a todos um belo ataúde onde alega que quem coubesse nele perfeitamente seria presenteado, Osíris logo se oferece ao entrar ele coube perfeitamente sendo esse o plano de Seth, onde Osíris é trancado no ataúde e lançado ao Nilo. Enquanto a deusa Isis esposa e irmã de Osíris, chorava no rio Nilo dando origem a conhecida cheias do rio, Seth toma o reino e trono do seu irmão sendo ele agora o deus supremo.

  Dando se conta, Morgan se vê em meio ao deserto, de início ela se ver perdida e confusa mas de certa forma ela se sentia acostumada em está nessa situação, ela começa a ouvir um choro algo tão triste e melancolico que atravessava o decerto, Morgan sente algo para seguir o rastro de choro que ela ouvia, ela caminhava, sendo atingida pelas finas areias que eram levantada pelo vento da noite, uma bela noite onde a lua se destacava como nunca em meio ao céu que era iluminado apenas pelas estrelas e o falso brilho da lua, de certa forma parecia que a bela lua cheia lhe guiava para o melancolico choro. Quando se da conta que tinha chegado ao local onde vinha o choro ela avista uma mulher ela está de costa perto de um rio, ela vestia belos trajes egípcios coberta por belas joias, Morgan começa a se aproximar de maneira cuidadosa.

----- Está tudo bem? --- Ela pergunta enquanto se aproxima, e como um ato espontâneo sem pensar ela toca nos ombros da mulher. 

 Surpreendentemente a mulher reage a tentativa de aproximação de Morgan, a tal mulher joga Morgan na areia úmida do deserto, enquanto segura os dois punhos dela, Morgan se mexia a todo tempo em uma tentativa de se soltar.

----- O que pensa que está fazendo?! Ou melhor! quem te enviou aqui.

----- Se eu disser que foi esse seu choro melancolico você vai me soltar, ou vai ficar em cima de mim? me encarando?!

----- Como posso lhe soltar quem me garante que você foi enviada aqui per Seth.

----- EU! até juraria que não, mas para falar a verdade eu nem sei porque razão estou aqui.

----- Você não parece confiável.

----- Ah obrigado, você também não, então vou pedir pela última vez, para o seu bem é melhor me soltar agora mesmo.--- A jovem que ainda era mantida presa impossibilitada de se mexer, acaba se exaltando em seu tom de voz.

----- Ah e por acaso acha mesmo que você, pode com uma deusa como eu? --- Ela aperta ainda mais os punhos de Morgan fazendo seu corpo afundar mais em meio as areias, e lança um olhar de quem avaliasse e desprezasse.

----- Não sei, mas quero muito descobrir isso. --- Diz Morgan lançando a deusa para longe dela, e nesse momento ela vê uma ótima chance para corre ainda quela caísse e escorregasse por conta da areia.

  A deusa vendo Morgan correndo como nunca para bem longe, sabendo que logo a perderia de vista, a então deusa decide interferir antes que ela fugisse, Morgan agora estava fazendo mais esforço para correr e sem entender o motivo ela olha para baixo vendo seus pés sendo cobertos pela areia ela até chega a pensar na possibilidade de ter pisado em algo como areia movediça, mas ao olhar para trás, ela avista a deusa que agora tinha belas e enormes assas, mas nada que remetesse a uma figura angelical e muito menos demoníaca, mas era belas assas que parecia de ouro e cores vibrantes, assim como as pinturas que a retratava, se dando conta que estava frente a frente com a deusa Ísis, e era ela que estava fazendo a areia engoli-la. Por um segundo, apenas a mão de Morgan ficara descoberta, sendo ela completamente engolida pelas areias, em sua mão se encontrava o anel verde esmeralda que brilhava como nunca, a deusa se guiava em direção a jovem justamente pelo brilho da pedrinha.

  Percebendo que Morgan não apresentava mais nenhuma resistência ou tentativa de escapar, a deusa Isis se aproxima do acúmulo de areia que se tinha formado e coberto completamente Morgan, com um único movimento das asas ela cria uma corrente de ar tão forte que sopra para longe toda areia que cobria a garota que abre seus olhos com essa certa raiva e tedio enquanto a deusa a olha como se ela voltasse ser uma garotinha indefesa inofensiva.

----- Eu não quero machucar você.

----- Sério?! porque eu quero ficar bem longe de você, e acorda desse pesadelo.

----- Para isso você teria que começar a se levantando. Isso se você for capaz?!--- Diz a deusa como forma de provocação enquanto estende sua mão para Morgan.

----- Vou fingir que isso foi engraçado. --- Ela responde revirando os olhos enquanto segura na mão da deusa como apoio para se levantar.

 Mas algo estranho e inesperado acontece, o cabelo de Morgan que estava castanho como de costume, agora além de mais curto estava cinza como a lua, assim como seus olhos que se tornou cinza ao tocar na mão da deusa, tanto o seu anel quanto o seu colar começa  a emitir ainda que fraco um brilho diferente e pelo seu corpo se espalha tatuagens das runas isa assim como o seu pingente, e de alguma forma a deusa sente tal poder que tomava conta de Morgan, e de alguma forma fazendo elas criarem uma conexão mesmo por um instante antes de Morgan se ver novamente no chão.

----- O que você fez comigo?!--- Questiona Morgan, com um olhar confuso.

----- Eu! Primeiramente toda essa energia, caos... poder...morte vem de você!  não de mim, então porque pergunta o que eu fiz!?

----- Porque nada disso tinha acontecido até você pôr as suas mãos em mim. --- Morgan agora está em posição de ficar cara a cara com a deusa por sentimentos de distância do rosto dela, com um olhar serrado firme e ao mesmo tempo intimidador, ainda que aparentemente não surgisse efeito em Isis.

 ----- Agora me diz como um ser como você, tem esse poder.

----- Não lhe devo satisfação de nada muito menos quanto a isso. --- Ela anda com passos largos e pesados indo em direção oposta na qual ela estava, antes que se afastasse ainda mais ela acaba sendo segurada pelo braço voltando novamente de encontro ao rosto da deusa, fazendo ela se olharem por canto de olho. ----- Você até pode ser uma deusa, mas se eu fosse você tiraria suas mãos de mim.

----- E vai fazer o que?! claramente não tem ideia do seu poder e muito provável não sabe como usar.

----- Ah... acredite eu sei o básico, mas esse básico pode muito bem machucar, e eu não quero chegar a esse nível. Então eu vou me soltar e sair perto de você, e acabar com isso de uma vez.

----- Está bem. Se é o que você quer pode ir. --- A deusa apenas suspira com o seu olhar pleno.

----- É sério?! Quão a chance de você está me enganando?

----- Até agora pouco você estava disposta a tudo para estar longe de mim, e agora que não estou fazendo nada para impedir você permanece aqui parada na minha frente, então eu me pergunto, está esperando o que? Vai!

A deusa diz sendo mais clara o possível e até um pouco grossa para que assim Morgan fosse de uma vez, mas ela ainda estava um pouco surpresa pela atitude e a encarava com o cenho franzindo, mas logo ela dá curto passos para trás ficando cada vez mais distante até se virar e sair em passos longos, logo ela já estava correndo, e a todo momento ela se perguntava para onde ir, Morgan permanecia perdida completamente sem rumo, apenas queria acordar logo daquilo. Assim como a sua mente seu corpo também estava exausta.

----- Eu nunca pedi para esta aqui, então... querido universo destinos, sei lá com quem eu esteja falando, eu quero que esse jogo acabe logo, tipo para hoje. --- Ela diz estando deitada a observar o céu e as belas constelações. ---- Agora mais do que nunca seria uma boa hora aprender as constelações. --- Ela ri enquanto levantava seu braço como se o esticasse para alcançar a estrela.

 Mais seu desvaneio é interrompido quando ela senti uma pequena movimentação na areia, o que de início ela não se preocupa muito, mas ao se dá conta ela sente algo andando em seu braço era algo tão rápido que já estava passando em seu ombro logo mais em seu pescoço, ainda que tivesse apavorada ela tenta não fazer movimentos bruscos, até que o animal já estava em seu rosto, e com um único movimento com a cabeça ela arremessa ele ainda que não estivesse mais em seu corpo, o animal ainda estava muito perto, ela se afasta daquilo que se tratava de um escorpião.

 Ela consegue se afastar do escorpião que além de não se afastar estava em posição de ataque, ainda que ele chegasse atacar mesmo distante dela apenas para intimidar, ainda assim ela se afasta com muita cautela, mas percebe que aquele não se tratava de um único escorpião, além de sozinha ela não tinha nada para afastá-los, se vendo cercada por escorpiões pronto para atacá-la.

 Ainda que fosse surpreendente até para ela, seu braço mão que está a todo momento em direção ao solo, mesmo sem o contato, e ainda assim aparentemente ela tinha criado uma conexão com o solo fazendo surgi em meio a areia algo como um cajado parecia tão bem trabalhado que a base dele parecia um tronco retorcido, tendo três pontas, e vários símbolos rúnicos pela sua extensão, assim como o seu corpo, seus cabelos novamente estavam brancos, seus olhos estavam surpreendentemente verdes.
    Agora estado em posse desse objeto ela usa-o para se defender do ataque dos animais que estavam estranhamente agressivos algo não natural. Ela dava voltas e mais voltas sobre ela mesma,  arrastando aquela espécie de cajado no chão, sem perceber a jovem acaba desenhando no solo um círculo perfeito de ponta a ponta, os escorpiões começam a saltar em sua direção, para onde ela olhasse, com poderes que nem ela soube explicar, uma magia tão profunda e desconhecida por ela, a jovem emite uma onda de fogo vinda daquele círculo que formava uma barreira, e só assim matando e afastando aqueles escorpiões que surgiam do nada e parecia brotar em meio as areias. Seus reflexos e movimentos eram tão rápidos e perspicaz contra aqueles que ainda resistiam, e insistia em atacá-la, que seu corpo já estava exausto, suas pernas pareciam que não respondiam mais, ficando cada vez mais difícil dela se manter de pé.

  Cansada ela estava agachada tentando se manter de pé enquanto se apoiava naquele até então cajado de três pontas; se dando conta do que tinha feito ela se vira, sua respiração era ofegante e pela boca, ela observa a deusa que lhe encarava incrédula depois do ato dela de emanar aquele fogo sobe magia que nem a própria Morgan tinha o conhecimento que era capaz de fazer, a deusa até exita em se aproximar temendo a falta de controle de Morgan.
   Sem perceber um dos escorpiões sobe rapidamente em suas pernas e antes que fizesse algo ela acaba sendo picada, a dor era tão intensa e inesperada que faz Morgan gritar de dor enquanto apertava forte o local, e antes que caísse a deusa com suas magnificas assas dispara em direção a Morgan a segurando em seus braços e com suas assas parecia lhe proteger de toda e outra qualquer coisa.  Ela encara os olhos de Morgan era um olhar quebrado ela estava preste a ficar completamente desacordada.

       Morgan que está a desperta aos poucos, acaba se deparando com rosto embaçado e turvo causado pela sua visão, a deusa Isis acariciava o rosto da mesma com delicadeza e leveza nos seus toques, junto com o seu olhar pleno.                        

         Sem conseguir conter a própria reação sendo imprevisível para ambas, Morgan agarra a deusa em um poderoso abraço que parecia que não ia soltar nunca, pelo contrário, ela chega a segurar no vestido da deusa, como uma criança na esperança de não ser largada deixada para trás, uma forma de se apegar ainda mais ,e mais ... Percebendo o momento de fragilidade que ela se encontrava, a única coisa que ela faz é trazer a garota para mais perto enquanto a mantinha em seus braços para mostrar a ela que estava segura agora.

 Depois de um certo tempo ela acaba se dando conta do que tinha feito, e acaba saindo dos braços da deusa que parecia está ali para lhe proteger, mas ela não queria ser muito menos parecer aquela garotinha assustada sempre com medo do abandono, acabava despertando esse lado dela de fragilidade e de certa forma dependência do afeto de outras pessoas. O que fez ela se jogar nos braços da deusa que acaba de conhecer e que até pouco tempo estavam brigando tentando fugir dela, mas na primeira demonstração de afeto que remetia a de uma mãe para a sua filha, ela não pode controlar deixando-se dominar por esse sentimento.

----- Me desculpa!! m-desculpa, eu...eu não sei onde estava com a cabeça de.... prometo que isso não vai se repetir mais. --- Morgan com um pulo se afasta dos abraços da deusa, agora estava andando para trás como se quisesse evitar todo e qualquer contado físico e até emocional, deixando aparente que estava constrangida pela sua atitude.

----- Calma está tudo bem, não se preocupe.

----- Isso é um péssimo sinal normalmente eu que digo que está tudo bem, mesmo estando nada bem. Droga eu já vi isso acontecer, e não vem nada de bom daí. 

----- Ah isso só mostra o quanto você costuma mentir para se mesma.

----- Não! não é isso... quer dizer...

----- Vamos conte mais uma de suas mentiras, que nem você acredita.

----- Olha só...--- Ela começa a passar a mão em seus cabelos demonstrando incomodo. ----- Por.. por que você voltou? e... como sabia que eu precisava de ajuda?! Não faz sentido.

----- De deusa para deusa, pediram para que eu cuidasse de você, mesmo sendo tão incrível, forte, inteligente.--- Isis se levanta enquanto anda em direção a Morgan e volta acariciar o seu rosto enquanto dizia tais palavras, fazendo elas criarem uma conexão somente pelo olhar, Morgan dá um sorriso deduzindo de quão se tratava.--- Se você quiser ir, pode ir... mas vou ficar de olho para que não caia em mais nenhuma armadilha desse deserto traiçoeiro. 

----- Até imagino de quem se trate...--- Diz a mesma com um sorriso de lado. ----- Por acaso se trata de uma mulher... de cabelos... vermelho⁈

----- Talvez...

----- Espera! --- Ela aumenta seu tom de voz para chamar atenção da deusa que já estava preste a sumir do horizonte. ----- Se quiser posso ir com você, e lhe ajudarei em não sei o que.

------ Você?! O que tem a oferecer 

----- Eu já estive ao lado de vários deuses convive e era bem util. então me permita ser útil para o seu objetivo também⁈

----- Tem certeza disso?

----- Claro.

----- Está realmente disposta a atravessar o deserto ficar cara a cara com o caos e a morte, e provavelmente teremos que enfrentar a irá de deuses poderosos?

----- Nada do que eu já não tenha feito. --- Ela diz com um sorriso de lado, de certa forma convencido.

----- Se quer tanto ir... Então o que está esperando parada ai!? Temos um deserto para enfrentar.

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