Enlouquecidos pela guerra e desejo de exterminar a humanidade, Inumanos e Feéricos selaram o destino do planeta e abriam cada vez mais as barreiras entre a a superfície e a Terra Oca. Fortes tempestades radioativas e uma densa camada de poeira negra tomaram os céus e a Terra  mergulhou num terrível inverno nuclear. A disponibilidade por alimentos decaiu drásticamente  e o que restava, em muitos casos era apenas a carne dos inimigos. Com a tragédia e morte da maioria das especies animais e vegetais do planeta, alguns humanos e feéricos sucumbiram ao remorso. O planeta estava arruinado. Humanos descobriram passagens para a Terra Oca e lá buscaram refúgio, e assim como eles, muitos feéricos retornaram ao seu local de origem.

Os conflitos na superfície continuaram por gerações. Feiticeiros feéricos aprenderam a manipular a radioatividade em seu favor e aprenderam sobre os chamados Campos de Mutação. Assim, criaram subraças de mutantes humanoides e de seres bestiais. As grandes alianças humanas e feéricas sucumbiram. Não havia mais um objetivo em comum pelo qual lutar, não havia troféu para conquistar. Restou apenas morte e desordem. Pequenos feudos surgiram, novos conflitos foram travados, e chegou o momento em que os homens também aprenderam a lidar com a magia.

Dos feudos, se fizeram reinos e impérios, e a violência que sempre esteve na natureza dos humanos perdurou. Seus descententes, muta-humanos, se misturaram a muta-elfos, trolls, anões e outros mais. Novas civilizações e raças surgiram, linguas miscigenadas, subraças ascenderam e caíram, se combinaram e recombinaram. A antiga Terra, assim como a antiga Terra Oca, já não passavam de uma memória longínqua.

Naquele mundo de magos, engenheiros, mutantes e sacerdotes de estranhas religiões, já não se supunha que um dos mais venerados deuses, Doutor Gravilov, que morava no Terceiro Altar cidade perdida da Trindade Eterna, guardião do Cálice das Dores do Mundo, Grande Operador do Reator da Pura Existência e pai do Futuro Buda, havia sido, na verdade, um garoto russo, capturado por cientístas vís, cuja mente foi estimulada por substâncias experimentais.

A Terra, outrora azul, agora tinha a superfície enegrecida, onde fortes linhas de energia verde brilhavam e pulsavam visíveis até mesmo do espaço. Tornou-se o lar de civilizações degeneradas, reinos que utilizavam magia, radiação e tecnologia mescladas, gigantes mecânicos e que tinham apenas uma coisa em comum com suas predecessoras ancestrais: permanesciam em eterno conflito.