Capítulo 12 - parte 2 (não revisado)
Abaixando-se e olhando fixamente para o alvo, Daniel dá impulso. Para espanto do delegado, este praticamente sai voando até à varanda do quarto andar. Trata-se de um prédio antigo cujo pé direito é muito alto, cerca de quatro metros por antar. Daniel dá um pulinho de nada menos de dezesseis metros. Entra na sacada, amarra a corda e faz sinal para o delegado, que pega nesta para subir. O rapaz não perde tempo e começa a puxar o delegado, como se ele nada fosse. Em silêncio absoluto, pega-o pelo cinto e ergue-o até à varanda. Eles entram no apartamento que está quase sem móveis, à moda japonesa. Somente almofadas e um tapete macio.
O jovem faz um sinal para o delegado ficar em silêncio. Caminham até um corredor estreito e param à porta de um quarto relativamente espaçoso, com duas camas, uma de cada lado. A janela é gradeada, o que agrada ao rapaz, pois eles não poderão escapar pulando para a morte. Os dois bandidos estão cada um na sua cama, acompanhados de duas garotas, aparentemente prostitutas. Uma delas é tão nova que os seios ainda estão-se formando. Isso enoja o par que os observa sorrateiramente. Nenhum dos meliantes ainda havia visto a dupla de captores, pois divertem-se a chupar as meninas. Quando um deles vai tirar as calças para os finalmentes, Daniel diz, em japonês:
– Vocês estão presos. Afastem-se das moças e rendam-se.
Rápidos como o diabo, saltam para longe da porta e observam a situação. Veem duas pessoas, um homem meio desorientado e um rapaz. Este está vestido como um Dragão, mas um que eles nunca viram. As garotas, assustadas, correm para a porta, procurando as roupas. Daniel deixa-as passar e olha para os bandidos.
– Quem é você? – Pergunta um deles, falando japonês.
– Eu, sou o filho dos cientistas que vocês mataram há quase dois anos. Vim cobrar a conta... com juros.
– Vá-se embora, imbecil, não passa de uma criança.
– Não posso – aponta o dedo para trás – este senhor atrás de mim é um delegado de polícia que tem um mandato de prisão e eu vim aqui para garantir que este seja cumprido.
– Rapazinho. Essa falsa roupa de Dragão não nos engana. Pretende nos capturar a nós, guerreiros da escuridão? Não seja ridículo!
Calmamente, Daniel avança para dentro do aposento.
– Eu sou Daniel Moreira, Grande Dragão Branco, líder de todos os Dragões. Ordeno-vos que se rendam ou, do contrário, serão massacrados sem dó nem piedade.
Os dois bandidos ignoram completamente o aviso e atacam-no sem aviso. Um deles, retira Shurikens de baixo do travesseiro e lança-os contra Daniel. Este, simplesmente desvia-se de todos, menos de um, o qual agarra em pleno voo, usando o dedo indicador e polegar. Mostrando-o para os inimigos, lança-o com tamanha violência, que este penetra na parede atrás deles, enterrando-se até à metade, para espanto do delegado. Os orientais não se intimidam e atacam Daniel com uma rapidez assustadora. Um deles, literalmente corre pela parede e ataca de cima, mas o jovem simplesmente ergue a mão e pega o pé do atacante, girando o corpo sobre uma perna, enquanto ergue a outra para acertar o segundo atacante no rosto. Ao completar o giro, arremessa o primeiro bandido para a cama do amigo, que se rebenta com um estrondo. O segundo recebe o impacto no rosto e recua, atordoado. Recompondo-se, os dois ninjas levantam-se, cumprimentam Daniel e pegam nas espadas, escondidas perto das camas. O Dragão, no maior ato de desprezo possível, não corresponde ao cumprimento e cospe no chão à frente deles, o que deixa os dois japoneses furiosos. Tranquilamente, tira o sabre da bainha. Atrás, o delegado Figueira olha completamente abasbacado. Os golpes dos ninjas nem chegam perto do Daniel, que maneja a espada com a precisão de um campeão mundial só que em uma velocidade impraticável. O espanto do policial é maior ainda quando o rapaz, ao fim de um minuto de luta embainha o sabre. Os ninjas acham que o adversário, tão perigoso, rende-se. Ainda não entendem como um rapazinho pode manter dois guerreiros da escuridão à distância tão facilmente, mas aproveitam a situação para matá-lo. Um deles desfere um golpe violento com a espada. Daniel, com as mãos espalmadas, pega a arma pela lâmina, como se batesse palmas, segurando-a, sem a menor dificuldade, inibindo o ataque do adversário e chutando o outro com um pé. Com uma forte torção, quebra a lâmina, jogando-a para trás e deixando os japoneses apavorados. Daniel avança, desarmando ambos facilmente e começa a massacrá-los com uma pancadaria infernal para a qual não têm a menor possibilidade de defesa devido á velocidade empregue. Quando estão muito zonzos e moídos de tanto apanhar, Daniel dá o golpe de misericórdia. Eles não chegam a ver os socos, mas sentem-nos e caem que nem gado no matadouro. O Delegado aproxima-se e algema os dois.
– Minha nossa, Daniel. Você não existe!
– Espere que acordem, delegado, tenho uma surpresa para eles e para si.
– Por que desistiu de lutar com a espada?
– Porque teria de os matar, se continuasse com ela. Eles não se renderiam, mesmo perdidos.
Em poucos minutos, os dois criminosos abrem os olhos, pois Daniel foi moderado. Quando se veem algemados ficam furiosos, mas o delegado apertou bem as algemas sob orientação do rapaz, já que os ninjas são mestres na arte da ilusão.
– Vocês sinceramente achavam que podiam derrotar um Grande Dragão? Deve ser por isso que são renegados. Nenhum ninja em sã consciência enfrenta um dos nossos. Prefere a retirada ou o sepuku. Vocês não terão a oportunidade nem a honra de cometerem sepuku. Ficarão em uma cela de prisão, desonrados, sem poderem se matar.
De um bolso escondido da calça, Daniel tira um dardo e arranha os braços dos bandidos com ele.
– O que está fazendo, Daniel?
– Um dos meus cientistas descobriu acidentalmente esta droga quando tentava criar uma forma de anular os efeitos de outra. Eu inoculei-a nos dois marginais, contudo, o interessante dela é que não faz nada de mal para a vítima, mas coloca-a totalmente sob a vontade do seu captor. Este age normalmente e nada se nota. Outra vantagem é que os efeitos pós-hipnóticos são permanentes, desde que emitidos por um telepata. Olhe.
Virando-se para os japoneses, pergunta:
– Sabem falar português? – Eles acenam positivamente. – Então, a partir de agora vocês vão-se esquecer da língua japonesa. Sempre que tentarem falar ou entender, terão uma forte dor de cabeça. Wakaramisuka?
Eles tentam, em vão, entender a última palavra e começam a sentir dores de cabeça, fazendo caretas.
– Agora – continua Daniel em português, lembrando-se das garotas – nunca mais conseguirão fazer sexo. A partir de agora, vocês ficarão impotentes para o resto da vida. Também estão proibidos de cometer sepuku e deverão viver a vossa vida em desonra. Deverão esquecer a capacidade de lutar, exceto para manterem essa miserável vida. Somente poderão defender-se para se manterem vivos, mas jamais poderão ferir alguém. Estão proibidos disso.
– Daniel – diz o delegado, com uma risada – esses caras vão virar mulherzinhas na cadeia.
– Pior para eles. – Responde o jovem, impiedoso. – Ninguém os mandou serem o que são e, muito menos, matarem meus pais.
– Vocês – continua – contem ao delegado todos os vossos crimes.
Estes começam a despejar uma série de atrocidades, deixando o policial de olhos arregalados, pois são coisas horrorosas.
– Parem. Eu vou viajar em breve e, quando voltar e ordenar, vão confessar tudo. Irão informar, também, quem são os mandantes dos crimes, mas somente depois que eu retornar e aparecer na vossa frente, dando essa ordem. Por último, podem lembrar-se da língua japonesa, mas jamais deverão mentir. Agora levantem-se e caminhem até à porta. Obedeçam a todas as ordens deste delegado. Vocês vão para a cadeia.
Na rua, o fiel Vermelho aguarda por eles e fica aliviado ao vê-los bem e com os cativos. Tudo acaba sem derramamento de sangue para ambos os lados. O delegado mete os bandidos no banco de trás do carro e despede-se do Daniel, a quem já tem como amigo, apesar da diferença de idade.
– Delegado, em breve vou aos Estados Unidos destruir a quadrilha toda. Com a minha tecnologia é fácil, mas arriscado. Quando terminarmos, eles irão entregar tudo e os mandantes. Fique preparado, pois terá nas mãos um dossier tremendo, envolvendo políticos, policiais e até juízes. Os nossos computadores já "pegaram" muitas provas, mas eu quero muito mais que isso. Quero pôr o Brasil em uma posição de destaque no mundo. Até breve. Irei visitá-lo, quando voltar.
– Boa sorte, meu amigo – deseja Figueira, estendendo-lhe a mão – desejo que se saia bem. Obrigado pela sua ajuda e espero que um dia me conte como pode fazer estas maravilhas todas. Afinal – continua ele, rindo – o Batman não salta essa altura.
– No devido tempo, eu prometo que contarei; mas, para isso, dever-nos-emos conhecer muito melhor. Adeus.
O Vermelho e Daniel entram na Lamborghini.
– Mestre, parece que acabou não é?
– Não, meu irmão – responde Daniel – apenas começou. Estes ninjas são tão fracos!
Conversam durante a viagem, falando sobre budismo e artes marciais. O rapaz dirige a uma velocidade estonteante, mas o monge tem uma confiança cega no líder de todos os Dragões. Rapidamente, chegam ao destino. Ele para na área residencial, pois já é noite e despedem-se. Ao vê-lo abrir a porta, Jéssica corre para os seus braços e aperta-o carinhosamente. Ele corresponde.
– "Estava preocupada, pois tu bloqueaste a tua mente!"
– "Desculpa, minha princesa, mas eu não me podia me distrair. Ninjas não são como aquela turminha que nos atacou. Cada um deles teria dado cabo dos bandidos que nos atacaram, pelo menos dez vezes! Estou bem, agora que capturei os assassinos dos meus pais."
– "Vamos para a nossa casa?"
– "Vamos. Quero tomar um banho para me livrar da sujeira de ter tocado neles. Que gente ruim, maldosa."
De mãos dadas, vão para o carro. No caminho de casa, conversam sobre o plano dele, pois a garota está apavorada com o risco que ele e a Suzana vão enfrentar, mas este tranquiliza-a.
– "Tu ficarás com o Fonseca no Complexo III. Quando eu der a ordem de ataque, será tarde demais para eles. O nosso elo mental será mais eficiente do que qualquer comunicador. Vai ser divertido."
– "Não vejo nada de divertido."
No dia seguinte, na empresa, o casal desce para o Complexo III de modo a acompanhar a coleta de dados que segue na mais perfeita ordem. Daniel orienta a equipe a montar os dossiers que serão entregues para as autoridades dos vários países. Durante uma semana inteira, tem sido esse o trabalho deles, ás vezes nem dormiam, já que não precisavam.
Um dia desses, Suzana chama o Daniel.
– Oi, Dan. – diz ela, quando ele entra e senta-se – o Complexo V está pronto para inauguração, mas não achei um diretor adequado.
– Puxa, gatinha, que boa notícia. – Nesse momento, Patricia chama:
– Dona Suzana – diz a secretária – tenho aqui o doutor Vasconcelos que deseja uma entrevista com o chefe mas não o encontro!
– É o pai da Cláudia – afirma Daniel em mandarim – o que será?
– Manda-o entrar. – Diz a moça. – O chefe está na minha sala. Não, manda-o para a sala do Daniel que ele já vai lá.
– Por que disseste isso, Su?
– Porque ele pode ficar constrangido com a minha presença, se for um assunto pessoal.
– Tens razão. – Ele levanta-se e beija-a na testa. – Vou lá.
– Sempre tenho, super-Dan. – Sorri para ele, que faz uma careta e atira-lhe outro beijo.
– Doutor Vasconcelos – diz Daniel, jovial, estendendo-lhe a mão – o que posso fazer por si?
– Boa tarde, Daniel – o médico cumprimenta-o – tem um tempo para conversarmos?
– Mas claro. Será um prazer. Afinal o senhor é o pai de uma das minhas melhores amigas. – O Daniel sorri para ele. – Sente-se, sou todo ouvidos. Deseja um café ou chá?
– Pode ser chá. Daniel, eu sou amigo íntimo do doutor Pires, do Hospital Ipanema, e ele recomendou-me que falasse consigo. Basicamente é o seguinte: sou um psicólogo e psiquiatra, especializado em recuperação de jovens viciados. É o trabalho que mais gosto de fazer, pois agrada-me ver um adolescente vencer a batalha contra as drogas. O problema é que o hospital onde trabalho colocou-me em uma área adversa, a qual não tenho experiência alguma, e pior, não gosto. Pires, disse-me que você está construindo uma clínica especial para recuperação de vítimas de drogas e que devia falar consigo. Assim, aqui estou. Vim saber se posso me candidatar a uma vaga.
– De fato – diz Daniel após uns segundos de espanto pela solução aparecer à sua frente, sem fazer qualquer esforço – acabamos a construção da clínica e já iniciamos a contratação de pessoal. Trata-se de uma clínica psiquiátrica completamente fora dos padrões. Adotamos o modelo SPA, para os doentes. É como um hotel fazenda. A ideia é fazê-los ter contato com a natureza para aliviar as tensões. Não serão aceitos criminosos, somente vítimas e será tudo gratuito. Esses jovens devem receber apenas amor e compreensão. Jamais novas drogas, choques na cabeça, ou seja lá que forma de tortura queiram inventar esses hospitais psiquiátricos tradicionais. Essa é a minha diretiva. Temos um medicamento que inibe o desejo de tomar drogas e isso ajudará o paciente.
– Daniel, devo dizer que a sua visão é compatível com a minha. Porém, essa história de tratamento de choque já foi abandonado há décadas. Esse medicamento de que fala não é do meu conhecimento. O senhor ainda tem uma vaga para um psicólogo entusiasta que adora trabalhar com esse tipo de gente?
– O posto de diretor ainda está em aberto, o senhor tem experiência no setor?
– Bem, Daniel, eu não esperava tanto, mas sim, sou pós-graduado em administração hospitalar.
– Suzana – chama o jovem no telefone – sobe aqui.
Ela chega e Daniel continua:
– Lembras-te do doutor Vasconcelos, o pai da Cláudia, no noivado deles?
– Claro, prazer em revê-lo, doutor.
– Bem, Suzi, apresento-te o nosso diretor do Complexo V.
– Ora que maravilha – a sorri – estava agora mesmo falando com o Daniel que não conseguia um diretor que se encaixasse na nossa filosofia e o senhor cai do céu!
– Fico satisfeito em aceitar o cargo. Onde estou atualmente, não é do meu agrado.
– Muito bem, doutor – Daniel levanta-se – peço que me perdoe, mas tenho uma série de problemas a resolver. Suzana, vão para a tua sala resolver os detalhes da contratação.
– Chefe – Patrícia chama – o doutor Focault quer falar consigo urgente. Está aqui.
– Mande-o subir – diz Daniel olhando para a sócia – hoje é o dia.
André entra na sala, esbaforido e eufórico, acompanhado da esposa. Nas mãos, traz uma bateria de notebook.
– Daniel, toma o protótipo!
– Professor, isto é uma bateria de computador portátil. Tenho várias dessas.
– Desta não, é atômica. Não é recarregável, mas fornece duzentos watts de carga por vinte anos, no mínimo. CONSEGUIMOS.
– Não, professor, o senhor conseguiu. Parabéns. Deverá ser o próximo Nobel da Física. E a senhora, doutora Janine, o da Química. Que maravilha.
– Não, Daniel. Nós conseguimos, sem a tua matemática, jamais teríamos chegado lá. Mas obrigado pelo incentivo e apoio.
– Esta bateria é segura?
– Sim, tem os dispositivos de segurança da Janine. Se houver ruptura da estrutura, o gel solta-se e elimina o plutônio, há até um mini alarme contra problemas. Temos um outro dispositivo de segurança contra espionagem industrial. No caso de violação da estrutura, uma micro carga destrói o semicondutor. Além disso, este foi criado aqui. Usamos picotecnologia e, que eu saiba, ninguém a não ser a Cybercomp tem essa tecnologia. Os outros têm somente a nanotecnologia.
– É verdade. Devo muito a vocês. Com isto, a Cybercomp vai ter um poder enorme. O que querem como prêmio? Aumento? Dez vezes o vosso salário atual?
– Daniel – inicia Janine – nós devemos muito mais a si. Estávamos desacreditados e eu achava que o meu marido era um criminoso. Consigo, tivemos oportunidade de recuperar a nossa felicidade e a nossa credibilidade. Quando ninguém mais acreditava em nós, a você e sua empresa apostaram no nosso trabalho. Eu escrevia aqueles artigos no meu blog, pois não conseguia ficar parada, mas ninguém levou a sério. Não, Daniel, não queremos mais dinheiro. Temos muito mais do que precisamos. Noventa por cento do que ganhamos, nem gastamos. Isto dá para nós e o nosso filho. O seu trabalho é muito mais importante.
– Filho? – Pergunta Daniel. – Pensei que não tivessem filhos!
O casal olha sorridente um para o outro e pega-se nas mãos.
– Entendo – continua Daniel, alegre – que bacana. Parabéns. Para quando será?
– Março, perto de meados de Março. Poderia ser o padrinho, Daniel?
– Mas é uma honra que eu não mereço.
– Fazemos questão. – Insistem ambos.
– Então, sou forçado a aceitar com muita alegria no coração.
– Eu tenho um pedido singelo, Daniel. – Continua a doutora Janine. – Agora falo bem o português e sempre amei dar aulas. Soube que o professor de química da sua escola demitiu-se e gostaria que intercedesse com o diretor para eu me candidatar ao cargo. Não quero que o André faça isso por ser meu marido.
– Mas é claro. Ainda hoje trato disso. Tenho a certeza de que o diretor vai gostar, pois ouvi-o comentar que está com muita dificuldade em arrumar um novo professor de boa qualidade.
– Obrigada.
― ☼ ―
Suhriken: arma oriental usada em algumas artes marciais que consiste em uma estrela com lâminas afiadas e é arremessada contra o inimido. Traduzido, significa "Espada Oculta."
Sepuku: sucídio ritual, harakiri.
Pico é uma unidade de medida absurdamente pequena, correspondente a 10-12 metros, ou seja, 0.000000000001 m. Atualmente a tecnologia faz chips de nano tecnologia, 10-9 m ou 0.00000001 m.
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