CAPÍTULO III - Ora, mais essa agora.

                    

                     O dia não poderia ser mais tediosos do que estava. Ambos se perguntavam se haviam cometido um pecado imperdoável para estarem ali e juntos. O clima era pesado, não pela chuva que breve cairia, mas pela tensão que havia se estalado.

Era óbvio os olhares tortos para  Princesa, a pobre moça que havia chegado no local com um sorriso irradiante, se desfez, ao ser desprezada pelo povo, mas não por palavras. Suas atitudes eram de desconfiança para com ela, e ela não entendia.

O rapaz que estava ao seu lado percebeu e lembrou do que o rei lhe falara.

" Minha sobrinha, Ester, é uma das principais suspeitas do sumiço das dracmas"  – revirou os olhos ao lembrar.

Mas não era necessário tamanha crueldade da parte das pessoas e do rei. Ver o seu triste olhar e sua energia se abalarem por mediocridade das pessoas que nem prova tinham, somente suspeitas, o deixou irado.

O amor que era tanto aclamado naquele lugar, pôde ser notado como uma façanha, para enganar. Era só imagem,– a cidade do amor, não tinha amor – se antes Bezalel soubesse de tal ato, pouparia seus pés de pisarem naquele lugar. Permaneceria onde estava, na Finlândia, sua terra Natal.

Seu irmão, Lima, era apaixonado por Paris desde novo. Quando o conhecera, Bezalel morava ao lado da  simplícia casa azulada de Lima, os dois não se davam muito bem, porém, depois de um evento onde ambos estavam envolvidos, passaram à deixar as diferenças de lado e se conhecerem melhor, se torando o que são hoje, irmãos de consideração.

Em um dado momento, formado em sua profissão, Lima se mudou para à amada cidade de seus sonhos.

A ponto de mandar todos pararem de olhar Ester daquela forma, Bezalel respirou pesadamente, deixando exposta sua agonia.

Com suas mãos dentro dos bolsos da calça social preta, o homem pensara uma forma de animá-la, por mais que esse não fosse seu forte – uma de suas qualidades –, mas antes que tivesse a oportunidade, Ester começou a lhe falar, o que de fato ele já sabia, era tediante.

Andando por aquele extenso lugar, olhando as obras de artes mais apreciadas do mundo, estavam com tédio.

— O Museu do Louvre, há décadas vem sendo o mais conhecido do mundo, e claro, o mais visitado também.  – Ester contava, parecia entusiasmada – só parecia mesmo –, bufando em insatisfação, Bezalel murmurou algo desconhecido, atraindo à atenção da mesma.

— Pare de falar o que eu já sei – pontuou e crispou os lábios ao falar. Aquele assunto de fato já estava o deixando louco, Ester não sabia falar nada além das obras do Museu, quando ele foi fundado, e como nos dias de hoje está com uma capacidade maior para abrigar artes e monumentos. Ele sabia de tudo isso, mesmo não morando em Paris.

Indelicado – pensara.

Cabisbaixa, ela assentiu que sim e voltou seus olhos que estavam fitando-o, para frente.

— Bom, – falou depois de algum tempo em silêncio – não vamos precisar passar pelos oitos departamentos do local, somente no departamento de artes e monumentos Gregos, Estruscos e Romanos. E também, na sala de vigilância, onde estão as câmeras de seguranças. – adverteu, defronte ao elevador que estavam prestes a entrar para ir ao nível 5 do museu.

•••

— Às dracmas ficavam aqui, nesta caixinha de vidro a prova de qualquer tipo de bala, explosões dentre outras coisas. Deixavamos sobre este pilar de ferro maciço, recoberto por vidro, semelhantes os do museu – explicou apontando para o local onde ficava o objeto.

— Você poderia me explicar, como elas eram? – vendo a expressão confusa que tinha no rosto da jovem, ele o disse com clareza – eu quero saber, como era o Elo – relatou gesticulando as mãos.

— Ah, sim! – exclamou. – ela era de ouro.

Nossa, que bela explicação – diria ele, se não fosse indelicadeza para sua lerdeza.

Suspirando profundamente pela sua falta de atenção, decidiu deixar de lado, só o fato de ser de ouro e não de prata, ajudaria muito – para não dizer o contrário –, analisando o local todo, com uma lupa, luz negra e outros equipamentos, Bezalel não encontrou nada, não havia sinais de arrombamento, e nem de que havia sido roubada.

Mas provavelmente, alguém de fato teria pego, o monumento não iria sumir magicamente, certo?

O homem, não achava que havia sido Ester a criminosa, sim, era fato, ela vivia naquele lugar e o conhecia como a palma de sua mão, não iria roubá-lo por ter algum tipo de poder. Era muito ingênua para isso. Mas como Bezalel não seguia seus instintos, não deixaria se levar por um mero achismo, porém, não deixaria exposto suas suspeitas nela também. Iria ser um fardo pesado para suas costas.

— Não encontrei nada suspeito de roubo, mas alguém que tem acesso as coisas daqui, pode tê-lo pego – falou enquanto guardava seus equipamentos.

— Pelo jeito, serei a principal suspeita, se já não estou sendo – sua voz transmitira tristeza. Ester, estava aflita, por pensarem que ela seria capaz de fazer um ultraje desses. Não seria tão baixa para envergonhar o tio dela dessa forma somente para conseguir algo que desejava.

Seu semblante decaído, chamou a atenção do jovem de cabelos negros. Algo dentro dele bradava que ela dizia à verdade, mas não podia de forma alguma se deixar levar pelos sentimentos.

Vê-la no jornal lhe causou um transtorno sentimental – seus sentimentos foram abalados, de uma forma boa –, e descobrir que ela era princesa, lhe cortou as esperanças que tinha de conhecê-la melhor.

Um ultraje? Sim, mas era a realidade de ambos, e eles não podiam negar. Bezalel não tinha muito a oferecer-lhe, enquanto Ester tinha tudo, mas ao mesmo tempo não tinha nada, pois, do que adianta ter riqueza, senão existir o amor para compensá-la.

As pessoas acham dinheiro uma fonte de felicidade, mas não para Ester, ter o título que tem, a condição que tem, lhe impede de ter à única coisa que deseja, o amor verdadeiro. O que de fato traz felicidade, não é o dinheiro, mas o amor. Era tudo o que Ester desejava, mas não tinha.

— Ester, – proferiu ao se levantar, já que estava agachado ajeitando suas coisas. – eu poderia até te abraçar em forma de consolo, mas não pretendo morrer tão jovem – ironicamente disse, e ao dizê-lo pode ganhar uma gargalhada doce da parte da mesma. Pelo menos de alguma forma tinha ajudado ela, e isso lhe trouxe felicidade.

Bezalel, Bezalel... – é, ele se repreendeu.

— Enfim – se pronunciou novamente, batendo a mão sobre o terno para limpá-lo da sujeira do seu equipamento –, vamos? – pergunta eriçando as sobrancelhas.

— Oh! Claro – sorriu amarelo.

Antes que eles pudessem sair da ala no nível 5 às portas se fecharam e uma energia cósmica surgiu no pilar onde o Elo se encontrava. Apavorados os dois se viraram lentamente para ver o que era.

E para sua surpresa, uma fadinha azul sobrevoava o pilar.
Com os olhos arregalados, sem acreditarem no que estavam vendo, a bela fadinha se colocou sobre os pés, em cima do pilar e sorriu.

Graciosa

Se o Elo querem achar, deve a cidade perdida, Eloman, encontrar – sua dócil voz, os proferiu uma charada, um enigma. E ao concluí sumiu, deixando sobre o pilar um mapa dourado.

— Se eu tirasse o sapato e acertasse ela, ela nos contaria mais coisas – silibou palavras que soaram engraçadas para Bezalel que ia adiante pegar o mapa.

— Eu acho que ela teria sumido antes que você acertasse ela – riu com seu dito e gesticulou no ar o mapa.

Apesar de ser a primeira vez que contemplaram tal coisa, estavam calmos, pois estavam juntos. O que antes era tedioso, passou a ser calmo e assombroso.

— Ora, mais essa agora! – exclamou ao olhar o mapa.

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Revisado bem rápido!
Com toda certeza contém erros ortográficos.
Não estava tão criativa, mas está aí!
Espero que curtam bastante o capítulo!♥️✨
Deus vos abençoe.
<3

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