Capítulo 9 - parte 3 (não revisado)

André e a esposa costumam passear pelos jardins à noite. De braços dados, eles vão andando em silêncio, curtindo um ao outro. Repentinamente André para e puxa a mulher para trás, fazendo sinal para ficar em silêncio e apontando para a praça. Esta vê Daniel e Suzana abraçados, olhando para a estátua quando ela beija-o com paixão e conversam mais um pouco. Depois, começam a caminhar, felizmente, em outra direção.

– Formam um belo casal – comenta Janine – apesar da diferença de idade.

– É, minha princesa – responde ele – mas a diferença de idade é relativa. Daniel é muito maduro. Agora podes escrever o que te digo: isso é temporário.

– Como sabes?

– Janine, eles estão numa espécie de intervalo. Não sei explicar, mas depois da tragédia que aconteceu, o Daniel não iria apaixonar-se tão rápido e algo induziu esse acontecimento. Basta aplicar o Método Científico. – Diz ele, com uma risada. – A única coisa que o meu método cientifico não explica é por que motivo mudaste de opinião tão rapidamente.

Ambos caminham em direção à praça e ela para à frente da estátua.

– Certa vez disseste que alguns afirmam que este menina é um anjo – afirma Janine – pois eu garanto-te que ela é sim, um anjo muito especial.

– Como assim!?

– Naquele dia em que eu saí do almoço, vim dar o meu passeio de sempre. Acabei por me deparar com esta praça e havia um senhor que cuidava das flores, que é descendente de franceses e fala de forma bem compreensível. Nós conversamos um pouco e eu soube de um menino francês que estava à morte. Fui vê-lo, pois senti um impulso forte de o ajudar, como esta garota fazia. Quando entrei no quarto da criança, aconteceu a coisa mais espantosa da minha vida. Ela estava lá, sentada e toda de branco com um halo dourado em volta do corpo, contando uma história de cientistas para a criança. Ao me ver, sorriu para mim e continuou contando a história. Abismada, fiquei na porta ouvindo o que ela dizia e dei-me conta que ela falava sobre a nossa história, coisas que ninguém jamais soube a não ser lá na França, mas ela contava a tua versão da história. Quando parou, o menino perguntou-lhe sobre o fim da mesma. Ela virou-se para mim e disse que somente eu poderia contar o fim da história, pois esta ainda não terminara. E disse mais uma coisa, exclusivamente para mim: ele é inocente. Depois, desapareceu no ar. Desapareceu que nem fumaça!

– Meu Deus! Por isso quiseste que eu fosse conhecer o menino.

– É, meu amor, mas queria acima de tudo ficar contigo, pois jamais me esqueci de ti. Naquela hora eu chorei muito. Espantado, o menino perguntou-me por que chorava e disse que a história ainda não tinha acabado, mas que acabaria bem. E prometi-lhe que te levaria, o outro personagem, para ele conhecer.

– Foi por isso que perguntou se íamos nos casar?

– Sim, e foi por causa disso que eu disse que sim. Estás chateado por isso?

– Jamais, Janine, eu sonhava com isso há mais de quinze anos. Tu não imaginas as noites de solidão que passei aqui, pensando em ti, sem saber o que te aconteceu, sem entender porque jamais uma carta minha foi respondida...

― ☼ ―

– A noite está concorrida, gatinha – afirma Daniel – e temos mais passeantes noturnos, mas não olhes.

– Não ouvi nada!

– O professor André é discreto e está longe. Somente um ouvido treinado como o meu pode ouvir. Estão a cerca de sessenta metros para a tua direita. Vamos?

– Será que ele nos viu?

– Sim, viu, mas não te preocupes pois é bem discreto. Há muito que sabe sobre nós, mas não sabe que estou ciente pois estaria traindo as minhas capacidades. Ele jamais comentou e confio nele. Fica tranquila. Além do mais, estamos terminados.

Involuntariamente, ela puxa-o para si e Daniel percebe, desejando ficar com ela. Acredita que Suzana também pense assim, pois o final foi incompleto. Enquanto caminham, ele afasta-se ligeiramente e pega na sua mão, andando em silêncio e seguindo em direção ao apartamento dela. Quando chegam ao prédio, ela pergunta:

– Queres subir?

– Querer eu quero, e muito, mas devemos?

– Sim devemos, ela puxa por ele. Ontem não foi um fim decente.

Não precisa de outro convite. Entram no elevador particular e sobem para a cobertura, já no maior amasso em pleno elevador. Daniel acorda muito cedo, ainda escuro. Está desorientado e até parece que foi como a primeira noite, tendo dificuldade em se lembrar da noite; mas, aos poucos, as lembranças voltam. Olha para o lado e vê Suzana dormindo. O seu corpo é lindo demais e faz uma carícia suave nela, percorrendo delicadamente o corpo com a mão. Suzana arrepia-se e acorda.

– Oi, gatinha.

– Oi, amor – beija-o docemente – que noite!

– Gatinha, estou fora do ar até agora. O que me fizeste?

– Acho que as lembranças da outra vida tomaram conta. – Ela faz um carinho pelo corpo dele, despertando-o completamente.

– E tu queres mais – Daniel sorri – pareces insaciável!

– Eu sou insaciável e tu ajudas! – Ela leva a mão mais para baixo. – Hum, acho que não sou a única insaciável.

Abraçam-se e começam tudo de novo. Quando terminam, o dia está nascendo.

– Gatinha, tenho de ir. Não esqueças de que não passo de um adolescente que precisa de ir para a escola. – Ele ri.

– Não sei por que motivo perdes tempo com isso, Dan.

– Anjinho, é porque se não fosse isso, eu não saberia como ser um adolescente normal. Preciso de aprender a viver como uma pessoa qualquer. Senão seria desajustado.

– Ok, mas para mim, sempre foste bem normal.

– Sairias com um rapaz de dezesseis anos, se ele fosse normal?

– Touché. Bem, o teu intelecto não é normal – ela sorri – e gosto dele assim. Vamos tomar um banho de hidro?

– Vamos. Já sei que vais abusar novamente de mim.

– Alguma dúvida? – Pergunta abraçando-o – não te vou perdoar.

Quando Daniel sai do banho, não encontra as roupas. Ao chegar ao quarto, vê uma trilha que sai da cama até ao elevador. Com uma risada, vai juntando as vestimentas de ambos pelo caminho. Ainda bem que o elevador é particular, pois algumas delas estão dentro dele. Vestido, despede-se.

– Até mais, gatinha. Esta noite só perdeu para a do ano novo. Não te esqueças. Eu te amo, e muito.

– Eu também, meu gato, eu também. Este, foi um fim decente.

― ☼ ―

O doutor Isaac Silverstone está impressionado com a imponência e simplicidade do lugar. Após conversar com a vice-presidente é encaminhado para a sala do presidente. O elevador particular leva-o para lá e, ao entrar na sala, encontra um jovem na mesa. Este está calado, observando-o. O cientista entra e olha em volta, procurando o presidente.

– Desculpe, meu rapaz – diz em um português lento, mas correto – onde está o doutor Daniel Moreira?

– Boa tarde, doutor Silverstone – responde em inglês – sente-se, por favor. Eu sou Daniel Moreira e o meu pai também tinha esse nome. Infelizmente, ele faleceu há aproximadamente um ano e meio. Sou o presidente da companhia.

– Olhe, rapaz, eu não estou disposto para brincadeiras. – Afirma o cientista. – O seu inglês é impressionante. Britânico, mas perfeito. Agora, onde está o seu pai?

– Doutor, não estou brincando. Infelizmente o meu pai e a minha mãe faleceram há pouco mais de um ano e eu jamais brincaria com uma coisa dessas. Esta companhia foi fundada por mim. Quanto ao sotaque – Daniel sorri para o cientista – dê-me meia hora falando consigo, que aprendo o seu.

– Olhe, garoto. Realmente, acho que a brincadeira está passando dos limites.

– Um segundo, senhor. – Aciona o comunicador e diz em mandarim. – Gatinha, sobe aqui o mais rápido que puderes.

– Quantas línguas você fala, garoto?

– Muitas, doutor. Chamei a minha assistente, que já conhece, a vice-presidente. Ela confirmará tudo.

– Muito bem, comecemos de novo. Pode explicar-me?

– Sente-se, doutor. Eu criei esta empresa, com o objetivo de ajudar a humanidade. A minha especialidade é a física e a matemática. Contratei vários cientistas e...

– Chefe? – Suzana entra. – Aqui estou.

– Oi Suzana, senta-te aí e confirma para o bom doutor que eu falo a verdade.

– Doutor – responde Suzi, sentando-se – ele jamais mente.

Suzana acha estranho que pela primeira vez um homem não se desconcerta com a sua beleza e isso até a agrada. Daniel continua contando a história da empresa para o cientista e mostra-lhe o vídeo do pai, devidamente editado para omitir o que não interessa.

– Desta maneira o senhor pode ver, doutor, que a única forma de eu ajudar plenamente a humanidade é terminado o trabalho do meu pai. O senhor, depois dele, é conhecido como a maior sumidade da área.

– De fato, jovem, mas o seu pai estava incomparavelmente mais avançado do que eu.

– O senhor terá todo o trabalho dele para estudar, mas deverá ser considerado um segredo. Como viu no vídeo, eles não morreram de morte natural.

– Eu vi, sim. O meu português é suficiente pois a minha esposa é brasileira e falo razoavelmente. Muito bem, quando começo? Preciso de me instalar. A minha esposa e filha estão em Boston e virão em quinze dias. Tenho que providenciar uma casa, escola e tudo o mais.

– Doutor, Suzana irá ajudá-lo e tenho certeza que gostará muito daqui.

– Já estou gostando, rapaz, ou devo dizer, senhor?

– Pode chamar como quiser que não ligo para isso. Aqui costumam chamar-me de chefe, mas é por carinho, na certa.

– Certo. Bem, e a equipe para trabalhar?

– O senhor terá toda a liberdade de escolha. Defina quantas pessoas precisa e passe para Suzana. Apenas faço um pedido: eu conheci um sujeito que estuda medicina e é um fã seu e do meu pai. Prometi-lhe que ia poder trabalhar aqui consigo e peço que o aceite.

– Mas claro, desde que cumpra os pré-requisitos.

– A sua decisão é que determina, doutor. Bem, tenho um compromisso na cidade, então trate tudo o resto com Suzana.

– Claro. Adeus.

Daniel retira-se e Suzana desce com o cientista.

– Doutor. – Comenta. – Vamos providenciar uma residência para si. Quantas pessoas são na sua família?

– Somos três, mas eu quero morar na cidade. Aqui é muito longe e preciso de uma escola de boa qualidade para a minha filha. Prefiro morar perto da escola.

– Claro. Isso não é problema. Que idade tem a sua filha e em que ano está?

– Jéssica faz dezesseis em poucos dias. Está no último ano do High School. – Suzana sente o chão sumir debaixo dos pés.

– C... Como? Desculpe. Claro. Temos uma excelente escola para ela. Não se preocupe com isso. – "O que eu não faço por amor" – pensa ela.

Daniel entra no seu carro e segue para casa onde troca de roupa e prepara-se para ir para a aula de atletismo. Como sempre, usa o seu carro mais simples. Embora chegue cedo, alguns colegas já lá estão, uns fazendo aquecimento, outros conversando. Bianca aproxima-se e cumprimenta-o com um sotaque muito forte:

– Oi, Daniel. Chegaste cedo. Vamos aquecer juntos?

– Claro – responde sorrindo para a bela uruguaia que é muito simpática e gosta dela – estas falando cada vez melhor.

– Obrigada – ela sorri, alegre. – "Como é lindo" – pensa – tenho me esforçado muito.

Começam a correr juntos, conversando, pois Bianca tem um fôlego fenomenal.

– Geovâni quer provocar uma briga contigo. Eu vejo isso, só não entendo porquê.

– Ele tem muito que aprender e a violência não leva a nada. Faz mal para as pessoas. Acha que pode resolver tudo na porrada, mas não vai ganhar nada com isso, mesmo se vencer. E um dia pode ser que alguém o derrote. Já vi isso antes, aqui na escola. É sempre assim, sempre haverá alguém superior a nós.

– Mas ele pode te machucar!

– É um risco que eu tenho que correr. Ele é fraco de espírito. Um dia, vai aprender.

– É verdade o que falam na escola, que ias casar com uma moça que morreu no acidente de avião ano passado?

Daniel fica calado por uns segundos até que responde:

– É sim, Bianca. O nome dela era Daniela Chang e nós nos amávamos muito, mas o destino não quis isso. – A voz expressa bastante tristeza.

– Desculpa falar nisso. Vejo que ainda dói muito.

– Dói sim, dói demais. Não tens culpa e não precisas de te desculpar. Agora é passado. A vida continua e ela é a melhor lembrança que eu tenho. Sei que um dia irá aparecer alguém de quem eu vou gostar, mas aquilo que aconteceu jamais será esquecido. É como se fosse outra vida. Só espero que a pessoa que aparecer, compreenda isso.

– Era muito bonita. Eu vi uma foto na página da escola. Devia ser uma pessoa bondosa, pelo seu rosto.

– Ela era um anjo, Bianca.

Correm mais umas voltas em silêncio e ela pergunta à queima-roupa:

– Daniel, eu tenho alguma chance contigo? – O colega fica desconcertado, sem saber o que dizer, e acaba optando pela sinceridade, que acha mais honesto.

– Bianca, és muito bonita e agradável, mas eu ainda não estou pronto para outro relacionamento. Me desculpa ser sincero, só que não te quero enganar. Gosto de ti, muito mesmo, e acho que a tua companhia quando corremos é muito bacana. Em outra ocasião, eu não hesitaria em ficar contigo, só que não estou preparado.

– Claro, Daniel. Eu me precipitei, mas sou assim. Obrigada pela tua honestidade. Tu és muito especial.

– Tu também és. Além do mais – continua sem pensar – eu tenho...

– Sim?

– Desculpa. Estava pensando alto.

– Tens outra pessoa em mente?

– Não é isso. – Suspira e continua. – Eu tenho sonhos com uma pessoa, como se ela fosse parte da minha vida. Mas não sei quem é. Desculpa. Eu nunca minto. Prefiro ser sincero.

– Espero que um dia sejas feliz, Daniel. És muito legal e desejo que aquele idiota não te machuque.

Enquanto aquecem, chega o valentão já chamando a atenção de todos e mexendo com as garotas. Ao ver os dois terminando a corrida, interpõe-se no caminho deles e provoca Daniel. A garota tenta afastar-se, mas ele pega-a pelo braço, bancando o gostoso.

– Larga a Bianca. – Ordena Daniel, sério.

– Por quê, vais bater-me? Tô morrendo de medo, uiiiii.

– Achas que tudo se resolve na porrada, cara? Olha para ti! Ninguém na escola vai com a tua cara, mas eu tenho uma péssima notícia: aqui, na equipe de atletismo, somos muito unidos. Se tentares bater em mim, terás de bater em todos. Será que aguentas mais de vinte contra ti?

– Eu sou faixa preta, babaca.

– Grande merda. – Os colegas cercam-no. – Olha aí onde a tua faixa preta vai-te levar. Acertas uns poucos e os que continuarem de pé vão-te rebentar de tal forma que não vai sobrar nada pra contar história. É isso que queres?

Já mais inseguro deixa-os em paz, afastando-se.

– Ei, Geovâni – diz um dos rapazes afastando-se dos outros e indo atrás do valentão que se afasta – chega mais. Cara, Daniel é da paz, mas se tu o tirares do sério ele te arrebenta em menos de cinco segundos e nem penses que ele precisa de nós para ajudar, tchê.

– Isso é ridículo.

– Não é não, cara. Olha, entra no youtube e procura o seguinte vídeo: "Daniel detona seis na Escola Ipanema." Dá uma conferidinhaa. Eles mexeram com a noiva dele e, quando atacaram Daniel, ele quase matou um. Eu tava le e vi, então te liga. É um conselho de colega, porque eu não vou ter a menor pena se isso acontecer. Só tô falando porque Daniel não gosta de brigas, mas se precisar... Deus te livre. Considera um bom conselho. E vou avisando. Se mexeres com as garotas do atletismo, todos nós juntos vamos para cima de ti. Não vai prestar.

– Vocês acham que eu não posso detonar uma vintena fácil? Não me ameaça, babacão.

– Bem, estás avisado. Adeus.

– Viste, Daniel? – Bianca está preocupada. – Ele quer-te pegar.

– Aqui ele nada pode e não te preocupes. Não gosto de violência, mas não significa que não esteja preparado para a enfrentar. Esse sujeitinho não é páreo para mim.

Com estas palavras, afasta-se para fazer alongamento e a moça respeita a sua vontade. O professor chega e começa a distribuir as tarefas de cada um, sendo que Geovâni fica incumbido de treinar arremesso de dardo. Para esse treino, ele pega meia dúzia de dardos e põe um alvo a cerca de dez metros do arremessador. Em geral, o alvo é um copo de plástico, tirado do lixo do bar, que o atleta tem de mirar e acertar, fazendo com que tenha precisão no arremesso. O rapaz acha a tarefa ultrajante, cumprindo-a a contragosto. Daniel é orientado de treinar salto em altura e tem o maior cuidado para não saltar mais do que um garoto normal da sua idade poderia. Às vezes, pergunta-se o que o professor faria se soubesse que é capaz de dar saltos de mais de quinze metros de altura sem qualquer esforço.

Quando a aula termina, Daniel prepara-se para ir embora e, ao sair do vestiário, encontra Bianca perto do estacionamento, sozinha e sentada.

– Está tudo bem, Bianca? – Faz um carinho nos seus cabelos encaracolados.

– Sim, Daniel. – Ela dá um sorriso tímido. – Na verdade, estou com preguiça de ir para casa. Os meus pais viajaram e só voltam amanhã e não gosto de ficar sozinha, principalmente numa sexta-feira.

– Então vem jantar comigo e passear um pouco, que também estou só. Abriu um restaurante mexicano à beira do rio e ainda não conheço. Queres experimentar?

– Até quero, mas eu nem trouxe dinheiro!

– Bianca, eu estou convidando. Não te preocupes com dinheiro. Queres ir?

– Quero sim, Daniel. – Levanta-se, radiante.

– Então vamos. O meu carro está logo ali.

Entram no veículo e ela pergunta:

– Daniel, como podes dirigir sendo menor de idade?

– Eu sou emancipado e tenho habilitação – afirma com um sorriso – não te preocupes que não seremos presos.

O jantar é muito agradável a ambos divertem-se, pois ela é uma ótima companhia. Quando se vão embora, leva-a para casa.

– Não queres subir? – Pergunta, convidativa.

– Não, Bianca. És maravilhosa, mas vamos deixar assim.

– Tudo bem. – Ela aproxima-se para lhe dar um beijo de boa noite. Daniel retribui, mas antes que se dê conta, ela carinhosamente pega no seu rosto com ambas as mãos e puxa-o para si, beijando-o. Ele gosta do contato dos lábios dela, que são agradáveis. Por uns segundos cede e até retribui, acariciando-a delicadamente para depois, gentilmente, afastá-la. – Bianca, não será justo para ti. Acabarás sofrendo.

– Por quê? – Beija-o de novo. – Sei que é só o momento, mas eu te desejo. Posso compreender.

– Olha, assim fica difícil resistir. Tu és muito agradável, mas não acho que devamos.

– Por mim devemos sim. – Beija-o novamente. – Fazemos assim: sobes comigo tomamos um café. Se achares que não deves, vais embora.

Dan olha para ela com carinho, pois a moça é cativante.

– Está bem, Bianca, vamos.

Entram no apartamento e a moça pede que a espere indo trocar de roupa. Volta com um vestido branco, quase transparente, que deve ser muito confortável, mas não esconde muito do seu belo corpo. Ela põe o café para fazer e vira-se, sorridente. Beija-o novamente e Daniel não foge ao contato. Senta-se no seu colo e abraça-o com força, que põe as mãos nas suas coxas, fortes e bem torneadas. Suavemente enquanto se beijam, sobe os braços por dentro do vestido, sentindo o corpo e acariciando-a.

― ☼ ―


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