CAPÍTULO XIII - Nômades ou Elfos?

                        
                         Passando o sufoco de ter que escutar os escândalos da princesinha tendo seu pé colocado no lugar de origem, Bezalel se questionava do porquê seu coração foi gostar de uma garota tão mimada. Não sabia qual era o orgulho que Oséias falava sentir por ela, já que ele não via nada de que se orgulhar nela.

Talvez ele o falasse por ser sua amiga; ora, qual é o amigo que muitas das vezes vai encobrir algo para não magoar a amiga? Era fato, que todo esse seu questionamento estava por completo errado.

Por ser detetive, tinha o costume de não confiar em ninguém, todos eram suspeitos até que se prove o contrário.

A noite houvera caído, porém, não aquela noite estrelada de se admirar, e não trazia a linda lua para seus caminhos iluminar.

Estava sim, o completo breu de se apavorar. Oséias tinha muitas qualidades, mas fazer tocha estava fora de cogitação, com certeza ele não tinha sido agraciado com esse dom. Cada tentativa era um terrível erro, os quais fazia Ester rir, mesmo com a dor que sentia. E claro, como Oséias não gostava de sua zombaria, uma carranca se formava em seu rosto.

Para que não sofresse mais os fracassos, Bezalel pegou um pedaço de madeira reta, tomou das mãos de Oséias os panos para envolver a madeira e derramou sobre ele o óleo mineral, que trouxe para esse tipo de situação.

Os dois jovens, olhava para ele abismado, como se tivesse feito uma mágica acontecer. Mas o que não esperavam era que tanto o esforço do jovem detetive, quanto o esforço do homem do mar fora em vão. Logo quando se acendeu a tocha, vagalumes, muitos vagalumes iluminaram a floresta, mostrando o caminho para Ester.

Sem acreditar naquilo que via, Bezalel só não destruiu a tocha em sua mão, pois, temia que fosse precisar dela depois. Fato era, a ira encheu seu coração naquele momento. O que aquela princesinha tinha de tão especial que ele ainda não via?

Por que todos os enigma apontavam para ela desde o Louvre, quando o mapa se revelou somente no momento em que esteve em suas mãos, e a aparição da asquerosa fada que nunca lhe enganou e agora, vagalumes fazendo cominho para ela.

Bezalel queria ter certeza, com tudas as provas apontando para ela e seu tio. Mas tinha dúvida, – somente relacionada à ela – não podia acreditar que Ester seria capaz de fazer tudo isso, e ainda mais sozinha. Porém, o que nunca entrou na sua cabeça, foi o fato dela ter se incriminado, era vero, ser sucessora era assustador, mas não para tanto.

Bezalel, se estivesse em seu lugar iria usufruir de tudo que a realeza tinha a lhe oferecer, e claro, como o seu ego não permite admitir que seria um péssimo rei, acreditava que seria ótimo e exerceria muito bem esse papel – só que não –. Mas só nos seus sonhos e imaginações mesmo, pois, o reino estava muito além dele e do que ele poderia oferecer.

Embrenhado-se pela floresta não tão escura – por conta dos vagalumes–, Oséias carregava Ester sobre as costas – para ele, ela era leve, mas para Bezalel, era pela misericórdia, claro, Oséias fazia trabalho braçal, já Bezalel, não. O pobre não cuida da saúde, quem dirá fazer trabalho braçal para cuidar de alguém. –, enquanto a mesma dormia suavemente.

Tendo o costume de conseguir dormir em qualquer lugar, nunca entendeu tanta facilidade, mas era uma dádiva que nem todos tinham, e ela o aproveita muito bem. Pensava que poderia em um futuro próximo não ter a oportunidade de apreciar o maravilho sono que tinha.

— Ela dorme em qualquer lugar? – enquanto brincava com a alça da mochila que carregava, questionou Bezalel.

Sem ânimo para seus questionamentos, Oséias murmurou que sim.

— Inacreditável. – proferiu com desdém.

— Ela tem sorte de conseguir dormir, mesmo em meio a tantos caos que aconteceram em sua vida. Então, não seja mal amado, e comece a julgá-la por fazer algo que nem mesmo você consegue. – retrucou defendendo a amiga e calando a boca do jovem.

Era fato, Ester conseguia fazer o que nem mesmo em sonhos ele conseguia. Com apenas algumas palavras, Oséias fez Bezalel voltar a sua realidade, desde que ouvira Ester dizer que jamais namoraria um detetive de araquia que nem ele, passou a tratá-la não muito bem. E isso não passou despercebido por Oséias, que só esperou a oportunidade para defender sua querida amiga.

Desculpe – pediu com voz suplicante, em sussurro, reconhecendo que havia errado para com a princesa. Ela tinha suas razões para não gostar dele, afinal, ela era a princesa e não iria querer ter nada com ele, certo? O pobre coração que se iludiu, agora cata seus caquinhos destroçados.

O silêncio estarrecedor predominava na mata, não ouvia vozes, somente o sons de suas pisadas quebrando galhos e triturando folhas secas no chão, Ester continuava a dormir, – o sono dos ursos – poderia acontecer uma explosão, que ela só acordaria depois, em seu tempo determinado.

Lastimável

A noite continuava a mesma, semelhantemente como acontecera com o sol, os dois homens esperava que não acontecesse o mesmo, esse clima era muito aterrorizante para ambos.

Tendo seus olhos agora contemplando afrente das altas copas das árvores pinus e amoreiras, uma clareia. Seus passos se apreçaram, porém, rápido de mais, os deixando desatento fazendo com que pisassem em uma armadilha de rede bem trabalhada, que os levou para cima, os deixando a metros do chão.

Bezalel ao inventar de abrir seus olhos e olhar para baixo, sofreu de vertigem,– é, ele tem medo de altura –  sua coração acelerou e o ar fora lhe faltando, enquanto Oséias ajeitava Ester que ainda dormia, tentava acalmar o jovem que sofria com ataque de pânico. Mas foi inútil, Bezalel estava a ponto de desmaiar, até que ouviu uma voz sonolenta sussurar fazendo seu coração se acalmar.

Respire comigo... – sussurou olhando no fundo de seus olhos, para que mantesse sua atenção neles, em seus olhos. Era necessário que ele não olhasse para nenhum outro lugar além de seus olhos azuis. Mas era fácil para Bezalel, já que estava olhando para os olhos da pessoa, amada.

Ao seguir suas instruções, o jovem voltou ao normal, mas de jeito nenhum olhava para baixo, mas sim para cima. A princesa estava ao seu lado naquela rede desconfortável, para o manter calmo. Enquanto Oséias houvera adormecido.

— Ester, me desculpe e obrigado.

— Ora, desculpa pelo quê? – perguntou tendo uma expressão de desentendida.

— Por ter lhe tratando mal, depois que ouvir você dizer que nunca me namoraria... eu entendo, mas... – foi cortado quando com suas mãos, Ester trouxe seu rosto em sua direção.

— Eu que devo me desculpar... – suspirou olhando-o descaradamente, com um olhar apaixonado. – não quis dizer aquilo, só fiquei nervosa, porque de fato eu...

Você? – perguntou próximo ao seu rosto, o que fora suficiente para deixar a garota com as bochechas rubras.

Aceitaria um beijo, mas você é lento de mais Ester! – a repreendeu em seus pensamentos e rolou os olhos.

ORAS!

— Eu...eu... – gaguejou – gosto de você. – as suas últimas palavras não fora áudivel aos ouvidos de Bezalel, pelo fato do estrondo que ecoou em suas vias auditorias, quase estourando seus tímpanos.

Oséias, se não estivesse sendo segurado por uma rede, teria caído e embolado para algum lugar pelo modo que se levantou ao escutar o estrondo e o estremecer das árvores.

O QUE ESTAVA ACONTECENDO ALI. – seu subconsciente questionava exasperado.

Se surpreenderam ao ter uma resposta. Uma flecha, mais veloz do que seus olhos podiam captar, atingiu a corda que segurava a armadilha, fazendo eles parar no chão. E o que pensaram que seria seu fim, nada aconteceu, devido a seres que segurava em cada ponta da rede os fazendo chegar sem impacto algum, ao chão.

Com os olhos arregalados ao ver aqueles seres em sua frente, seu queixo veio ao chão e automaticamente cuspiu as palavras que veio em sua mente – coitadinha da princesinha –.

— CÉUS! SÃO NÔMADES OU ELFOS?

Todos fitaram ela, tendo em seus rostos uma expressão incrédula, como ela sabia da existência desses seres que só se conheciam através de livros? E livros tais que ela não tinha acesso.

Quem era Ester de fato? Realmente seria ela uma princesa ou era tudo mesmo inquestionável? – estas eram as indagações que rondavam o jovem detetive, que já não sabia o que era fato ou especulações.

Ester era um enigma, que ele não estava disposto a desvendar, mas sim disposto a fugir, ora, quem era o doido de cometer um ato importuno igualmente a este, somente para desvendar um enigma?

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Revisado rapidamente, contém erros ortográficos.
Enfim, espero que vocês consigam desvendar o enigma e a mensagem que trás essa história!

Que esse capítulo aqueça seus corações.

Deus vos abençoe!
<3

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