Capítulo VI: Confronto inesperado
Capítulo VI
"Confronto inesperado"
Graças aos anos de treinamento do norte-americano, tanto para lutar contra entidades sobrenaturais quanto para controlar as violentas emoções que o acometiam, ele conseguiu focar de novo a atenção nos oponentes e liberar seus reflexos antes que sofresse algum ataque. A maior prova disso foi quando um dos vampiros de cabelos compridos, ao saltar em sua direção na tentativa de abocanhar-lhe a jugular, foi imediatamente decapitado pela Katana de Adams, a lâmina embebida em sangue realizando perfeito movimento no ar enquanto a cabeça do vil ser da noite caía e rolava pelo chão do beco como uma fruta podre.
Outro dos amaldiçoados que cercavam o agente, o grisalho, emitiu um urro de fúria ancestral e também tentou pular sobre ele, porém Ernest abaixou-se numa veloz esquiva, o monstro voando logo acima de si como uma fera que erra o bote, pousando de quatro alguns metros distante do alvo e logo depois tornando a se colocar de pé entre rugidos raivosos.
Nisso, Baltazar também investiu – e, tamanha era a velocidade dos ataques, que o corpo descabeçado do primeiro vampiro a agir ainda nem desabara de todo sobre o solo – tentando cravar as longas e afiadas unhas de suas mãos, que mais pareciam garras, no rosto do adversário, e assim imobilizando-o poder estraçalhar seu pescoço com os dentes. Adams, ainda abaixado devido à reação ao ataque anterior, ergueu novamente o tronco já com a espada em posição de guarda e, brandindo-a de modo ágil, cortou pela metade quase todas as unhas das mãos do careca, fazendo com que este, no susto, recuasse alguns passos.
– Você continua rápido, híbrido! – ele exclamou, examinando brevemente os dedos pálidos que, felizmente, estavam inteiros.
– Não, Baltazar... – murmurou Adams, ajeitando os óculos escuros em meio à pequena brecha no cerco. – Todos os mortos fedorentos como você é que continuam lentos.
Chegou a vez de o loiro lançar-se na direção do meio-vampiro, caninos prontos para serem enterrados em seu pescoço. Todavia, foi igualmente repelido pela presa, que, numa rápida sequência de três chutes, empurrou-o para trás atordoado. Mal concluiu o golpe, Ernest percebeu que o oponente de cabelos brancos que saltara anteriormente sobre si tentava atacá-lo de novo pelas costas. Sem olhar para trás, mergulhou a espada no espaço entre seu tronco e o braço direito, atingindo o alvo em cheio atrás de si e atravessando-lhe a garganta. Este caiu de joelhos enquanto o federal norte-americano puxava a lâmina para fora de sua carne inumana, sangue jorrando em profusão da abertura enquanto o inimigo, engasgado e cobrindo o estrago com as mãos, mergulhava num temporário estado de inação, pois era certo que o ferimento logo se regeneraria.
A arma totalmente pintada de rubro agiu logo em seguida contra o outro vampiro de cabelos compridos, por pouco não lhe decepando uma das mãos, já que ele teve a sorte de desviar o membro no último segundo. Mesmo errando o primeiro ataque, Adams atingiu-o então com um potente soco na face, que certamente teria quebrado o nariz de um humano. Apesar de não tê-lo feito no caso do ser das trevas, bastou para atordoá-lo durante um instante. Assim o híbrido poderia se concentrar no principal adversário: Baltazar.
– Quem reviveu você? – inquiriu Ernest, encarando os olhos bestiais do careca.
– Meu Mestre! – a réplica foi pronunciada com um quê de devoção, de fanatismo. – Aquele que sempre segui a partir de seu legado, e que agora tenho a oportunidade de servir diretamente! O inimigo máximo de toda a escória humana que empesta este mundo que nós é merecido!
Adams estremeceu. Será que ele estaria se referindo a...
Não teve tempo de concluir seu pensamento, pois o amaldiçoado loiro voltava a importuná-lo. Esquivou-se de uma tentativa deste em agarrá-lo e, em revide, contra-atacou com a Katana, abrindo dois profundos cortes no peito do vampiro, as marcas vermelhas visíveis através dos rasgos em seu sobretudo. No entanto, de forma tão nítida quanto a gravidade dos ferimentos, estes se fecharam em míseros segundos, a pele antes dilacerada voltando a se tornar intacta, o pouco sangue vertido logo desaparecendo. Como Ernest odiava a capacidade dos sanguessugas se reconstituírem! Mordendo os lábios, concluiu que deveria ter tentado romper-lhe o pescoço.
A investida sem frutos teria seu preço: rosnando, o loiro tentou de novo prender os braços de Adams com as mãos, dessa vez conseguindo, seus dedos gélidos e fortes pressionando os pulsos do meio-vampiro. O agressor então, apoiando-se no próprio oponente, saltou do solo e mergulhou ambas as pernas em seu tórax, num movimento que remetia a luta livre.
A potência do golpe foi tamanha que o agente do FBI acabou atirado para fora da viela, colidindo de cabeça com um monte de latas de lixo. As tampas dos recipientes, assim como alguns fétidos sacos de detritos, precipitaram-se sobre seu corpo dolorido. O alto barulho causado pelo impacto despertou a atenção das pessoas ao redor, algumas gritando assustadas. Ernest praguejou mentalmente. Um sortudo qualquer ali tendo à mão um celular, e a existência de vampiros em meio à sociedade humana ficaria comprovada a partir daquela noite. Os sugadores que o atacavam não pareciam se importar nem um pouco com isso, aliás.
Ergueu-se do modo mais veloz e atento possível, brandindo a espada oriental com uma mão enquanto limpava a jaqueta e as calças com a outra. Olhou em volta. Através de Percy Passage, Baltazar e seus três lacaios ainda ativos já rumavam em sua direção para dar continuidade ao confronto. Estava agora em Newman Passage, um restaurante de comida japonesa a poucos metros dali e vários curiosos já a postos observando o que acontecia. Nada bom, nada bom!
Não poderia abrir mão de conservar-se vivo para manter as aparências aos de fora da contenda, porém. Já com o pescoço regenerado, o vampiro grisalho, num berro medonho, deu um salto descomunal sobre Adams, chegando a subir quatro ou cinco metros acima do chão para tentar pousar sobre ele derrubando-o e imobilizando-o. O híbrido, no entanto, sempre estava pronto para reagir: ergueu sua espada com a lâmina voltada para cima, sobre a qual caiu em cheio o inimigo, sendo empalado por ela bem no coração. Tendo espasmos, o condenado abriu a boca e passou a morder a própria língua enquanto sangue lhe vertia pelos lábios secos, Ernest fazendo questão de torcer a Katana pelo cabo para aumentar o estrago causado no órgão que constituía ponto fraco do oponente.
As pessoas próximas gritaram de horror, algumas mandando que fosse chamada a polícia. Dois jovens haviam sacado seus telefones e filmavam a briga sem sequer piscarem. Assim que o vampiro deixou de se mexer – mergulhado no torpor e, com sorte, inativo ao menos por algum tempo – o agente do FBI retirou sua arma do peito deste e preparou-se para reagir às novas investidas das outras três criaturas. Tanto para conseguir mais espaço quanto para afastar-se das vistas alheias, Adams recuou pelo beco na direção de Newman Street, os agressores o seguindo, esgueirando-se pelas sombras junto às paredes. Assim que desapareceram do raio de visão dos curiosos, uma turista canadense preocupou-se em murmurar:
– Meu Deus, esses hooligans...
Os rapazes com as câmeras fizeram menção de correr para continuarem a acompanhar a luta, mas os sons bestiais que provinham de seus participantes encheram-lhes de tamanho medo que se afastaram. Através da viela, Ernest, andando de costas rumo à rua adjacente, bloqueava como podia os ataques dos adversários numa perfeita sincronia de socos, chutes e golpes com a espada. Num deles, o loiro, que mais uma vez tentara abocanhar a garganta do meio-vampiro, teve o polegar de sua mão esquerda decepado, o dedo caindo ensanguentado no chão enquanto outro simultaneamente crescia no local do ferimento. O dano, seguido da sobrenatural recuperação, pareceu ter servido apenas para atiçar ainda mais o monstro, que exibiu os caninos ainda maiores e mais pontiagudos que o normal.
Afastando Baltazar com um corte da Katana em sua testa alva – o qual, como de praxe, também instantaneamente se fechou – Adams percebeu que já se encontravam numa das calçadas de Newman Street, raros carros e transeuntes passando por ali àquela hora da noite. Se ao menos conseguisse um meio de transporte rápido o suficiente, poderia despistar os malditos sanguessugas.
A solução para o dilema do caçador pareceu surgir quando um ônibus vermelho de dois andares, um dos famosos double-deckers da capital inglesa, foi avistado seguindo pela rua e se aproximando da calçada para recolher os possíveis passageiros oriundos do beco, o motorista provavelmente não tendo ainda percebido, talvez devido à escuridão da noite, que os mesmos se encontravam envolvidos em luta feroz e encarniçada. O interior iluminado e sem passageiros do veículo parecia uma promessa de paraíso calmo e seguro; e seu próprio guia, um velhinho de bigode, quepe e olhar sereno, assemelhava-se até à representação de um anjo. Quem sabe até não seria um, enviado pelas forças divinas para recompensar Adams após tantos anos de penúria. Mas o agente duvidava disso. Era apenas uma oportunidade oriunda de sua duvidosa sorte, e precisava abraçá-la para escapar de seus oponentes.
O fato foi que o ônibus realmente parou junto à calçada, a estrutura do transporte tremendo de leve devido à inércia enquanto as suas duas portas se abriam para quem desejasse entrar. Simultaneamente, Ernest esquivou-se de mais um golpe das garras de Baltazar – as quais já haviam tornado a crescer – e que, não conseguindo perfurar a carne do meio-vampiro, acabaram deixando sua marca na lataria do veículo, a queratina inumana penetrando fundo no metal como nem o mais bestial dos animais selvagens conseguiria fazer. Rolando pelo concreto para escapar das investidas dos demais inimigos, o norte-americano visou cruzar a entrada dianteira do ônibus, seus pés alcançando de modo desajeitado os curtos degraus da escada que o separavam do corredor do andar inferior. Olhou de relance o motorista: continuava alheio a tudo, olhos atentos apenas à rua, esperando todos embarcarem para poder reacelerar. Adams preferiu ignorar aquela estranha reação e, após breve corrida, pôs-se de pé numa posição estratégica na área central do ônibus, olhar se alternando entre as janelas com a Katana em punho.
Dificilmente os vampiros entrariam pela porta... Ah, se ao menos o aspecto do mito referente a eles conseguirem adentrar um local somente se convidados fosse verdade!
A vidraça mais próxima do ombro esquerdo de Ernest foi a primeira a ser estourada, cacos de vidro voando sobre sua nuca e cortando-a de leve. Os pequeninos ferimentos logo se fecharam, tão rápido quanto o homem do FBI se voltou na direção do barulho, lâmina pronta para reagir. Era o loiro, boca aberta com os caninos proeminentes mais afiados do que antes. Cansado daquelas demonstrações por parte dos condenados, Adams não pensou duas vezes: cortando o ar com a espada, teve como exato alvo os dois dentes ferinos do adversário. Conseguiu parti-los ao meio com extrema precisão, as duas pontas caindo sobre a língua ensanguentada do morto-vivo, já que boa parte de sua boca também fora destruída no processo. Cobriu a área ferida com as mãos enquanto a mesma se regenerava, dando chance para que o meio-vampiro o chutasse para fora do ônibus. Atingido no peito por uma das botas de Ernest, o ser amaldiçoado voou para a rua através da mesma janela que havia quebrado. Isso ao menos o atrasaria.
Foi quando o ônibus voltou a se mover, as portas se fechando, o motorista acionando o câmbio. Adams teve de se apoiar em um dos bancos para não cair no solavanco. Ótimo. Agora, além de ter que lutar com criaturas demoníacas dentro daquele espaço apertado, travaria um embate a mais para não perder o equilíbrio, principalmente nas curvas. Se ao menos pudesse levar seus oponentes para um local mais isolado e nele terminar o confronto...
O veículo avançava por Newman Street rumo ao cruzamento com Mortimer Street. Sacolejava, acelerava ou freava sem muito critério. Dificuldades, dificuldades... Mais uma janela se espatifou, outro vulto negro adentrando o interior iluminado do ônibus. O vampiro de cabelos longos.
Ernest atacou com a Katana, mas o adversário se desviou abaixando-se. Este então revidou com dois chutes no estômago do agente, que o fizeram recuar na direção da traseira do ônibus. Foi quando o vidro da mesma se partiu, mais fragmentos ferindo a pele de Adams. Através da abertura surgiu Baltazar, veloz e ágil, que, tirando proveito do momento, agarrou o meio-vampiro pelas costas, imobilizando seu pescoço com um dos braços e, apertando-lhe o pulso que segurava a Katana com o outro, fez com que soltasse a espada.
– Quando vai aprender a não nos subestimar? – indagou Dracul, caninos expostos e prontos para serem cravados na nuca do caçador.
– Eu nunca os subestimei! – foi a resposta deste último.
E, dizendo isso, Ernest, num extraordinário jogo de corpo, conseguiu reverter a situação, prendendo o braço de Baltazar que envolvia sua garganta. O vampiro nem teve tempo de ficar surpreso, pois imediatamente foi erguido do chão do corredor pela força do oponente e lançado adiante, por cima da cabeça de Adams, indo cair de costas alguns metros à frente. O agente do FBI aproveitou o contra-ataque para reaver sua Katana e brandi-la contra o vampiro de cabelos compridos, que já partia novamente em sua direção.
A lâmina de Ernest passou a poucos centímetros do rosto pálido do ser noturno, por pouco não lhe arrancando o nariz. Os inimigos do meio-vampiro conseguiam se esquivar de seus golpes com facilidade cada vez maior. Sentindo o crucifixo metálico que trazia dentro de sua jaqueta, o qual sempre carregava consigo, ele pensou que talvez fosse obrigado a utilizá-lo para realizar uma oração de exorcismo e conseguir repeli-los de modo mais efetivo. Tal tarefa, no entanto, requeria concentração e foco, coisas difíceis de obter dentro de um ônibus em instável movimento. Possuía, porém, outros meios para repelir os sugadores... As armas e equipamentos desenvolvidos pela Liga Cromwell!
Adams até então não pensara neles devido, provavelmente, ao mal-estar que o extremismo de Jack e seus seguidores lhe causava. Os engenhos criados pelos caçadores britânicos, todavia, poderiam se mostrar bem úteis naquela situação – além do que, aqueles malditos vampiros mereciam sofrer. Não usaria o comunicador para pedir ajuda à Liga, no entanto: além da provável demora em chegarem – afinal de contas, eram humanos – provavelmente surgiriam detonando tudo, e Ernest desejava manter ativo ao menos um daqueles amaldiçoados, para poder interrogá-lo. Não era todo dia que um deles aparecia para atacá-lo mencionando, em seu discurso, o conhecido Príncipe das Trevas...
Mortimer Street ficava para trás, o transporte seguindo adiante rumo a Cleveland Street. O nome da nova via deu a Adams a sensação de estar em casa, e isso acelerou suas ações: mantendo a espada na mão direita e repelindo mais uma investida conjunta de Baltazar e o cabeludo, o agente do FBI pôde com a outra retirar de sua jaqueta a espingarda de estacas, então desmontada em duas partes. Cerrando os dentes, fincou a Katana no estofamento de um dos bancos como um espeto, tendo agora todos os dedos livres. Com eles, fundiu as duas seções da arma de disparo num só movimento em que levou uma de encontro à outra e, antes que os vampiros pudessem novamente atacar, passou a segurá-la na altura de seu tórax como um xerife do Velho Oeste, apontando-a para os inimigos e apertando o gatilho sem hesitar.
Uma tempestade de projéteis afiados de madeira foi lançada contra a dupla de amaldiçoados. O de cabelos compridos teve as estacas cravadas por todo seu corpo, como se houvesse caído num espinheiro. Além dos braços e das pernas, a cabeça foi espetada quase por completo, os olhos desaparecendo cada um sob uma ponta que lhe atravessara a respectiva órbita. Mesmo com o incrível dano, o vampiro a la Hellraiser ainda se mostrava ativo, mexendo-se com dificuldade na tentativa de se livrar dos objetos estranhos. Mesmo com a grande quantidade destes, nenhum lhe perfurara em cheio o coração.
Baltazar, por sua conta, se mostrara mais difícil de acertar: abaixara-se atrás de um assento, desviando de todas as estacas e agora saltando, com os caninos novamente prontos, rumo a Adams. Só errou graças ao motorista, que virou o ônibus de maneira brusca na esquina seguinte, dirigindo-se para a rua à esquerda. O careca foi lançado com violência, de costas, contra a estrutura metálica do double-decker, grunhindo de raiva ao invés de dor. Riding House Street. E estava sendo realmente uma tarefa de cavalgada permanecer de pé em meio àquele ônibus tão agitado – apesar da ainda incompreensível apatia de seu guia.
O vampiro de cabelos longos se regenerava de forma lenta, arrancando uma por uma de si as estacas que lhe eram mais incômodas e ignorando as demais devido ao calor do momento, quando o sanguessuga loiro ressurgiu, explodindo em pedaços uma janela do lado direito de Adams. Lograra alcançar o veículo, porém seu mérito não foi duradouro: Ernest apontou a espingarda para o recém-chegado, a ponta do cano a poucos centímetros de sua boca recém-recuperada, e atirou...
A cabeça do amaldiçoado praticamente sumiu num mar de sangue e miolos, o crânio estraçalhado pelas inúmeras estacas. Uma outra, felizmente, também enterrou-se em seu coração, e o cadáver decapitado do morto-vivo, até então ainda empoleirado na janela, voou para fora do ônibus tirado de combate.
Só mais dois...
A espingarda possuía apenas mais um disparo – o arrojado carregador redondo atrás do cano comportando sua última carga de projéteis de madeira. Adams preferiu lançá-la contra Baltazar, oponente mais perigoso. Ele mais uma vez se esquivou, como previsto, as estacas arrebentando mais alguns vidros. O meio-vampiro, entretanto, tinha um plano "B": atirou a arma vazia contra o careca, para ao menos atrasá-lo, e pegou a Katana de volta, puxando-a do banco próximo. Moveu a lâmina duas vezes pelo ar, visando o pescoço remendado do inimigo, porém errou ambas as investidas. Baltazar tentou agarrá-lo e foi repelido num chute – o outro vampiro, já voltando a se mover com algumas estacas ainda pelo corpo, apressando-se em vir ajudá-lo.
O motorista novamente determinou o andamento da luta, tornando a virar para a esquerda na próxima esquina. Estavam contornando o quarteirão. Nassau Street. E Adams desejou que um outro holandês de tempos passados, chamado Abraham Van Helsing, estivesse ali para ajudá-lo...
A dupla de sanguessugas acabou impelida para fora do corredor, chocando-se com as janelas partidas. Baltazar por pouco não foi arremessado do ônibus. Segurando-se a um assento, Ernest aproveitou a oportunidade para atacar: num golpe decisivo, decapitou o atordoado vampiro de cabelos compridos, a cabeça arrancada pela espada sendo atirada rumo à rua e se perdendo na escuridão noturna. Agora só o antigo algoz de Rosemary restava. Adams teria prazer em acabar em definitivo com ele após algumas perguntas...
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