Capítulo 77
O sol estava batendo implacavelmente, e cada centímetro do meu corpo estava coberto de suor.
Eu tinha limpando mais da metade dos jardins da Hilltop, e havia dois alqueires cheios de todo tipo de vegetais imagináveis. Cenouras, tomates, feijão verde, alface. Os pepinos eram enormes, e eu os observava o dia todo, quase rasgando-os com os dentes como um homem das cavernas - mesmo não gostando muito do gosto deles.
Eu não conseguia ficar parada e depois dos turnos ou de qualquer coisa tática que eu e Daryl fazíamos, então eu vinha para cá. Chame de terapia se quiser, mas isso me manteve ocupada, e eu estaria tão cansada no final do dia que eu cairia na cama, dormindo como um bebê.
Havia também um carrinho de mão que estava sobrecarregado com ervas daninhas, prova de um trabalho bem feito, e sentei-me nos calcanhares para limpar a testa quando uma garrafa de água apareceu na frente do meu rosto, fria e coberta de condensação.
- Você tem que se manter hidratada - disse Paul gentilmente enquanto eu a pegava da mão dele, sugando metade dela antes de responder.
- Eu entro no personagem, sabe? - eu brinquei, colocando a garrafa no chão - É a coisa mais fácil que eu fiz em meses.
Ele se agachou ao meu lado, arrancando uma erva perdida, uma pequena coisa crescendo sob a planta de tomate que eu estava podando, e ele a jogou no carrinho que estava logo atrás dele.
- Eu acredito nisso.
- Como você está se sentindo?
Jesus havia sido baleado cinco dias antes durante o cerco, e ele ainda estava se recuperando. Esfregando distraidamente a atadura que saía de sua gola, ele deu os ombros, encolhendo-se ao fazê-lo.
- Coça mais do que qualquer coisa. Eu abri os pontos duas vezes no meio da noite quando estava dormindo. Nem percebi que estava arranhando.
Cinco longos e muito calmos dias haviam se passado desde que colocamos os caminhantes no Santuário, e não houve um pio desde então. Rick montou turnos de doze horas para os observadores que estavam de olho no local, e eles não tinham visto mais do que duas pessoas desde então. Ambos estavam no telhado, observando as centenas de caminhantes que circulavam pelo terreno, uma colmeia morta de máquinas irracionais que tentavam entrar em busca de carne fresca.
Também houve silêncio no rádio, só soube que Negan estava lá dentro porque ele tentou se comunicar com um dos postos dele, mas deve ter percebido que nós estávamos ouvindo e parou.
Ele não tinha saído da fábrica e não havia respondido nossos pedidos de hora em hora para se render. Era desconcertante, para dizer o mínimo, e eu pensava nele constantemente, imaginando se ele estava bem e o que estava planejando.
Eu sabia que o Santuário começaria a ficar sem suprimentos, devido aos estoques que Dwight sabia de cor e salteado. Negan só tinha cerca de uma semana de comida e provisões em mãos, preferindo manter o resto armazenadas em vários pontos diferentes, todos os quais estavam agora sob o controle de Rick. Ele distribuiu metade para as outras comunidades, e o resto foi levado para um local secreto no caso de Negan sair.
Então, com todos os grupos recebendo agora seu material suado de volta, nenhum deles estava lutando. Era uma atmosfera muito diferente quando as pessoas tinham o suficiente para viver, um ar de esperança tinha assumido o lugar da revolta, e eu sabia que tinha feito a coisa certa.
- Venha - disse Jesus, subindo a seus pés - Eu vou ajudar você a trazer isso, e eu vou te dar uma salada incrível.
Minha boca se regou com suas palavras, e eu joguei minhas luvas no carrinho de mão.
Depois de jogar fora as ervas daninhas, escolhemos uma pilha de legumes e eu o segui até o trailer, esbarrando em Maggie pelo caminho. Seus olhos se arregalaram quando viu o que estávamos carregando, e ele acenou para ela vir conosco.
Por alguma razão, de uns dias para cá eu descobri que tudo que eu queria eram esses vegetais frescos e crocantes, e eu balançava meu pé para cima e para baixo enquanto Jesus levava seu tempo lavando e cortando-os.
Ele finalmente trouxe uma grande tigela de salada, e me serviu uma porção enorme, derramando azeite sobre ela e adicionando sal e pimenta.
Quando dei a primeira garfada, soltei um gemido de satisfação. Naquele momento, era quase melhor do que sexo, e eu comi o mais rápido que pude sem engasgar.
Quando olhei para cima do meu prato, vi que Jesus estava lutando com um sorriso e estreitei os olhos. Ele ergueu as mãos em sinal de rendição, empurrando a tigela para mim e eu adicionei mais no meu prato.
Maggie e Jesus conversaram sobre Gregory. Presumia-se que ele ainda estivesse no Santuário, ou morto. Maggie era inteligente e pensativa, pesando suas escolhas com uma gravidade e seriedade que Gregory nunca fez. Ela se importava com essas pessoas e pensava em todas as decisões que tomava. Francamente, foi bom vê-la levar os pensamentos de seu povo em consideração antes de decidir algo, um contraste gritante com a regra do punho de ferro de Negan.
Eu empurrei meu prato para longe quando terminei, deixando escapar um arroto discreto com um olhar de desculpas. Jesus me deu um sorriso largo, mas eu senti minhas bochechas ficando rosa, de qualquer maneira.
Maggie estava completamente despreocupada, terminando sua própria refeição e limpando a boca.
Houve uma batida na porta e Maggie foi solicitada, deixando eu e Paul sozinhos.
- Você está diferente - ele comentou, puxando seu cabelo para amarrá-lo num coque firme - Você e Daryl estão bem?
- Sim - eu não escondi meu sorriso. Eu e Daryl estávamos muito bem.
Nós viemos para Hilltop por que ficava mais perto do Santuário e era mais fácil para lidar caso algo acontecesse. Daryl estava lá fora agora, vigiando, e logo estaria de volta.
- Eu vejo. Ele até me deu bom dia hoje - ele brincou e eu ri.
- E você, hein? Qual o nome dele mesmo? Derek? - eu abri um grande sorriso e Paul abaixou a cabeça quando riu.
- Somos só amigos.
- Claro, claro - eu concordei falsamente - Só amigos... que se beijam - eu o cutuquei com o pé, adorando vê-lo sem graça.
A porta do trailer se abriu e a cabeça de Daryl apareceu. Eu pulei de pé quando ele entrou, abraçando-o.
- Oi - ele murmurou, me abraçando pela cintura.
- Como foi?
- Calmo. Nenhum deles saiu, pelo menos foi o que vimos - ele falou e eu assenti - Rick quer uma reunião na casa principal em trinta minutos - Daryl e depois olhou para Paul - Eles precisam de você lá.
- Certo, vocês podem usar o trailer, há toalhas limpas no banheiro. Sintam-se em casa - ele ofereceu e eu agradeci a ele pelo jantar.
Daryl entrou no banheiro e eu tirei os pratos sujos e coloquei na pia. Paul se foi e Daryl trancou a porta do trailer quando saiu do banheiro e tirou o colete.
- Que tipo de vigia foi essa que você não tem um pingo de sujeira no corpo? - eu fiz uma careta quando passei um dedo em seu bíceps e levantei para ele.
Daryl me puxou pela cintura e beijou meu rosto.
- Ficar sentado em cima de um trailer não faz ninguém suar - ele suspirou e começou a afastar meu cabelo do pescoço. Eu passei as mãos em seu peito, subindo para seus ombros.
- É estranho pensar em você sentado, parado, sem toda essa ação louca que você tem.
Eu mal tive tempo suficiente para o começo do meu sorriso quando ele juntou nossos lábios. Quando a minha língua passou pela sua boca, ele chupou, assumindo o beijo tão completamente que eu estava sobrecarregada com o gosto e a sensação dele quase antes de perceber o que ele tinha feito.
- Eu guardei as energias para o que realmente importa - ele disse antes de me jogar na cama, e eu soltei um grito de susto, rindo depois.
- Você tá louco se acha que vou fazer qualquer coisa na cama de Jesus - eu ri de novo, mas conhecia bem aquele olhar. Aquele que um felino te da dizendo, não adianta correr porque eu vou te pegar.
Daryl chutou as botas para fora dos pés e pairou em cima de mim, seus músculos sustentando seu peso.
- Vai sim - ele disse em tom de desafio e eu estreitei os olhos para ele, tentando não sorrir.
Ele se inclinou para beijar minha clavícula, e minha mente entrou em pane por um momento.
- Não vou não - eu o empurrei de brincadeira.
- Tem certeza? - ele perguntou, sua respiração acariciando minha orelha quando ele passou o nariz pela minha bochecha - Pensei em você o dia inteiro enquanto estava sentado sozinho em cima daquele trailer - ele lamentou de olhos fechados, esfregando o rosto no meu e eu fiz um biquinho.
- Coitadinho.
- Sabe o que eu imaginei? - ele continuou, mas agora ele abriu os olhos uma fração e acariciou minha bochecha, sua voz um sotaque tão grosso quanto mel - Você ajoelhada no meio das minhas pernas, me chupando.
- Que romântico - eu ergui as sobrancelhas, mas já estava me sentindo esquentar. Eu senti falta dessa versão desbocada dele que raramente aparecia, mas que agora estava me deixando tão ligada quanto ele, e enterrei o fato de estarmos no trailer de Paul.
Sem delongas minhas roupas estavam no chão e Daryl ainda em cima de mim, me beijando, suas roupas ásperas se esfregando na minha pele.
Ele puxou meus braços e colocou sobre minha cabeça.
- Fique assim - ele mandou e eu relaxei, gemendo baixinho enquanto ele apertava meus mamilos doloridos, ignorando o ponto pulsante entre minhas pernas.
Seu pau parecia que ia rasgar a calça de tão grande e duro quando Daryl se afastou um pouco e ajoelhou sobre minhas coxas e puxou algo do bolso traseiro. Eu pisquei algumas vezes, ofegante, até perceber que era um pequeno tubo de lubrificante.
- Onde você conseguiu isso?
- No banheiro de Jesus - ele disse enquanto chacoalhava o tubo um pouco.
- Como você sabia que ele tinha isso aqui?
- Porque ele é gay? - ele disse como se fosse óbvio, e era - Vire-se - Daryl mandou e eu hesitei por alguns segundos a mais que ele queria.
Ele não me disse novamente antes de me forçar de quatro, uma mão forte nos meus quadris levantando-os da cama, e a outra entre minhas omoplatas, empurrando meu rosto para baixo.
Ajoelhando-se atrás de mim, suas calças rasparam contra minhas coxas e minha bunda, meu coração martelando em meu peito pela dureza de seu membro se esfregando contra mim.
Me arrepiei com a sensação gelada do lubrificante. De repente, senti um de seus dedos escorregadios no meu ânus, e dei uma sacudida para frente, excitada demais, sensível ao menor toque.
- Shhh - Daryl me segurou mais firme, seus dedos afundando em minha pele - Não se mexa.
Quando o primeiro dedo deslizou para dentro de mim, eu apertei o rosto no colchão para abafar o gemido.
- É bom, não é? - ele ronronou e sua língua correu pela pele das minhas costas ao mesmo tempo que outro dedo deslizou para dentro da minha boceta, lentamente, e saiu, espalhando minha lubrificação e começou a esfregar meu clitóris.
O primeiro dedo se transformou em dois, e antes que eu pudesse entender, Daryl tinha seu pau fundo dentro de mim, e ele sequer se preocupou em tirar as roupas, tendo só seu zíper aberto para poder me tomar.
Eu sorri por cima do ombro quando ele colocou um travesseiro sob meu rosto para me deixar mais confortável.
- Vá devagar - eu avisei, de olhos fechados e me contorci quando sua língua quente subiu pelas minhas costas e Daryl mordeu meu ombro, se movendo dentro de mim.
Eu estava contente com o travesseiro, agora eu tinha algo para apertar, algo para ofegar quando ele empurrou para dentro de mim, tão rápido, deliberadamente querendo me fazer sentir todo seu comprimento.
Isso não é lento, eu queria bater nele, mas o êxtase era maior. Mesmo quando ele não estava no seu auge, ele ainda era monstruoso, e o ângulo permitia-o ir tão fundo em mim.
Eu nunca me acostumaria com isso, nunca; toda vez que ele entrava em mim, ele me devastava, fazendo com que eu perdesse a noção de todas as direções, fazendo-me esquecer tudo de ruim ao nosso redor.
- Eu te amo - Daryl sussurrou e entrelaçou seus dedos nos meus, colocando seu peso sobre mim com beijos suaves nos meus ombros, descansando completamente imóvel sobre mim - Porra... Ellie... - ele sussurrou meu nome, chamando-me para estar presente no centro de seu prazer.
Eu respirei fundo, e era como se todo o meu corpo tivesse se transformado de tão cheio; meus pulmões tendo que se espalhar diferentemente agora que ele empurrou minhas entranhas para cima assim. Estremeci e apertei seus dedos, respirei fundo mais uma vez, desejando que meu corpo se concentrasse no prazer extremo de sua extensão parada dentro de mim.
- Se mexa - eu gemi, ofegando por ar, abraçando o travesseiro debaixo de mim contra o meu peito.
- Assim? - ele começou a se mover dentro de mim corretamente, finalmente revirando os quadris como um verdadeiro amante - Assim é melhor?
Mas agora me senti tão bem que tive que parar de respirar por um tempo, simplesmente para saborear o deslizar de seu pênis, alimentando um calor inteiramente novo dentro de mim. Sim, eu disse a ele arqueando minhas costas como um gato, sim, eu balancei meus quadris, abrindo minhas pernas por baixo dele, deixando escapar um gemido trêmulo de prazer absoluto.
E eu preferia isso, eu tinha que admitir, sempre teria preferido: o comprimento firme, ágil e musculoso dele pressionado contra minhas costas, seu peso atrás de mim e sobre mim, seu pau afundando em mim até a raiz, tão profundo que mesmo tentando segurar o orgasmo, eu não conseguir evitar de vir mesmo sem ter sido tocada, e Daryl veio em seguida, caindo em cima de mim, me afundando no colchão com seu peso.
Nós sequer conseguimos nos mexer quando alguém bateu na porta e uma voz aleatória chamou.
- Reunião em dez minutos!
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O chuveiro não era o melhor, mas deu conta do recado e vesti a mesma roupa que estava usando antes. Eu tinha mandado Daryl ir na frente e arrumei a cama de Paul do melhor jeito que pude antes de ir para a casa.
Rick já havia chegado e dei a Dwight um pequeno aceno quando passei por ele. Ele tinha um cigarro entre os lábios e grunhiu um oi.
O fato de eles terem imobilizado Negan na fábrica não pareceu melhorar seu humor, e ele era uma das poucas pessoas que eu me preocupava.
Eu estava com medo de ele sair do roteiro e tentar fazer isso por conta própria. Quando contei a Rick sobre minhas preocupações, ele prometeu conversar com ele.
Todo mundo estava no escritório, e assim que entrei, Rick se levantou, me dando seu lugar, e eu me sentei ao lado de Daryl, que passou um braço por trás das costas da minha cadeira.
- Até agora, não houve movimentos nem notícias de Negan - Rick começou ele, olhando diretamente para Dwight - Nós paramos para verificar as coisas, e eles nem sequer tentaram começar a limpar os caminhantes. Por que você acha?
- Uh, eu não sei, mas não está me dando boas vibrações - Dwight admitiu - Negan é um homem de ação e eu realmente não sei o que pensar.
- Existe alguma outra maneira de sair de lá? - meu irmão perguntou, descansando as mãos nos quadris e eu pude sentir que ele estava tenso para saber se não tínhamos cometido o maior erro de nossas vidas.
Eu respirei fundo, sentindo meu coração pular na minha garganta quando fechei os olhos, mentalmente revisando o layout do Santuário. Como eu fantasma, percorri os corredores em minha mente. Não havia como.
- Não - Dwight murmurou, balançando a cabeça - Não há maneira de sair sem ser pelas portas principais.
- Tudo bem - Rick disse, recuando para sentar-se na mesa de café. Tara estava de pé no canto conversando com Rosita, mas como algum sinal não dito foi dado, eles e os outros se reuniram em volta do sofá.
- Você mencionou que Negan só mantinha cerca de uma semana de suprimentos no Santuário, e nós estamos chegando no sexto dia. Isso significa que algo tem que dar aqui, e se ele se render, eu gostaria de saber seus pensamentos sobre quem é confiável lá. Quem você acha que é capaz de entrar e liderar, permitir que o Santuário permaneça de pé.
Dwight arregalou os olhos.
- Não estamos nos adiantando? - eu intervi - Precisamos ter certeza de que Negan está sob controle antes de começarmos a negociar com o resto de sua equipe.
- E nós vamos - Rick assegurou - Mas eu gostaria de saber um pouco mais sobre as pessoas que o seguem.
- Bem, Simon - Dwight começou, e eu limpei a garganta asperamente - Simon é seu número dois. Há os tenentes, acho que Gaspar, Dave e Trent. Gaspar parece ser o mais equilibrado de todos eles, mas ele é leal a Negan. Você provavelmente terá que olhar entre os outros Salvadores, e há muitos que estão lá apenas porque não havia outras opções.
Trinta minutos depois, Dwight deu a Rick uma lista de todos os membros do Santuário que poderia lembrar, observando se eram ou não Salvadores ao lado de seus nomes. Seus olhos se ergueram com o número de pessoas que Negan tinha, mas por outro lado não comentou.
Tara arrombou o estoque de álcool de Gregory, distribuindo copos para todos. Todo mundo estava de bom humor, e eu fiquei lá observando-os, sentindo um pouco de esperança. Ao meu redor, conversas e risadas enchiam a sala, e eu estudava as pessoas com as quais eu tinha escolhido me alinhar, pensando em nada e tudo de uma vez.
Já estava escuro quando decidi me despedir, mas Daryl ficou para trás para ajudar Paul em alguma coisa. Ele me deu um beijo com gosto de uísque e prometeu me encontrar no trailer em alguns minutos.
Rick e Michonne me acompanharam pela escuridão. Ela estava brincando com ele sobre não ser capaz de beber como antes e eu caminhei ao lado deles, mais uma vez impressionada com a proximidade deles. Era invejável e tão bonito o amor que eles tinham um pelo outro, mas acima de tudo, havia parceria.
Como só havia o luar para nos guiar e eles estavam distraídos, nenhum de nós notou que não havia outra alma à vista quando nos aproximamos da cerca, e estávamos quase no trailer quando um som de palmas soou e Rick se curvou, batendo na grama com um grito.
Minha cabeça girou quando Michonne se inclinou sobre ele protetoramente, examinando a escuridão por qualquer sinal de ameaça.
- Tique-taque, filho da puta - veio uma voz cantada sobre um megafone que eu conhecia tão bem quanto a minha própria, enviando calafrios pela minha espinha - Você vai morrer agora.
GOD DAMNED! Eu teria medo se fosse vcs...
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