CAPÍTULO II - Beza... O quê?


                  Pensativa sobre o que acabou de fazer, caminhava para parte principal do jornal. Aqueles corredores precisavam de uma reforma urgentemente, os olhos da jovem analisava todo local vendo que os papéis de paredes esverdeados, velhos e descascados se desfaziam, e fazia com que aquele local tivesse um ar de abandonado.

Talvez fosse para enganar as pessoas sobre a fama do mesmo, para quê tanta beleza quando se têm lucro suficiente com às matérias publicadas, não?

Seus devaneios sobre casa abandonada foi interrompido pela pessoa que havia arrastado ela até aquela bendita porta – não era à porta a bendita, enfim –, passou pela mesma avisando que já se retirava do local.

— Tão rápido. – falou tristonha.

Um sorriso maroto surgiu nos lábios de Ester, pelo fato de sua amiga está agindo diferente com ela, sendo que a mesma costumava  lhe colocar para fora do jornal, devido ao fato da princesa falar de mais. – e os jornalistas falam de menos? – se questionava quando acontecia.

— Retiro o que disse, pode ir. À porta é serventia da casa. – brincou soltando um beijo no ar para ela enquanto ia para sala do Lima.

Riu da infantilidade de sua amiga e gesticulando a mão mandando que parasse.

— Acho que não seja o momento certo para ir até lá, ele não vai recebê-la Giovanna – ao falar frisou seu nome fazendo a mesma parar e girar nos calcanhares virando para ela.

Com a sobrancelha erguida para princesa, à  jovem de cabelos ruivos escuros manteve um sorriso de lado nos lábios.

Conhecendo Ester como ela conhecia, sabia que tinha entregado algo para seu chefe que faria Paris inteira parar para assistir.

Estralou a língua em satisfação: — Ainda querendo ser deserdada e perder o título de Princesa? – questionou brincalhona.

— Deserdada não posso ser, agora perder o título de Princesa eu posso, e depois do que vai ao ar, eu tenho certeza que serei destituída. – proferiu confiante.

— Eu não teria tanta certeza.

— Que seja! Ah... – tamboriou o indicador sobre o nariz ao lembrar do rapaz que vira. E seu coração até deu uma rápida acelerada. — quem era o rapaz na sala do Lima? – perguntou curiosa.

Giovanna estreitou um olhar duvidoso para sua amiga e logo os abriu lembrando de quem a moça falava.

A fim de descobrir o interesse de sua amiga no jovem, decidiu fazer um joguinho, não muito agradável.

— Ah! – exclamou ao colocar o plano em ação. — lembra do rapaz que eu disse que estava saindo? – Giovanna gargalhava internamente.

Se Ester fosse alguém que soubesse disfarçar – o que não era o caso –, quando algo fazia-a perder o chão, ganharia um prêmio, mas como era o contrário, seu semblante mostrou tristeza e confusão.

— Ah, sei... sei sim – deu um sorriso forçado para amiga que caiu na gargalhada. Ainda sem entender, a jovem ergueu as sobrancelhas incrédula pela sua atitude desprezível.

— Ester, – ainda rindo da situação hilária, Giovanna colocou sua mão sobre o ombro direito da amiga e proferiu: — você é boba, uma boba que se apaixonou à primeira vista, ê caiu no meu jogo.

Como pode ser tão ingênua? – Giovanna se perguntava. Como poderia, com tanta facilidade ao bater os olhos em um rapaz desprovido de beleza, – que não seja um príncipe, mas um detetive de araquia –, se apaixonar?

Ela sabia que deveria apoiar e aconselhar sua amiga sempre que necessário. Mas ela não compreendia de forma alguma, como ela queria deixar de ser Princesa, para ser uma donzela qualquer e viver o seu grande e verdadeiro amor.

Quanta baboseira, se esse negócio de amor verdadeiro existisse eu não estaria ainda encalhada , opa, se amor a primeira vista existisse – pensara a jovem ruiva de olhos caramelados.

Ao formular tudo que lhe foi dito, bruscamente se afastou da amiga gesticulando às mão horrorizada e dizendo que não várias e várias vezes – o lance de mentir para si mesmo –,

— Se você diz – deu de ombros –, ele é irmão do Lima... – revelou.

— O QUÊ? – arregalou os olhos exasperada –, como assim o Lima têm um irmão?

— Se você tivesse paciência para esperar eu terminar de te contar, saberia que é de consideração – a jovem encolheu os ombros encabulada pela falta de educação.

— Vai plantar batatas Geovanna – empinou o nariz ao dizer, mas perdeu toda postura de deboche ao escutar um fungar alto de sua amiga.

Agora o negócio tinha ficado sério, ofendê-la daquela forma não tinha volta, ela lembrava muito bem da última vez que o fez e só não voltou para casa com o olho roxo por piedade de Giovanna, caso contrário... teria levado uma almofadada daquelas,

temerosa o que poderia acontecer, Ester deu tchauzinho e saiu correndo.

Que boca Ester, que boca! – se repreendeu ao sair de lá.

— Ir para casa ou Torre Eiffel ? – se perguntou, ao pensar o que poderia fazer neste longo dia... livre. Ir ao seu lugar preferido ou chegar em casa e deitar em sua cama aconchegante?

Nenhum e nem outro, ao andar poucos quilômetros pela cidade das luzes, foi abordada pelos Saldados do palácio de seu tio. Seu estômago embrulhou pela possibilidade de seu vídeo está rodando a cidade inteira.

Era o que ela queria? Era. Mas temia o pior, já tinha deixado seu tio de cabelos brancos por todas tentativas falhas de perder seu título real.

Mas se já tivesse rodando por toda cidade, eu saberia, não saberia? – sentiu calafrios por todo seu corpo, pela possibilidade de está errada.

— O que querem? – exigiu uma resposta ao bufar em tédio, tentando esconder seu nervosismo.

— O Rei Filipe Augusto, seu tio, ordena sua presença no Palácio de Versalhes – respondeu um dos quatro guardas que a acompanhava. Ester, achava um exagero, quem era o louco de tentar sequestrá-la?

Desde nova ela teve aulas de defesas, quem quisesse fazê-la mal, teria que ser de outra forma, muito bem estudada.

— Sabem o assunto?

— O Eunuco que veio conosco sabe, agora por favor, entre no carro. O Rei não quer atrasos – ordenou

Revirando os olhos em discordância, Ester entrou no carro praguejando e balbuciando algo que ninguém entendera.

•••

Esse lugar, cheirava a lustres, para quê tantos? Quantos gastos – ela reclamava olhando o teto–, seu tio nunca pararia de ser tão exagerado.

Andando pelo extenso tapete vermelho com os guardas acompanhando-a, chutava o vento, chegaram a uma imensa porta de carvalho vermelho com detalhes dourados e algumas espirais por ela.

A mesma se abriu e revelou dois homens sobre poltronas ao redor de uma grande mesa. Um deles era seu tio, e o outro o homem que lhe deixou sem palavras. – sem estruturas –,

Se ela acreditasse em destino, diria que eles os uniu, mas como não era o caso, para ela era só uma coincidência.

Sabendo que não poderia reagir da mesma forma que reagiu no jornal, para não ceifarem a vida do rapaz, ativou a personalidade que mais odiava em si mesma, ser a princesa.

— Tio – fez um reverência e olhou de soslaio para o jovem ao seu lado.

— Sente-se – pediu –, esse é Bezalel – apontou para o homem que tinha o olhar firmado sobre ela.

Pobre Ester, estava vermelha, mas não de vergonha, ela estava prendendo o riso pelo nome estranho do homem. Acharia que seria um mais cordial, mas onde sua mãe houvera achado esse nome?

Com a mão sobre sua boca prendendo o riso que tentava se libertar a todo custo, seu tio perguntou se ela estava bem, já que estava vermelha. Ester assentiu que sim prendendo os lábios para não rir.

— Beza... O quê? – pelo fato de ter tantado saber o nome de novo, a princesa caiu na gargalhada, deixando Bezalel constrangido, não era a primeira vez que lhe acontecia, mas não achou que uma princesa tão renomada reagiria desse jeito.

O Rei colocou a mão sobre a testa e balançou negativamente a cabeça. Era certo, sua sobrinha não tinha jeito.

— Ester, isso não é modos de tratar o detetive – repreendeu a moça, que ao mesmo tempo ficou sem graça coçando a nuca.

— Detetive? Ele vai ajudar encontrar o Elo? – fazendo uma pergunta seguida da outra, tendo sua felicidade estampa no rosto, o rei assentiu que sim. Ele os ajudaria.

— E você, – se referiu a ela – vai com ele ao museu, já que é apaixonada pelo mesmo, e conhece cada canto daquele museu como a palma da sua mão.

Era uma grande verdade, Ester era uma aspirante em artes e monumentos históricos, desde nova sempre que teve oportunidades, escapulia para admirar os belos artefatos existentes naquele lugar. Passando sua fase de criança e adolescente conhecendo cada canto do museu, acabou tendo um grande apreço por ele.

Quando as dracmas chegaram no museu, Ester não arredava o pé do local, era dia e noite indo lá, sabendo como andava o decorrer das coisas e quando colocariam o magnífico monumento em exposição.

O único dia que não esteve presente no local, foi quando o monumento sumiu. Mas o que intrigou a alguns que sabiam sua rotina, foi não saber o paradeiro da jovem que não tirava os pés do museu, justo no dia que as dracmas desapareceram misteriosamente.

Ester passou a ser uma das suspeitas mesmo sendo Princesa, porém, nem mesmo ela ainda sabia.

— O quê? – se engasgou com o café que bebia, ao ouvir seu tio.

— O que você escutou, enquanto você estiver com ele, saberei que está em segurança, já que sempre consegue enganar os seus guardas e não me atende quando ligo.

Se de fato fossem guardas, não me deixariam fugir na maior facilidade, acho que não estão tendo o devido treino – retrucou com desdém.

— Olhe como fala comigo, moça, sou seu tio e rei, exijo respeito. – a jovem bufou em discordância. Enquanto Bezalel tinha um semblante sereno, analisando toda situação.

Além de ser um princesa exigente, é mimada – pensou dando uma risada nasal, enquanto tamboriou os dedos sobre à mesa, atraindo a atenção da donzela que lhe encantara no jornal, seus olhares se cruzaram por um momento e ele pode admirar suas belas íris azuladas, azuis da cor do mar em dias de tempestade.

Porém, o jovem tinha dúvidas, sobre o que achar dela depois desse comportamento um tanto que desprezível, não poderia se encantar por uma princesinha mimada, certo? Ao menos que quisesse ter sua vida ceifada, e Bezalel a amava de mais para perdê-la devido ao poderia ter sentido por ela.

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Revisado bem rápido!
Com toda certeza contém erros ortográficos.
Não estava tão criativa, mas está aí!
Espero que curtam bastante o capítulo!♥️✨
Deus vos abençoe.
<3

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