CAPÍTULO XXIII - Uma Pedra
Mãos entrelaçadas, fôlego perdido e coração acelerado. Este era o estado em que Ester se encontrava por haver corrido, seus olhos correram para o lado, onde Itai encontrava-se estático, sem aparência alguma de cansaço.
De cenho franzido, agora no início da escadaria – terrível aos seus olhos – circular, questionou o jovem de cabelos amarelados que tinha um sorriso zombeteiro nos lábios.
— Não cansa? – questionou estagnada.
— Sim, porém – gesticulou o indicador – não tão fácil.
— Ora... – murmurou inconformada, tentando recobrar o fôlego perdido.
— Eu te ajudo usar às tuas habilidades... ocultas – jogou no ar uma suposição. –, vamos Ester? – estendeu à mão para segurá-la novamente.
Fitando aquelas orbes redondas, sorriu e em resposta segurou sua mão, que até o momento não havia percebido quão incrivelmente macia era.
Com ambas bochechas esbranquiçada tomando um tom vermelho por ousar pensar na possibilidade de tê-lo fazendo uma carícia fofa, o jovem Nelfo quis lhe questionar, entretanto por ser um cavalheiro – e tanto – deixou de lado sua curiosidade, qual não era tão aguçanda quando da donzela ao seu lado,
Que no flagra pegou-a bisbilhotando a conversar que estava tendo com seu avô, sendo uma atitude represaria, ainda sim, pela feição sentida por ela, lutando contra sua consciência, deixou-a livrar-se de uma boa repreensão do ancião, Urias.
Um brilho de encantamento surgiu no mar tempestuoso de Ester quando passava por baixo de um arco de rosas de Sarom, tendo seu caminho iluminado por majestosos vagalumes.
Ele não conseguiu ser evitado, não era tão temido, visto que tinha a capacidade de destroçar, animar ou enlouquecer um pobre coração, isto, um singelo sorriso estampado no rosto da princesa.
Suas mãos entrelaçadas fazia o órgão que lhe dava vida palpitar um pouco mais rápido que o normal e sua mente teimava em traí-lo pela imaginação que teve naquele momento.
Vagarosamente, pesou seus pés no chão, – temente – o que abruptamente fez-a virar-se com os seus cabelos negros esvoaçantes e rebeldes. Porém, o que fizera seus olhos sair de órbita fora seu lábios curvados num sorriso admirável, deixando aparente suas maçãs rostal e suas sardas delicadas nitidamente ficaram expostas; mantendo-se firme para não ter a possibilidade de cair pra trás,
Pobre Itai
A jovem princesa eriçou às sobrancelhas desconfiada, lhe estreitando um olhar curioso em seguida: — O que houve?
Tentando raciocinar e formular uma palavra, aquilo que ansiava, saltou da sua boca sem que tivesse tempo para reter.
— Posso te beijar? – com os olhos extremamente arregalados, Ester tentava compreender aquela situação, como assim ele queria beijá-la?
— Esquece o que eu disse – pediu rapidamente elevando a mão atrás da nuca para coça-lá pelo nervosismo que era evidentes, em ambos.
" Que burrada, Itai, que burrada " – se repreendia mentalmente pela sua estupidez.
Pego desprevenido, às mãos trêmulas de Ester trouxe o seu rosto para perto. Seus olhos descrevia uma mistura de medo e receio presumiu que fosse seu primeiro beijo.
Seu coração deu um salto de alegria com essa possibilidade, suas mãos envolveram sua cintura puxando-a, podendo sentir seus corpos unidos pelo calor, permitiu-se vislumbrar seu rosto com mais precisão para gravar cada detalhe em seu coração. Tendo feito, apartou sua mão esquerda e encaixou em sua nuca afagando seu cabelo enquanto deixava o espaço entre eles pequeno, quando por fim selaria o beijo,
Uma dor latejando fora sentida por Itai, rapidamente afastou-se de Ester e fez uma careta quando sua mão elevou a sua cabeça e seus olhos fitou o chão.
Uma pedra
— Quem faria isso? – resmungou baixinho pela dor.
Tendo uma pessoa em mente, a princesa decidiu ficar quieta. Quem Bezalel pensara que era para impedir que seu primeiro beijo acontecesse com um rapaz que ela gostava, além do mais num cenário romântico?
" Bezalel me paga! " – exclamou mentalmente, o jovem detetive havia assinalado sua sentença de morte, pois, à fúria que estava sentindo era suficiente para fazê-la sair dali ir até a árvore de cedro, arrancá-lo de seu péssimo esconderijo e estapiá-lo até não lhe restar força.
Mas não o fez, ainda.
Contra sua vontade, carinhosamente pediu que Itai se curvar-se um pouco para que pudesse examiná-lo.
Seus dedos magricelos começara tateá toda região, não houve nenhum ferimento, pelo visto, tinha crânio de aço, Bezalel que agradecesse, caso não, antes de sua morte Ester lhe torturaria mentalmente.
Ela tinha ciência de seus sentimentos confuso, mas não estava disposta permitir-se ser magoada por alguém que estar aprendendo amar agora, não que ela sabia. Entretanto, Ester sempre tentou amar o próximo, porém, Bezalel não media esforços para isso.
Estava cansada de amores rasos, precisava de pessoas verdadeiras e decididas em sua vida, que lhe ajudaria e não atrapalharia. Prefira tentar amar Itai, a amar Bezalel que sempre lhe conduzia a confusão.
Nem ao menos sabe, se quando estavam presos na armadilha dos Nelfos, quando houvera tido uma crise de pânico pelo medo de altura, se ouvira quando confessara que gostava dele.
Presumindo que não, estava decidida a lhe falar novamente, mas tudo fora por água abaixo, quando por treze deixou-a sozinha.
Ester não pretendia deixar que seus sentimentos fossem quem guiaria sua vida, eles não lhe proporcionaria felicidade alguma, pelo contrário, poderia ocasionar consequências irreversíveis.
— Belo rapaz, está tudo bem aqui em cima – relatou vendo-o ficar ereto novamente.
— Desculpa. – pediu com olhos suplicantes.
— Tudo bem. – aliviou sua tensão com um olhar compreensivo.
— Podemos... – descontinuou – quero dizer, vamos, estamos quase lá.
Assentindo, a moça ousou entrelaçar suas mãos novamente para caminharem.
Um sorriso presunçoso surgiu não nos lábios costumeiro de Itai, mas de Ester por ter decidido o rumo que permitiria seguir sua vida.
°°°
Com uma feição indescritível, admirava a sala de estar da casa do seu amigo, revestida por dentro de madeira de cipreste, detalhada com linhas tortas de cor âmbar, ao lado tinha castiçais dourados que iluminava toda casa, era muito estimado que o bocado de lustres que seu tio, o rei, houvera posto no Palácio de Versalhes.
Ester ainda achava um tremendo exagero.
— Gostou? – um voz aveludada entrou em sua audição, tirando-a de seu momento mágico. Sem querer perder a concentração posta num vaso de barro feito à mão em sua frente, apenas assentiu.
Passos agitados fora ouvidos do interior da casa, a tensão começou-se apoderar-se do corpo da meia-nelfa.
Quando por fim, temerosa, sorrisos estonteante lhe saudaram.
Alívio
— Bem-vinda, Ester! Ouvimos muito falar de você.
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Revisado rapidamente, contém erros ortográficos.
Sem muita criatividade, mas tá aê.
Espero que esse capítulo aqueça vossos corações.
Até a próxima,
Deus vos abençoem!
<3
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