CAPÍTULO XXI - O Leão Branco
Os ombros que se encontrava altos em expectativas, decaíram junto com seu semblante ao ouvir a continuidade de suas palavras.
"...— Como amiga, eu gosto de você como amiga. "
A sensação das borboletas no estômago e pernas trêmulas, num segundo esvaíram-se. Era decepcionante Bezalel não ter a capacidade de falar o que realmente sentira, ele mesmo achava isto. Nunca imaginou encontrar-se nessa situação, muito menos amar alguém além de si mesmo.
Sua fala pareceu ter nervosismo, mas não fora perceptível a Ester que somente pronunciou "ótimo" carregado de decepção, o que sim fora notório a Bezalel que estava aos nervos por ter aberto sua boca para falar asneiras.
— Preciso ir – relatou deixando-o de mãos abanando. A princesa percorreu toda aquela terrível escadaria circular mas não foi diretamente para seu cômodo. Seus pés ousaram desviar da aconchegante cama de algodões, para o cômodo de seu avô, acima para falar com Ruthe.
Aproximando-se escancarou à porta entre-aberta, esperando somente o momento de desabar em um banquinho na cozinha da esposa de seu avô. A preocupação fora evidente pela têmpora franzida da mulher grisalha, largando às frutas que arrumava sobre o suporte o qual chamava de: piá; sentou-se em sua frente, na mesa que separava às duas.
— Ei, querida. – chamou com ternura, fazendo Ester levantar o rosto debruçado e vermelho, pela vontade de chorar.
Um bico elevou-se nos lábios rosados da garota, visto que ao ficar triste surgia e ao estar perdida, também.
— O que houve? – perguntou acariciando sua mão sobre à mesa.
— Eu tô confusa – revelou com olhos suplicantes. Balançando a cabeça para que prosseguisse, o fez. – O Itai parece estar enamorando-me, o Bezalel depois de trezes dias me evitando, surgiu com um papo furado relatando que gostava de mim e prosseguiu dizendo " como amiga ".– uma careta surgiu ao torcer os lábios e fazer aspas com os dedos indicadores. – Eu estou completamente perdido, Itai meche comigo e eu... eu... acho que gosto do Bezalel e não como amigo – alegou.
Uma linha reta formou-se nos lábios franzido de Ruthe ao ouvi-la terminar seu relato. A anciã, esposa de Urias, compreendia essa confusão; jovens apaixonados precisam lutar contra indecisões e paixões.
— Hum – fungou –, por quem seu coração palpita mais forte?
— Não sei, recentemente... pelos dois – deu de ombros.
— Não, pense. Talvez esteja confundido novas experiências com paixões.
Sem compreender aquelas palavras, que não parecia palavras mas sim enigmas, derrotada se jogou sobre à mesa novamente, fungando indignada.
— Eu sinceramente, não sei. – afirmou
— Entenda uma coisa querida, você não pode continuar dando esperança para os dois. Não queremos que ninguém saia magoado dessa história, sim? – vagarosamente, assentiu positivamente – Não é fácil está vivendo tudo que você está vivendo. Mas também, não é tão difícil tentar separar e discernir. Entendo, que a morte do seu amigo não deixou as coisas mais fácies, visto que tinha ele como seu amparador em todos os momentos. Porém, não permita que a tristeza cause confusão em seu coração, devido a carência que dela surge. Bezalel, ainda está aprendendo o significado verdadeiro do que é amar alguém além dele e o Itai encontrou em você o que não encontrava em nenhuma outra. Para Oséias, você era tida como uma pedra preciosa, e ele conseguia enxergar o seu valor. Devido a isto lhe deu esse colar em seu pescoço. – proferiu apontando para o colar que ela tocava com ternura – A questão é, os dois homens, pelo qual você está confusa. Ainda não te vê como o Oséias te via, não te ampara como ele te amparava. Mas eu sei quem pode lhe dar o amparo devido, trazer consolo para sua alma e lhe mostrar a solução para toda sua confusão. Pode preencher o vazio em seu coração, que supostamente você tenta preencher com coisas e pessoas impreenchíveis.
Espantada com tudo que ouvira, Ester pediu para que prosseguisse, estava curiosa e queria saber quem era que lhe consolaria e ampararia.
— O Leão Branco.
Ester riu incrédula, como um leão poderia lhe ajudar? Lógico, fato era que Oséias acreditava bastante nele, já chegou a lhe falar algumas vezes. Mas nunca deu importância, ele era um aspirador à história antiga.
— Como um Leão poderia salvar-nos? Quero dizer, consolar e amparar? – perguntou descrente enquanto Ruthe mantia uma expressão serena.
— Ele não é um Leão, mas sim O Leão. Você pode não acreditar, mas Ele nos livrou da fada que nos escravisava. Há quase três mil anos atrás, uma profecia se cumpria, de que o Leão Branco viria para nos livrar da escravidão da horrenda fada. E pode acreditar, Ele veio. Mas não como muitos imaginavam, não em Majestade e Glória, mas como um Leão Marrom, rejeitado por muitos e aceitado por pouco. Ele travava uma guerra contra às trevas que predominava no mundo. Os Nelfos, era um povo escolhido que deveria aceitar o Leão Marrom, somente Ele tinha o poder para nos livrar do cárcere eterno que o ser das trevas tentava veementemente nos prender. Mas como visto, fora rejeitado, mas ainda sim por amor a toda raça existe no planeta Terra. Ele lutou por nós, morreu com uma flecha em ambas patas central e uma em ambas patas traseira. Um dos comissário da fada, colocou em sua cabeça um diadema de urtigas.
Era lei quando um Leão morresse, o queimasse caso não houvesse padecido. Mas como não demorou muito para que acontecesse, somente o colocaram numa escura caverna sobre uma rocha. Os Nelfos, que com Ele andavam, ficaram extremamente tristes e temerosos. Mas alguns dias se passaram até que se cumprisse a escritura no Livro do Leão Branco. Que ele ressuscitaria e nos reconciliaria com o Grande Leão Branco, o qual devido a sua grande Benevolência e Amor nos salvaria. Hoje se acreditarmos verdadeiramente, Ele se apresenta a nós. Se pedirmos Ele nos amparará, pois foi o que prometeu, que sopraria o Espírito de Seu Pai o Grande Leão Branco em nós e Ele nos consolaria do inconsolável, até que se cumprisse a Sua última promessa escrita no Livro do Leão Branco tanto aos Nelfos, Nolfos e Seres Humanos.
Se houvesse uma fonte no meio da sala da mulher de Urias, seria de tanta lágrimas que jorrava dos olhos de Ester ao ouvi-la. Oséias acreditava tanto no Leão Marrom, que ela chegou a questionar do porquê ele não o salvou, visto que podia.
— Se eu pedir – murmurou com você embargada –, Ele aparecerá para mim?
— Se você acreditar, querida. Ele se revela em tudo, já que é Criador de tudo. – revelou acariciando sua bochecha, limpando suas lágrimas.
— Como devo fazer?
— Chame-o.
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Revisado rapidamente, contém erros ortográficos.
Hojee é Sábadooo! Então quer dizer que estou no cronograma de postagem.
Pode parecer desconexo o capítulo anterior a este, mas breve vocês compreendem.
Espero que esse capítulo aqueça vossos corações.
Chega aquii! O Leão Branco e o Marrom são os mesmos. Tenho intenção de inquirir Alguém mais que especial na história, visto que tem sido em Sua dedicação.
Deus vos abençoe,
Até breve!
<3
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