Capitulo 1
Não eram nem sete da manhã em ponto e eu já estava de pé, de banho tomado, vestindo um vestido preto coisa mais linda que me caía como uma luva e um salto quinze que deixava minhas pernas maravilhosamente esbeltas.
Me olhei pela última vez no espelho, vestindo minha melhor roupa que eu fazia questão de usar por anos: minha imagem de garota barra mulher fatal. Desse jeito eu conseguia conquistar a confiança de muita gente e também fazia o meu pai largar do meu pé até essa missão terminar.
Não sabia o que me esperava nessa missão idiota, porém mais uma vez eu vou ter que por a minha inteligência de milhões em prática. Sim, quando mais nova fui diagnosticada com Q.I superior a 140, ou seja, posso me considerar uma gênia, literalmente.
Mas era meio óbvio que ninguém sabia disso!
Meu pai desconfiava por que tudo, absolutamente tudo o que eu fazia, eu entregava um trabalho com maestria, fazia ele lucrar milhões e mais milhões e era por isso que ele me prendia aqui, não me deixa ir embora por que no fundo ele sabe a mina de ouro que sou.
Eu nunca usaria minha inteligente para cometer algum crime ou fazer mal a alguém, mas infelizmente meu pai ter poder o suficiente para me obrigar a tomar a frente de seus negócios mais poderosos, já que o mesmo não tinha cara e nem coragem para assumir o que lhe pertence.
Passei meu perfume favorito e me olhei no espelho mais uma vez gostando da imagem que refletia nele. Não por nada, mas eu sou muito gata! Só falta eu ronronar para mim mesmo.
— Mas eu sou muito gostosa, puta que pariu! — gargalhei pegando minha bolsa e saindo do quarto.
Caminhei em passos largos fazendo questão de bater os saltos pelo chão fazendo um POC POC irritante mas eu não estava nem aí. Se eu não vou ser feliz nessa jornada, vou fazer questão de demonstrar isso com atitudes.
Meu dia acabou sendo uma bosta com a imagem da minha irmã mais velha, Naiara, usando um pijama muito, mas muito ridículo se materializando na minha frente.
— Bom dia, irmãzinha querida — ela disse com sorriso cínico igual a fuça dela.
— Bom dia é o cacete — falei passando por ela que nem fiz questão de continuar essa conversa fiada.
— Soube que nosso pai mandou você para mais uma missão de trabalho — revirei os olhos entediada — Deixa eu ir junto com você?
— Não! — falei seca andando em direção a garagem.
— Não seja má comigo, Aurora. Eu estou ficando entediada em casa, não tenho nada para fazer nas férias — abri minha bolsa e tirei meu óculos colocando eu meus olhos evitando que ela pereba eu revirando os olhos mais de uma vez para ela — A gente pode ir juntas e depois sair para algum lugar.
— Naiara — parei em frente ao meu carro fazendo um movimento com a mão para que ela calasse a boca — Sai do meu caminho, infeliz! Não me atrapalhe e não é da minha conta se você está entediada, vá encher o saco de outro!
— Como você é grossa Aurora! — ela berra em minha direção — O que custa? Sou sua irmã mais velha!
— Escuta — falei tirando e expondo meus belos olhos azuis em direção a ela — Quer fazer essa missão por mim? Quem sabe você vai, e eu fico no seu lugar coçando o saco? Não é você que está sendo obrigada a fazer essas merdas, Naiara, então cala a porra da boca! Sem paciência para você hoje e sempre, insuportável!
— Você que é uma insuportável! — entrei no carro, joguei minha bolsa no banco do carona enquanto minha doce irmã continua o show do lado de fora — Eu odeio você com todas as minhas forças!
Na maioria das vezes, Naiara gostava de jogar na minha cara que era minha irmã mais velha e o escambau, mas na maioria das vezes também, ela agia como uma criança de cinco anos. Baixei o vidro do carro a encarando super séria.
— Você ouviu o que eu disse, ao menos? — ela continha gritando pois ela sabia que eu não havia escutado a metade do que ela falava.
— Escovou o dente hoje? Está amarelo!
Sai dando a partida no carro, erguendo os vidros novamente caindo na risada da cara de tacho que Naiara fez. Otária! Se ela soubesse o quanto eu a queria que ela explodisse, nem chegaria perto de mim. Uma garota que sempre teve tudo na vida, que meus pais deram a ela o que nunca deram a mim e está sempre reclamando.
Liguei o rádio e coloquei Dangerous Women da Ariana Grande para tocar, porque só assim para me distrair até chegar ao meu destino.
O trânsito de São Paulo era tão caótico quanto a minha vida, mesmo sendo sete e quinze da manhã. Odiava essa cidade também, não vejo a hora de ganhar na loteria e me mudar para Maldivas com um cara gostoso para me arregaçar de cima a baixo, noite e dia.
Uma hora a minha estrela precisa brilhar!
Depois de exatamente trinta e cinco minutos nesse trânsito de merda, cheguei ao pavilhão. O enorme portão ja se abriam quando meu carro foi avistado pois já me conheciam, pois sabiam que meu pai me mandaria para tomar a frente disso aqui.
Estacionei na vaga mais distante, porém antes de descer, paguei minha arma que estava no porta luvas, e meus olhos brilharam por que essa coisinha era o meu xodó, então enchi de munição e deixei engatilhada, coloquei no coldre da minha coxa direita embaixo do meu vestido.
Agora sim, pronta para tudo essa vida, peguei minhas coisas e sai do carro. Como uma deusa que eu sei que sou, os olhares masculinos que se dirigiam a mim quando adentrei pavilhão a dentro era demais. Saber que você era desejada, era excitante para cacete!
Sorri enquanto caminhava em direção ao pequeno escritório e daqui já pude ver que o lugar era bonito, cheio de mesas de carteado espalhadas pelo local, máquinas de jogos de azar e já haviam alguns funcionários trabalhando.
Não fazendo questão de bater na porta, já entrei no escritório tendo três pares de olhos masculinos que pararam a conversa para me olharem de cima abaixo, mas esses três são meus amigos de farra, pois meu pai nem sonha que já fiz uma orgia com todos os três.
— Bom dia, flor do dia — Matheus, gato para caralho, sorriu ao meu ver.
— Péssimo dia! Ninguém me deixa em paz nessa merda — reclamei recendo as risadas.
— Será que você pode ser menos esquentadinha, Aurora? — Luan adorava me provocar quando sabia que eu não estava boa da cara, como hoje.
— Não posso, Luan. Vai fazer alguma coisa a respeito? — mordi os lábios em ver que ele ficou todo sem graça quando fiz questão de secar o corpo dele todinho.
— Vou ficar na minha, assim eu me mantenho firme — ele disse recebendo um peteleco na orelha de Matheus. Depois eu que sou a imatura aqui.
— O que temos? — perguntei abrindo meu notebook.
— Bem, temos que fazer isso funcionar para que o Eduardo pare de nos importunar — Não vou nem mencionar o quanto Joaquim, o terceiro Deus do harém está uma delícia hoje — Mas temos novidades na área.
— O novo delgado da polícia federal chega hoje na cidade, como já puxamos a ficha dele completa, já sabemos que ele vem para acabar com todos os crimes por aqui, temos que ficar de olho — Matheus disse me entregando uma pasta.
— Todos eles querem ser os justiceiros — falei abrindo a pasta — Não é nenhuma novidade.
Abri a página onde continha todos os dados do delegado e Jesus me abana, o que é isso? Só faltei babar olhando para a foto do cara que pelo jeito, vai atrapalhar meu trabalho por aqui. O nome dele é Lucas Albuquerque, tem trinta e cinco anos e já sinto esses olhos verdes que ele tem percorrer todo o meu corpo.
Pisquei umas três vezes, sorrindo sozinha, sabendo que vou me divertir mais ainda infernizando a vida dele do mesmo jeito que ele pretende fazer por aqui.
Se tem uma coisa que eu amo fazer, é atrapalhar a vida alheia a preciso deixar claro que tenho uma queda por homens mais velhos, fardados então, me fazia subir as paredes. Vou adorar colocar esse debaixo do meu salto quinze.
— Nem pense nisso, Aurora! — Joaquim em repreendeu sabendo dos meus pensamentos.
— Pensar o quê? Por acaso você que vai fazer o meu trabalho por mim? Boa sorte, por que lendo aqui — olhei para a folha do delegado gostoso — O cara tem um e noventa de altura, e sabendo como você é good vibes, não vai querer encarar. Estou errada?
— E ele tem fama de de ser um carrasco — hum, grosso e mandão, assim que eu gosto — O apelido dele é rolo compressor, por que ele passa por cima de tudo e de todos.
— Tirando o apelido broxante, deixem o delegado comigo. Tentem descobrir quem é o dono do batalhão que ele vai servir, porque se duvidar, trabalham para o meu pai e ele nem sonha que Eduardo Keller é o pior dos criminosos.
— Você tem certeza, Aurora? — Matheus perguntou — Já sabemos que ele sabe dos negócios do seu pai, e aqui vai ser o primeiro lugar que ele vai vim.
— Deixa ele vir, assim já sabemos que o que ele pretende e quais os passos que ele dará na cidade — falei pegando meu vape de maçã e soltando uma fumaça deliciosa — Só peço para que vocês resolvam o resto aqui dentro, coloquem isso para funcionar o quanto antes, não quero meu pai enchendo a porra do meu saco, então conto com vocês para isso dar certo.
Os três assentiriam e saíram em direção ao pavilhão, me deixando sozinha no escritório. Abri a planilha que montei no meu computador para começar a montar o financeiro desse lugar. Meu pai não pedia nada disso, ele só quer saber o quanto lucrou no final de semana, mas como tenho mania de organização, eu faço por conta própria.
Peguei meu celular e de relance vi a ficha do delegado e suspirei feito uma garotinha apaixonada vendo a foto do crush. Uma coisa eu tenho que admitir, o cara era gato demais, lindo de morrer e eu já sabia que eu ia me divertir demais mostrando para esse Deus grego quem manda por aqui.
A delegado, mal sabe você que quem é a dona do jogo sou eu!
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