Capítulo 13


Capítulo 13

Breno

Algumas semanas depois ...

A primeira coisa que notei quando andamos até a porta da frente da mãe do Sérgio foi a variedade de panelas por toda a varanda.

Nenhum era igual ao outro. Alguns eram pequenos o suficiente para segurar na palma da minha mão, enquanto outros teriam que ser levantados com os dois braços. E todos os últimos foram pintados em cores vivas e alegres. A maioria dos pequenos estava alinhada ao longo da grade, enquanto os maiores estavam alinhados no chão. Em cada extremidade, havia até as de tamanho médio penduradas no telhado. E em cada vaso floresciam plantas verdes luxuriantes, ervas frescas ou flores bem podadas.

Mel e eu estávamos tão ocupadas olhando para a tela botânica que nos surpreendemos quando a porta da tela bateu contra a casa com um estrondo alto, acompanhada por um grito alto de pura alegria.

Nós assistimos fascinados quando Sérgio levantou uma pequena mulher de cabelos loiros e a girou enquanto eles se abraçavam. Os dois estavam rindo quando ele a colocou no chão e se virou para nos apresentar.

Ou tentou, de qualquer maneira.

Ela só tinha olhos para Melissa, andando direto e estendendo os braços. — Olá, menina bonita. Eu sou a vovó, e eu realmente preciso de um abraço.

Mel escolheu esse momento para ser tímida pela primeira vez em sua vida. Ela se encolheu ao meu lado, agarrando meu braço com as duas mãos e puxando-o ao redor do peito enquanto estudava essa nova pessoa interessante.

A mãe de Sérgio tentou de novo. Ela inclinou a cabeça para o lado, combinando com a inclinação de Melissa. — Olá, tem alguém aí? Toc, toc.

Isso deu um sorriso a Mel, que sempre gostou de uma boa brincadeira. — Quem é?

A mãe de Sérgio manteve uma cara séria ao responder. — É a vovó.

Melissa olhou para mim, como se estivesse tentando descobrir a resposta. Quando ela não inventou nada, sua atenção voltou para a mãe de Sérgio. — Que vovó?

O rosto da mulher mais velha se abriu em um sorriso caloroso. — A vovó que qer dar um abraço em uma menina lida. — Melissa começou a rir, balançando a cabeça para cima e para baixo. Ela nem precisou perguntar. —Toc. Toc.

— Quem é? — Maddie escapou do meu braço, dando um passo corajoso para mais perto da mãe de Sérgio.

— A sorveteira. — Mais uma vez, ela entregou a linha com uma cara de pôquer perfeita.

Mel já estava rindo, sem nem mesmo saber o final. — Que sorveteira?

A mulher mais velha estendeu os braços novamente, fazendo uma cara louca enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro. — A que dá sorvetes quando recebo abraços gostosos!

Isso foi o suficiente. Melissa correu para frente e passou os braços em volta do pescoço da mulher por cerca de três segundos. Ela estava tão animada que a única coisa que a manteve no lugar foram os braços da mãe de Sérgio em volta da cintura. Mel arqueou para trás, apoiando as mãos nos ombros da mulher mais velha enquanto a estudava por um minuto. — Meu vizinho tem uma vovó. Ele diz que ela é a avó dele porque a mãe dele era sua filhinha como eu sou do meu pai.

A mãe de Sérgio assentiu solenemente, como se não apenas entendesse a pergunta implícita, mas lhe desse a devida gravidade. — Entendo. E você sabe que eu não sou a mãe nem do seu pai nem de sua mãe. — Mel assentiu em silêncio. — Ajudaria se eu lhe dissesse que conheci sua mãe?

O suspiro surpreso de Melissa foi como um soco no estômago. Eu não tinha falado o suficiente sobre sua mãe? Provavelmente não, agora que pensei nisso. Tina era um assunto doloroso que eu não havia abordado muito antes da necessidade exigir quando Sérgio entrou na minha vida. Eu tinha um álbum cheio de fotos da nossa vida com Tina na sala de estar em casa e um de Tina e Mel no seu aniversário de um ano pendurado no quarto dela, mas não fiz muita coisa com eles. Eu supunha que estava esperando até que ela estivesse mais velha para que ela tivesse mais perguntas.

Meu coração se partiu um pouco mais quando Melissa falou com uma voz tão pequena que era apenas mais do que um sussurro. — Minha mãe era uma boa moça?

Os olhos de Sérgio estavam brilhantes quando ela balançou a cabeça com um sorriso maternal. — Sim, docinho. Sua mãe era uma garota adorável. Bonita como uma boneca e muito boa também.

Sérgio parecia tão emocionado quanto eu. Ele se agachou ao lado delas e afastou os cabelos de Mel para que ele pudesse beijar sua bochecha. — Lembra como eu te disse que família é quem você escolhe? — Ela assentiu, começando a se contorcer e mudar de pé para pé. — Bem, princesa. Se eu sou seu tio e esta é minha mãe, acho que Vovó parece certa para a família que estamos formando, não é?

Essa era toda a resposta que ela precisava, aparentemente. Mel voltou-se para a mulher que ainda a abraçava. — Você sabe o ABC, vovó?

Ela definitivamente estava piscando para conter as lágrimas enquanto sorria para a menina. — O que é, docinho?

Mel já estava rindo. — Eu vou te ensinar a música do ABC, vovó.

A mãe de Sérgio parecia completamente encantada nesse momento. — Você pode cantar pra mim?

— ABC ... — Me começou a rir tanto que levou um minuto para terminar. — DEF G HI JK elemeno e todas as outras letras.

Sérgio sorriu como se estivesse igualmente encantado e levantou a mão. — Com licença, princesa. Eu só tenho uma pergunta, o que exatamente é elemeno?

Sua mãe se virou e olhou para ele como se ele fosse louco. — Você está brincando comigo? Você esqueceu os ABC, Sérgio? Canta comigo e Mel, nós ajudaremos você.

Melissa saltou para cima e para baixo. — Sim! Canta com a gente, tio Sérgio. ABC DEF GHI JK elemeno P QRS TUV WXY e Z.

Fui até lá e salvei Sérgio antes que ele pudesse fazer outras perguntas embaraçosas, estendendo minha mão para me apresentar. — Oi. É um prazer conhecê. Sou o Breno e quero lhe agradecer muito por nos receber neste fim de semana.

Ela deu a Melissa mais um abraço rápido antes de ficar de pé e bater na parte de trás da cabeça de Sérgio. — Obviamente, meu filho deixou de lhe falar sobre mim. Dê-me um abraço e, quando terminarmos, poderá decidir se me chamará de mãe, vovó ou Andréia.

Sérgio se levantou, balançando a cabeça e dando um passo para trás para que ela pudesse me alcançar. - Ela não está mentindo, Brad. Também não recomendo chamá-la de senhora, pelo menos não se você quiser se sentar à mesa dela. Minha amiga Gigi é tem o mesmo jeito; queremos apenas ser educados, mas elas não o veem da dessa maneira.

Andréia estreitou os olhos, as mãos indo direto para os quadris enquanto ela se inclinava para olhar seu filho muito mais alto. — Não, com certeza não. A senhora é reservada para pessoas que estão prestando um serviço, como balconista ou garçonete, ou para velhinhas. Eu não sou nenhuma dessas coisas, e eu diria que sua amiga Gigi está na mesma página que eu.

Eu imaginei que o salvaria, então, sem jeito, estendi meus braços para um abraço. —Andréia é um bonito nome, tudo bem se te chamar pelo nome?

Sérgio foi esquecido, ela se virou para mim com o tipo de sorriso caloroso que apenas uma mãe poderia dar. — Isso funciona para mim, criança. Agora entre aqui e me deixe mimar vocês.

Não havia rigidez quando Andréia me abraçou. Assim como Sérgio, ela passou os braços em volta da minha cintura e me abraçou com um abraço de corpo inteiro, balançando de um lado para o outro enquanto ela fazia isso. Quando ela se afastou, ela estendeu a mão para dar um tapinha na minha bochecha. — Ainda não te conheço, Breno, mas conheço o suficiente sobre você pelo que fez pelo meu filho. Mal posso esperar para nos tornarmos amigos; algo me diz que você é meu tipo de pessoa.

Eu não tinha certeza do que ela quis dizer com isso, mas desde que foi dito com o mesmo calor que senti em seu abraço, eu sabia que só poderia significar coisas boas. Meu rosto estava quente quando eu engoli e assenti. — Estou ansioso para conhecê-la também, Andréia.

Ela jogou a cabeça para trás e riu quando deu um passo ao meu lado, mantendo um braço em volta da minha cintura enquanto me guiava em direção à porta. — Oh, você é um pouco formal, não é? Vamos sair desse calor, eu tenho uma jarra de limonada recém-feita esperando na mesa pelos adultos e algo menos azedo para Mel.

Eu ouvi Melissa sussurrando para Sérgio enquanto eles nos seguiam para dentro. — Eu tô gostando de vir para a casa da vovó, tio Sérgio. Ela é divertida.

Ele parecia feliz, apesar de seu gemido brincalhão. — Apenas espere, princesa. Você ainda não viu a metade disso.

Mal tivemos a chance de nos sentar ao redor da pequena mesa da mãe de Sérgio antes que os olhos de Mel se arregalassem quando ela viu um prato de biscoitos caseiros. Ela ficou de joelhos, batendo palmas, enquanto pulava na cadeira.

— Você assou esses, vovó? Eles são maiores do que minhas mãos, olhe. — Ela levantou as mãos para demonstrar.

Olhei para Melissa, enrugando meus lábios enquanto balançava minha cabeça rapidamente. — Segurança em primeiro lugar, boneca. Sentamos com as costas apoiadas, lembra?

— Oh, sim. Desculpe, papai. — Me rapidamente voltou à posição correta, lambendo os lábios quando Andréia colocava um daqueles biscoitos enormes em um prato na frente dela, junto com uma caixa de suco. Os olhos da pequena se iluminaram. — Obrigada, vovó.

— De nada, docinho. E sim, eu os fiz. Você gosta de fazer biscoitos? — Andréia sentou-se ao lado de Mel. Elas começaram a conversar sobre assar, deixando Sérgio e eu para servir a nós mesmos, enquanto ela dava todo o foco à neta. Que era como deveria ser e exatamente o que eu queria para ela quando fui procurar Sérgio. Eu não sabia que haveria uma vovó no futuro dela, mas queria que ela tivesse uma família. Pelo que eu tinha visto até agora, eu não poderia ter escolhido melhor.

Ele inclinou a cabeça em direção a sua mãe quando ele alcançou a limonada e encheu nossos dois copos. — Espero que você perceba que nós dois vamos ficar invisíveis a essa altura. Eu disse a você no carro, não foi? Tudo o que tínhamos a fazer era deixar Melissa sair e fazer o check-in no nosso hostel. Poderíamos já ter nossos quartos e mergulhar na piscina agora.

Andréia levantou um dedo para Mel como se pedisse que ela esperasse um segundo antes de sua cabeça nos abrir com um olhar feroz. — Hostel? Não, acho que não. Essa é uma despesa desnecessária. Além disso, como devo passar um tempo com minha nova neta e conhecer o pai dela, para não mencionar a chance de conversar com meu filho, se você estiver hospedado em algum hostel? Não, você ficará aqui comigo onde você pertence.

Sérgio revirou os olhos. — Onde é que vamos dormir, mãe? Sem ofensa, mas você não tem muito espaço aqui.

Ela não estava recuando. Levantou o queixo e olhou de volta para ele, como se o desafiasse a discutir. — Bobagem. Finalmente me livrei daquela cama de solteiro em seu antigo quarto meses atrás e transformei-a em um quarto de hóspedes adequado, completo com uma cama queen-size. Não me pergunte por que, eu só tenho vontade de redecorar. — Ela se virou e me deu uma piscadela. — Acho que minha intuição estava tentando me dizer uma coisa. Aqui eu pensei que precisaria disso quando um de meus amigos tivesse bebido muito depois de uma das reuniões do clube do livro, mas agora meu filho voltou para casa e trouxe mais duas pessoas para eu amar junto com ele.

Sérgio passou a mão pelo rosto. — Mãe, eu não me importo com o tamanho da cama que você conseguiu espremer naquele quarto. Isso só cuida de Breno e Melissa. Não há como eu me encaixar no seu sofá ou dormir no chão da sala. E não ouse sugerir que eu durma com você, porque isso também não está acontecendo. — Ele descansou a mão sobre a dela, apertando-a. — Não se preocupe, mãe. Eu prometo que não vamos estar longe e vamos chegar assim que acordarmos. Apenas observe, estaremos batendo na porta exigindo café da manhã antes mesmo de você ficar lavar o rosto.

Melissa puxou a manga de Andréia. — Vovó? O tio Sérgio está sendo bobo? — Seus olhos estavam arregalados, como se implorando à sua avó que concordasse que isso era uma impossibilidade.

Andréia não riu e pude ver a ex-professora nela enquanto ela explicava pacientemente. — Não, docinho. Seu tio estava falando sobre a minha maquiagem. — Ela apontou para o rosto, balançando o dedo em um círculo. — Ele sabe que eu não saio do meu quarto sem estar arrumada. Como é o razoável, certo?

**

Olá querides,

desculpe o sumiço. estava fazendo meus exames anuais. e fico meio sem energia criativa. 

mas, bora que Sérgio e Breno estão descobrindo novo estágio da amizade deles né? hahahahaha. e aí... qual a solução da cama no quarto de hóspides. hahahahaha. o maior clichê de todos né. adoroooo. 

o que estão achando? deixe seu comentário e clica na estrelinha. 

bjokas e até a próxima att. 

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