CAPÍTULO XX - Distante... eu?


                     Recluso em se aproximar, o jovem detetive resolveu seguir seu plano que deu-se continuidade durante treze dias. O homem se arrependerá amargamente de permitir uma proximidade entre Ester e o Nelfo.

Fuminou em raiva quando contemplou a cena, fez-o querer ser um horroroso pesadelo, antes isso do que ver ao vivo e a cores Itai desferir um selar estralando na bochecha da donzela que fazia seu coração bater fora de orbita. E ainda por cima, lhe oferecer um piquenique.

O ápice da loucura

Necessário fora respirar profundamente, contraí todo ar existente em seus pulmões. Torcendo os lábios em desgosto, saiu marchando daquela parte do campo que havia na vila dos Nelfos.

Ester houvera sido pega de surpresa, que nem notou a coloração avermelhada tomar suas bochechas. Sua boca curvou num sorriso satisfatório – pelo visto o plano do Nelfo em conquistá-la ia de vento a polpa – em expectativa pela reação da princesa.

Ele era o segundo a tratá-la com ternura, semelhantemente Oséias fazia, talvez ela carecia desse tipo de atenção para não afundar-se em tristeza.

Agradeceu a Itai pelo fato de não escondê-la a verdade relacionada ao plano de Bezalel em animá-la. A princípio ficara feliz, pensara, – e se decepcionara – que fora um tipo de aproximação de ambas as partes, entretanto ele somente lhe falava um "oi" mais ralo que água chucra e desaparecia de sua visão. Deixando um vasto espaço para dúvidas e fazê-la ter uma certeza incerta em relação ao que sentira por ela.

Somente preocupação

Cansada de esperar que ele aparecesse para jogarem conversa fora, rendeu-se às investidas de Itai em se aproximar e de forma alguma arrependera-se. Mas ao contrário disso, se questionou porquê quis afastá-lo. Ele vinha se mostrando um bom amigo...

Soltando a respiração presa alguns segundos, ousou olhá-lo – e uma troca de olhar bem inusitada aconteceu –, Ester admirou aquelas orbes redondas de íris extremamente carameladas, praguejando mentalmente por nunca ter notado desde que o conhecera... – só tinha olhos para Bezalel, é claro – para seu azar não pôde conter o elevar de um sorriso singelo em seus lábios, ao notá-lo estudar com destreza e graça seu redondo rosto, e novamente, estava exposta sua vergonha.

Quanta facilidade

Se houvesse um buraco de avestruz, com certeza a princesa enconderia sua cabeça dentro – não existe espaço para dúvidas –. Como poderia deixar tão evidente o quanto ele estava mechendo com ela, deixando seus sentimentos completamente confusos?

— Ester, quero te levar para conhecer meus pais – quando tais palavras ecoaram nos ouvidos da jovem, seus olhos quase saltaram de orbita devido a aceleração repentina de seu coração –, aceita? – perguntou trazendo-a de volta a realidade. Por um momento acredito ser mentira.

— Co-o-mo...? - gaguejou com as sobrancelhas eriçandas e olhos arregalados. Era muita surpresa em um dia somente.

Ele riu, deixando seus dentes branco e alinhadissímos expostos e como presente covinhas extremamente fofas.

"Posso me derreter ou posso esperar mais algum tempo para fazê-lo? " – questionou a princesa admirando o jovem Nelfo.

— Não é um pedido de casamento, Ester. Mas posso fazê-lo algum dia... –  despejou a dúvida no ar. Deixando-a intrigada.

A compreensão de Ester estava indo diretamente para o ralo, rápido demais... por que lástima seu coração não parava de acelera toda vez que ele sorria ou ela olhava em seus olhos redondos parecidos com os seus de uma cor devidamente cativante e quando lhe mandava essas diretas, - indireta que não era – deixando-a evidentemente boba... ela estava ficando maluca ou ele estava enamorando-a?

Tentada a recusar o convite, bebericou um gole de suco de romã – uma fruta muito conhecida em Eloman –, respirando profundamente antes de respondê-lo e recusar, ele começou cantarolar.

Ninguém vê
Ninguém sabe
Nós somos um segredo
Que não pode ser revelado

( Sua voz ecoava docilmente nos ouvidos da donzela, ele estava cantando para ela.)

É assim mesmo
É assim que acontece
Longe dos outros
Perto um do outro

Á luz do dia, á luz do dia
Quando o sol está brilhando
Tarde da noite
Tarde da noite

( O Sol que mostrava seu brilho, repousava em seu tálamo, enquanto fazia-o, os céus lhe respondia permitindo que se despedisse de mais um lindo dia, com suas restes alaranjada, chamava a Lua e as Estrelas dizendo que sua hora de brilhar era chegada. )

Quando a lua está ofuscando
Á vista de todos,
Á vista de todos.
Como as estrelas no esconderijo

Você e eu nos gostamos
Amor+nós dois: eternidade nunca mudaremos isso.
Amor+nós dois, nunca mudaremos isso

Ninguém vê
Ninguém sabe
Nós somos um segredo que não pode ser revelado

É assim mesmo
É assim que acontece
Longe dos outros
Perto um do outro.

( As letras dessa linda melodia, trazia lembrança recentes de suas discussões com Bezalel, de seu sorriso quase nunca visto, daquele sonho da noite estrelada em que acontecerá o inesperado, das vezes que pegava-o lhe olhando de soslaio como se estivesse lhe admirando.)

É nessa hora que nos revelamos,
Revelamos, revelamos, revelamos o meu refúgio.
O meu refúgio eu encontro em seus braços

Quando o mundo da fardos pesados
Sou capaz de aguentar toneladas
No seu ombro, no seu ombro.
Ninguém vê, ninguém sabe, nós somos um segredo...

Ao findar da música, os olhos marejados da princesa preocuparam Itai, porém toda sua preocupação foi embora quando a teve envolvidas em seus braços sussurando próximo aos seus ouvidos o quanto era maravilhosa e acalentadora sua música.

— Mas ela não é minha princesa, falou desviando sua atenção que estava no lago próximo, à fitá-lo com cenho franzido – fiz para você.

Novamente aquelas palpitadas contra o peito, mais forte que às anteriores. Uma surpresa, ou digamos, um presente e tanto, como ele poderia compôr e cantar tão bem assim... e ainda mais para ela!?

— Obrigada, você tem sido muito bom para mim nesses dias. Eu precisava... eu precisava – soluçou pelo choro que queria rasgar em seus olhos. Queria poder de alguma forma expressar a gratidão por tudo que ele tem feito por ela.

— Shii – fez sinal com o indicador para que não continuasse –, eu sei – firmemente falou olhando em seus olhos e limpando o resquício da lágrima que ousou descer na sua face.

" Bochechas, fofas. Se você soubesse o quanto te acho linda, Ester... " – divagou, percorrendo os dedos pelo seu rosto.

— Aceito seu pedido – pronucia, depois de um predominante silêncio.

Uma linha torta formou-se nos lábios do Nelfo: — Não poderia me dar honra maior.

°°°

Se repreendendo veementemente, Ester subia às terríveis escadas para seu cômodo, quando deu de frente com Bezalel. Por pouco acontecera o de sempre se ele não houvesse interrompido sua caminhada, que até então era boa.

— Princesa, como você está? – era muita hipocrisia lhe perguntar isso.

Uma risada sem graça saiu de Ester:
— É muita persuasão sua me perguntar isso, depois de trezes dias distante de mim – vocifera, tentada a lhe virar às costas.

— Distante... eu? – questionou incrédulo apontando para si impacientemente.

— Sim, você! Nem percebeu que eu o queria próximo a mim. Ao invés disso inventa um plano ridículo para tentar me animar. Quando você deveria fazê-lo – sorriu fraco evitando lhe olhar.

Sem saber o que responder, Bezalel permanece calado.

— Ah! – exclamou ao lembrar de algo. – À propósito, valeu muito a pena esse plano, ao menos conheci alguém legal, enquanto você me evitava - revelou lhe dando as costas e voltando seu caminho.

Bezalel não queria chegar esse ponto. Somente ao se lembrar da cena que vira recentemente, seu sangue começava a ferver de raiva.

Sendo impelida quando teve seu braço segurado,

abruptamente virou-se, lançando-lhe um olhar mortal. Que não o intimidou, caso esse fosse seu plano.

— Você acha mesmo que eu estava te evitando? – pergunta em negação – Você está muito enganada, antes de me julgar, procure ao menos entender minhas razões.

"Suas razões? Faça-me o favor "

Puxando seu braço do aperto, mordeu os lábios inferiores para controlar sua raiva, antes de lhe desferir às palavras que colocaria um ponto final nesta história.

— SUAS RAZÕES BEZALEL? – se alterou sobremaneira passando as mãos sobre o rosto tensionado - Não venha me dizer que foi com boas intenções que se distanciou, eu não vou acreditar.

— Mas foi! – rebate, e antes que pudesse continuar foi interrompido.

— Eu estou falando e você escutando. Vamos colocar o ponto final nisto, tudo bem? Afinal de contas, não temos nada mesmo, a não ser relações profissionais, certo? – suspirou profundamente revirando os olhos – Quer saber de uma - revoltou-se -, chega!

Estava disposta não ter essa desgastante conversar com Bezalel. Prontamente saiu girando os calcanhares lhe dando às costas e voltando sua caminhada até seu cômodo, porém uma barreira de ossos parou em sua frente. Fuminando de ódio interno, permaneceu olhando para baixo.

— Olhe para mim – pediu com voz baixa. Relutante, Ester ergue-os.

— O que você quer? – perguntou cansada de tudo aquilo.

— Uma chance de fazer o certo desta vez.

— Por que eu deveria conceder essa oportunidade que me custaria caro? – questinou com uma pitada de humor na voz.

— Porque eu gosto de você.

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Revisado rapidamente, contém erros ortográficos.

Espero que gostem do capítulo.

A música que o Itai cantou é Uncover, coloquei acima caso queiram ouvir.

Fora isto, nada mais.

Deus vos abençoe!

Até breve,

<3

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