CAPÍTULO XVIII - Pobre Oséias
Minutos antes da descoberta...
A caminhada parecia ser uma boa amiga naquele momento. Passos eram dados em direção aquele bosque, que ainda não sabiam que era amaldiçoado.
Espairecer era o que o jovem marinheiro queria, tentar tirar de sua mente toda preocupação ou ao menos aliviá-la. Ficar com Bezalel não era uma solução, já que ele estava pior que Oséias, que carregava pesar em seu rosto e amargura em seu coração.
Sorte que uma bela Nelfa que encantara seu coração, surgiu para tirar o seu semblante de preocupação.
Mas nem tudo deve ser chamado de sorte, visto que suas intenções não eram boas. E que ela era uma intrusa na cidade dos Nelfos somente com um propósito: consegui uma doce alma. E Oséias era o seu principal alvo.
Sobre um feitiço que não permitia enxergar a verdadeira face daquele ser medonho, que se escondia atrás de máscaras de engano, Oséias era conduzido por palavras lisonjas para o bosque amaldiçoado.
Encantado, encantado, encantado, pobre Oséias, encantado.
Chegando na beira do lago, sentaram sobre a grama verde e com palavras doce ludibriava-o, palavras essa que poderiam descer doce, mais no meio do caminho tornava-se amargo como veneno.
O coração de Oséias foi o único que havia brechas quando essa criatura firmou os olhos sobre os jovens que chegaram em Eloman. O único que não nutria sentimentos de um verdadeiro amor, mas nutria decepção e solidão. E isso era tudo que esse ser procurava, a carência, a solitude e a frustração, tudo em uma só pessoa.
Um grandíssimo TRUNFO, diria o ser.
Prontamente o feitiço foi lançado e como um pássaro que não enxerga a rede de captura a sua frente e acaba embrenhado-se sem nenhuma escapatória, assim o jovem marinheiro foi preso em uma armadilha ardilosa e às chances de salvação eram mínimas.
— Por que da tristeza, Oséias? – questionou com falsa ternura, fugindo brincar com um folha seca.
Suspirou pesadamente e lhe respondeu sem revelar o real motivo: — Preocupações.
— Hum – murmurou descontraída.
— Mas, você tirou um pouco do pesar que está nesse pobre coração – revelou, massageando o órgão que lhe bombeava vida.
Rindo falsamente pela revelação, um sorriso singelo – mentiroso – surgiu em seus lábios, enquanto seus olhos fora de encontro ao de Oséias, que lhe analisavam com ternura.
Seu plano estava dando certo, muito mais que certo, estava caminhando extremamente muito melhor do que imaginara que seria. Não havia pena em seu coração, esse ser que desfaçava-se através de metamorfoses, surgira das trevas, invocado pela medonho e asquerosa fadinha, para ceifar a vida dos jovens, um a um.
O seu alvo não pôde ser mais certeiro, era o momento perfeito para cumprir às ordens que lhe fora dada. Ardilosamente, aproveitou o momento delicado de Oséias para se aproximar e oferecer-lhe um abraço, amigável.
O rapaz sensível e aberto a consolos, não exitou em aceitá-lo. Agora era o momento da tacada final, trevas cobriram às nuvens acima deles no bosques, enquanto afagava-lhe as costas, com uma das mãos desocupada, retirou de sua cintura uma lanceta curvada e amaldiçoada e cravou no coração do jovem marinheiro.
Sangue jorrou em seu rosto que contia um sorriso agora diabólico, enquanto a alma de Oséias era sugada e ele perdia tudo que se chamava: vida.
O seu grito ao receber o apunhalamento foi áudivel e horrorosos aos Nelfos, que não pouparam tempo em chegar próximo ao bosque, que agora contia uma barreira invisível que impedia-os de se aproximar.
O contemplar daquela cena, fora devastadora aos seus olhos, não havia formas de entrar ali e ajudá-lo. Bezalel teve que ser impelido por eles para que não se aproximasse, caso não, poderia também ter sua vida ceifada.
No último suspirou do aventureiro marinheiro estimado por muitos, um rugido ouvido enquanto o jovem se debatido, fora tão forte e estridente, que aquele ser virou pó e Oséias caiu sobre o chão. Fumaça escura caiu ao redor do bosque e sem esperar que ela dissipasse, os Nelfos entraram no breu para tentar localiza-lo, porém, tudo que encontraram fora cinzas. Concluíram que Oséias havia partido juntamente com o ser maligno que tentara ceifar sua alma de forma tão inescrupulosa.
Bezalel ficou inconsolável, procurando uma forma de contar tudo para Ester, temia sua reação, visto que o jovem marinheiro era praticamente seu irmão, só não o era, devido aos laço sanguíneos, que não tinham. Mas eram como o ferro que afiava ao outro, um amigo mais achegado que um irmão.
Se achegando ao Nelfo, de cabelos amarelados e olhos redondos com íris carameladas, cujo nome é Itai, lhe pediu que fizesse esse favor, não por covardia. Era fato, que Bezalel não encontraria força, muito menos coragem para que aquelas palavras fossem pronuciada pelos seus lábios. Ter que olhar seus olhos redondos, serem invadida por uma tempestade, lhe fragilizando ainda mais, seria o cúmulo, não conseguiria. Como preferia ser sincero, pediu que o Nelfo fizesse-o.
E ele não exitou em fazê-lo. Entendia a dor que seria para ele, visto que os humanos nessas situações não conseguiria agir racionalmente, o emocional sempre falava mais alto.
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Abruptamente Itai escancarou à porta, notando a agonia expressa no seu líder.
— Senhor! – exclamou estagnado, com os olhos meio arregalados por interromper esse momento, sabendo que devido a situação era necessário.
— Diga, homem! – ordenou eriçando as sobrancelhas preocupado.
— Não sei se devo... – meio receoso, assumindo que seu lado emocional queria ser mais forte que o racional, desviou seu olhar melancólico para Ester, devido sua expressão percebeu que seu mundo desabou, pelo que ele pronunciaria.
" Bendita hora que aceitei..." – praguejou mentalmente.
— Diga – pediu meio reclusa com olhos suplicantes.
Suspirando profundamente procurando coragem, despejou palavras que fora o terro da vida da jovem princesa. O Nelfo precisava sair dali, aquela pose de saldado valente não estava lhe fazendo bem, precisava respirar ar puro, devido que o daquela sala não era tão bom nesse exato momento.
— Eu... não posso acreditar... – ouviu-a murmurar. – Não, não, não. Oséias, não! Ele não pode ter morrido – o pânico e o desespero fora evidentes.
Procurando nos olhos de todos presentes uma faísca de esperança, somente encontrou pesar. Seu ato brusco, pegou todos desprevenidos. Passou correndo desajeitadamente por todos, nem Itai conseguira segurá-la. Correram, até que viram ela envolvida nos braços do detetive, aliviando seus corações.
— Você ainda tem à mim, não vou deixar nada te acontecer. – sussurou Bezalel, mas fora áudivel aos demais presentes.
Em sinal com os olhos, Bezalel pediu para que se retirasse e os deixassem a sós.
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Revisado rapidamente, contém erros ortográficos.
Sai um pouco do cronograma de postagem, mas não se preocupem, não vos deixarei sem atualizações.
Até a próxima,
Deus vos abençoe!
<3
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