Capítulo 7 | PARTE 2

Eu estava observando Thomas comer seu café da manhã, pensando na forma como iria abordar o assunto estamos indo para Alexandria. Eu não estava com medo dele não gostar da notícia, muito pelo contrário. Eu achava que não estava preparada para tanta empolgação tão cedo na manhã.

- Então, o que você acha da gente se mudar para Alexandria? - eu perguntei despretensiosamente, e ele parou de comer na mesma hora, levantando os olhos para mim. Eu me segurei para não rir.

- Vamos nos mudar pra lá? - ele perguntou, os olhos arregalados.

- Sim - eu concordei e ele pulou da cadeira e me abraçou pela cintura, quase me derrubando.

- Você é a melhor mãe do mundo!

Eu esperava que fosse mesmo.

*

- Oi - eu disse quando entrei na enfermaria, logo depois que vi Harlan sair.

Benjamin virou de onde estava.

- Bom dia - ele respondeu educadamente, mas não era seu tom normal. Ele largou a caixa de luvas descartáveis e colocou as mãos nos bolsos.

- Primeiro eu queria me desculpar pela forma como lidei com o que você disse ontem a noite - eu comecei, fechando o espaço que havia entre nós.

Eu não queria ficar enrolando, porque devia desculpas pela forma infantil que o tratei noite passada, então toquei sei rosto com as duas mãos, passando meus dedos por entre seus fios. Ele relaxou um pouco e suas mãos vieram para minha cintura.

- Você não tem porque se desculpar - ele disse, mas eu neguei.

- E segundo - eu disse, enquanto ele mantinha sua atenção em mim - Eu queria saber se tem lugar para mais dois na mudança.

Ele sorriu, e meu Deus, aquilo iluminou meu dia.

- É claro que sim - ele me beijou, me puxando mais conta seu corpo - Eu fiquei com medo de você me dispensar - ele sussurrou contra meus lábios e eu ri.

- Vamos quando?

- Amanhã pela manhã, mas posso avisar que vou atrasar já que você e Thomas tem que se preparar - ele considerou, mas eu neguei.

- Não, não avisa. Eu quero fazer uma surpresa - pedi. Eu esperava que Rick ficasse feliz em nos ver lá, eu sei que ficaria, mas esse frio na barriga não ia me deixar tão cedo.

***

- Última caixa - eu disse quando finalmente fechei a última caixa de papelão.

Thomas me ajudou durante todo o processo, separando tudo da forma mais invejável possível. Não estava quente, mas ele estava suando de tanto esforço e animação.

- Podemos levar minha estação no banco da frente? Não quero que quebre - ele pediu. Tudo já estava desmontado e dentro da caixa, Thomas se certificou disso, ele amava esse brinquedo.

- Claro que sim - eu abri meus braços, chamando-o para mim. Eu o abracei e o sentei no meu colo - Muito obrigado pela ajuda.

Eu olhei para o que foi nossa casa por anos, agora vazia, exceto pelos móveis. Foram tantas lembranças boas, tanta coisa que eu aprendi nesses anos que eu não consegui conter as lágrimas.

- Porque você tá chorando? Não quer ir? - Thomas perguntou, preocupado.

- Eu quero - eu sorri, enxugando o rosto - Eu só estou emocionada, foram muitos anos aqui.

- Lá também vai ser legal - ele garantiu.

Seu rosto clareou quase instantaneamente, e ele sorriu para mim, o olhar inocente de uma criança que acreditava que tudo daria certo, mesmo nos dias de hoje. Quem era eu para estragar isso?

*

- Você tá fazendo a coisa certa - Paul disse quando me abraçou e me apertou contra si.

Tudo já estava no caminhão e eu e Thomas estávamos nos despedindo.

- Vou sentir sua falta - eu beijei seu rosto e ele se afastou um pouco para me olhar.

- Se o doutor não der conta, estou sempre a disposição - ele disse baixo e piscou e eu dei um tapinha no seu ombro - Estou aqui se você precisar - ele disse, agora sério.

Eu não tinha dúvidas sobre isso.

***

Quando avistei os muros de Alexandria, meu coração disparou.

Você está fazendo a coisa certa.

Eu olhei para Thomas, que já tinha tirado o cinto de segurança e estava pronto para pular para fora assim que parássemos. Depois olhei para Ben, e ele sorriu para mim.

Você está fazendo a coisa certa.

Quando paramos, eu desci do caminhão e tirei Thomas na sequência. A primeira pessoa que vi se aproximar foi Tara, seguida de Denise, e elas sorriram para nós.

- Estou muito feliz que tenha aceitado o convite - Denise disse, apertando a mão de Ben - Nós fizemos algumas mudanças e temos uma paciente com suspeita de pneumonia, se quiser vir comigo - ela gesticulou.

- Claro - ele assentiu e abaixou o rosto até perto do meu - Nos vemos mais tarde.

- Eu e Thomas vamos nos acomodar - eu disse e ele me deu um beijo no rosto, e eu não perdi o olhar de surpresa que Denise e Tara trocaram.

- Bom ver vocês aqui - Tara disse enquanto os dois se afastavam - Rick está para chegar, ele ligou no rádio agora pouco - ela passou a mão no cabelo de Thomas - Está com fome? Temos bolo de cenoura.

- Eu adoro bolo de cenoura - Thomas sorriu e Tara nos guiou até a uma espécie de cantina, com várias mesas e bancos.

Tudo o que restou do bolo foi a fôrma vazia em cima da mesa de madeira, e Tara deu um sorriso amarelo.

- Parece que chegamos tarde - ela disse para Thomas e piscou para mim antes de olhar para ele de novo - Mas eu tenho alguns cookies quentinhos lá dentro da cozinha - ela sussurou para ele, e eu não pude evitar de sorrir.

- Vão lá, espero vocês aqui - eu disse, já me sentando em um dos bancos. Eu estava exausta e de tanto arrastar caixas de mudanças e só queria dormir por uma noite para amanhã desencaixotar tudo.

- Ellie? - ouvi uma voz rouca me chamar depois de alguns minutos e virei o pescoço para ver Daryl vindo na minha direção - Não sabia que estava vindo pra cá. Onde tá o garoto?

- É assim que sou recebida? - eu indaguei com falsa indignação e ele deu um sorriso contido, e sentou-se ao meu lado - Thomas está com Tara. Eu realmente não vou ganhar um abraço?

Daryl murmurou antes de sorrir e passar um braço sobre meus ombros e eu o abracei.

- Nós viemos para ficar - eu disse quando me afastei para ver seu rosto, mas sem soltá-lo. Sua expressão surpresa foi impagável.

- Sério? Rick vai ficar muito feliz.

- E você? - eu o cutuquei, sorrindo.

- Sabe que sim - ele desviou os olhos para o chão. Pode ter se passado anos, mas ele era o mesmo Daryl de sempre.

- Estou feliz em estar de volta - eu disse e Daryl segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos - Eu queria te pedir uma coisa - eu disse e ele esperou que eu fosse em frente - Rick me garantiu que ele nunca vai saber de Thomas, mas eu quero ouvir de você.

- Ele jamais vai sequer ouvir seu nome ou o de Thomas - ele garantiu, apertando os dedos nos meus - Ele está afastado dos moradores e ninguém além de eu, seu irmão ou Carl tem contato com ele.

- Obrigado, Daryl. Você é um bom amigo.

- Ellie? - alguém me chamou, era Ben. Quando vi ele já estava na nossa frente, e ele olhou para as nossas mãos entrelaçadas e depois para meu rosto, totalmente confuso.

Ok, isso deve ter passado a impressão errada.

Eu me afastei de Daryl e fiquei de pé, indo até ele.

- Oi, Ben, aconteceu alguma coisa?

- Você ficou com a chave, preciso pegar meu kit no caminhão - ele disse, sério, com um tom que ele nunca havia usado comigo.

Boa, Ellie.

Eu enfiei a mão no bolso de trás do meu jeans e entreguei a chave para ele.

- Esse é Daryl - eu apresentei Daryl, que ainda estava sentado no banco, encarando Benjamin - Esse é Benjamin - eu o apresentei a Daryl, que só deu um resmungo em reconhecimento.

- Prazer em conhecê-lo, Daryl - Benjamin disse.

- Mãe! - Thomas chamou, saindo com Tara da cozinha, com um saquinho transparente cheio de cookies.

- Oi, querido, você comeu? - eu perguntei quando ele me ofereceu um.

- Tem de beterraba e cereais.

- Depois a gente se fala - Benjamin disse, já saindo porta fora. Que ótimo, menos de meia hora e eu já passei a impressão errada.

Horas depois, Rick chegou e eu jamais esqueceria o sorriso que ele deu quando eu disse que vim para ficar.

- A casa ao lado da nossa está vaga, é sua agora - ele disse, me abraçando com Thomas no colo - Vamos fazer um jantar em comemoração! - ele declarou, e eu sorri largo.

Nunca vi Rick tão feliz e leve como hoje, e não era só porque eu estava aqui. Havia um brilho, uma coisa que eu não sabia identificar, mas que não me deixava menos feliz por não saber. Michonne não era diferente, sorrindo largo e abraçando Rick junto com as crianças, parecendo um comercial de margarina. Eu estava amando tudo isso.

O clima familiar me envolveu durante todo o dia enquanto todos me ajudavam a trazer as caixas para dentro de casa e arrumar um pouco nossas coisas no lugar. Thomas e Daryl estavam na garagem, montando a estação e Benjamin ainda estava na enfermaria com Denise.

Eu quase chorei de alegria quando vi que havia uma grande banheira no banheiro do meu quarto e também um quarto azul com prateleiras, que se encaixava como uma luva para Thomas.

- Então, gostou da casa? - Rick perguntou, parando com as mãos na cintura, com o rosto feliz.

- Eu adorei, principalmente a banheira.

- Eu sabia que ia gostar. Na parte de trás tem um jardim grande, da pra plantar muita coisa, sei que em Hilltop você tinha uma horta perto de casa - ele disse, olhando pela janela para o quintal grande.

- Só fiquei triste em ter que deixar meu cavalo - eu disse. Eu tinha me apegado muito a Brish, mas sabia que seu lugar era lá, junto com os outros animais.

- Podemos trazê-lo para cá, eu até estava pensando em fazer um lugar para os animais - ele disse e eu o olhei com carinho, sabendo que ele estava falando isso só porque não queria me ver triste.

- Eu não tenho mais cinco anos para você ficar fazendo minhas vontades.

Ele deu um meio sorriso e me abraçou pelos ombros.

- Eu faço qualquer coisa para que você se sinta bem, você não pode me culpar, é a única irmã que eu tenho.

Eu o beijei no rosto, e ele chamou Judith e Carl, que estavam colocando alguns quadros na parede.

- Amanhã a gente volta, temos que preparar o jantar - ele avisou - Eu e Michonne temos uma novidade.

- Eu não posso ter um spoiler dessa novidade? - eu perguntei, curiosa. Ele negou, levantando as mãos.

- Se eu contar antes, Michonne me mata.

Ele começou a caminhar para a porta, mas eu o chamei de novo.

- Posso levar Benjamin para o jantar? Nós dois estamos juntos... namorando - eu disse e fiz uma careta, o termo namorado era estranho demais.

- Você está namorando com ele? - Rick indagou, erguendo as sobrancelhas, mas logo balançou a cabeça - Não que eu não queira, só fiquei surpreso.

Eu não devia, mas ficava envergonhada com esses assuntos e dei um sorriso amarelo.

- É só me dizer se eu posso ou não levar ele.

Rick riu e deu os ombros.

- Você que sabe, vejo vocês as oito.

***

Quando entrei na garagem, Daryl estava montando a estação, e vi Thomas dormindo no sofá ali próximo.

- Ele capotou - Daryl disse quando me viu, e eu fui até Thomas e tirei seus sapatos.

- Ele estava exausto, nós fizemos a mudança em um dia e ele acordou muito cedo.

Daryl me deu um sorriso torto antes de se encostar na mesa onde estava trabalhando.

Suas mãos bateram nervosamente na madeira, e eu comecei a sentir uma sensação de vibração no meu peito. Ele estava ansioso, eu podia sentir isso em meus ossos. Ele tinha algo a me dizer e estava lutando com isso.

- Seja o que for, você pode falar - eu finalmente disse, estendendo a mão para impedi-lo de sacudir os dedos. Isso estava me deixando louca.

- Você tá namorando aquele cara?

- Benjamin, você quis dizer - eu disse e ele murmurou com desdém - Estou, sim. Porque?

- Você confia nele? - Daryl questionou de repente, e eu assenti.

- É claro que sim. Você não?

- Não - ele disse, sem enfeites.

- Isso é só seu instinto protetor falando - eu disse, o puxando para fora da garagem para mudar de assunto - Preciso de ajuda com algumas caixas.

*

Era perto das sete quando Benjamin entrou. Eu ainda estava arrumando algumas coisas e Thomas ainda dormia.

- Então, como foi o primeiro dia? - eu perguntei, indo até ele e lhe dando um beijo.

- Deu tudo certo. O seu parece ter sido cansativo - ele apontou ao redor. Havia um pouco de bagunça ainda, mas quase tudo estava no lugar. Eu já me sentia em casa.

- Eu tive bastante ajuda, na verdade - eu disse e ele assentiu.

- Que bom.

Senti que havia uma tensão no ar entre nós, durante o tempo em que eu tentava fazer fluir uma conversa. E eu sabia porque.

- Ben - eu comecei quando ele se sentou e começou a desamarrar os sapatos.

- Sim? - seu tom era calmo e agradável como de costume, mas eu notei a nota de descontentamento enterrada em sua voz, o modo como ele virou a cabeça.

- Eu sei que pareceu estranho mais cedo...

- Você acha? - ele me interrompeu, parando o que estava fazendo. Eu me sentei ao seu lado.

- Daryl é meu amigo - eu comecei, disposta a explicar tudo e acabar com essa má impressão - Eu o conheço desde que tudo isso começou, e nós ficamos juntos por muito tempo, sim, mas isso já é passado e superado por nós dois.

Ele levou uns segundos para absorver o que eu disse.

- Eu não vou mentir e dizer que eu não fiquei com ciúmes, porque eu fiquei. Se coloque no meu lugar, se você chegasse e me visse abraçado e de mãos dadas com outra mulher, como você se sentiria?

- Eu sei, me desculpe.

Eu o entendia completamente, e não ia me sentir bem estando no seu lugar. Benjamin empurrou meu cabelo para trás e acariciou minha bochecha.

- Você não tem que me provar nada, eu acredito em você. Mas isso não significa que eu não tenha me sentido estranho vendo aquela cena - ele explicou, mas dessa vez eu não senti aquela tensão ruim de quando ele chegou - Eu não estou falando nisso para fazer você se sentir mal, eu quero que sejamos sinceros com nossos sentimentos.

Deus, o que eu fiz para merecer um homem desses?

- Obrigado por ser tão sensível assim - eu beijei seus lábios uma vez - Meu irmão nos convidou para jantar.

- Ele já sabe de nós?

- Sim.

- Então estou entrando oficialmente para a família? - ele sorriu e eu o beijei de novo.

- Com certeza.

*

A conversa antes do jantar correu gostosamente bem - tirando os olhares mortais que Daryl dava para Benajmin. Quando tudo já estava pronto e nos sentamos a mesa, Rick bateu com a faca na taça, chamando a atenção de todos.

- Queria pedir um momento de atenção à todos para fazer um anúncio - ele estendeu a mão e Michonne levantou da mesa - Teremos mais um membro na família - ele disse e colocou a mão na barriga dela.

Todos sorriram e bateram palmas, felizes. Rick e Michonne se beijaram e eu podia sentir o amor pairando ao redor deles. Mal podia imaginar como esse bebê seria fofo.

- Eu também queria fazer um brinde a uma das mulheres que eu mais amo - Rick disse em meio ao burburinho, olhando para mim - Estou muito feliz em te ter de volta, Ellie.

Nós brindamos, e foi uma das melhores noites em família que eu tive.

No final, quando Daryl tinha ido e as crianças caíram no sono - exceto por Carl, que havia ido não sei aonde - eu decidi que era hora de ir. Nos despedimos e Benjamin pegou Thomas adormecido e nós fomos para casa.

Foi um exercício colocar um pijama nele dormindo, mas quando consegui, o cobri e encostei a porta do quarto.

O vinho tinha me deixado mais relaxada e eu estava sonolenta - não o suficiente para me impedir de ficar excitada com o louro vestindo só uma cueca no meu quarto.

Assim, a meia luz, ele era um Deus grego. Eu adorava cada parte do seu corpo, então deixei meus olhos vagarem pelos ombros e no peito largos, músculos bem definidos, quadris estreitos, pernas longas com coxas fortes, e então de volta para a bunda. Eu adorava aquela bunda. Ele daria um belo modelo de cuecas da Calvin Klein.

Eu ainda estava encostada no batente da porta, vendo-o colocar a camisa no cabide - ele sempre era extremamente organizado e metódico, devia ser uma coisa comum entre os médicos - quando ele se virou e me viu.

- O que faz aí? - ele sorriu e eu desci dos sapatos.

- Só admirando a vista.

Ele sorriu quando eu fui até ele e o abracei pela cintura.

- Você é silenciosa como uma gata.

Ben puxou meu queixo com os dedos, me beijou e mordiscou o lábio inferior. Sua mão descansou em meu rosto. Eu ansiava por seu toque e fui contra sua mão.

- Gostou do primeiro jantar em família? - eu perguntei e ele sorriu.

- Não poderia ser melhor - ele murmurou, empurrando meu cabelo para o lado e beijando meu pescoço - Mas vou ser sincero, eu estava esperando a noite inteira para tirar esse vestido - sua voz tem um timbre rouco que me dá arrepios e me deixa molhada.

Seus lábios capturam os meus, fundindo-se a eles, explorando. Eu me abri para ele, minha língua encontrando a dele, e agarrei seus cabelos enquanto ele abriu o zíper do meu vestido, que caiu num monte ao redor dos meus pés.

Desci minhas mãos por seu peito, abaixando sua cueca e chegando até seu pau, bombeando-o lentamente com a mão. Ben gemeu contra minha boca, o som que eu tanto gostava de ouvir. Ele não era exageradamente grande, mas era grosso e sua cabeça vermelha e brilhante me dava água na boca. Mas eu não tive tempo de tê-lo na minha boca como na noite passada - Ben me agarrou e no segundo seguinte estávamos na cama, comigo nua e montada nele.

Ele interrompeu o beijo, apoiando a mão nas minhas costas para levar meus seios até sua boca, ao mesmo tempo que massageava minha bunda com a outra mão. Eu o masturbava com a mão, sentindo suas veias grossas pulsando sob a pele macia de seu membro.

- Eu vou gozar se você continuar assim, amor - ele sussurrou, e a forma como a palavra amor saiu da sua boca com aquele sotaque lindo, me derreteu.

- Achei que esse fosse o ponto - eu passei a língua pela linha do seu maxilar, até chegar a sua boca e lamber seu lábio inferior, sem parar de masturbá-lo.

- Você é uma provocadora - ele disse, segurando minha bunda com firmeza enquanto sua outra mão encontrava o caminho para o meio das minhas pernas.

Meu gemido foi quase doloroso quando ele tocou o ponto que eu mais precisava, eu estava latejando de necessidade. Encostei minha testa na sua, já ofegando com apenas esse mísero contato. 

- Você tá tão molhada - ele sussurrou, provocando minha fenda com um dedo, então enterrou dois dedos dentro de mim - Quente, macia... perfeita.

- Tudo por você - minha voz era quase inexistente, mas ele ouviu. Ouvi sua risada rouca e baixa. 

Sem tempo para respostas, ele começou a me massagear, esfregando minha carne delicada com a habilidade. Senti como se fosse sair do corpo. Seus dedos aumentaram a pressão sobre meu clitóris molhado e inchado.

Eu tremi quando o prazer me tomou por completo, gemendo contra seu pescoço como se fosse a primeira vez que eu gozasse. Sua mão envolveu minha garganta, trazendo meu rosto para ficar de frente ao seu.

- Isso, amor... - ele murmurou, tão em transe quanto eu.

Os espasmos me sacudiam enquanto meus músculos apertavam seus dedos enterrados dentro de mim. Meus olhos estavam travados nele, capturando o prazer que ele exalava. Eu me senti escorrer pelas coxas quando ele puxou os dedos para fora de mim e deslizou um preservativo em seu pau.

Segurei seu membro e o posicionei na minha entrada, não querendo que houvesse uma pausa. Ben segurou minha cintura e eu desci meu quadril só o suficiente para que cabeça larga de seu pau entrasse, arrancando um gemido de nós dois, então desci o resto num só movimento, me sentindo completamente preenchida. Impus um ritmo rápido desde o começo, me deleitando à medida que o sentia mais fundo. Suas mãos se fecharam em torno de meus seios.

- Devagar - ele alertou, mas não me deteve. Eu diminui e rocei meu rosto contra o dele - Você é linda demais - ele sorriu e deu um gemido rouco - Tão gostosa...

Podia senti-lo latejando dentro de mim, seu peito se expandindo contra o meu. Estava ofegando em seu pescoço, com os punhos cerrados em seus cabelos. Ben enterrou as mãos entre meus fios, dando um puxão em meus cabelos, colando nossos rostos.

- Você me deixa louco - ele gemeu, passando seus lábios contra meu rosto enquanto falava, soprando seu hálito doce contra meus lábios. Ele empurrou o quadril para cima, se enterrando em mim profundamente, fazendo-me choramingar de quão fundo ele foi - Você é minha.

- Sim... sim - minha voz saiu sufocada por meu próprio prazer. 

Ele soltou um brado ofegante e soltou meus cabelos, apertando minha cintura e fazendo-me cavalgá-lo mais rápido.

Quando meus lábios voltaram para a sua boca, ele os capturou e sua língua me invadiu, frenética e urgente. Seu pau encontrou aquele lugar dentro de mim que fez meu ventre se contorcer e meu orgasmo chegou como um trem. Continuei o montando até que meus corpo sedeu e eu me agarrei a ele, descansando a cabeça em ombro. Ben esfregou minhas costas enquanto eu ainda ofegava de prazer.

Ainda estava recuperando o fôlego quando ele comecou a me mover para cima, rápido e fundo, os quadris subindo de encontro aos meus enquanto me preenchia, dando um último impulso falando o meu nome, meio engasgado, os olhos travados. Eu senti um momento de triunfo quando ele grunhiu e suas feições se contrairam, as sobrancelhas se juntaram. Beijei seu pescoço, chupando a pele febril enquanto ele tremia embaixo de mim, me apertando.

Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas eu não queria me separar. Tudo estava tão certo. Eu nunca me senti tão feliz e completa.

Quando ele me deitou no colchão e saiu de dentro de mim, eu não sinto a mínima vontade de me mover. Ele me beijou antes de ir até o banheiro e eu fechei os olhos, esperando ele vir para a cama, logo sentindo seu corpo atrás de mim.

Ele me abraçou, sua mão descansando em minha cintura, seu polegar traçando a curva do meu seio.

- Seu irmão preparou uma casa para mim, fica a duas ruas daqui - Ben disse, a voz sonolenta - Ele não sabia que estávamos juntos, então... eu não sei como você quer fazer isso, Ellie.

Eu me virei para ele.

- Eu quero preparar Thomas antes - eu disse. Não dava para simplesmente colocar Ben para morar com nós sem ao menos explicar - Mas enquanto isso você pode dormir aqui e sair antes que ele acorde - eu digo e ele assente.

Sem dizer uma palavra, me puxa para seu peito.

- Obrigado - sua voz é suave quando ele deposita um beijo na minha cabeça.

Joguei minha perna sobre a dele, a enroscando na sua. O jeito como ele me acariciava e o modo como sua respiração se acalmava em meu ouvido fazem com que não demore muito para que eu caia em um sono profundo, sem me importar com o fantasma que estava dentro desses muros.

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