- Você tem que parar de me acordar trepando - eu sorri ainda de olhos fechados sentindo seus lábios beijando cada centímetro do meu pescoço. Eu tinha dormido, mas ainda estava tão exausta que minhas mãos permaneceram no colchão enquanto eu sentia Negan sobre mim.

- Você tem certeza? - ele perguntou, pela rouquidão acentuada de sua voz havia acordado agora.

- Sim - eu murmurei, suspirando quando sua mão cobriu meu seio direito - Me deixa dormir.

Ele riu, uma risada rouca e gostosa. Eu abri os olhos, encontrando seu rosto próximo ao meu. Ele era bonito até assim com cara de sono.

Toquei seu rosto e passei o polegar no canto seu lábio que parecia meio inchado e levemente vermelho. Uma briga? Quem seria louco a bater nele?

- Tudo bem - ele respondeu, sem tirar o sorriso do rosto. Ele parecia estar pensando em algo que só ele sabia.

Negan se apoiou no antebraço, ainda meio deitado sobre mim. Sua mão se espalmou sobre minha barriga, subindo e descendo.

- Talvez você queira me dizer porque eu encontrei um dos meus travesseiros molhados ontem - ele disparou, lambendo o lábio.

- O quê? - eu arregalei os olhos, sentindo meu rosto esquentar. Merda. Ele riu, achando graça do meu constrangimento.

- Ah, querida, não é difícil juntar dois mais dois. Você estava nua na minha cama com um travesseiro molhado jogado ao seu lado.

Eu não me masturbava a muito tempo. Não que eu não gostasse, mas não tinha necessidade. Isso não era um hábito, mas eu não consegui me segurar ontem. Simplesmente aconteceu. Eu não achei que Negan fosse chegar ontem - se não teria me livrado do travesseiro e evitado essa conversa embaraçosa.

- Devo conferir os braços dos sofás? Onde mais você se esfregou até gozar?

- Não - eu desviei o olhar, olhando para o teto. Eu não era tímida, mas esse não era um assunto que eu quisesse falar. Eu não precisava olhar para saber que ele estava sorrindo aquele sorriso filho da puta.

- Achei que você usasse só os dedos, mas você prefere o bom e velho travesseiro. Isso me deixou duro sem nem precisaria ter tocar.

- Você sempre está duro - respondi sem olhá-lo, esperando que ele se tocasse que eu não queria levar o assunto para frente.

- Eu vou pensar nisso sempre que estiver lá fora.

- Ok - eu assenti, começando a ficar desconfortável de verdade.

- Quero ver esse show na próxima vez.

- Não. Nem pensar - eu neguei com a cabeça e ele riu, passando os lábios pelo meu maxilar. Eu o olhei e franzi a testa.

- Não fique desconfortável, querida.

- Não estou. Você que devia estar. Se eu estou me tocando é porque você não está fazendo seu trabalho direito.

No mesmo momento que eu vomitei as palavras, eu desejei engoli-las de novo. Eu prendi a respiração quando Negan estreitou os olhos para mim, seu sorriso deixando seus lábios enquanto me encarava. Eu nunca vi esse olhar antes, parecia que eu tinha tocado num ponto delicado. Minhas respostas vinham automaticamente quando eu era colocada em situações delicadas.

- Eu não gosto de me sentir constrangida - eu disse calmamente, querendo reverter a frase anterior. Ele arqueou as sobrancelhas.

- Porque eu descobri que você se masturbou? Se tem algo que você não é, é tímida.

Eu não disse nada e isso pareceu passar batido. Sempre fui uma pessoa que tinha as respostas na ponta da língua, mas não me atrevia a discutir com Negan - nem tinha porque eu discutir, ele nunca foi idiota comigo. Até agora.

- Ok, boneca, sem mais comentários sobre você se divertindo sozinha - ele disse, finalmente vendo que eu não gostava do assunto - Mas eu ainda quero ver isso - seu polegar puxou meu lábio inferior um pouco - Às cenas estão piscando na minha cabeça, você com o travesseiro entre as pernas, se esfregando...

Eu só percebi que o havia empurrado de cima de mim quando eu sentei na cama e ele se sentou também.

- Que merda você tem? - Negan rosnou, me olhando surpreso.

Negan nunca tinha me irritado ou me deixado com vontade de sair de perto, e eu não sei o que deu em mim. Eu não consegui verbalizar nada, só fiquei o olhando sem entender como fiz isso. Ele também não falou nada, mas seu olhar se escureceu sobre mim.

- Se vista e desça - ele avisou, levantando da cama e vestindo a cueca. Eu pulei da cama, e em dois passos estava na sua frente, com as mãos em seu peito.

- Eu não quis...

- Se vista e desça - ele repetiu, praticamente soletrando as palavras na minha cara. Que merda eu fui fazer?

- Negan...

- Você vai me fazer repetir? - seu tom escuro me pegou de surpresa. Negan trancou os olhos comigo, o olhar matador afiando as bordas de suas íris pretas. Eu podia sentir a tensão no ar começar a subir e sufocar-me.

Ele nunca usou esse tom nem esse olhar frio comigo, pelo contrário, mas eu também nunca fiz algo assim. Eu me senti desestabilizada em todos os sentidos, sem saber o que fazer.

Não digo nada. O puxo pela nuca e o beijo da forma mais apaixonada que consigo, mas ele não retribui. Sinto-me quebrar em milhões de pedaços.

- Me desculpa - eu sussurrei contra sua boca - Eu não quis fazer isso. Eu só fiquei sem jeito... - as palavras saiam freneticamente da minha boca. Eu não queria ele bravo comigo. Sua expressão não mudou em nada diante do meu desespero.

- Parece que você está se esquecendo quem manda aqui - eu tremi quando uma das suas mãos envolveu minha garganta, impedindo que eu desviasse o rosto - Isso nunca mais vai se repetir. Se você não se sente bem comigo, nada te empede de sair.

- Não! - minha resposta saiu prontamente - Eu não quero te deixar...

- Não é o que parece - ele me interrompeu, apertando levemente a mão que estava no meu pescoço - Quebrando regras, batendo em pessoas e agindo desse jeito comigo.

Eu fiquei ainda pior porque eu via em seu rosto a surpresa. Ele nunca esperaria que eu fosse agir desse jeito. Minhas mãos deslizaram de seus ombros até pararem na sua cintura, o agarrando como uma bóia no meio do oceano.

- Eu não quero que você fique bravo comigo. Você é a única pessoa que eu tenho.

Negan era tudo o que eu tinha. Eu nunca fiz amigos no tempo que estive aqui, eu queria nunca mais criar vínculos com quem quer que fosse, porque sabia que eu ia perde-los assim como perdi todos que amava.

Mas ele chegou derrubando todas as minhas barreiras. Eu era uma casca assustada e maleável, e ele me moldou como queria. E eu não me importei. Eu sofri tanto lá fora, fugindo de pessoas e de caminhantes, que quando ele veio dizendo que cuidaria de mim, eu abaixei todas as minhas defesas. Ele era um príncipe no cavalo branco, mesmo eu sabendo que por dentro ele era negro como a noite. Mas ele estava aqui, por mim e para mim. Ele nunca me abandonou.

- Exatamente. Você não tem ninguém além de mim.

Aquelas palavras haviam me cortado por dentro, como adagas afiadas que insistiam em me ferir mais e mais a cada segundo. E a causa de tudo aquilo era uma pequena frase. Uma frase verdadeira. Eu estava sozinha. Eu não tinha ninguém além dele. Eu não imaginava o que aconteceria se um dia, eu fizesse algo realmente sério.

- Você se esqueceu quem cuidou de você? - ele questionou, arrastando a sua mão da minha garganta para minha nuca, nunca me deixando desviar o olhar - Quem te tirou de lá de fora, doente e quase morta e te colocou aqui dentro?

- Não, eu nunca esqueci...

- Eu não te curei só por fora - ele deslizou os dedos pelo meu braço - Eu te curei aqui - ele tocou minha cabeça com o indicador - Você era um bichinho assustado, com medo da própria sombra, e eu cuidei de você.

- Eu sei, eu sei - eu concordei com a cabeça, o segurando com mais força enquanto as lágrimas queimavam meus olhos - Eu nunca vou conseguir te agradecer por...

- Você pode ir quando quiser - ele me cortou, apontando para trás de mim - A porta está aberta. Não há nada te segurando - ele falou propositalmente, alfinetando justamente meu ponto fraco.

- Não faz isso comigo - minha voz saiu engasgada e eu não consegui mais segurar o choro.

- Shhh. Não chore - ele passou a mão no meu cabelo, em seguida secando minhas lágrimas. Negan me puxou para seu peito, afagando meus cabelos enquanto eu chorava como uma criança - Eu não gosto quando você chora.

Sua voz era tão serena que se tornou impossível não ficar calma com tudo aquilo. A personalidade instável dele bagunçava minha cabeça. Eu não sabia se ele dizia essas coisas para me manipular, mas eu não ligava. Só a ideia de ficar longe me aterrorizava. Eu estava feliz com ele, por mais absurdo que possa parecer.

- Você ainda está bravo comigo? - eu sussurrei, olhando para cima. Negan sorriu aproximando seu rosto e roçando a ponta de seu nariz ao meu.

- Muito - disse enquanto ele segurava minha cintura com uma mão, se sentando na borda da cama e me puxando para ficar de pé entre suas pernas.

Eu cobri seus ombros com a palma das minhas mãos, sentindo sua pele quente.

- Não use esse olhar fodido para me distrair - ele me repreendeu. Ele sempre falava isso. Não use esse maldito olhar comigo, Ellie. Eu nunca entendi que olhar eu usava, mas ele gostava.

Sua boca tocou levemente minha pele entre meus seios e foi traçando um caminho de beijos e lambidas enquanto seus outros dedos acariciavam minha barriga. Deslizei meus dedos por entre seus cabelos, o incentivando. Negan olhou para cima e me puxou pela nuca, selando nossos lábios.

Essa montanha russa era de fritar os neurônios. Num momento ele estava louco, querendo arrancar minha pele e agora ele estava me beijando e me tocando como se eu fosse quebrar. Ficamos assim por um longo tempo, enquanto ele me beijava e percorria meu corpo com suas mãos.

O que esse homem faz comigo? Minha intimidade se contraiu e pulsou quando seus dedos chegaram a parte interna da minha coxa. Eu afastei um pouco as pernas, choramingando em sua boca para que me tocasse.

As pontas dos seus dedos desciam e subiam levemente, ameaçando chegar em minha intimidade e quando ele finalmente me tocou, não consegui conter um gemido de desespero.

- Isso é um não? - ele sorriu irônico contra minha boca e ameaçou retirar a mão, mas de imediato o segurei a mantendo em mim. Seu sorriso desapareceu quando ele falou a próxima frase.

- Você me decepcionou, Ellie - sussurrou, deslizando dois dedos nas minhas dobras molhadas me fazendo gemer alto.

- Não... - eu choraminguei, soltando um mísero som acompanhado de um suspiro. Negan recolheu minha umidade em seus dedos antes de move-los no meu centro, massageando meu clitóris. Eu rolei os olhos para trás de prazer e os fechei.

- Olhos em mim - ele rosnou, provocando minha entrada com um dedo enquanto o polegar deslizava sobre meu clitóris inchado. Eu abri os olhos, encarando o homem maravilhoso que me olhava com um olhar perigoso.

- Eu sou bom pra você? - os movimentos de seus dedos eram tão lentos que eu arqueava meu corpo pra baixo, procurando mais atrito.

- Sim - eu concordei freneticamente, movendo meu quadril contra seus dedos. Só mais um pouco... um gemido rompeu minha garganta quando dois dedos me invadiram, entrando e saindo no mesmo ritmo torturante do seu polegar sobre minha carne.

- E porque você não está sendo uma boa menina pra mim? - sua expressão é seria e seus olhos estão brilhando.

- Eu sou... eu sou sim - eu estava muito concentrada em manter os olhos abertos para entender o que estava acontecendo. Ele estava só me provocando, um triste fato que percebo só quando estou prestes a gozar e ele tira os dedos.

- Vamos concertar isso agora, querida, do jeito certo - ele disse com voz rouca, enquanto me deitava na cama - Tenho certeza que isso vai ficar marcado na sua memória.

- Eu ainda estou dolorida. Você pegou pesado ontem - eu lamentei do jeito mais sincero que consegui, puxando o lençol para cobrir meu corpo.

Eu estava um pouco dolorida depois de ontem, mas nada fora do comum. Eu estava pulsando de necessidade, mas eu sabia que o que vinha agora era algo grosseiro demais para mim, principalmente porque ele estava com raiva de como eu agi e queria provar um ponto.

Sua expressão murchou um pouco e eu vi que ele caiu no que eu disse. Eu me acomodei entre os travesseiros, tentando não sorrir pela sua cara de cachorro sem dono. Eu gostei de quebrar essa sua frente dura e vê-lo vulnerável uma vez que fosse.

- Eu vou ser gentil - ele disse, abaixando o lençol e ficando em cima de mim. Eu revirei os olhos e assenti, ele sorriu.

- Você nunca é gentil - menti. Negan franziu a sobrancelha e eu ri. Ele era gentil, raramente, mas era. Não que isso fosse importante. Eu o acomodei entre minhas pernas, entrelaçando minhas mãos na sua nuca.

- Isso é um mentira - ele se apoiou nos antebraços, mantendo seu peso em cima de mim - Eu sou gentil pra caralho, e você sabe disso. Você não merece depois do que acabou de fazer, mas eu vou ser.

Sorri e fechei os olhos quando senti seu membro se esfregando na minha intimidade. Eu dei um forte suspiro através de meus dentes cerrados enquanto ele lentamente se empurrava completamente em mim, esticando-me. Eu não sei eu era masoquista, mas eu gostava dessa dor, de sentir que ele me teve cem por cento e que eu me entreguei completamente a esse ponto.

- Você está bem? - ele perguntou com uma careta e ficou imóvel dentro de mim, seu polegar acariciou minha bochecha.

- Sim, é só... - eu olhei para ele e engoli em voz alta - Eu estou dolorida. Mas eu gosto - eu mordi o lábio com uma careta, aguardando sua reação. Achei que ele fosse fazer um comentário engracadinho, mas não.

Não sei porque, mas vi em seu rosto a preocupação, quase arrependimento. Acho que exagerei um pouco no drama de estar dolorida, mas eu gostei desse olhar hesitante. Ele não se preocupava só em gozar, sem se importar se eu estava bem com isso.

- Você quer parar? - ele perguntou e franziu a testa também. Ele estava realmente preocupado. Isso seria fofo se eu não conhecesse o homem a minha frente.

- Não. Mas podemos... ir devagar?

Um sorriso tocou seus lábios.

- Não é isso que estamos fazendo? - ele ergueu as sobrancelhas e eu senti um sorriso se espalhar no meu rosto antes de pressionar rapidamente seus lábios contra o meu.

Negan lentamente deslizou e me puxou novamente com um pequeno gemido. Eu gemi, mas não era doloroso, era bom. Quando ele estava mais profundo dentro de mim, ele começou a se mover e nossos olhares se encontraram.

- Diga-me se você quer parar - ele disse intensamente. Seus olhos mantiveram o meus no lugar. Eu assenti.

Ele selou nossos lábios e se afastou, olhando para baixo onde nossos corpos se juntavam. Ele saiu quase por completo e gentilmente deslizou de volta para dentro de mim. Meus lábios se separaram em um gemido silencioso. Ele manteve seu passo tênue, calmo entre me beijar suavemente e olhar nos meus olhos.

Logo ele começou a gemer com força cada vez que ele deslizou para dentro de mim, abafado quando ele apertou os lábios juntos.

Isso me lembrou minha primeira vez, quando eu disse para o cara ir com calma. Homens não iam com calma, mas assim como eu pedi, ele estava indo. Não era hora de eu tentar lê-lo, mas eu não pude evitar. Ele estava diferente depois da forma como eu o tratei mais cedo. Em todo esse tempo com ele, essa foi a primeira discussão e eu queria que nunca houvesse uma próxima.

Uma careta profunda marcou sua testa, e pareceu que ele se concentrou muito em algo. Isso era uma tensão para ser gentil comigo?

Um arrepio tomou meu estômago, isso era muito íntimo. Não que as outras vezes não fossem, mas isso era outra coisa.

Seu ritmo continuou uniformemente sem parar um segundo sequer e sua testa ficou úmida. Deixe minhas mãos correrem sobre sua testa para limpá-la. Todo o seu corpo estava quente e suado contra o meu, com a respiração ofegante. Eu acho que era realmente uma luta para ele ir com calma, mas ele tinha o autocontrole suficiente para continuar assim.

Por cima do ombro, eu dei uma rápida olhada no relógio. Ele tinha estado nisso durante pelo menos meia hora. Comecei a sentir-me um pouco culpada. Eu estava aqui enquanto ele fazia todo o trabalho porque eu exagerei dizendo que estava dolorida.

Meus quadris começaram a inclinar-se para seu ritmo, mas não tão violentamente quanto costumava. Isso era bom de um jeito diferente.

- Você pode ir um pouco mais rápido - eu disse e novamente enxuguei a testa úmida. Seu corpo aquecido contra o meu me fez suar nos lugares onde nossa pele estava em contato.

Ele assentiu com a cabeça e acelerou um pouco. Sua respiração tornou-se mais ofegante e ele fechou os olhos, deixando seu rosto encostar no meu. Eu o abracei mais contra mim, sentindo a respiração ofegante contra a minha pele.

- Um pouco mais forte - eu disse, meus dedos encontraram seu cabelo úmido na parte de trás do pescoço.

Ele deslizou para fora e empurrou firmemente, provocando um gemido mais alto de mim. Sua mão direita deixou meu quadril, escorregou pela parte inferior das minhas costas e segurou minha cintura firmemente.

Sua mão que descansava no meu pescoço viajou para a parte de trás da minha cabeça, e ele agarrou um punhado de cabelo, mas manteve seu ritmo constante, soltando a respiração ofegante e grunhindo. Eu poderia ver ele o dia inteiro assim, olhos escuros com luxúria, olhando para mim com ​​pálpebras pesadas. Senti o braço apertar ao redor da minha cintura enquanto soltava um grunhido rouco. Eu sorri, sabendo o esforço que ele estava fazendo.

- Você está perto? - eu sussurrei. Não porque eu quisesse que ele terminasse logo, mas eu me sentia culpada pela tortura. Deliciosa tortura.

Sua mão no meu cabelo aumentou o aperto e ele mordeu lábio inferior e assentiu com a cabeça.

- Então você pode ir mais forte, mas não muito forte - eu disse a ele, gostando de vê-lo me obedecer. Agora eu entendia qual era a graça que ele via em mandar.

Seus dentes soltaram o lábio inferior e Negan fechou os olhos, parecia que ele sussurrou um suspiro de alívio e deixou a cabeça cair no meu ombro. Ele empurrou mais forte com um grunhido tenso, provocando um alto gemido de mim.

Quando ele entrou profundamente, ele tocou naquele ponto dentro de mim, me fazendo choramingar e puxar seu cabelo. Eu só precisava de um leve toque em meu clitóris ou uma estocada mais forte...

- Se toque, querida - ele ordenou de repente num tom cálido, levantando o rosto para me olhar. Minha mão desceu abrindo caminho entre nossos corpos, chegando onde eu mais desejava.

Eu podia sentir a bola de excitação, o prazer duro e quente crescendo a medida que meus dedos massageavam minha carne sensível. Eu estava prestes a explodir, mas precisava de mais... mais dele.

Cruzei meus tornozelos logo acima de seu quadril, de maneira que Negan penetrou mais profundamente.

Ele ofegou. Assenti com a cabeça, dando-lhe permissão para continuar. Sua cabeça caiu, e eu senti seus dentes escorrerem a pele na minha clavícula quando ele empurrou cada vez mais duro e forte. Isso foi o suficiente para fazer desmanchar em baixo dele.

Embriagada na sensação, somente pude sentir seus jorros quentes me enchendo enquanto seu quadril batia contra o meu com impulsos lentos, até parar por completo.

- Você está bem? - ele ofegou contra minha pele, sua testa ainda estava encostada ao meu ombro.

- Sim - eu tambem ofeguei. Segundos depois, senti seu sorriso contra minha pele enquanto meus dedos acariciavam suas costas.

- O que foi? - perguntei e Negan levantou o rosto, um sorriso branco e de dentes retos me iluminando.

- Esse foi o sexo mais lento da história.

Não tive tempo de resposta. Ele abaixou sua face e me beijou desta vez sem pressa, com calma, sua língua acariciando a minha. Com um último beijo molhado sobre meus lábios, ele se moveu saindo do meu corpo, o movimento ainda causando pequenos espasmos em meu ventre. Ele me puxou para perto e eu fechei os olhos e senti o cansaço do meu corpo.

Tinha sido silencioso enquanto Negan passava os dedos suavemente para cima e para baixo em minha coluna. Isso era raro, uma calmaria dessas não era uma coisa constante em nossas vidas, e eu queria ficar absorta nisso o quanto pudesse - principalmente depois da discussão de hoje. Negan tinha sido o único a quebrar o silêncio.

- Sobre o que você pensa, boneca?

Meus olhos estavam fechados, e eu estava totalmente confortável com a cabeça em seu peito.

- Eu estava pensando em você, na verdade - admiti.

- Pensando no que acabamos de fazer por acaso? - eu podia ouvir o sorriso em sua voz, embora eu não estivesse olhando para o rosto dele.

- Não. Eu estava pensando sobre o que te trouxe aqui. Como você acabou líder de um lugar como esse.

- Hmmm - seus dedos pararam seu caminho em minha coluna e eu ouvi a reserva naquele pronunciamento - Isso não é tão interessante.

Me ajustei enquanto minhas unhas continuavam a girar sobre seu peito.

- Você quem perguntou - eu respondi suavemente. Eu tinha passado muito tempo imaginando como ele virou líder desse lugar. Eu tinha muito tempo livre e a cabeça vazia, e tudo o que eu pensei - a forma como sua liderança foi conquistada - tinha certeza que não foi nada bonito.

Negan tinha algo bom dentro dele, escondido bem no fundo da sua alma, mas que com o passar do tempo estava se corroendo. Ele não era um bom homem, mas hoje em dia ninguém era. Todos nós perdemos muito e cada um tinha uma forma de enfrentar. Mantive os olhos fechados enquanto falava, imaginando-o em minha mente.

- Minha teoria é que você perdeu alguma coisa. Algo importante para você, ou alguém. Era sua única coisa, o único que importava para você. E como você não pode ter essa única coisa, agora você quer tudo.

Senti um ar mais frio ao longo de minhas costas quando seu braço caiu entre nós. Não que eu tivesse medo de sua reação, eu simplesmente não tinha certeza se queria saber se eu estava certa ou errada. Sentindo Negan começar a levantar, eu me movi, sentando na cama.

- Eu tenho que ir - ele disse quando eu coloquei a mão sobre seu peito para que não levantasse. Eu não ia conseguir arrancar nada dele, então decidi mudar de assunto.

- Como foi ontem? Conseguiram pegar quem matou seus homens? - perguntei, deitando de lado, sem tirar meu braço de sua cintura.

- Tudo foi exatamente como planejado - ele disse com uma voz grosseira de sono - Foi uma longa noite, mas o ponto foi feito, e não devemos ter mais problemas com esses merdas.

Eu fiquei em silêncio enquanto me perguntava o que tinha acontecido, mas pensei que era melhor não saber, pois certamente pessoas haviam sido mortas, particularmente por Lucille.

- Nós vamos visitá-los em alguns dias para garantir que a mensagem tenha entrado.

- Entendo - disse de forma neutra, me deitando de costas novamente.
Levantando a cabeça ligeiramente, ele me olhou nos olhos, apenas me estudando.

- Não me diga que você se sente mal por essas pessoas? Depois da merda que eles fizeram?

- Eu não disse isso - disse a ele no que esperava que fosse uma voz reconfortante - Não tenho ideia do que acontece fora dessas paredes, então não tenho opinião. Espero que este seja o fim de qualquer coisa pior que possa acontecer.

Ele franziu a testa, mas não disse mais nada. Passei os dedos pelos seus cabelos enquanto o acomodava contra o peito.

- Dorme mais um pouco - disse calmamente - O sol nem nasceu ainda.

Enquanto eu continuava acariciando sua cabeça, sua respiração começou a diminuir, e eu olhei para a janela. Alguma coisa sobre essa situação se desenrolando parecia estranha para mim, mas eu não conseguia explicar o porquê. Com a falta de qualquer outra coisa para fazer, eu fechei os olhos.

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O que vcs acham do relacionamento do Negan e da Ellie?

Quero saber se estou conseguindo dirigir a história da forma que eu quero (eu sei como estou querendo levar o relacionamento deles, mas quero saber se estou conseguindo transmitir para quem lê). Quero mostrar a diferença da Ellie antes do Negan e depois do Negan.

No próximo capítulo teremos personagem novo... me digam nomes de atores bonitos.

Beijos e até ❤