CAPÍTULO X - Eloman
O cair da noite era evidente, o sol se punha deixando o céu com sua marca alaranjada. Perto a proa do barco, o jovem detetive descansava seus braços ossudos e cansados sobre o suporte do barco. Esperando o despertar da donzela e o homem velejador, enquanto o fazia, tentava planejar, precisava de qualquer forma ter um método que não faria a princesa desconfiar que ele a estava investigando.
Descontente ainda, pelo fato da princesinha fujona ter invadido seu pensamento justo na hora que poderia ter perdi sua vida – muito preciosa, e claro, por ter muito há viver ainda –, queria poder arrancá-la de seus pensamentos, mas era algo impossível.
Um botão seria o suficiente para ele apagá-la de seus simplíces pensamentos.
Não seria tão mau, certo?
O cheiro forte e salgado do mar, tomava por completo as suas narinas, o fazendo aspirar profundamente ao fitar as brilhantes estrelas no céu, fazendo-o lembrar de seus próprios olhos negros que ao bater um flash de luz, cintilavam – convencido o bastante para em um futuro desconhecido, não muito próximo, virar uma pintura exposta no museu do Louvre, claro que: pouco admirada. Pelo fato de sua expressão facial espantar alguém, por ser completamente debochado. –.
Ora, o auter-ego era imenso, e somente uma pessoa o feria. Mostrando que pelo simples fato de suas atitudes ser desencantadoras ao olhos do povo, porém, o encantava de forma absurda. Ora, não é de se ver uma princesa fugir do trono e incriminá-se a si mesma, para não ser titulada rainha da França, e além do mais, para completar o pacote recheado de promoção, viajar para encontrar uma cidade desconhecido, no caso, perdida.
— Uau... – admirou com voz sonolenta, coisa que o mesmo não fez.
— Mas... – bocejou, fazendo Bezalel virar para olhá-los, enfim, os adormecidos havia acordado. Ainda bem que não fora necessário aquela baboseira de beijo do príncipe encantado, pensaria Bezalel.
— Como chegamos, nesse... nesse – procurou as palavras certas para descrever o que via em meio à noite estrelada. –, paraíso. – falou rodopiando de felicidade.
— Não é para tanto, Ester. – proferiu Oséias tedioso. – Prefiro o mar, – apontou – mesmo em noite, podemos contemplar o quão cristalina é.
— Se só sabe admirar o mar, fique com teus argumentos.
A discussão era incessante.
— Ei, ei, não esqueçam que estou aqui – referiu-se à si mesmo, achando que poderia ganhar atenção de ambos para pararem a discussão, a qual era desfavorável e sem sentido naquele momento – portanto, falhou, devidamente. –.
Seus olhos que por um momento fixaram à Bezalel, se voltaram um contra o outro, como se fosse uma luta de espada, porém, de olhares.
— Você, – apontou para Ester. – não sabe brincar. Nem aguenta.
Gargalhando ironicamente, a princesa induziu o indicador em sua direção e proferiu: — Você que não aguenta, devido a esse fato, quer colocar a culpa em mim. – cuspiu as falas amargamente.
Antes que pudessem prosseguir, metade de um pão foi enfiado na boca de ambos, fazendo assim que olhassem incrédulos para Bezalel pela sua atitude infantil. – não tanto quanto a deles –.
— Como ousa – proferiu com a boca cheia de pão e o olhar cheio de fúria. Como o jovem detetive tinha um raciocínio lento, não pôde prever uma sandália voar em sua direção atingindo sua canela.
O que o fez grunhir de dor, é claro.
" Depois dizem que princesas não são malvadas " – reclamou furioso em seus pensamentos, enquanto massageava o local que foi atingido.
— Malvada! – exclamou lhe olhando indignado, enquanto ela satisfatoriamente lhe retribuía o olhar, e óbvio que Oséias segurava o riso para não receber uma chinelada também.
Descendo pois a escadaria mancando – fingimento de leve – falsamente, para deixar a princesa se sentindo culpada. Se sentou no último degrau e ficou lá, há divagar em seus pensamentos.
Como uma princesa poderia ser tão bruta? Ela deveriam ser uma flor de lotus, sensível e delicada. Mas, Ester era o contrário, determinada e ousada; era isso que dizia Bezalel chamar sua atenção nela, sua coragem e determinação.
Era seu oposto, já que tudo que Bezalel tinha era: determinação. Mas não a determinação certa, que lhe levaria a não ter temor em perder a sua vida por quem seu coração teimosamente insistia em se apaixonar. Seu cérebro queria distância de tudo isso, mas seu coração, que pobre coração, só queria tê-la envolvida em seu caloroso abraço, só queria amá-la.
Lastimável
— Bezalel – murmurou timidamente, os olhos do jovem que era fixo no escuro de seus olhos fechados, fora aberto para fita-la, apaixonadamente.
— Hum? – balbuciou para que prosseguisse.
— Me desculpe pelo chinelo. – se desculpou, mas não manteve seu olhar sustentado enquanto fazia, o que chateou Bezalel.
— Se quer se desculpar de verdade, não deixe de sustentar o seu olhar enquanto o faz. – adverteu saindo de sua visão, andando normalmente, deixando é claro, Ester de queixo caído pela sua atitude, infantil.
Insensível
°°°
O sol saiu de seu tálamo e irradiou a cidade perdida. Oséias que antes dormira o sono dos ursos, acordou e ancorou o barco próximo à praia, para que descessem dentro do bote amadeirado sem nenhuma pintura, e os conduzissem a terra.
— O sol está lindo, não? – questionou Ester, se espreguiçando. O homem do mar a olhou de baixo acima e se perguntavam de onde sairá aquela roupa e aquela bota surrada que ela vestia e calçava.
Ora, mas que...
— Não precisa perguntar sobre a regata surrada, nem essa calça fofolé, muito menos a bota surrada. É uma história para outra ocasião. – o cortou antes mesmo que pudesse fazer algum questionamento, e ao ouvir, tão somente fez assentir.
— Cadê o Bezalel? – perguntou procurando por ele até onde sua visão podia alcançar.
— Eu vi seu namorando no cômodo.
— Ah, sim! – exclamou desatenta. – Oh, Oséias, pare de brincadeira, que eu não tenho namorado algum! E não namoraria esse detetive de uma figa – reclamou quando percebeu a brincadeira de seu amigo.
— Bom saber, – Ester se assustou ao ouvir uma voz muito família atrás de si. – assim eu posso me manter afastado de você. – proferiu e piscou passando em sua frente como se nada houvesse acontecido. E como Ester dizia não se arrepender de nada que falava, ficou por isso mesmo. Seu orgulho não deixou admitir o erro em ter falo que jamais o namoraria, sendo que se pudesse, o fazia.
Cautelosos entraram no bote e Oséias os conduzia a areia, quando chegaram que colocaram seus pés sobre aquela areia, o sol que era tranquilo em se manter debaixo, sem nenhuma proteção sobre suas cabeças, passou a ser escaldante.
Mas o que de fato estava acontecendo ali? Era uma cidade inabitável ou bipolar, para mudar bruscamente de temperatura.
— Vamos voltar. – falam uníssono
As águas do mar, borbulhavam, fazendo assim, com que eles não tivessem chance de voltar, à não ser, prosseguir no sol escaldante para dentro de uma floresta fechada e tenebrosa.
Onde foram se me meter
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Revisado rapidamente, contém erros
ortográficos.
Não muito desenvolvido, mas aí está.
Espero que aqueça vossos corações.
Deus vos abençoe!
<3
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