CAPÍTULO XII - Clima bipolar

                Achando estar fadada à viver uma vida de azar, a princesa fazia reclamações sem fim, deixando os dois rapazes que com ela estava, irritados. Dois dias havia-se passado desde que o sol não se punha, estava escaldante, latejante, todas as frase que se encaixe no termo quentíssimo, seria apropriado para o sol que torrava seus crânios.

Lastimável, não?

Os cabos soltos das árvores, e o matagal nos seus arredores, fazia-se perceber que existia até plantas medicinal, porém, que não teria uso no momento. Os cabos fazia Ester lembrar das vezes que assistia com Oséias, – na humilde casa de sua mãe – Tarzan. Chamavam de tarde do homem que saltava pelos cabos grossos das árvores de mão em mão gritando: Ôhhhhhhhh. E batia na caixa tórax feito um gorila;
O cúmulo de sua adolescência.

Os mantimentos que trouxeram quando desceram na praia não era suficiente para viagem que fariam, de início achavam que iria ocorrer tudo bem, por acreditarem que o clima seria normal, mas era aterrorizante. No primeiro dia, Ester só não deu a louca para tentar voltar para o barco, pois, os dois homens não deixou. Ora, a princesa teria sua vida ceifada antes da hora.

Suas primeiras horas não fora fácies, nem impossível de se sobreviver. Mas como visto, por ter vivido uma vida de conforto, Ester não sabia passar sufoco.

Às copas das árvores pareciam não existir devido ao calor, que poderia ser contemplando de alguma forma na visão dos indivíduos daquele lugar, insinuava que estavam a delirar.

De todo caminho percorrido, não chegou-se metade. Era muito desgastante, não podiam beber toda água que tinham, muito menos comer todo alimento que tinham, se não, morreriam. Estavam de fato fadados a viver uma vida azarenta.

A trilha era estreita, tentavam chagar em uma das quatro localidade do mapa, o incrível era, que de todas as quatro reveladas, ainda existia uma que ocupava o meio, mas que não havia sido revelada no momento que Ester esteve com ele em mãos.

Bezalel estava exausto, em todos os seus anos de trabalho, nunca passou por tal, era inacreditável. Oséias por outro lado, mesmo no sol escaldante, conseguia admira de alguma forma aquela natureza desconhecida aos seus olhos, mas que amaria ter a oportunidade de explorar, Ester que não ouvisse seus pensamentos, pois, ele estaria muito encrencado caso acontecesse.

Lutando contra o cansaço que insistia em cair sobre seu corpo, Ester parou em meio as samambaias gigantes e estendeu seu braço esquerdo, para apoiar sua mão no tronco de uma árvore de aroeira ao seu lado. Fechando os olhos para respirar calmamente, Ester sentiu alguém lhe tocar, rapidamente abriu seus olhos e nada viu, quando o rodou pelo local fechado de samambaias.

Ester... – sussurrou quase inaldível.  – Ester... – sussurou novamente, só que mais alto, alto suficiente para implantar o terro no coração de Ester, que se embrenhou na escuridão da trilha que seguia floresta adentro, mas devido não ter prestado atenção, tropeçou num tronco e caiu rolando para uma pequena ribanceira. O que se pôde ouvir, foi somente algo deslocar, e um grito alto da princesinha resoar, trazendo para si Oséias e Bezalel que não estava muito longe.

— ESTER! – Exclamou Bezalel quando chegou e viu seu estado, correndo para ajudá-la e escorregou vagarosamente para o buraco. Sua preocupação era evidente, enquanto ele tentava colocá-la sobre os pés – meio difícil –, Oséias tirava de dentro da mochila que carregava, cordas. Pegando-as jogou no buraco para ajudá-los subir.

— Bezalel – resmungou seu nome pela dor do pé deslocado. – , é mais fácil eu montar em suas costas, e você subir comigo, não acha? – perguntou, e o jovem detetive sem pensar duas vezes, o fez. Colocou Ester sobre suas costas, fez com que ela entrelaçasse seus pés, mesmo com a dor, e envolvesse seus braços envolta do seu pescoço, mas claro, de uma forma que não o sufocasse.

— Pronta ou não, lá vou eu! – alertou pegando a corda, olhando se estava firme no troco que Oséias amarrou, tendo certeza, fixou seus pés na sólida parede de areia e subiu. Certamente, Ester lhe devia essa, e como Bezalel não é tão besta, não demoraria a cobrar pelo serviço prestado. Ainda mais, por carregá-la em suas costas.

Como ela pesa, é magrinha, mas osso pesa. – reclamou enquanto dava o último paço que os colocou sobre terra firme e não sobre uma ribanceira.

Definitivamente, a sorte não estava ao lado de Ester. Mas o jogo sempre muda, é melhor o fim das coisas do que o seu princípio. A sorte pode até não estar ao seu lado, mas ela nunca precisou de sorte, somente de coragem, certeza e esperança, que tudo daria certo. Sua chave era sempre se manter positiva independente das circunstâncias, fora isso que sua mãe lhe ensinou, que sempre haveria momentos de tristezas, porém, não é os momentos de tristezas que lhe definem, mas os de alegria.

A tristeza vem para lhe ensinar, mas ela deve passar e dar lugar para o que é de fato valioso, a felicidade, a qual não se pode comprar, mas se pode ganhar. O que definia a vida de Ester era isso: o momento que sua tristeza passava e chegava o momento de alegria. Isso de fato, sem tirar nem pôr, que a reputava. E de tudo isso o que ficava era a lembrança dos momentos de felicidade que vivia, Oséias faz parte da maioria deles. O momento não define, todavia, as lembranças sim, elas que fazem da vida, uma... vida.

— Ester, mais... – estagnado e preocupado, o jovem marinheiro não soube o que falar, somente tirou a donzela das costas do detetive – que morria, tanto pelo sol quanto por tê-la carregado –, e a abraçou, como quem abraça algo precioso.

— Eu tô inteira, Oséias, não precisa chorar, homem! – repreendeu, lhe afagando as costas. Pois é, a preocupação foi tanta que colocou o homem para chorar. Quando a viu caída naquela ribanceira, seu coração só faltou sair do peito pela dor que sentira por ter imaginado que algo pior podia ter acontecido. Porém, quando seus olhos contemplaram ela bem – muito mais que bem, vendendo saúde – . Sentiu um alívio imenso, e quando abraçou-a seu mundo inteiro desabou.

— Você... – começou com a voz embargada. – é uma irmã para mim, não posso perdê-la, – respirou profundamente – eu daria minha vida por você; – revelou ainda em choro – sabe disso, quero vê-la vivendo a felicidade que tanto almeja, mas se não puder, sei que terei ajudado. – concluiu.

A princesa não soube o que dizer diante de tal declaração; sabia que tinha um amigo que valia ouro, na verdade, muito mais que ouro, seu valor era inestimável, por isso faria de tudo para protegê-lo.

Por outro lado, Bezalel se encontrava abismado, como ele poderia ser tão pérfido ao ponto de dar sua vida por alguém, se questionava. O jovem rapaz nunca entenderia, pois, ele não sabia o que era amar de verdade, e não sabia que aquele que ama, daria sua vida pela pessoa amada, seja ela: uma amiga, irmã ou mãe. Ele só entenderá, a partir do momento que saber o significado de amar, e que amar, não é estar somente disposto a dar sua vida, mas o amar alguém estar também em suas atitudes.

— Vamos Ester, – chamou apontando para o tronco que ela tropeçou, para que sentasse – temos que colocar esse pé no lugar, não? – argumentou Bezalel, fazendo com que brotasse uma careta no seu rosto, – lastimável – quando se desvencilhou do abraço.

— Ninguém merece.

Anoiteceu

Oh! Que clima bipolar, parece você, Oséias – zombou enquanto sentava sobre o tronco. E Oséias, que não fica por ofendido, lhe deu língua.

Começou... de novo.

Revirando os olhos tedioso, Bezalel deu de ombros pela nova discussão infantil que se iniciava pelo dois felizardo o seu lado.

Bendita hora que aceitei esse caso. – murmurou balançando a cabeça em negação.

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Revisado rapidamente, contém erros ortográficos.
Espero que essa leitura aqueça vossos corações.

Deus vos abençoe! <3

" Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio; melhor é o paciente do que o arrogante. " Eclesiastes, 7:8 ARA.

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